Fernando Nobre lança o livro “Homem Médico” que une coração, ciência e conhecimento.

Dr. Fernando Nobre, cardiologista e mestre na arte da comunicação, é a personificação do médico que todos almejamos ter. Convicto de que o conhecimento quando compartilhado pode salvar vidas, ele excede o papel tradicional do médico ao esclarecer e educar, fazendo da linguagem um instrumento de cura. Seu talento para transmitir informações de saúde de maneira compreensível tem o poder de prevenir doenças e de transformar o cenário médico como um todo. É o que chamo de médico comunicador!

No consultório, Nobre transforma complexidades médicas em diálogos claros, fortalecendo o vínculo entre médico e paciente e aumentando significativamente a eficácia do tratamento. Na CBN Ribeirão Preto, onde apresenta o quadro CBN Saúde, sua voz ganha novas dimensões e se espraia pelos diversos rincões alcançados pelas ondas do rádio. Nos livros, usa de sua escrita qualificada para traduzir a complexidade da medicina em palavras que encantam e informam. Foi um dos editores do “Tratado de Cardiologia SOCESP”, que ganhou o mais prestigiado prêmio de literatura do Brasil: o Jabuti, na categoria “melhor livro de ciências da saúde”, em 2006.

Agora, com “Homem Médico” (Novo Século), Dr. Nobre se aventura ainda mais profundo no tecido da existência humana. Mais do que um relato, o livro é uma odisseia que celebra a resiliência, a empatia e os valores éticos que formam a espinha dorsal da medicina. Acompanhamos a jornada de Dr. Reinaldo, um médico cuja vida e prática são um espelho da própria alma da medicina – cheia de desafios, mas também repleta de triunfos silenciosos.

A escolha de Dr. Reinaldo de tratar pessoas e não doenças ressoa com um apelo por uma medicina mais compassiva, que vê cada paciente como um universo único de necessidades e histórias. Através da narrativa de Fernando Nobre, somos convidados a entender que a medicina é tanto uma arte quanto uma ciência – um equilíbrio delicado que poucos conseguem sustentar com tanta graça.

Dr Fernando Nobre, seu personagem Dr Reinaldo e o livro esperam você na Livraria da Vila, do Shopping Eldorado, nesta quinta-feira (dia 21 de março), a partir das 18h30.

Mundo Corporativo: Rebeca Toyama, da ACI, diz que líder sustentável preserva a saúde da empresa e dos colaboradores

Rebeca Toyama em entrevista ao Mundo Corporativo. Foto: Pricila Gubiotti

“Para ser sustentável, você tem que construir uma carreira saudável.”

Rebeca Toyama, empresária

A necessidade de lideranças sustentáveis e carreiras saudáveis nunca foi tão evidente, considerando que estamos em um mundo onde o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal se torna cada vez mais desafiador. Esta foi a tônica da conversa com Rebeca Toyama, fundadora da ACI – Academia de Competência Integrativa e autora do livro “Carreira Saudável: a realização de se tornar um líder sustentável”, no programa Mundo Corporativo da CBN. A especialista trouxe à tona uma reflexão profunda sobre como as lideranças podem cultivar um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo, sem perder de vista o bem-estar e a autenticidade.

Cuidado para não ser um líder carrasco

“O líder tem que estar bem consigo mesmo para transbordar sustentabilidade e gerar resultados”

Rebeca destacou a importância de uma liderança que se preocupa não apenas com os resultados empresariais, mas também com o bem-estar da equipe e o próprio equilíbrio. Ela argumenta que muitos líderes acabam se esquecendo de si mesmos no processo, tornando-se “líderes carrascos” que prejudicam tanto a si quanto aos que os cercam.

A empresária ressaltou a necessidade de desmistificar a ideia de que sustentabilidade se refere apenas à consciência ambiental, apontando que “ninguém doente ou cansado vai conseguir pensar na equipe ou no meio ambiente”. Para ela, a sustentabilidade deve partir de dentro, baseada em autenticidade e bem-estar.

O desafio das carreiras saudáveis

A CEO da ACI chamou atenção para os alarmantes indicadores de burnout e suicídio, tanto dentro quanto fora do ambiente corporativo, evidenciando a urgência de repensar a carreira como uma fonte de bem-estar e não de estresse. 

“A carreira tem que ser saudável, senão os resultados não vão valer a pena”, enfatizou”

Para Rebeca é necessário mudar as práticas corporativas, onde o foco excessivo em produtividade muitas vezes esquece o elemento humano essencial para qualquer processo.

Rebeca Toyama, com sua visão inovadora e humanizada, trouxe luz a um tema crítico na atualidade corporativa, reforçando a necessidade de uma liderança que valorize o equilíbrio e a saúde não apenas da organização, mas também das pessoas que a compõem. A busca por uma carreira saudável e uma liderança sustentável emerge não apenas como um diferencial competitivo, mas como um imperativo para o bem-estar coletivo no mundo corporativo.

Ouça o Mundo Corporativo

O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, às quintas-feiras, 11 horas da manhã pelo canal da CBN no YouTube. O programa vai ao ar aos sábados, no Jornal da CBN e também fica disponível em podcast. Colaboram com o Mundo Corporativo: Carlos Grecco, Rafael Furugen, Débora Gonçalves e Letícia Valente.

Avalanche Tricolor: entre o tedioso jogo e a glória literária

Grêmio 1×1 São Luiz

Gaúcho – Arena do Grêmio, Porto Alegre/RS

Na iminência de mais uma Avalanche Tricolor, me vi diante de um dilema peculiar: dedicar minha atenção ao Grêmio que se desdobrava na televisão ou ao que repousava, imortalizado, sobre a mesa do meu escritório. O jogo mal-jogado, nesta tarde de sábado de Carnaval, fez inclinar minha balança de forma inesperada., infelizmente. Preferia ter tido uma escolha mais acirrada, daquelas que surgem sob o signo da incerteza, que exigem reflexão e, muitas vezes, nos proporcionam soluções criativas. 

A falta de criatividade no campo e o tedioso futebol de um time que parecia derreter no calor de 34 graus de Porto Alegre, desfez qualquer hesitação: o Grêmio eternizado em minha mesa revela-se superior. É um Grêmio de glórias, repleto de conquistas, batalhador e vencedor! Um time que supera limites, transcende a lógica e faz história. É um Grêmio que sofre! Em alguns momentos também é sofrível. Mas que, mesmo assim, merece a devoção de seus torcedores fervorosos e eloquentes.

Na minha mesa estão dois livros que merecem ser lidos pelos gremistas de todos os rincões. Os não-gremistas podem se atrever também, pois estarão diante de capítulos importantes da história do futebol brasileiro. Talvez fiquem com inveja, especialmente se tiverem oportunidade de ler “120 anos de glória”, livro comemorativo escrito por Léo Gerchmann. Um convite à reflexão sobre futebol, arte e Brasil se apresenta em “Onde o Grêmio estiver”, de João Campos Lima.

Minha sugestão é que você os compre agora, os dois. Desfrute da boa escrita de meus colegas de profissão e de torcida: Léo e João são jornalistas e gremistas apaixonados. Refletem essas duas baitas qualidades nos textos que me encantam neste feriado de Carnaval. Uma delícia de leitura que suaviza a amargura de um jogo tão insípido quanto o presenciado.

Em “120 anos de glória”, coube a Léo Gerchmann esbanjar o talento de um camisa 10, essencialmente ausente nos gramados atuais, para tecer de forma épica a história do Grêmio, tendo os 40 anos do título mundial como inspiração. O caminho que escolheu para nos entregar essa obra literária, ao escrever de forma não linear e entrelaçando fatos e paixões, é daqueles que só os craques da caneta são capazes. Faz um livro-arte com ilustrações de momentos incríveis e outros pouco conhecidos, imagens antigas e históricas, e textos que nos ajudam a explicar o amor que temos pelo clube. Léo transcende as quatro linhas utilizando esta chance singular para reiterar seu maior engajamento em favor do Grêmio: a confirmação da pluralidade do Clube de Todos. Uma luta que hoje se expressou na camisa 0 de Villasanti, em alusão à campanha “Zero Assédio”, focada na prevenção da violência contra as mulheres.

Em “Onde o Grêmio estiver”, João Campos Lima vestiu a camisa 5, que representa a coragem, a garra, o futebol sem medo, capaz de superar qualquer adversidade, protagonizado por Vitor Hugo, China, Dinho e Luis Carlos Goiano. Destemido, aceitou o desafio imposto por amigos de WhatsApp e arquibancada e se transformou em cronista do Grêmio na série B. Não a da Batalha dos Aflitos, que ele assistiu na casa de um vizinho quando era guri de calças curtas. A de 2022, sem graça nem glamour. De jogos duros de roer, time limitado, técnicos trocados e futebol claudicante. Tarefa árdua esta assumida pelo autor. Ao fim e ao cabo, sua audácia nos premiou com textos que, ao lado do desempenho do Grêmio em campo e nos bastidores, costuram fatos que marcaram o cotidiano de todos os brasileiros, destaques da arte e da cultura, e, sim, um paralelo muito bem traçado com a histórica jornada de 2005. Inclusive com coincidências que não reproduzo aqui para atiçar sua curiosidade.

Num e noutro livro, encontraremos as diversas nuances do nosso Grêmio, algumas históricas e outras apenas passageiras. Todas escritas com paixão, apuro e criatividade — qualidades que estiveram ausentes do Grêmio que se apresentou na minha televisão, neste sábado.  

Mundo Corporativo: Luiz Gaziri propõe “Advogado do Diabo” para gerenciar polarização no ambiente de trabalho

Gravação do Mundo Corporativo em foto de Priscila Gubiotti

“Quando eu tô feliz é que eu tomo decisões melhores, quando eu tô feliz é que eu alcanço minha meta com mais facilidade. Então, é importante que a gente crie o ambiente de trabalho feliz em primeiro lugar”

Luiz Gaziri, professor e pesquisador

Em um cenário corporativo cada vez mais desafiador, a saúde mental e o bem-estar dos profissionais se tornam aspectos cruciais para a eficiência e produtividade das equipes. Segundo Luiz Gaziri, especialista em comportamento humano e autor de livros sobre felicidade e polarização política, a liderança tem um papel fundamental nesse contexto. Ele ressalta a influência direta dos líderes na cultura organizacional e, consequentemente, no bem-estar dos funcionários.

Durante sua participação no programa Mundo Corporativo da rádio CBN, Gaziri enfatizou a necessidade de uma mudança de paradigma na liderança empresarial. Ele observa que, frequentemente, líderes não estão cientes de como suas estratégias e comportamentos influenciam negativamente o ambiente de trabalho. Gaziri, com sua experiência como executivo e consultor, notou uma persistência de modelos de gestão ultrapassados, focados em competição e individualismo, ignorando os impactos na saúde mental dos colaboradores.

“O mundo corporativo hoje ainda é muito pautado na competição, no individualismo, então esses líderes precisam se preparar melhor, entender o que  traz bem-estar para o ser humano, como que a estratégia de uma empresa impacta no comportamento? O que é motivação? Sem esse conhecimento de comportamento humano torna-se Impossível a gente conseguir um ambiente de trabalho mais positivo.”

Gaziri destaca a relação direta entre estratégias empresariais e a felicidade dos trabalhadores. Ele cita pesquisas que demonstram como uma liderança inadequada pode ser a principal fonte de estresse para os funcionários, afetando negativamente a produtividade e a saúde mental.

Ajuste as metas e motive seus colaboradores

Gaziri lança “A Arte de Enganar a Si Mesmo”, foto de Priscila Gubiotti

Na entrevista, o autor do livro “A ciência da felicidade” (Faro Editora) também abordou a questão das metas inatingíveis, um problema comum no mundo corporativo. Gaziri explica que, quando as metas são excessivamente altas, os funcionários podem desenvolver a “desesperança aprendida”, uma sensação de impotência e falta de controle sobre os resultados, levando à desmotivação e ao declínio do desempenho.

Para melhorar esse cenário, o especialista sugere várias medidas, como ajustar as metas de acordo com a realidade, promover um ambiente de trabalho motivador e garantir a segurança financeira dos funcionários. Ele destaca a importância de um ambiente que promova a segurança psicológica, onde as pessoas não tenham medo de expressar suas opiniões e ideias.

“O ambiente molda inclusive a minha inteligência, mas a gente usa a estratégia de deixar as pessoas na insegurança financeira com bastante constância o que é ruim para o ambiente de trabalho.  Sem falar na questão de metas, de prêmios, de ambientes que sejam motivadores. Então, a gente vê um caos aí muito grande no mundo corporativo por causa dessa falta de conhecimento sobre ser humano.”

Além disso, Gaziri aponta para a necessidade de uma liderança consciente e preparada para criar um ambiente de trabalho positivo e saudável. A capacitação dos líderes em entender e gerenciar aspectos relacionados ao comportamento humano é fundamental para impulsionar o bem-estar e a felicidade no ambiente de trabalho.

A polarização no ambiente de trabalho e como gerenciá-la

A polarização, um fenômeno amplamente discutido no contexto político, também se manifesta no ambiente corporativo, influenciando as dinâmicas de trabalho e a tomada de decisões. Luiz Gaziri, em seu livro “A Arte de Enganar a Si Mesmo: Uma Visão Científica da Polarização Política e Outros Males Nem Tão Modernos” (Alta Books), aborda essa questão, destacando como a polarização pode afetar negativamente as empresas.

O autor observa que a polarização nas empresas ocorre devido à tendência humana de se agrupar com indivíduos de opiniões semelhantes. Esse fenômeno leva as pessoas a reforçar suas crenças e ignorar perspectivas divergentes, criando um ambiente onde prevalece o viés de confirmação. Ele exemplifica isso com um experimento realizado por Lee Ross, da Universidade de Stanford, no qual israelenses e palestinos avaliaram propostas de paz de maneira diferente, dependendo de qual lado acreditavam que as propostas tinham vindo. Isso mostra como a origem de uma ideia pode influenciar sua aceitação, independentemente do seu mérito.

No ambiente de trabalho, essa polarização pode levar a conflitos e a uma falta de inovação, pois as ideias são avaliadas com base na afinidade com o grupo, e não em seu potencial. Para combater esse problema, Gaziri sugere a nomeação de um “Advogado do Diabo” em reuniões e decisões de grupo. Essa pessoa teria o papel de questionar e analisar criticamente todas as ideias apresentadas, promovendo um pensamento mais diversificado e crítico.

Embora essa abordagem possa tornar as reuniões menos agradáveis a curto prazo, ela conduz a decisões mais criativas e eficazes. A diversidade de pensamento, apesar de potencialmente desconfortável, é crucial para evitar a estagnação e promover a inovação.

Gaziri enfatiza a importância de gerenciar a polarização no ambiente de trabalho, especialmente em uma era de crescente diversidade. A inclusão de diferentes perspectivas e a promoção de um ambiente onde as ideias são julgadas pelo seu mérito, e não pela sua origem, são essenciais para o sucesso das empresas. Ele propõe que os líderes fomentem a segurança psicológica e a abertura às opiniões divergentes, garantindo assim que as melhores ideias prevaleçam, independentemente de onde venham.

Essas reflexões de Gaziri oferecem um olhar crítico sobre como a polarização pode afetar o ambiente corporativo e apontam caminhos para criar um ambiente de trabalho mais saudável, produtivo e inovador.

Assista ao Mundo Corporativo com Luiz Gaziri

O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, às quartas-feiras, 11 horas da manhã, no canal da CBN no YouTube e no site http://www.cbn.com.br. O programa vai ao ar, aos sábados, no Jornal da CBN, e domingo às 10 da noite, em horário alternativo. Você também pode ouvir a qualquer momento no podcast do Mundo Corporativo. Colaboram com o programa: Renato Barcellos, Letícia Valente, Priscila Gubiotti e Rafael e Furugen:

Sua Marca Vai Ser Um Sucesso: seis dicas e muitos livros para aprender sobre branding

Foto de Stanislav Kondratiev

“A nossa marca de hoje só pode ser uma e com duas palavras: leia muito”

Jaime Troiano

Os livros têm papel fundamental na formação de todos os profissionais. Os gestores de marca não fogem dessa regra. É a partir deles que desenvolvemos conhecimento e nos inspiramos na busca de ideias inovadoras. No Sua Marca Vai Ser Um Sucesso, Jaime Troiano e Cecília Russo conversaram com os ouvintes sobre o tema e citaram uma série de autores que nos ajudam a pensar sobre branding — alguns são especialistas na área enquanto outros são geniais o suficiente para com suas palavras nos levarem a criar mais e melhor.

Jaime, por exemplo, mencionou a relevância da literatura em sua formação, incluindo autores como Machado de Assis, Fernando Pessoa, Dostoiévski, Eça de Queiroz e Jorge Amado. Ele também lembrou da extensa biblioteca de branding que mantém com a Cecília, que considera ser uma das maiores do Brasil sobre o assunto. 

As seis dicas de Brad Vanauken

Um livro em particular foi lembrado pelos nossos comentaristas:“Brand + Aid,” escrito por Brad Vanauken, que oferece um guia prático para resolver problemas de marca e fortalecer o posicionamento no mercado. Os dois destacaram seis sugestões que estão no livro e podem nos ajudar a desenvolver a nossa marca: 

1. Não reduza gradualmente a qualidade de seus produtos ou serviços com a intenção de reduzir custos.

2. Não se foque em resultados de lucratividade de curto prazo, para não comprometer os ganhos de longo prazo.

3. Reduza cada vez mais seus investimentos de comunicação. Isso é um perigo, é como treinar um peixe para ficar mais tempo fora da água.

4. Pense em branding e desenvolvimento da sua marca desde o início do processo, não apenas no fim.

5. Não estenda sua marca para outras categorias de produto, a menos que sua marca esteja muito saudável.

6. Evite mudar constantemente o posicionamento e as mensagens de sua marca, pois isso pode causar confusão e perda de vitalidade.

Uma biblioteca de branding

Vamos a lista de livros e autores citados por Jaime Troiano e Cecília Russo, no Sua Marca Vai Ser Um Sucesso: 

  • David Aaker – professor emérito de marketing da Haas School of Business na Universidade da Califórnia, em Berkeley, e  autor de “On Branding: 20 Princípios que Decidem o Sucesso das Marcas“,“Construindo Marcas Fortes” e “Relevância de Marca: Como Deixar seus Concorrentes para Trás”;
  • Kevin Keller – professor de Marketing da Tuck School of Business da Dartmouth College e autor de “Gestão Estratégica de Marcas”;
  • Gerald Zaltman – professor Emérito da Harvard Business School e autor e editor de 20 livros, um dos mais famosos “Marketing Metaphoria: What Deep Metaphors Reveal About the Minds of Consumers”;
  • Júlio Ribeiro – publicitário dos mais importantes do Brasil e autor de “Tudo Que Você Queria Saber Sobre Propaganda E Ninguém Teve Paciência Para Explicar” e “Entenda propaganda – 101 Perguntas e Respostas Sobre Como Usar o Poder da Propaganda Para Gerar Negócios”; 
  • Nizan Guanaes – publicitário e empresário brasileiro, autor de “Você aguenta ser feliz?: Como cuidar da saúde mental e física para ter qualidade de vida”

Ouça o Sua Marca Vai Ser Um Sucesso

O comentário Sua Marca Vai Ser Um Sucesso é apresentado por Jaime Troiano e Cecília Russo e vai ao ar no Jornal da CBN, aos sábados, às 7h50 da manhã:

Avalanche Tricolor: entre livros e maldições

Grêmio 1×2 Athletico Paranaense

Brasileiro – Arena do Grêmio, Porto Alegre/RS

Iturbe comemora seu gol em foto de Lucas Uebel/GrêmioFBPA

Na fila do livro “Amazônia na encruzilhada”, de Miriam Leitão, a conversa era sobre jornalismo, rádio, literatura e meio ambiente. Ninguém se aproximou para puxar assuntos do futebol. Ainda bem! Cheguei cedo na Livraria da Travessa, no Shopping Iguatemi, neste início de noite, em São Paulo. Quando se trata de livros de autores renomados e queridos, a concorrência por lugares na fila costuma ser intensa. Chegar atrasado significa esperar por horas para ter a oportunidade de cumprimentar a autora e receber um autógrafo.

Quando cheguei, Miriam já estava por lá e recebendo o carinho de amigos e a atenção de jornalistas que foram cobrir o lançamento. Logo a encontrei, agradeci pela bela obra que valoriza a maior riqueza que o Brasil tem e vive sob ameaça: a Amazônia. Em troca, além da gentileza de sempre, fui presenteado com palavras da autora e um autógrafo que ficará guardado entre meus livros queridos na biblioteca que mantenho em casa. Na biblioteca e no coração.

Na livraria, além de olhar os demais livros expostos, um prazer que mantenho no meu cotidiano, conversei com mais alguns colegas de profissão e tomei o caminho de volta para casa. O trânsito era intenso. A cara de São Paulo. O que me impediu de assistir na televisão ao primeiro tempo da partida do Grêmio. O recurso foi o rádio. E no rádio, além do gol de Iturbe, bem no começo do jogo, só ouvi sofrimento, reclamações e previsões catastróficas. Todas se realizaram.

Cheguei em casa no intervalo quando as equipes estavam em campo para iniciar o segundo tempo e o Grêmio já estava com nova formação. Assim que a bola começou a rolar, a impressão é que tanto os comentaristas quanto os torcedores ouvidos na rádio tinham assistido à outra partida. Passamos a pressionar, a impedir o avanço do adversário, a incomodar no ataque e dar sinais de que a vitória era iminente. Bastava um pouco mais de ajuste no chute final. Cheguei a me entusiasmar. Mas o que era entusiasmo virou ilusão. E da ilusão à frustração.

Nos minutos finais, quando estávamos nos acréscimos, o pior dos mundos se desenhou. Tanto insistimos em tomar um gol que o gol se realizou. Daqueles que costumávamos fazer e que, nestes últimos tempos, sei lá por qual motivo, se transformaram na nossa maldição. É quase como se os deuses do futebol, aqueles mesmos que nos deram o dom da Imortalidade, tivessem se reunido e decretado: vocês não fazem por merecer! Será?

Dez Por Cento Mais: os velhos também fazem sexo!

Ilustração da capa do livro “Sexualidade na velhice”

Muitos de nós pensamos no futuro, seja no âmbito profissional seja no pessoal. Mas quantos de nós paramos para refletir sobre como será nossa vida sexual na maturidade? A verdade é que a maioria teme esse tema, visto que vivemos em uma sociedade que hipersexualiza a juventude e frequentemente marginaliza os desejos e necessidades dos mais velhos. A jornalista e escritora Tania Celidonio, por meio de suas pesquisas, derruba tabus e revela uma perspectiva surpreendente e inspiradora sobre a sexualidade na terceira idade. Ela foi entrevistada pelo programa Dez Por Cento Mais, no YouTube.

Tania tem uma longa trajetória no jornalismo, mas foi ao explorar as complexidades da sexualidade na terceira idade que encontrou novas paixões e desafios. Em uma pesquisa ampla, que começou com seu círculo pessoal e se expandiu através das redes sociais, ela coletou cerca de 250 depoimentos sobre o tema. Os relatos, ricos e diversos, revelam uma amplitude de sentimentos, desejos, dúvidas e certezas que muitos preferem esconder por trás de pseudônimos. A pesquisa deu origem ao livro  “Mistérios e aflições da sexualidade na velhice” (Terra Redonda).

O sexo além do desejo físico

Para começar, é preciso entender que a sexualidade não se limita ao desejo físico e ao ato em si. Conforme destacado pela psicóloga Simone Domingues, uma das apresentadoras do programa, a sexualidade envolve intimidade, parceria, entrega e afeto. Essa dimensão profunda e abrangente da sexualidade se torna ainda mais evidente com o passar dos anos, quando a conexão emocional pode se sobrepor ao desejo físico.

Além disso, a pesquisa de Tania revela que muitos idosos sentem alívio ao não ter mais a “obrigação” de desejar constantemente, e conseguem abraçar a intimidade sem o foco exclusivo no ato sexual. Esta é uma revelação esclarecedora para os mais jovens, mostrando que a sexualidade se transforma, mas não desaparece.

Por outro lado, a sociedade ainda carrega muitos preconceitos. Tania citou Simone de Beauvoir, que em 1970 observou que se os idosos demonstrassem os mesmos desejos e sentimentos que os jovens, seriam vistos com desdém ou ridicularizados. Esta percepção parece ainda ressoar em muitas sociedades contemporâneas. No entanto, a questão é: por quê? Por que a sociedade tem padrões tão diferentes para homens e mulheres à medida que envelhecem? 

O preconceito é ainda maior com mulheres

Para as mulheres, o cenário é ainda mais complexo. A menopausa pode trazer consigo uma série de desafios, desde a diminuição do desejo até questões físicas, como ressecamento. Ao contrário dos homens, cujas soluções para disfunção erétil são amplamente discutidas e medicadas, as mulheres enfrentam uma lacuna no tratamento e compreensão de suas necessidades sexuais durante o envelhecimento. 

Talvez o ponto mais revelador de toda a discussão seja o padrão social imposto sobre os idosos, especialmente as mulheres. No universo dos relacionamentos, enquanto homens mais velhos com parceiras mais jovens são muitas vezes vistos como aceitáveis, mulheres mais velhas que expressam atração por homens mais jovens enfrentam julgamentos mais duros. 

O que fica claro na entrevista é que, assim como em qualquer fase da vida, a sexualidade na terceira idade é multifacetada. Não há uma única “maneira correta” de vivenciá-la. O que é essencial é o respeito, a comunicação e a abertura para entender e aceitar as mudanças que ocorrem ao longo do tempo. É preciso desmistificar e normalizar as conversas sobre sexualidade na velhice. Afinal, como bem destacou a jornalista Abigail Costa, “sexualidade é algo tão natural para o ser humano”, e não deveríamos ter vergonha ou medo de discutir, compreender e abraçar essa verdade em todas as fases da vida.

Dica Dez Por Cento Mais

Tania Celidônio, convidada por Abigail Costa e Simone Domingues, deixou sua Dica Dez Por Cento Mais: 

“Envelhecer é difícil. Não vai ser fácil para ninguém. Eu acho que se a gente encarar com bom humor, além do realismo que vem junto fica mais fácil. Porque não é fácil segurar essa onda. A minha dica seria essa. E também apostar na diversidade, porque isso que eu falei, o grande barato para mim foi perceber que a sexualidade tem uma diversidade incrível e a gente pode aproveitar mesmo depois de velho”.

Assista à entrevista no YouTube

Um novo episódio do Dez Por Cento Mais pode ser assistido ao vivo todas as quartas-feiras, às oito da noite (horário de Brasília), no YouTube. O programa também está disponível em podcast, no Spotify. A apresentação e produção é da jornalista Abigail Costa e da psicóloga Simone Domingues.

A relevância do livro impresso em tempos digitais

Por Mia Codegeist

Assustado com o fim de muitas livrarias, Mia entende que uma das várias razões deste fenômento é o fácil acesso ao livro digital. Se acerta na justificativa é assunto para outro texto. Aqui, o que vale mesmo é a defesa do livro impresso — no que tem o apoio do editor do blog.

Imagem produzida no Dall-E

Ao abrir as páginas de um livro, inalamos o aroma do papel envelhecido e sentimos a textura das páginas sob nossos dedos. No universo literário, a polarização entre o livro impresso e o digital tem sido um tópico de debate acirrado, particularmente entre os adeptos fervorosos da tecnologia e os puristas literários. No entanto, à medida que a digitalização avança, torna-se crucial revisitar e valorizar os benefícios tangíveis e intangíveis dos livros impressos, especialmente para um público tão seletivo e experiente quanto os profissionais liberais e empreendedores entre 35 a 60 anos.

Uma Experiência Multissensorial

Muitos estudiosos e amantes da literatura defendem que o livro impresso oferece uma experiência multissensorial. Alberto Manguel, em seu clássico “Uma História da Leitura”, destaca a relação quase táctil que se estabelece entre o leitor e o livro. Ao contrário do e-book, o livro impresso envolve mais do que apenas a visão: há um peso, um cheiro e uma textura envolvidos que estimulam vários sentidos simultaneamente.

Menor Distração, Maior Concentração

Segundo Nicholas Carr, autor de “O que a internet está fazendo com nossos cérebros”, os dispositivos digitais frequentemente fragmentam nossa atenção, tornando a leitura profunda e reflexiva mais difícil. Um livro impresso, por sua vez, ajuda a criar um ambiente de concentração e contemplação, eliminando as notificações constantes e as múltiplas abas que costumam distrair o leitor digital.

Uma Conexão com o Passado

Para muitos empreendedores e profissionais liberais, que cresceram na era pré-digital, o livro impresso é também uma ponte para suas raízes. Em um mundo cada vez mais volátil, o livro oferece estabilidade e consistência. Como Umberto Eco afirmou:

“O livro é como a colher, o machado, a roda ou a tesoura. Uma vez inventados, não podem ser melhorados.”

Benefícios para a Saúde

Estudos sugerem que ler em dispositivos eletrônicos antes de dormir pode perturbar o sono devido à emissão de luz azul. O livro impresso, isento dessa luminosidade, é uma opção mais saudável para a leitura noturna, contribuindo para uma melhor qualidade de sono.

Uma estratégia sábia

Não se trata de negar os méritos e a conveniência do livro digital – que tem seu lugar garantido em nossa sociedade moderna. Porém, é fundamental reconhecer que o livro impresso possui qualidades insubstituíveis. Para os profissionais liberais e empreendedores, que frequentemente buscam inspiração, concentração e conhecimento profundo, o retorno ao livro impresso pode ser não apenas uma escolha nostálgica, mas também uma estratégia sábia.

Então, na próxima vez que estiver em busca de uma leitura enriquecedora, considere optar pelo charme atemporal e pelos inúmeros benefícios do livro impresso. E quem sabe, ao virar a página, você não encontrará mais do que uma história, mas uma experiência completa.

Mia Codegeist é autor que abusa da inteligência artificial para compartilhar conhecimento sobre temas relevantes à sociedade. E se satisfaz vendo fotos de pratos de comida nas redes sociais.

Comunicação eficaz para combater a polarização

A convite da jornalista Joyce Carvalho falei sobre o livro “Escute, expresse e fale”(Rocco), no programa que apresenta na CBN Curitiba. Provocado por ela, expliquei que a comunicação desempenha um papel crucial na construção de relações sustentáveis e na superação da polarização e da agressividade presentes nas interações diárias e online.

O livro que escrevi com Antônio Sacavém, Thomas Brie e Leny Kyrillos explora como a comunicação pode ser um antídoto à polarização e à violência nas sociedades. Destaquei que ouvir e compreender o outro é fundamental para aproximar pessoas com perspectivas diferentes e reduzir conflitos.

Na conversa, Joyce e eu chamamos atenção do ouvinte para o fato de  a comunicação ser um instrumento poderoso para superar desafios sociais e criar um ambiente mais colaborativo e harmonioso. Além disso, destaquei a importância de influências positivas na formação de profissionais de comunicação e ressaltai a necessidade de abordar questões complexas de forma sensível e responsável.

A surpresa ficou por conta da reprodução de momentos em que atuei no rádio do Rio Grande do Sul como jornalista esportivo ao lado do meu pai, que também foi tema da conversa que você ouve aqui:

Trabalho nas férias desde que a internet se comprava na venda

De Orbetello/Itália

A praça Eroe dei due mondi e o bar que vendia internet Foto: eu mesmo

Da primeira vez que estive aqui, sinal de internet se comprava na venda. Foi em 2008, época em que as atividades nesse blog eram intensas e a busca por um acesso à “rede mundial de computadores” — sim, naqueles tempos ainda era comum essa expressão —, uma aventura. Fui encontrá-lo no bar e tabacaria da praça principal de Orbetello, cidade italiana que estou hospedado desde o fim da semana passada e de onde me vou em seguida para outra cidade na vizinhança. Não tenho ideia de quantos euros me custavam uma hora de navegação em um dos computadores Windows à disposição. Lembro que a conexão era lenta e baixar fotos ou publicá-las exigiam um pouco de paciência.

Nesses 15 anos, muita coisa mudou — perdão, pela frase óbvia —, haja vista a facilidade com que publico esse texto, a partir do 5G de meu celular e diretamente da areia da praia. O bar e tabacaria, não mudaram. Tão pouco, a praça principal,  Eroe dei due mondi — referência a Giuseppe Garibaldi, que fez das suas lá pelas bandas do Rio Grande do Sul e talvez seja lembrado por alguns como o marido da Anita (a Garibaldi). 

Minha presença aqui no Argentário e arredores se tornou frequente desde que conheci a região. Uma casa de familiares próximos, nos altos da praia de Ansedonia, com vista para o Tirreno, tornaram acessível as férias na Itália, a despeito da valorização do Euro, do aumento do preço da passagem de avião e da perda de poder aquisitivo no Brasil – longe de mim reclamar diante dos privilégios que a vida me ofereceu.

A pandemia deixou-me a Itália distante e somente agora conseguimos retornar com tranquilidade, não sem antes sentir as emoções que Portugal me reservava.

Na primeira semana de “férias” — as aspas explico mais adiante —, vivenciei um dos momentos mais realizadores da quase sexagenária experiência que tenho. Ao lado de três colegas autores, lancei o livro “Escute, expresse e fale! Domine a comunicação e seja um líder poderoso”, em Lisboa, Porto e Cascais. Em acordo com a editora Rocco, que já nos deu o prazer de publicar a terceira edição, no Brasil, a portuguesa Escolar Editora levará o livro aos demais países de língua portuguesa. 

Com Antònio Sacavèm, Thomas Brieu e Leny Kyrillos, tivemos a a oportunidade de encontrar leitores em dias de extremo calor, muita alegria e tertúlia. Fizemos apresentações nas três cidades, diante de uma plateia entusiasmada e interessada em saber mais sobre o poder da comunicação nas relações humanas. Encontrei ouvintes além-mar, amigos que estavam distantes, brasileiros expatriados e lusitanos que me foram apresentados – uma gente que talvez nunca saberá exatamente o que a presença dela nas livrarias significou no meu coração. E se pensa que sabe, vou contar-lhe: dobre esse significado, multiplique quantas vezes for capaz de imaginar e talvez você se aproxime da satisfação que esses momentos me proporcionaram.

Fomos os primeiros autores brasileiros publicados pela Escolar Editora que pretende repetir essa experiência com outros escritores da minha terra — e saber disso me fez ainda mais realizado.

Quando a Rocco acreditou em nosso potencial, ainda em 2022, também estava atrás de autores brasileiros, o que nos permitiu concretizar o sonho de publicarmos um livro que alguns entendiam ser de pouco alcance: “o leitor não gosta de livro com muitos autores”, me disse um editor. Realmente, livro de muitos autores são complexos, o que apenas valoriza o esforço que Antònio, Thomas, Leny e eu tivemos de fazer para a escrita traduzir os múltiplos conhecimentos, culturas e sotaques em um diálogo próximo do leitor como se fossemos um só a falar.

Sei que colegas que permanecem no Brasil, a comandar o Jornal da CBN (leia-se Cássia Godoy e Marcella Lourenzetto), e seus cúmplices têm cometido o crime de difamação contra este que lhe escreve. Usam a força do rádio para construir a imagem de que sou o “Rei das Férias” quando, de verdade, mal consigo usar o tempo previsto em lei para relaxar. 

Perceba, caro e cada vez mais raro leitor deste blog, que a primeira semana fora do Brasil foi a trabalho: lançar livro, fazer palestra e costurar novos negócios exigem habilidade profissional, apuro técnico, competência relacional e conhecimento psicossocial. Agora, já na Itália, cá estou escrevendo, o que também tem relação com meu trabalho. E seguirei a fazê-lo inclusive lançando novos colaboradores — não deixe de voltar ao blog nesta segunda-feira — e retomando uma prática esquecida no tempo: a de falar da vida, do cotidiano, de fatos comezinhos e compartilhar tudo isso com você que ainda está por aqui — um desejo que me tomou quando em pesquisa no blog descobri o primeiro texto escrito, aqui de Orbetello, lá em 2008, na época em que internet se comprava na venda. Desde lá, trabalho nas férias. Com muito prazer!