Sem internet Adote não emplaca, em Mossoró, diz vereador

Com pouco mais de 260 mil habitantes, Mossoró é a segunda cidade mais populosa no Rio Grande do Norte. Principal produtor em terra de petróleo e de sal marinho do País, o município tem o maior PIB per capita da região, mesmo assim o acesso a internet ainda é restrito. E este é um dos motivos apontados pelo vereador recém-eleito Lahyre Rosado Neto (PSB) para o fato de a campanha do Adote um Vereador não ter emplacado por lá.

Em mensagem por e-mail, Lahyre explica que o projeto foi divulgado pelo jornal O Mossorense, em programa de rádio e no blog dele. “As pessoas nas ruas nos abordam e dizem que a idéia é boa, mas acho que uma campanha como esta só avança com a participação de internautas fazendo o marketing viral funcionar”. O vereador sabe como explorar esta ferramenta, pois além de ter aberto um blog no qual transmite informações aos leitores e eleitores, usa de tecnologia para postar mensagens. Nesta semana, por exemplo, está em Brasília e publica notas pelo Blackberry.

A internet colabora mas não é essencial. O Adote um Vereador nada mais é do que um chamado para o eleitor controlar os passos do vereador no qual votou. E se não conseguiu eleger seu candidato, que escolha alguém a lhe representar no parlamento. Se cada cidadão estiver atento ao que o vereador adotado faz, muito provavelmente as decisões nas câmaras municipais estarão mais próximas do que deseja a sociedade.

Portanto, adotar um vereador é, simplesmente, fiscalizar o trabalho dele. Em um segundo passo, divulgar as informações que levantou, cobrar publicamente por posições coerentes, atitudes éticas. Esta divulgação pode ser criando um blog, enviando um e-mail ou repassando estas informações para colegas de trabalho, amigos de escola,  na comunidade religiosa e no clube da cidade.

O próprio vereador Lahyre Rosado Neto pode colaborar com este trabalho – além de divulgar em seu blog com já faz há algum tempo – convencendo seus pares na Câmara Municipal a atuarem com respeito ao cidadão. Abrir espaço para a participação do cidadão no legislativo municipal é outra  possibilidade. Aliás, pelo site da Câmara de Mossoró os moradores podem assistir às sessões às terças e quartas, às nove da manhã. Por que não mudar uma dessas sessões para sábado pela manhã quando os moradores teriam mais tempo para ir até a Câmara ?

Mossoró assim como as demais cidades brasileiras não devem desistir da ideia. O que, aliás, creio que não acontecerá no interior do Rio Grande do Norte, após ler a última frase da mensagem enviada por Lahyre: “Vamos continuar na luta e na divulgação da campanha para ver se conseguimos um número razoável de adesões.”

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