Reforma meia-boca incomoda comunidade escolar

POR FORA BELA VIOLA,

Escola meia-boca

POR DENTRO PÃO BOLORENTO

Escola meia-boca

Velho ditado que quase se aplica as condições da Escola Estadual Doutor João Ernesto Faggin, na Vila Clara, na zona sul de São Paulo, segundo o ouvinte-internauta Everaldo Gaspar. Digo quase, porque as imagens só puderam ser feitas da fachada do prédio e das demais paredes nas partes lateral e de trás. Por dentro, não havia como fotografar já que a escola está fechada. A reforma foi feita no segundo semestre para que a escola estivesse pronta na volta às aulas, neste mês. Foram gastos pouco mais de R$ 198 mil no local.

De acordo com Everaldo, já houve pedido à Fundação Para o Desenvolvimento da Educação – FDE para que explicasse porque “ os serviços foram executados de qualquer modo”, mas até agora não recebeu nenhuma informação.

Agora o outro lado

A Secretaria Estadual de Educação, de São Paulo, enviou a seguinte resposta:

“Sobre a reclamação enviada ao Jornal da CBN desta segunda-feira pelo ouvinte Everaldo Gaspar, sobre a escola Doutor João Ernesto Faggin, a Secretaria de Estado da Educação esclarece que no segundo semestre de 2008 a unidade passou por ampla reforma no valor de R$ 198 mil (lista abaixo). A unidade está em perfeito estado para que os estudantes sejam recebidos em 11 de fevereiro. Nesta semana a escola iniciará pintura, com mais R$ 7 mil de investimentos. A unidade foi totalmente reestruturada e está à disposição da equipe da CBN e do ouvinte. Este mesmo ouvinte já tem reunião agendada com a direção da escola para a próxima sexta-feira, na qual receberá informações sobre as obras. A escola não está fechada – seus funcionários estão trabalhando, mas sem movimentação de alunos, que estão em férias.

O que foi reformado na escola

 Instalações elétricas, substituição de telhas, desentupimento da rede de esgoto, troca de piso e portas dos banheiros, substituição de vidros, reforma da quadra com substituição de equipamentos esportivos (travas e tabelas), reconstituição parcial de muro de fechamento, instalação de alambrado no pátio, entre outros.”

Notas do jornalista:

Três imagens foram enviadas anexas a mensagem, nenhuma delas desmente o que foi registrado pelo ouvinte-internauta Everaldo Gaspar;

Causa estranheza saber que a escola dará início a pintura com gastos de mais R$ 7 mil, pois aparentemente já foi pintada em algumas paredes, inclusive naquelas em que há pedaços de ferro à mostra;

A expressão a “escola estava fechada” foi usada por este escrivinhador e não pelo reclamante. Este disse, em mensagem, que ele não tinha tido acesso ao interior da escola;

Que este ouvinte e todos os demais pais e estudantes sejam sempre atendidos como promete a Secretaria Estadual de Educação.

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