Passageiros americanos temem descontrole aéreo

Dias antes do avião da TAM se espatifar e pegar fogo ao tentar aterrissar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, bem distante dali duas aeronaves estiveram a beira de protagonizar uma tragédia. No Aeroporto de La Guardia, em Nova Iorque, um Delta 737 que chegava de Cincinati tocou a pista 22, mesmo espaço que seria ocupado pelo Comair Delta, proveniente de Greensboro. O comando para os pilotos havia partido da torre de controle do aeroporto, em um dos postos ocupados por um recém-chegado e inexperiente funcionário.

A catástrofe não se concretizou pela habilidade do comandante do 737 que enxergou a aproximação do outro avião. Uma freada brusca na pista, que esmagou os 52 passageiros no cinto de segurança e jogou três tripulantes de volta para as poltronas, impediu a colisão fatídica. A proximidade entre os aviões chegou a alguns segundos, foi o que mostraram as imagens gravadas pelo radar.

Existem várias quase-colisões todo ano nos aeroportos americanos. Algumas resultado de enganos dos controladores, algumas por erro dos pilotos. Apenas as mais sérias são investigadas pelo escritório nacional de segurança de transportes. Incursões na pista – casos no qual um avião, um veículo ou mesmo uma pessoa entra em uma pista, criando o risco de colisão – aumentaram em torno de 13% em relação ao ano passado.

Lá como aqui, debate-se o preparo dos controladores de vôo. Estagiários tem sido treinados e funcionários sem experiência transferidos de pequenos para movimentados aeroportos como o La Guardia. A estratégia é para suprir as vagas que surgiram com a aposentadoria dos controladores contratados nos anos de 1980. Além disso, a revisão de contrato do último ano teria levado a FAA, órgão que coordena o tráfego aéreo nos Estados Unidos, reduzir as equipes das torres de controle.

Associações ligadas aos pilotos tem aumentado as reclamações contra a falta de controle e risco a segurança no momento em que cresce o tráfego de aviões nos Estados Unidos.

O cenário americano, descrito em várias reportagens publicadas nos jornais nativos, nos lembra o Brasil, apenas com dois acidentes aéreos e cerca de 500 mortos a menos.

3 comentários sobre “Passageiros americanos temem descontrole aéreo

  1. Voces imaginem se la no grande irmão é do jeito descrito, imagina aqui nas terras tupiniquins como é que não deve ser de verdade. Mas tradicionalmente as coisas aqui parece ser feitas de baunilha e devanescem rapidamente. O jeito é contar com a distribuicao nornal e torcer pra nao estar na hora errada e no lugar errado. Mas quem nao se lembra do Chico Viola, ta la a cruz dele na Dutra.

    Jack “Rei da Voz” Aré

  2. Você sabe do que eu estou falando. Basta tentar se afastar da vala comum de pensamentos e tomar outra direção, para ser impiedosamente atacado. Espera-se que você siga o fluxo, sempre.

  3. Além da incompetência desse desgoverno em tomar medidas eficazes, ele também é culpado por ter loteado a Infraero e Anac com apadrinhados que não têm conhecimento do sistema aéreo, quando deveria ter colocado nessas estatais pessoas com conhecimento técnico. A nossa dolorosa experiência vai proporcionar que conheçamos outros tantos pré-acidentes em que as vidas são quase sempre preservadas.

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