Calcula-se que 20 pessoas morram por dia, na região metropolitana de São Paulo, vítimas da poluição área provocada pelos automóveis, motos, caminhões e ônibus. Isto representa cinco vezes mais do que o número de pessoas vítimas de acidentes no trânsito, na capital paulista.
A situação tem -se agravado com o aumento da frota de veículos e a má-qualidade do combustível consumido, principalmente o diesel, disse ao CBN São Paulo, o doutor Paulo Saldiva, das maiores autoridades médicas do País no estudo dos efeitos da poluição no ar. Ele acaba de concluir estudo sobre os riscos à saúde por situações ambientais para o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, órgão do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPQ). No trabalho indentificou-se que São Paulo perde até U$ 1 bilhão em vidas prejudicadas pela qualidade do ar.
Triste saber, também, que o quadro se agravou depois de a cidade ter alcançado avanços no combate a poluição do ar, conforme análise feita em 2004. Saldiva defende a melhora da qualidade do diesel, a intensificação da inspeção veicular e o investimento em transporte público.
Ouça a entrevista com o médido Paulo Saldiva, do Laboratório de Poluição da USP
Mílton Jung 
aqui em São Paulo chegamos em um ponto que não somente os carros matam
Stress por viver neste caos urbano, transito infernal, que acabou virando esta cidade, excesso de barulho 24 horas por dia, agora com caminhões descarregando material nas obras, supermercados, lojas durante a madrugada e assim não se tem mais um sino em paz, e por ai vai.
Não adianta melhorar combustível, fiscalizar emissão, fazer rodízio se continua-se permitindo o licenciamento de 600 novos carros por dia. Você diminui a poluição em 2% e logo têm-se 5% mais de veículos para contrapor.
Os veículos motorizados são responsáveis por 90% da poluição da cidade. E olha que, desse número, os caminhões e ônibus são uma parcela bem pequena (e imprescindível). Enquanto a prioridade dos gastos viários for para construir viadutos e túneis exclusivos para carros, que só fomentam o transporte individual motorizado, e houver incentivos fiscais do governo para a fabricação de mais e mais carros, nunca conseguiremos quebrar esse círculo vicioso e altamente nocivo.
Ampliação dos transportes coletivos (metrô, corredores de ônibus) é uma boa saída. Pedágio urbano é outra. Com menos carros em determinada região, o transporte público fluirá bem melhor por lá, os ônibus chegarão mais rápido e entregarão logo os passageiros, ficando mais vazios.
Afinal, se aquele ônibus das 18h vem carregando gente até no teto, em boa parte é por causa dos carros que entopem as ruas e não o deixam levar logo aqueles passageiros para o seu destino. E o ônibus de trás vai demorar meia hora para chegar em vez dos costumeiros 10 minutos, juntando muito mais gente no mesmo carro.
A culpa do ônibus lotado também é, em parte, pelo excesso de carros nas ruas.