Grêmio 1×1 Atlético MG
Brasileiro — Arena Grêmio

“Vamos para mais um empate”, foi o que disse quando sentei ao lado de meu filho-torcedor, para assistir ao segundo tempo da partida desta noite. O primeiro, vi de revesgueio, porque tinha de atender ao compromisso assumido com meu amigo Luiz Gustavo Medina, o Teco. Havíamos marcado para hoje uma conversa, ao vivo, no Instagram, sobre cuidados financeiros que devemos tomar em busca de um equilíbrio na vida. Por descuidar o calendário de jogos e não prestar atenção na agenda, enquanto o Grêmio estava em campo, eu me divertia no bate-papo. Mesmo assim pude ver pela tela do computador o pênalti convertido contra nós e a falta de criação no ataque.
O segundo tempo —- contou-me o companheiro de torcida —- começou da mesma forma que o primeiro: sem troca de passe, sem profundidade e sem chutes a gol. Até que os criadores entraram em campo. Não foram necessárias muitas tentativas —- se não me engano a que entrou foi a única bola que havia sido chutada em direção ao gol até aquele momento, quando já havíamos jogado 85 minutos.
A bola rodou de pé em pé, e passou pelo de Maicon, o Criador; Ferreirinha usou de seu talento para driblar; Diego Souza dividiu dentro da área; e na sobra Everton, o Improvável, encontrou um chute capaz de passar em um espaço estreito entre os marcadores, o goleiro e a goleira. Era o empate que eu havia previsto, não porque sou adivinho ou tenho bola de cristal, apenas porque tem sido esta a lógica gremista no Campeonato Brasileiro. Foram 15 empates até aqui e uma sequência de 16 partidas sem derrota. Uma série invicta que nos fez subir em direção ao topo da tabela, mas que não nos aproxima da liderança da competição.
Se a derrota está fora de opção e o empate se torna a saída para jogos nem sempre bem jogados, que a vitória volte quando for realmente necessária. Domingo será.