Ciclistas usam petição para pressionar promotora que pediu interrupção das obras da ciclovia

 

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O grupo Vá de Bike, dos muitos que incentivam e inspiram o uso de bicicletas na cidade, publicou, no fim de semana, texto no qual lembra das duas petições escritas e apoiadas por 6 mil pessoas, 17 entidades e três empresas que foram entregues ao prefeito Fernando Haddad, em setembro do ano passado, com o objetivo de pressioná-lo a cumprir promessa de implantação de 400km de ciclovias, em São Paulo. Com os documentos, havia ainda lista de 18 razões para se apoiar as vias exclusivas de bicicleta na capital. Encontra-se nessa relação, a melhora da qualidade de vida, benefícios à saúde, economia de tempo e redução de poluição. Uma das razões, se opõe inclusive a tradicional reclamação de que ciclovias prejudicam o comércio: “ciclistas são clientes potenciais que passam em baixa velocidade e não exigem grandes áreas de estacionamento, podendo facilmente parar em frente a uma vitrine … Comerciantes da região do Largo 13 de Maio, em Santo Amaro – que têm suas lojas dentro da área onde houve restrição da circulação de automóveis desde 2013 – tiveram aumento nas vendas com as pessoas circulando a pé, em velocidade similar à de uma bicicleta”.

 

Seis meses depois e com metade da promessa cumprida, instituições que defendem o uso das bicicletas na cidade pretendem usar o mesmo artifício para que o Ministério Público de São Paulo recue da ideia de interromper a construção das ciclovias. Para lembrar, a Justiça de São Paulo acolheu parcialmente o pedido da promotora Camila Mansour Magalhães da Silveira, que entrou com ação civil pública questionando não apenas o método da implantação, pela inexistência de estudos técnicos, mas a própria importância desta política pública no plano de mobilidade do paulistano. O documento que já reuniu mais de 15 mil assinaturas, entre outros trechos, diz :

 

“Sabemos que há, em algumas regiões da cidade, localizados movimentos contrários à implantação de ciclovias. São em geral preocupações locais, que fazem sentido somente se enxergarmos nossos bairros como partes isoladas da cidade – um individualismo sem nenhuma lógica. Enquanto negam o direito coletivo de utilização segura das ruas em bicicletas, essas vozes defendem ainda que o espaço público (de todos) siga sendo utilizado para fins particulares: vagas de estacionamento exclusivo de automóveis, em detrimento de vias de circulação de pessoas utilizando o veículo bicicleta”

 

Para conhecer a petição completa, discuti-la e apoiá-la, se você entender que esta é uma alternativa a ser pensada pela cidade, clique aqui.

2 comentários sobre “Ciclistas usam petição para pressionar promotora que pediu interrupção das obras da ciclovia

  1. Caro Milton Jung, primeiramente gostaria de expressar aqui minha admiração pelo teu trabalho, por isso, estou tendo a ousadia de fazer uma crítica, construtiva, de um quadro que gosto bastante e ouço todos os dias que é o Hora de Expediente. Acho que vocês deveriam rever as pautas, pois a de hoje foi muito fraca e acho que os participantes poderiam abordar temas mais interessantes, ao invés de assuntos como Aldo Rebelo no conselho do BNDES, ou ainda, que deveria ter um museu da corrupção, este foi o pior, além da participação extremamente apagada do Dan no programa nos últimos tempos.
    Peço desculpas mas uma vez pela ousadia e espero que minha crítica seja positiva para o programa.
    Um abraço.

  2. Obrigado pelas suas recomendações, Gerson. As observações serão encaminhadas aos participantes para que possamos discutir mudanças se necessários. Quanto ao quadro de hoje, especificamente, apenas uma ressalta: por ser um quadro no qual tratamos temas do cotidiano com humor e descontração, hoje o fizemos sem muita graça devido a tragédia aérea que acabar de ocorrer.

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