Prefeitura explica ações para diminuir violência contra ciclista

Em mensagem, a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente esclarece medidas que são adotadas pela prefeitura de São Paulo que mostrariam sua preocupação com o uso da bicicleta. Foi uma resposta às críticas após o assassinato da ciclista Márcia Regina de Andrade Prado, atropelada na quarta pela manhã, na avenida Paulista, por um ônibus:

“Em 2006, foi criado o Pró-Ciclista, grupo intersecretarial responsável por pensar o uso da bicicleta como meio de transporte e transformar isso em política pública. Como primeiros frutos deste movimento, a cidade colheu: possibilidade de transportar a bicicleta em vagões e horários específicos nos trens da CPTM e nos vagões do Metrô; novos 14,8 km de ciclovias em ruas; possibilidade de deixar a bicicleta em segurança em estações do metrô onde funciona também o empréstimo de bicicleta, a partir de uma parceria entro o Instituto Parada Vital, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e o Metrô, com patrocínio da Porto Seguro; implantação de mil paraciclos em 2007 (escolas, bibliotecas, parques e órgãos públicos) e outros mil implantados em 2008. Também foram confeccionadas cartilhas educativas para desenvolver trabalho junto aos motoristas de ônibus da capital , trabalho que deverá ser desenvolvido a partir de fevereiro.Além disso, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, em parceria com o IEMA, está elaborando um Plano Cicloviário para a cidade de São Paulo que prevê a implantação de mil quilômetros de ciclovia num prazo de dez anos, o que mudará completamente a estrutura para uso da bicicleta na cidade. Os 100 primeiros quilômetros deverão ser implantados nos próximos anos. Vários trechos, previstos nos Planos Diretores Regionais, ao longo de Parques Lineares, por órgãos estaduais e sociedade civil, estão já em implantação.Hoje a cidade conta com:

– 19 km de ciclovia em parques municipais (5,5 no Ibirapuera; 2,7 no Anhanguera; 8,2 no Carmo; 2,6 no CEMUCAM)

– 14,8 km em ruas (1,8 na Estrada de Colônia; 6 na Radial Leste; 7 na Inajar de Souza (embora o projeto não esteja totalmente concluído, faltando a sinalização, a população já utiliza esta ciclovia)

– 13,2 km em obras (6,2 na Radial Leste – continuidade dos 6 km já implantados; 7 na Adutora Rio Claro – obra do governo do Estado)

– 51,7 km em projeto, em diferentes etapas (2,2 km em Engenheiro Marsilac; 11,5 km em Ermelino Matarazzo; 3 km em Itaim Paulista, ao longo do Parque Linear do Itaim; 15 km no Butantã – com conclusão prevista para 2010 ; cerca de 5 km em Pinheiros; cerca de 5 km no Jabaquara; cerca de 10 km em Capela do Socorro)

Além disso, a Secretaria está participando ativamente, com o Governo do Estado, do Grupo de Trabalho para implantação da ciclovia ao longo do Rio Pinheiros (40 km) e estuda a implantação de ciclofaixa na Av. Paulista e na Domingos de Moraes”.

5 comentários sobre “Prefeitura explica ações para diminuir violência contra ciclista

  1. Quantos km de ciclofaixas foram sinalizados? Como os motoristas de ônibus são treinados para tratar com os passageiros, pedestres e ciclistas? Porque até hoje não foi feita a ciclovia e passagem de pedestres na Ponte Estaiada, apesar da lei ser clara sobre essa obrigatoriedade? Existem mais perguntas sem resposta do que ações concretas. O resultado são as tragédias evitáveis…

  2. Por que a Secretaria de TRANSPORTES não ajuda nisso? Por que a Companhia de Engenharia de TRÁFEGO (CET) não ajuda nisso? A CET deveria mudar seu nome para CETM (companhia de engenharia de tráfego MOTORIZADO), já que não se preocupa muito com pedestres e ciclistas, só com quem está sentado numa máquina de cuspir fumaça.

    Para os pedestres, A CET cria “travessias em duas etapas” para que eles não atrapalhem os carros. Faz com que tenham que esperar 5 minutos para atravessar correndo um sinal de 10 segundos, porque os carros não podem esperar no sinal (só parados no congestionamento). O pedestre que espere.

    Para os carros, cria “semáforos inteligentes”, que sabem se devem abrir mais rápido para liberar o fluxo motorizado. O pedestre que aperte um botão e espere 5 minutos (isso quando o botão funciona), ou ande 500 metros para encontrar uma faixa, ou então reze e atravesse correndo, escutando uma buzinada de um motorista que acelerou de propósito porque o pedestre “tá errado” de não atravessar na faixa (e nem sempre está, porque nem sempre tem faixa, porque atravessar na faixa não faz diferença porque os carros não param e nem diminuem e porque o código de trânsito diz que o pedestre pode atravessar em qualquer ponto da rua se não tiver uma faixa a uma distância de 50 metros).

    Já o ciclista, se não ocupar uma faixa inteira, leva uma fina a cada poucos segundos. Se ocupa a faixa toda, ouve buzinas, palavrões e gente mandando ir para a calçada. O art. 220 diz que se deve manter distância de 1,5m ao ultrapassar ciclistas, mas quantas multas foram aplicadas referentes a essa infração média (4 pts)? Os agentes dizem que “não podem” aplicar essa multa, só a polícia. Mas a polícia aqui tem mais o que fazer e não fica multando infração de trânsito, essa função ficou para a CET. Ou seja, ninguém multa. Ninguém liga.

    Não precisamos de ciclovias, precisamos que a bicicleta seja integrada ao trânsito, que se faça cumprir o CTB e que ela seja reconhecida como o veículo que é, como previsto em lei. Precisamos de sinalização viária avisando os motoristas sobre o fluxo de ciclistas, como as placas amarelas que avisam sobre travessias de pedestres. Precisamos de sinalização de solo indicando a pista que os ciclistas devem usar e na qual devem ter prioridade e receber respeito. Precisamos que as auto-escolas realmente eduquem os motoristas, em vez de fazê-los decorar placas e intermediar compras de exame. Precisamos que as pontes das marginais sejam adaptadas para que os ciclistas as cruzem sem se sentir brincando de roleta-russa com os carros (“acho que agora vai dar pra passar” – e se arrisca a cruzar, porque não tem outro jeito). Precisamos que os motoristas respeitem a nossa vida, em vez de fazer de conta que não nos viram, em vez de nos espremer contra a calçada e dizer depois que estão com a consciência tranquila.

    A rua é de todos!

  3. A prefeitura esta fazendo um paliativo, mas resolver que é bom nada, e nem tão complicado é, era só respeitar as leis.
    A CET tem que cumprir o que está escrito no Código Brasileiro de Transito!
    A bicicleta é um veículo, têm direitos e os motoristas de todas as classes têm que ser punidos quando desrespeitar a lei.

  4. Ciclovias não resolveram. São caras, demoram e não servem para qualquer lugar. Mas sinceramente, quão caro é demarcar uma pista no chão? Quanto custa manter as faixas de pedestres pintadas? Pode esperar, em breve envio um material legal pra vc postar aqui.

  5. Existe uma pista asfaltada que é usada como servidão dos funcionários (um carro por período) da Secretaria, ou dos funcionários da ferrovia. Está pronta, é só fazer os acessos. Liga a Ponte Goulart até a Cidade Jardim. Uma baita ciclovia. Ninguém se mexe prá realiza-la. Nem para fazer valer a Lei. Veja abaixo o decreto.

    DECRETO Nº 50.421, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2005

    Atribui responsabilidade à Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento nas ações de implantação de uma ciclovia na margem oeste da Marginal do Rio Pinheiros, entre a Usina de Traição e o Kartódromo de Interlagos, no Município de São Paulo

    GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais,

    Decreta:

    Artigo 1º – Fica atribuída responsabilidade à Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento para o gerenciamento, a fiscalização, a contratação, a execução e o pagamento de estudos, projetos, obras e serviços referentes às etapas de implantação de uma ciclovia na margem oeste do Rio Pinheiros, entre a Usina da Traição e o Kartódromo de Interlagos, no Município de São Paulo.

    Artigo 2º – Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos a 12 de dezembro de 2005.

    Palácio dos Bandeirantes, 27 de dezembro de 2005

    GERALDO ALCKMIN

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