Grêmio 4 x 1 Atlético PR
Brasileiro – Olímpico Monumental
Da saída da Libertadores, estou recuperado. Parece que o time, também. Por mais importante que seja o futebol (haja vista o mundaréu de dinheiro que movimenta e a quantidade de gente que emprega), sou capaz de brincar comigo mesmo quando derrotado. Não por acaso escrevo esta coluna há dois anos, sempre pronto a encontrar algo magnífico, heróico, mesmo na mais pífia das performances gremistas em campo.
Mas ainda estou extremamente incomodado com título do portal Terra – onde já trabalhei e sei como as coisas do Rio Grande são cuidadas pela boa turma de jornalistas que lá está – que mal-tratava a torcida gremista ao confundi-la com uma parcela de gente sem-alma: “Torcida gremista faz insulto racista contra Elicarlos”. Tivesse ficado na manchete, a generalização se justificaria pela necessidade de fazer caber o título no espaço reservado à notícia. Porém, o texto também inclui todos os torcedores nesta atitude repudiável: “O jogador do Cruzeiro sofreu com atos racistas por parte da torcida gremista, no Olímpico, durante a classificação dos mineiros para a decisão da Copa Libertadores”. Foram alguns torcedores, não a torcida do Grêmio, caro repórter.
Evidentemente que a reportagem do Terra é apenas um relato descuidado de algo muito mais grave: a existência de pessoas que agem de forma descriminatória e são capazes de imaginar haver raça superior, como já o fez Hitler no passado. A utilizo, porém, para mostrar o risco que nós torcedores gremistas corremos ao permitirmos que esta gente ainda fale alto na arquibancada.
Por isso, fiquei feliz ao ler a coluna No Ataque, do jornalista Diogo Olivier, no site ClicRBS, na qual destacava afirmação feita pelo presidente do Grêmio Duda Kroeff que se comprometeu a expulsar do clube, caso sejam sócios, os poucos torcedores que imitaram um macaco para agredir o jogador Elicarlos do Cruzeiro. Ficarei ainda mais satisfeito se esta promessa for cumprida. Kroeff estará sinalizando ao Brasil o quanto diferente e corajoso pode ser um dirigente de futebol neste país em que todos os erros são acochambrados para atender a interesses de grupos privilegiados.
O Grêmio merece esta atitude em respeito a sua história e a sua estrela dourada que brilha na bandeira, homenagem ao lateral da seleção brasileira tricampeã do Mundo, em 1970, Everaldo.
Tempo extra
Do jogo de hoje nada escrevo além do placar, pois como devem saber estou distante do Brasil e das transmissões de futebol na televisão. E mais um jogo pela internet é “too much” neste período de férias.

Infelizmente o futebol e as coisas que estão ao seu redor proporcionam situações que nem sempre traduz o seu fundamento, sentimento.
Sentimento de alegria, tristeza como amor que dá o fora, amor que esquece aniversário ou amor que a gente entrega sem o amado saber e que sempre perdoamos.
Ainda tem gente nas arquibancadas que bota prá fora sentimento que não é do futebol. É de histeria coletiva.
Estes não são torcedores. Não aqueles que vimos cantar o nome do Grêmio e nos fez morrer de inveja, se permitem ter inveja de coisa bonita.
É gente sem direção.A direção da rua é a melhor resposta.
Quanto ao jogo de hoje, bem, assim como na libertadores, só será um teste de verdade com os clubes que estão ponteando. O furacão (ventinho neste campeonato), não serve como parâmetro.
Vamos ver com o Corinthians, bicho papão. Esse sim, vai ter muita gente torcendo contra o Grêmio.
Caro Milton,
No nosso blog faço um comentário que ninguém fez sobre o problema com o Eli Carlos.
Tem muito cretino querendo aproveitar uma situação para rotular o Grêmio como racista.
Dá uma lida lá e veja se não concordas comigo.
abraço