Mundo Corporativo: Felipe Félix, do will Bank, fala de como tornar seu negócio acessível ao cliente que está fora do mercado

Felipe Felix nos bastidores do Mundo Corporativo Foto: Priscila Gubiotti

“77% da população brasileira acha mais fácil controlar seu dinheiro em papel moeda do que dentro de uma conta bancária.”

Em uma época na qual a inclusão financeira se torna cada vez mais vital, é importante adaptar os serviços bancários à realidade dos brasileiros que vivem fora do sistema financeiro. Foi com essa ideia em mente que Felipe Félix, fundou o will Bank, em 2017, um banco digital que tem 1.200 colaboradores e oferece produtos como cartão de crédito e débito, conta digital, investimentos, crédito pessoal e marketplace.

40% da base de clientes guarda dinheiro em casa, ou seja, não usam bancos ou poupanças tradicionais disse Félix, em entrevista ao Mundo Corporativo da CBN, elucidando sobre as barreiras enfrentadas por esses consumidores quando confrontados com produtos financeiros complexos como CDBs e debêntures.

Inclusão Financeira e Simplicidade

Ao longo da entrevista, Felipe Félix compartilhou como o will Bank, ao se aventurar pelo interior do Brasil, adotou uma abordagem simplificada para atrair clientes. Ele destacou a importância de uma oferta acessível e descomplicada:

“Antes de você entender as motivações e os porquês, é essencial entender como esse cliente se relaciona com seu produto”.

Uma das estratégias chave do will Bank tem sido o uso do crédito como porta de entrada para uma nova experiência bancária, especialmente para aqueles que são novos no uso de serviços financeiros. Para Félix a tecnologia pode facilitar o acesso a serviços financeiros sem tarifas proibitivas:

“A grande parte do atendimento ao nosso cliente é feita pelo celular, um canal de atendimento digital, porque isso traz escala”

Cinco lições para usar no seu negócio

A entrevista de Felipe Félix oferece várias lições valiosas sobre atendimento ao cliente, especialmente em contextos de inovação e inclusão financeira. Aqui estão alguns dos principais aprendizados que podem ser extraídos:

1. Conheça profundamente seu cliente: Felipe enfatiza a importância de entender não apenas as necessidades financeiras básicas dos clientes, mas também seus comportamentos, motivações e as barreiras que enfrentam ao acessar serviços financeiros.

2. Simplifique os serviços: Um dos grandes obstáculos para a inclusão financeira é a complexidade dos produtos bancários. A abordagem do will Bank de simplificar esses produtos e o próprio processo bancário torna os serviços mais acessíveis e compreensíveis, o que é crucial para clientes que podem ter limitada experiência financeira prévia.

3. Mantenha um equilíbrio entre tecnologia e interação humana: Apesar de ser um banco digital, o will Bank reconhece a importância da interação humana. Felipe discute como eles combinam atendimento digital com momentos de contato humano direto, garantindo que a tecnologia não substitua completamente o elemento pessoal, mas que trabalhe para aprimorar a relação com o cliente.

4. Resolva dores específicas do cliente: Cada serviço oferecido deve ter como objetivo resolver uma “dor” específica, demonstrando um atendimento focado no cliente.

5. Acessibilidade é chave: A estratégia de oferecer serviços por meio de canais digitais amplia a acessibilidade, permitindo que pessoas em regiões remotas ou com restrições de mobilidade possam acessar serviços financeiros da mesma forma que clientes em áreas urbanas. 

Assista ao Mundo Corporativo

O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, às quartas-feiras, 11 horas da manhã pelo canal da CBN no YouTube. O programa vai ao ar aos sábados, no Jornal da CBN, e aos domingos, às 10 da noite, em horário alternativo. Você pode ouvir, também, em podcast. Colaboram com o Mundo Corporativo: Carlos Grecco, Malu Mões, Débora Gonçalves, Priscila Gubiotti e Letícia Valente.

Mundo Corporativo: Antônio Carlos Aguiar fala dos desafios do trabalho na era digital

Bastidor da gravação com Aguiar, no estúdio da CBN. Foto: Priscila Gubiotti

“Então, não dá mais para fazer aqueles planejamentos que nós fazíamos de cinco, de 10 anos, porque eu não sei o que vai ser. Nem o mercado de trabalho a gente sabe mais o que é.”

Antonio Carlos Aguiar, advogado

A evolução tecnológica tem reformulado as bases tradicionais do trabalho, criando um novo paradigma onde as relações laborais precisam ser tão ágeis quanto as mudanças sociais e tecnológicas que as impulsionam. Neste contexto, o advogado Antônio Carlos Aguiar, especialista em direito do trabalho digital e disruptivo e autor do livro “Direito do Trabalho 2.0 – digital e disruptivo”, compartilhou suas perspectivas no programa Mundo Corporativo da CBN.

Transformação Digital no Ambiente de Trabalho

Durante a entrevista, Aguiar enfatiza que o cenário atual exige uma nova abordagem nas relações de trabalho, onde até mesmo a legislação existente, como a CLT, parece não mais atender completamente às necessidades atuais.

“O trabalhador tem um mindset digital na prestação do trabalho dele com visão de startup, do mundo do Século 21, do mundo com viés digital e não mais aquele mundo analógico, onde tinha para proteção do trabalhador uma CLT , alguma coisa mais formal”

O advogado pontua a importância de entender que estamos em um ecossistema trabalhista onde tem inclusive stakeholders que optam por sequer trabalhar e têm de ser respeitada essa opção” A flexibilidade e a informalidade, que antes poderiam ser vistas como precarização, hoje são entendidas como parte de um ambiente de trabalho que valoriza a autonomia e a contribuição individual de maneira não tradicional.

“Então, as relações de trabalho tem que acompanhar as mudanças das relações sociais e a visão de propósito que a nova geração tem”.

Antonio Carlos Aguiar também discute a interação entre diferentes plataformas digitais e o mercado de trabalho, admitindo que não se tem ainda uma resposta concreta sobre como essa relação deve se realizar porque é ainda algo muito novo. Entende, porém, que se deveria refletir sobre a maneira como as grandes empresas de tecnologia transformaram completamente seus modelos de negócio para atender às demandas do século 21. Um exemplo é a Amazon: se antes vendia livro, hoje entrega qualquer produto em qualquer lugar do mundo. Citou, também, o WeChat, que é a versão do Facebook na China, uma rede social pela qual também se faz pagamento sem usar cartão de crédito ou dinheiro. Ou seja, um espaço de entretenimento, pagamento e prestação de serviço que representa bem o modelo de negócio  atual.

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Mundo Corporativo: para Paulo Antunes, da Fogo de Chão, “deixa comigo” é valor a ser preservado

Paulo Antunes entrevistado no Mundo Corporativo Foto: Priscila Gubiotti

“Um bom líder cuida de pessoas, e essas pessoas cuidam dos clientes e dos resultados.” 

Paulo Antunes, Fogo de Chão

Para que se faça um bom churrasco tem de entender de carne, de fibra, de gordura, de como espetar, de como fazer o fogo e de como cortar. Para se fazer uma boa churrascaria, tem de entender de gente — além de tudo aquilo que está descrito na frase que abre este parágrafo. É o que se aprende ouvindo Paulo Antunes, country manager do Fogo de Chão no Brasil, uma das maiores redes de churrascarias do país. 

Em entrevista ao programa Mundo Corporativo da CBN, o executivo comenta que se não bastassem todos esses desafios para entregar excelência, no caso das churrascarias ainda há um outro complicador: cada garçom é um chefe de cozinha, ao menos no modelo de atendimento mantido nas lojas da Fogo de Chão 

“Na Fogo de Chão, você tem a figura do chefe nas 20 pessoas que te servem no salão. Então, cada um que vem com um corte específico é o chefe daquele corte”

Preparar essa equipe de cozinheiros exige investimento, treinamento e tempo. Paulo Antunes diz que o ideal é desenvolver profissionais que tenham perfil de uma persona que ele define como “Gaúcho” — alguém que entende muito bem de churrasco, atendimento e trabalho: 

“(O Gaúcho) personaliza uma atitude. Então, nós temos valores na Fogo de Chão de excelência, de excelência operacional, de trabalho em equipe e, principalmente, um valor que eu gosto muito que é o “deixa comigo”.” 

“Deixa comigo” transcende ser apenas um lema; é uma essência profundamente enraizada na cultura gaúcha que Paulo Antunes destaca. Essa expressão simboliza a propriedade completa e o comprometimento do indivíduo com sua função, seja na gestão dos recursos ou na satisfação do cliente. Tal responsabilidade não emerge instantaneamente, mas é forjada com tempo e dedicação.

Duas curiosidades: apesar de a empresa ter sido criada no Rio Grande do Sul, atualmente não mantém nenhuma loja no estado, e apenas 30% dos garçons são realmente gaúchos. Paulo Antunes comenta que os outros “gaúchos” são dos demais estados brasileiros. 

Diante de todos esses desafios o sucesso deste negócio se constrói a partir da gestão eficaz das equipes, diz Paulo Antunes :

 “Eu tenho que ser um líder servidor. Preciso inspirar as pessoas, preciso viver pelos valores”.

A Fórmula do Sucesso 

Em suas reflexões sobre estar sempre preparado para superar obstáculos além do esperado, Paulo Antunes enfatiza a necessidade de uma prontidão para enfrentar adversidades maiores do que as antecipadas. Esta abordagem não somente equipou o Fogo de Chão para navegar por tempestades significativas, como a crise provocada pela COVID-19, mas também permitiu à empresa ressurgir com ainda mais força, traçando caminhos para a expansão e a inovação. 

A liderança eficaz e a perspectiva empreendedora são fundamentos dessa capacidade de superação. Antunes reconhece esses atributos em si e na sua equipe, propondo que “o verdadeiro executivo de sucesso é perenemente munido de um espírito empreendedor”, ressaltando a vital importância de antever as demandas e identificar as oportunidades que residem nos desafios.

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Mundo Corporativo: a visão de Valter Patriani sobre inovação e cliente

Valter Patriani entrevistado no estúdio da CBN em foto de Priscila Gubiotti

“Então, você veja que a perspectiva do cliente é toda diferente, você precisa ter muita humildade para ouvi-lo, você aprende e transforma esse aprendizado em um bem maior.” 

Valter Patriani, empresário

Em um universo corporativo que exige constante inovação e adaptabilidade, a trajetória de Valter Patriani se destaca por uma visão diferenciada sobre a importância do cliente e da equipe no sucesso empresarial. Fundador da Construtora Patriani, Valter compartilhou, no programa Mundo Corporativo da CBN, ideias valiosas sobre como criar uma empresa vencedora. Este é um relato que vai além da construção de imóveis, adentrando o terreno da construção de relações sólidas com clientes e colaboradores.

O cliente no centro de tudo

Valter Patriani não é um nome estranho ao sucesso. Após uma carreira notável na CVC, uma das maiores operadoras de turismo do país, ele se aventurou no ramo da construção civil com um olhar inovador:

“E a gente vai tentando pegar o nosso cliente e entendendo quais são os momentos da vida dele para fazer imóveis para os diferentes momentos da sua vida, mas precisa ter muita atenção ao cliente, precisa entender de gente,” 

Essa percepção acerca da importância de colocar o cliente no centro das decisões empresariais é um dos pilares de sua estratégia. Fez assim no turismo, quando percebeu que apenas os mais ricos conseguiam viajar de férias, e buscou soluções para permitir que a família dos trabalhadores também aproveitassem os principais destinos do Brasil. Fez na construção civil, ao planejar apartamentos que oferecem funcionalidades e benefícios demandados pelos moradores.

Patriani destaca que ouvir o cliente não é apenas uma parte do processo, mas a essência para a inovação e adaptação. As necessidades e desejos do cliente direcionam desde a concepção dos projetos até as práticas de sustentabilidade e tecnologia empregadas na construção. Placas solares para economia de energia, janelas automatizadas para maior conforto e infraestrutura preparada para carros elétricos são apenas algumas das inovações mencionadas por Patriani, sempre com o foco na experiência do cliente.

Pensa nos detalhes: na janela diante da pia onde se lava pratos ou no nicho para produtos de banho ao lado do chuveiro; se todos os prédios já oferecem gerador de energia nas áreas comuns, o empresário amplia o atendimento a pontos essenciais dentro do apartamento, como a tomada para o celular não descarregar e a que mantém a geladeira funcionando.

Liderança e colaboração: pilares para o sucesso

A visão de Patriani sobre a importância do trabalho em equipe é igualmente reveladora. 

“Tudo nasce dentro da companhia, dentro do time. O que os funcionários de obra estão executando hoje foi pensado a um ano e meio, dois anos antes. E quem é que pensa? O time. Nenhum de nós é melhor do que todos nós juntos”.

Essa filosofia ressalta o valor da colaboração interna e da liderança participativa. Patriani sublinha a importância de conhecer e conversar com os clientes e colaboradores, uma prática que permite uma troca constante de aprendizados e experiências.

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Mundo Corporativo: se você não se reinventa todo dia, você morre, diz Janyck Daudet, do Club Med

CEO do Club Med em entrevista ao Mundo Corporativo Foto de Priscila Gubiotti

“Hoje em dia, não é mais ‘management top down’. São eles embaixo que mandam. A gente ouve muito eles. Mas a exemplaridade é essencial neste tipo de trabalho”.

Janick Doudet, CEO Club Med na América do Sul

Freundlichkeit,, gentillesse ou kindness. Seja em qual for a língua, gentileza deve fazer parte do vocabulário dos funcionários que atuam nos 26 países em que existem unidades do Club Med. Os integrantes da equipe dos resorts, não por acaso, são chamados G.O — Gentis Organizadores. Para Janyck Daudet, CEO do Club Med para a América do Sul, entrevistado no Mundo Corporativo, da CBN, exercitar a gentileza é essencial para que se ofereça a melhor experiência possível aos clientes.

“(gentileza) é importante e faz parte dos valores do Club. Como todas as empresas, o Club Med tem vários valores: responsabilidade, pioneirismo, etc, etc, etc e gentileza. Porque no final, nosso cliente quer passar férias inesquecíveis”. 

No Brasil, Janyck está à frente das operações de três resorts: em Rio das Pedras (RJ), Trancoso (BA) e Mogi das Cruzes (SP). No ano que vem, será entregue uma quarta unidade, em Gramado, na serra do Rio Grande do Sul. A convivência harmônica e produtiva entre colaboradores de cerca de 25 nacionalidades diferentes é um dos desafios do executivo. Ele enfatiza a importância de criar um ambiente de trabalho que respeite e celebre essa diversidade cultural, criando uma “família” corporativa unida não por laços sanguíneos, mas por valores compartilhados e objetivos comuns.

“A noção de respeito para mim é muito importante. Quando você dirige uma empresa, você tem de respeitar a cultura de cada um e estar sempre ouvindo as pessoas.” 

Inovação constante: a chave para o futuro

Num mundo em constante transformação, onde a inteligência artificial e a globalização redesenham os contornos do mercado de trabalho e do lazer, Janyck traz luz sobre como liderar com sucesso em um setor tão dinâmico como o turismo. Em um trecho impactante de sua fala, este francês de nascença, que está na empresa há 40 anos e no Brasil, desde 1996, sem jamais perder o sotaque de origem alerta:

“Se você não se reinventa todo dia, você vai morrer, porque o mundo já passa muito rapidamente e a inteligência artificial, hoje, faz com que a coisa acelere ainda mais. Então, você tem de se reinventar todos os dias”. 

Essa necessidade de inovação constante é particularmente crítica no turismo, um setor altamente competitivo e afetado por mudanças rápidas em tecnologia e comportamento do consumidor. A pandemia do COVID-19, por exemplo, foi um lembrete brutal da fragilidade do mercado; apenas aqueles prontos para adaptar-se e inovar poderiam esperar sobreviver e prosperar. Para Janick, adaptar-se é mais do que uma estratégia; é uma filosofia de vida que ele instila em sua equipe, garantindo que o Club Med continue a ser um líder no setor de turismo global.

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Na entrevista, Janick Doudet também falou sobre o momento do turismo brasileiro, as barreiras para o crescimento do setor no Brasil, a sustentabilidade nos negócios, os novos projetos da empresa e o seu desenvolvimento na carreira:

Mundo Corporativo: Vinícius Mendes, da Besouro, prega a transformação social por meio do empreendedorismo

Vinicius Mendes em foto de Priscila Gubiotti

“Não bastava trabalhar, não bastava ter boa vontade de correr e ter uma boa ideia; e, sim, também, de educação.”

Vinícius Mendes, Besouro de Fomento Social

Imagine começar um negócio do zero antes mesmo de ter uma ideia do que você pode oferecer ou criar. Esse é o desafio que Vinícius Mendes lança às pessoas que vivem nas comunidades mais carentes do país, a partir do trabalho que realiza na Besouro de Fomento Social, empresa que reúne um instituto sem fins lucrativos e uma agência que busca o lucro, criada, em Porto Alegre, em 2009. No programa Mundo Corporativo da CBN, ele compartilha como transcendeu as dificuldades iniciais para impulsionar outros a empreender, revelando que o sucesso vai além da mera inovação ou esforço – é fundamentalmente ancorado na educação.

A educação como alicerce para o empreendedorismo

Vinícius Mendes enfatiza que, para realmente prosperar e transformar uma ideia em um empreendimento de sucesso, é essencial possuir não apenas a visão ou o ímpeto, mas uma sólida compreensão dos fundamentos de negócios e uma educação empreendedora.

“O empreendedor tem muita chance de dar certo, tem riscos, mas tem muita chance mais rápido de dar certo”. 

Ele ilustra essa perspectiva com sua trajetória, desde as primeiras experiências vendendo crepes na frente de escolas, passando pela criação de uma empresa de eventos, até a fundação da Besouro de Fomento Social. Sua história é um testemunho da transformação que a educação empreendedora pode engendrar, especialmente em comunidades vulneráveis.

O empreendedorismo como vetor de transformação social

A atuação da Besouro no campo da educação empreendedora visa, sobretudo, capacitar indivíduos em situação de vulnerabilidade social, oferecendo-lhes as ferramentas necessárias para identificar oportunidades de mercado e transformá-las em negócios sustentáveis. A pesquisa realizada por Mendes, tanto na Rocinha quanto em favelas da Argentina, revelou que o conhecimento específico em gestão de negócios e estratégias de mercado é crucial para o sucesso empreendedor, mesmo (ou especialmente) em contextos de recursos limitados.

“Não tenho dúvida de que o empreendedorismo já faz a diferença no nosso país e fará ainda mais quando estas pessoas compreenderem o poder que têm delas serem empresárias e empreendedoras”. 

A Besouro de Fomento Social desenvolveu uma metodologia que considera as particularidades de cada indivíduo e comunidade, focando na criação de oportunidades reais de negócios que podem gerar renda sustentável e, consequentemente, promover o desenvolvimento local.

A abordagem da Besouro, ao capacitar pessoas a partir de suas próprias casas e realidades, demonstra que o empreendedorismo pode ser um caminho viável para a autonomia financeira e o empoderamento. Vinícius reflete sobre o impacto dessa capacitação na vida das pessoas, destacando que a educação empreendedora não apenas alimenta sonhos, mas os torna tangíveis e realizáveis.

“O empreendedor tem muita chance de dar certo, tem riscos, mas tem muita chance mais rápido de dar certo. Quando a gente expõe isso para quem precisa o hiperfoco toma conta e a chance de dar certo é enorme”. 

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Mundo Corporativo: Paula Bellizia, do Ebanx, fala da próxima revolução dos pagamentos digitais

Paula Bellizia em entrevista do Mundo Corporativo Foto de Priscila Gubiotti

“O pagamento digital é a espinha dorsal do comércio digital global.”

Paula Bellizia, EBANX 

No atual cenário, onde a inovação tecnológica se destaca como força motriz na transformação dos mercados globais, o setor de pagamentos se revela como um terreno promissor para mudanças impactantes. No Brasil, o Pix se apresenta como o exemplo mais expressivo dessa transformação, democratizando o acesso aos meios de pagamentos digitais. Paula Bellizia, presidente de pagamentos globais do Ebanx, com base em pesquisa realizada pela empresa, previu que o Pix vai virar o método de pagamento preferido na economia digital brasileira em 2026, empatando com o cartão de crédito.

Durante entrevista o Mundo Corporativo, da CBN, Paula, que também lidera a força-tarefa “Mulheres, Diversidade e Inclusão em Negócios” do B20 (fórum empresarial cujo objetivo é propor políticas públicas para o G20), compartilhou perspectivas sobre o avanço dos pagamentos digitais e a influência vital da liderança feminina nessas mudanças.

Fundado no Brasil há 12 anos com uma visão global, o Ebanx atua hoje em 29 países, conectando empresas internacionais a consumidores locais por meio de soluções de pagamento inovadoras. Paula enfatizou que ao integrar os métodos de pagamento preferenciais dos consumidores, o Ebanx facilita a entrada de empresas estrangeiras em mercados emergentes, promovendo um impacto positivo tanto no comércio digital quanto na vida das pessoas ao tornar o acesso a bens e serviços mais democrático e inclusivo:

“Nós estamos gerando a inovação necessária para transformar o ecossistema de pagamentos no mundo. Então, a partir do Brasil, a gente está mostrando como realmente mudar e com toda a experiência para o consumidor e para pequena empresa, também”. 

Dados do Ebanx indicam que 95% dos novos clientes de empresas optam pelo Pix em sua primeira compra, demonstrando a importância dessa modalidade no crescimento empresarial no país, o que justifica a recente incorporação do Pix por gigantes como Amazon e Google. Essa inovação, segundo Paula Bellizia, é um reflexo da capacidade do país de liderar mudanças significativas no cenário global de pagamentos.

Curiosamente, se as transações de pessoa para pessoa ou do cliente com a empresa ganharam essa agilidade, ainda existem muitos entraves nos pagamentos de empresa para empresa. Paula disse que cerca de 70% das transações B2B ainda são manuais e levam até 14 dias para serem concluídas, uma realidade que se transforma em oportunidade e tende a ser a próxima revolução dos pagamentos digitais:

“Tem muita inovação para acontecer ainda. Eu acho que a gente está no começo. Tem ainda a parte do comércio entre empresas. Tudo que a gente viu acontecer com os consumidores finais vai acontecer no mercado B2B. Aqui tem muita disrupção para acontecer, porque por curioso que seja esse é um mercado que parece ainda na era analógica”. 

Liderança Feminina e Inclusão

Paula Bellizia refletiu sobre sua experiência em posições de destaque em grandes empresas tecnológicas e como isso moldou sua visão sobre inovação, diversidade e inclusão. Ela acredita que o sucesso feminino inspira novas gerações.

“Acho que histórias femininas que mostrem que é possível e é possível com todas as escolhas. É possível se você quer ter uma família. É possível se você não quer ter uma família. É possível se você quer morar no Brasil. É possível se você quer morar fora do Brasil. É possível em tech. É possível em negócios. É possível!”

Sua liderança no Ebanx e na força-tarefa do B20 destaca-se não apenas pelos resultados empresariais mas também pelo compromisso com a construção de um ambiente corporativo mais inclusivo e representativo. Paula  consideraa diversidade uma alavanca para a inovação, argumentando que a pluralidade de ideias é essencial para criar soluções verdadeiramente disruptivas.

“Para mim como líder, a inovação só é possível a partir de perspectivas diferentes sendo trazidas pra mesa, a partir de uma cultura que incentive o diálogo e o desafio construtivo de ideias para que a gente tenha a ideia vencedora para companhia e não a ideia de pessoas individuais. Então, para mim, inovação e diversidade caminham lado a lado. Arrisco dizer que é impossível ter inovação sem diversidade”.

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A entrevista de Paula Bellizia ao Mundo Corporativo traz à tona reflexões essenciais sobre o papel da inovação e da liderança feminina nos negócios globais. Suas palavras não apenas iluminam o caminho para futuras disrupções no setor de pagamentos digitais mas também reforçam a importância da inclusão e da diversidade como pilares fundamentais para o sucesso empresarial no século XXI: 

Mundo Corporativo: Martha Gabriel apresenta a visão do líder do futuro

“O futuro não espera e não perdoa a falta de preparo.” 

Martha Gabriel, futurista

Navegar pelas complexidades e incertezas que a aceleração tecnológica impõe representa um grande desafio para os líderes contemporâneos. Essa é a premissa central da reflexão de Martha Gabriel, futurista, palestrante do TEDx e autora do best seller “Liderando o Futuro” (DVS Editora), compartilhada durante sua entrevista ao programa Mundo Corporativo. Sua análise, que abrange a influência da inteligência artificial (IA) nas corporações, destaca a necessidade urgente de os líderes aprimorarem habilidades para decifrar as transformações atuais e antecipar os cenários futuros:

“Não adianta só ter visão; é preciso traçar caminhos estratégicos e ser ágil na implementação de inovações”

A entrevistada destaca a importância de cultivar um pensamento crítico, capaz de questionar e adaptar-se rapidamente a novas realidades. Essa capacidade de inquirição tanto ilumina caminhos quanto define o perfil do líder que as organizações precisam para transcender os desafios atuais e futuros: 

“O líder do futuro tem que saber perguntar, lutar contra os vieses cognitivos e entender de argumentação lógica”

Navegando na Complexidade Tecnológica

A discussão sobre o impacto da IA e como esta redefine o conceito de trabalho e liderança é central na entrevista. Martha Gabriel pontua que, diferentemente de outras inovações tecnológicas, a IA penetra no cerne da atividade humana: a cognição. Essa penetração amplia as capacidades humanas e impõe a necessidade de repensar nossos papéis. 

“Temos que nos preparar para um mundo onde a criação de conteúdo, a tomada de decisões e até mesmo aspectos da nossa criatividade serão influenciados, se não conduzidos, por sistemas inteligentes” 

A futurista nos provoca a pensar sobre o potencial transformador da inteligência artificial na produção de conteúdo próprio. Ela argumenta que, ao invés de ver a IA apenas como uma ferramenta de automação que pode limitar a criatividade humana, devemos abraçá-la como um catalisador para expandir nossa capacidade de criação. 

Martha Gabriel sugere que a IA pode ser empregada para gerar novas formas de expressão, ajudando-nos a transcender as barreiras tradicionais do que é possível produzir individualmente. Essa perspectiva reforça a ideia de uma simbiose entre humanos e máquinas mas também nos desafia a repensar nosso papel como criadores na era digital, incentivando-nos a explorar o potencial ilimitado da tecnologia para amplificar nossa própria voz e visão criativa.

Além do domínio técnico, ela ressalta a importância inegável dos valores humanos, posicionando-os como um contraponto vital à objetividade impessoal das máquinas. Em suas palavras, a liderança eficaz no futuro não dependerá apenas da capacidade de integrar avanços tecnológicos, mas também da habilidade de harmonizar essas ferramentas com os valores e qualidades intrinsecamente humanas.  Martha Gabriel sugere que o sucesso na era digital e além será determinado pela capacidade de entrelaçar as competências tecnológicas com a compreensão, a empatia e a ética humanas, criando um equilíbrio onde a tecnologia amplia as capacidades humanas sem suplantar os princípios morais e emocionais que definem nossa humanidade.

O líder do futuro não é só o cara que sabe perguntar. Ele sabe articular as pessoas certas para que tenham as melhores perguntas, os backgrounds distintos, para que você consiga ter um nível maior de pensamento”.

Reconhecida internacionalmente e uma das principais pensadoras do cenário digital, Martha Gabriel salienta a necessidade de adaptabilidade e resiliência frente às rápidas mudanças trazidas pela digitalização e pela IA. Ela menciona que os líderes devem estar preparados não apenas para adotar novas tecnologias, mas também para enfrentar os desafios e as incertezas que acompanham essas mudanças, garantindo a sustentabilidade e a relevância contínua de suas organizações no futuro.

Para você aprender ainda mais

Ao fim da entrevista, Martha Gabriel prometeu compartilhar algumas fontes de informação que nos ajudam a aprofundar o conhecimento sobre inteligência artificial, liderança e outros assuntos sobre os qquais conversamos. Seguem as sugestões:

TEDx Martha Gabriel

Filmes/Séries para entender o mundo digital

Livro “Liderando o Futuro”

Livro Inteligência Artificial: do Zero ao Metaverso

Livro Você, Eu e os Robôs

IA Generativa vai reduzir o uso de buscadores em 25% até 2026

Geração Z prefere mentoria com ChatGPT do que com gestores

5 Habilidades para o Futuro do Trabalho

Empresas querem mais Soft Skills na Era da IA

Tendências do mercado de trabalho no Brasil

IA atual não supera humanos na maioria das tarefas

Megatendências que moldarão o futuro

IA consegue decifrar senhas apenas “ouvindo” o som das teclas digitadas

Como a IA está avançando?

41% das posições de trabalho do Brasil podem ser afetadas por IA

TEDx Sam Harris

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Mundo Corporativo: a jornada de resiliência e autodescoberta de Leonardo Simão

Nos bastidores do Mundo Corporativo em foto de Priscila Gubiotti

“A gente não precisa controlar nada externo, basta a gente controlar a nossa reação” 

Leonardo Simão, empreendedor

No universo do empreendedorismo, a jornada de Leonardo Simão se destaca s pelo seu sucesso como empreendedor em série, mentor, investidor e autor, e também pela sua profunda compreensão da importância da resiliência mental e do autoconhecimento. Em entrevista ao programa Mundo Corporativo, Simão compartilha ideias valiosas sobre os desafios e estratégias para prosperar em um cenário de negócios altamente competitivo.

O autor do livro “Do zero ao Exit, um manual completo do mundo da criação e captação de recursos para startups” argumenta que o cerne do sucesso empresarial não reside na ideia ou na execução, mas na capacidade do empreendedor de lidar com adversidades.

“O maior fator do sucesso de qualquer empreendedor, de qualquer empresário, não está na execução apenas, não está na ideia, não está no negócio, está na sua resiliência mental, está na sua saúde mental para lidar com todos os desafios”.

A filosofia do estoicismo, que Simão adotou após um período de intensa reflexão e busca pessoal, tornou-se uma pedra angular em sua vida e negócios. Ao abraçar conceitos como a dicotomia do controle e a importância do julgamento individual na percepção de eventos, Simão encontrou um equilíbrio que lhe permitiu enfrentar as incertezas do mundo dos negócios com uma mente mais tranquila e focada.

“Quando a gente entende o mindset positivo, a gente vê que não tem nada bom nem ruim na nossa vida. As coisas simplesmente são. E o que torna elas boas ou ruins é o nosso julgamento. Então, a partir do momento que você começa a controlar o seu julgamento, controlar a forma como você, age, como você reage, tudo muda”.

Simão compartilha sua trajetória de altos e baixos, desde o apogeu com a Bebê Store, uma líder em e-commerce, até momentos de introspecção profunda que o levaram a questionar o verdadeiro significado da felicidade e do sucesso. Esta jornada o inspirou a desenvolver o método “Calma da Mente”, visando ajudar outros empreendedores a encontrar paz e clareza em meio às pressões do ambiente de negócios.

Ao discutir a aplicação prática da filosofia estoica no empreendedorismo, Simão destaca a importância de focar no que se pode controlar e adotar uma mentalidade positiva. Ele enfatiza que, ao mudar nossa reação às circunstâncias, podemos transformar desafios em oportunidades de crescimento e aprendizado.

“Foque sempre em você, nunca foque no que está tá fora de você”.

Além disso, Simão toca em um tema de crescente relevância: o impacto da saúde mental no desempenho e sustentabilidade dos negócios. Ele argumenta que a produtividade e o bem-estar da equipe estão intrinsecamente ligados à saúde mental dos líderes e colaboradores, fazendo um apelo por uma maior atenção a este aspecto essencial do ambiente de trabalho.

Assista à entrevista com Leonardo Simão

A entrevista com Leonardo Simão serve como um lembrete oportuno da complexidade do empreendedorismo e da importância de cultivar uma mente saudável e resiliente. Suas experiências e ideias oferecem valiosas lições para empreendedores que buscam não apenas o sucesso nos negócios, mas também uma vida mais equilibrada e significativa.

O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, às quartas-feiras, 11 horas, pelo canal da CBN no YouTube. O programa vai ao ar aos sábados, no Jornal da CBN; aos domingos, às 10 da noite, em horário alternativo; e está disponível no podcast do Mundo Corporativo. Colaboram com o programa Carlos Grecco, Letícia Valente, Débora Gonçalves, Priscila Gubiotti e Rafael Furugen.

Mundo Corporativo: Eduardo Carvalho, da Equinix, prevê mudanças na forma de liderar na Era da Inteligência Artificial

Bastidores da gravação do Mundo Corporativo. Foto: Priscila Gubiotti

“A liderança hoje se faz pela influência, não pelo poder.” 

Eduardo Carvalho, Equinix

O papel dos líderes se destaca por sua profundidade e relevância, nesta era dominada pela tecnologia. Está é uma das reflexões de Eduardo Carvalho, presidente da Equinix para a América Latina, entrevistado no programa Mundo Corporativo, da CBN. Ele compartilha reflexões sobre como a inteligência artificial e o desenvolvimento digital estão remodelando o mundo e as relações, transformando a essência da liderança.

Eduardo Carvalho ilumina o cenário atual dos negócios, onde os data centers e a interconexão desempenham papéis cruciais. Ele destaca a importância da hospedagem dos principais players do mercado pela Equinix, a maior empresa global do setor: 

“Tudo que está no seu celular, todos os aplicativos, eles rodam, direta ou indiretamente, dentro da Equinix”

Esta capacidade tecnológica, segundo ele, tem um impacto direto na experiência do usuário final, colocando em perspectiva a responsabilidade e a influência das decisões empresariais.

O novo papel dos líderes

No coração da discussão, Eduardo enfoca o papel evolutivo dos líderes em um ambiente influenciado pela IA. Com o declínio do poder monocrático, surge uma nova forma de liderança baseada na negociação, colaboração e, acima de tudo, influência. 

“O líder moderno não toma mais decisões isoladamente. As decisões precisam do consenso e da colaboração das diversas áreas da empresa.” 

Essa mudança de paradigma reflete a necessidade de adaptar-se, não apenas às demandas tecnológicas, mas também às humanas, promovendo um ambiente onde o capital humano e a tecnologia coexistam harmoniosamente.

Inteligência Artificial e Liderança

A influência da IA na liderança é um tema central na visão do CEO da Equinix. Ele argumenta que a inteligência artificial oferece uma base de dados e análises profundas que podem auxiliar os líderes em suas decisões. 

“A inteligência artificial tem uma colaboração fundamental em tornar os processos mais eficientes e em fornecer insights que anteriormente poderiam não ser evidentes.” 

No entanto, Carvalho enfatiza que a IA não substitui a necessidade de uma liderança humana empática, intuitiva e adaptável. Pelo contrário, ela serve como um complemento que potencializa a capacidade de liderar com mais informação e precisão.

A importância da requalificação

Outro ponto crítico abordado por Eduardo Carvalho é a requalificação dos colaboradores em face das mudanças tecnológicas. Ele destaca a importância de preparar as equipes para trabalhar com novas ferramentas e processos, um desafio que os líderes devem enfrentar. 

“A requalificação é essencial não apenas para a eficiência operacional, mas também para a satisfação e o engajamento dos colaboradores.” 

Essa perspectiva sublinha a visão de Eduardo de que os líderes devem ser facilitadores da adaptação e do crescimento, tanto tecnológico quanto pessoal.

“A inteligência artificial tem uma colaboração fundamental, mas o futuro é híbrido e diverso.”

Ouça o Mundo Corporativo

O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, às quintas-feiras, 11 horas da manhã pelo canal da CBN no YouTube. O programa vai ao ar aos sábados, no Jornal da CBN e também fica disponível em podcast. Colaboram com o Mundo Corporativo: Carlos Grecco, Rafael Furugen, Débora Gonçalves e Letícia Valente.

Esta entrevista com Eduardo Carvalho não apenas ilumina o caminho para o futuro dos negócios digitais e a importância do capital humano nesse processo, mas também reitera a necessidade de uma liderança que abrace a diversidade, a inclusão e a inovação. À medida que o mundo corporativo continua a evoluir, as palavras de Eduardo servem como um lembrete da força que reside na combinação da tecnologia com uma gestão humana e inovadora.