Grêmio 3 x 0 Náutico
Brasileiro – Olímpico Monumental
Sempre tive dificuldade para enxergar em campo se o time jogava no 4-3-3, 4-4-2, 3-5-2, 3-6-1 ou qualquer outra formação que somada resultaria em 10 jogadores. Ao olhar para eles, nunca estavam no mesmo lugar. Por isso fico curioso quando ouço comentaristas e mesmo torcedores de futebol falando desta combinação de números.
Time bom para mim é aquele que quando ataca sempre tem um monte de gente para chutar, quando é atacado não dá espaço para o adversário e, de preferência, o 1 – aquele que nunca aparece na formação tática – segure tudo lá atrás.
O 1 do Grêmio é tão bom que Dunga resolveu tirá-lo do time em momento decisivo da Libertadores para deixá-lo no banco do banco da seleção brasileira. Ainda bem que Marcelo Grohe, pelo menos hoje, deu sinais de que está mais seguro. E que assim continue para o resto dos tempos.
Como Paulo Autuori pretende formar o Grêmio para os próximos desafios não sei bem. Falam que vai enterrar o tal 3-5-2 do Celso Roth e substituir pelo 4-4-2. Entre um esquema e outro, fico com o 3 a 0 construído em campo, nesta noite fria em Porto Alegre – e aqui em São Paulo, também. Resultado da troca de passe veloz, tabelas pela direita e esquerda, movimentação rápida pelo meio e marcação desde a entrada da área do inimigo.
Evidentemente, tudo que se vê ainda é um esboço do que Autuori deve estar imaginando como time ideal para conquistar a América e chegar ao topo do Mundial. Uma equipe mais técnica do que de costume, sem perder a garra tricolor que sempre foi nosso diferencial. Futebol suficiente para colocar o Grêmio entre os 10 melhores do mundo, segundo a IFFHS.
E por falar em números, o que mais me agradou, com todo o respeito ao Souza e seus dois gols, foi o 16 vestido por Máxi Lopez, atacante diferenciado pelo talento com que toca a bola, se movimenta, abre espaço e dá presentes aos colegas. Além de marcar gols de cabeça como fez na Libertadores e na vitória desta noite.
Somente o comentarista da SPORTV, Batista, que em campo jogava muita bola, ainda não enxergou isso. Encerrou seu comentário na jornada de hoje dizendo que Máxi é um lutador – no que tem razão – mas que não contem com ele para tabelar. Meu Deus do seu, o Batista devia estar muito preocupado em decifrar se o melhor era o 3-5-2 ou o 4-4-2 e esqueceu de prestar atenção no que mais interessa: o talento do jogador. E Máxi tem muito.

Concordo plenamente com o seu comentário. Assisti o jogo, o Grêmio jogou bola (e olha que o Náutico foi voluntarioso, como sempre no Olímpico).
Gostei do toque de bola. O Defensor eliminou o Boca tocando bola, passes longos e contra-ataques muito rápidos e objetivos.
Vamos em frente! “Vai chover… Grêmio, Grêmio, Grêmio – o Grêmio vai sair campeão!”
Olá, Milton.
Tanto o Maxi quanto o Alex Mineiro tem essa qualidade de sair da área para tabelar. Tenho bastante esperança que essa dupla dê o resultado que se espera dela.
O problema do esquema com 3 zagueiros é que o meio de campo fica com menos um jogador. Note nas partidas em que um time atua no 3-5-2 os jogadores adversários sempre tem liberdade para tocar a bola na frente da grande área, ou seja, o time não fica compactado para sair num contra-ataque, por exemplo. Portanto, fica à mercê de chutões para a frente para efetuar contra-ataques. Além disso, quando ataca sempre corre o risco de propiciar contra-golpes adversários. Resumindo, não há como se ter um time equilibrado no esquema com 3 zagueiros.
Abraço.
Milton comecei a perceber o comportamento dos jogadores do Grêmio,e concordo com você Max Lopes esta fazendo a diferença,,jogador diferenciado corre o campo todo ajuda a defesa ,e é um exelente cabeceador bola aerea é com ele mesmo poe pra dentro do goll.
Grande abraço
Há mais deficientes visuais na crônica esportiva de Porto Alegre que,por terem queimado o Grêmio quando contratou Máxi López,recusam-se a enxergar virtudes no argentino. E olha que não são poucas as suas qualidades.
Muito interessante estas colocações.
Sou do tempo do 2 3 5 e da numeração nas camisas sempre iguais. Dois na área, 3 na intermediária e 5 no ataque.
Aí surgiu o Zagalo e o Pepe como laterais que iam da defesa ao ataque. Etc
Hoje temos algumas combinações que devem chegar a n hipóteses.
Entretanto estes numeros até que não são tão estranhos quanto aqueles que os dirigentes do futebol nos apresentam.Ou pior, os patrocinadores. Esta classificação publicada pela CNN dando o quarto lugar para o Mano Menezes é baseada em que?
Segunda divisão, será que avisaram a CNN que o Mano ganhou parte destes jogos na segunda divisão?