De chuva

Por Maria Lucia Solla

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Olá,

Tem chuva que é persistente;
teimosa.
É um som de O Rappa
Com cadência controlada para não deixar cair a munição carregada.

E cuidado aí, meu irmão, que munição também quer dizer provisão.

O temporal, não.
Já chega derrubando.
Morre exaltando sua glória, sob canhões de luz
e o rufar seco e ensurdecedor dos surdos
que lhe abrem alas.
É o abrir e fechar do samba, sem a história do recheio.
Ele vem, cai, mas derruba em cheio.

E tem também a garoa que é marota
pisa leve e dança como ninguém.
Não espante; encanta.
Não ataca; acata.
A Natureza toda se abre e lhe dá as boas-vindas.

Às vezes ela chega de mãos dadas com o sol
e riem; e fazem rir.
Noutras, se enreda num papo-cabeça com a lua.
Um adágio que traz consigo
solidão.

E você, que chuva é?
Pense nisso, ou não, e até a semana que vem.

Maria Lucia Solla é terapeuta e professora de língua estrangeira. Aos domingos, escreve no Blog do Mílton Jung que, mesmo em férias, faz questão de compartilhar o texto dela com os leitores, faça chuva ou faça sol.

14 comentários sobre “De chuva

  1. Que chuva eu sou? Essa pergunta, Maria Lucia, me pegou de surpresa… Mas me imagino um temporal forte, pesado, e rápido, daqueles que vêm, dá seu recado e vai embora, deixando:
    opção 1: o sol brilhante aparecer novamente.
    opção 2: o caos.
    opção 3: a vida fluindo normalmente, como ela sempre flui.
    Obrigada por fazer dos domingos um dia de reflexão maior.
    Beijo grande,
    Su

  2. Hummmmmmm
    Vamos ver que tipo de chuva eu sou:
    Tô mais para aqueles CBs, cumulus nimbus que aparecem em dias muito quentes.
    Vai puxando a humidade, e quando fica carregado, maduro, que pode chegar próxima a altitude dos 20000 pés, despeja tudo de uma vez só e pronto!
    O céu fica cavok, azul e o sol volta a brilhar.
    De vez em quando aparecem algumas nuvens cumulus congestus para variar ne?
    Bjus Tia Malu
    Bom domingo, apesar de fechado, nublado cinza, acima das nuvens está cavok sempre.
    Alfa India November.

  3. Bom dia Malú!

    Que dia esquisito por falar nisso! Passei aqui mais cedo e estava meio nublado. Voltei a dormir mais um pouco e agora vejo que seu brilho está para sol!

    Eu diria que sou um pouco de cada uma, pois elas se completam.

    A chuva persistente é chata, contudo encharca nosso solo dando vida e nos coloca para pensar;

    O temporal arrasa e deixa sua marca, não precisa devastar nos provando que Deus existe está bom;

    A garoa é romântica, embaça os óculos para tirá-los e nos mostrar a beleza do orvalho na relva com nossos próprios olhos.

    Enfim deixa chover, garoar e cair o mundo que serei a água que corre para o mar para depois voltar e vê-los aqui meus grandes amigos!

    Abraços Armando e Malú.

    Não esqueçam de beber 2 copos com água para o corpo e a alma.
    PS: Malú o Smilebox é bem melhor que a imagem do Fantástico. Risos.

  4. Maria Lucia, bom dia.
    O nosso editor chefe está de férias mas montou um cronograma para ninguém botar defeito.
    No mar ou no ar ele edita a matéria.
    E falando em matéria, para comentar a de hoje ,muito bem equacionada e relacionada com o comportamento vou desconsiderar analogias e metáforas e falar efetivamente sobre a chuva.
    Tipologia muito bem engendrada que se for para optar escolheria todas. Na variedade é que temos o equilibrio. Melhor balanceamento do que ficarmos com o tipo mais equilibrado.
    Todas as chuvas tem sua função e trazem a sustentação e equilibrio de nosso meio.
    Tanto natural quanto social.

    Grande abraço

    Carlos Magno

  5. Foi ótimo ouvir a sua voz hoje estou mais para garoa e ontem estava mais para tempestade. Os ventos quando fortes trazem as tempestades e a brisa, a garoa…vem de fora…..
    Hoje o sol está lindo! A natureza celebra e eu também.

    Beijos, saudade, Claudia

  6. Oi prima, que poeta!
    Para mim, a chuva vem p/limpar, seja a poluição, as tristezas, as mágoas, etc.
    E o sol vem nos iluminar, assim como o dia, para reiniciarmos e continuarmos na luta.
    Beijos
    Te amo, faça sol ou chuva!
    Magutcha

  7. Bom dia!! Que delícia falarmos em chuva!! Estive na praia e, correndo na beira d’água a chuva chegou. Ora água doce ora água salgada, ambas respingadas, revigorantes, abençoadas. Num encontro único das águas saborosas, uma nova companhia abrilhantava o dia escurecido pelas nuvens, uma parceria de sentidos e emoções, tudo novo, tudo alegre e revigorado. Que bom falarmos em chuva!! Abraços molhados a todos…

  8. Hoje segundona, cinzenta garoando!
    E tive que sair as cindo da matina, cruzar a cidade perto de Congonhas, de sul a norte, para ir ate a Serra da Cantareira, la na Sezefredo Fagundes perto da estação da SABESP, um lugar paradisíaco e magavilhoso, porém garoando e com sete graus.
    Brrrrrrrrr
    Assim não gosto de chuva
    ai ai ai

  9. Olá,
    Suiang, filho, armando ítalo (alfa índia), cláudio, carlos magno, cláudia, magaly (magutcha) beto, mário (primo meu!),

    A chuva de vocês, no estágio em que estiver, tem sempre me protegido, e alimentado. E eu cresço.

    Os últimos dias têm sido difíceis.
    Sinal de que os próximos serão melhores.

    Beijo,
    ml
    ml

  10. Ola Mike Lima
    Lembra do meu primeiro artigo que escrevi aqui no blog?
    “O Voo da vida”
    Comento sobre o que uma tripulação “pode enfrentar” durante todas as etapas de um voo.
    Por vezes nos deparamos “com turbulências”, ora fracas, moderadas e severas.
    Se não tivermos, nestes momentos dominando plenamente os controles “das nossas aeronaves”, certamente passaremos por apuros!
    Depois de passadas as turbulências, ja com “a nossa aeronave estabilizada” num céu cavok, vamos então analizar sobre o que aconteceu durante as tais turbulências.
    E com elas aprendemos muita coisa, muitos dos mstérios da natureza, da tecnologia, de nós mesmo.
    E assim continuamos com o nosso voo, estabilizado prontos e preparados para uma nova e possível turbulência, os CBs pela proa.
    Ai por causa das experiências adquiridas nas turbulências anteriores, as próximas serão enfrentadas mais facimente.
    “Depois da tempestade o sol volta a brilhar e nada de turbulências.
    Se vierem novamente temos la em cima que enfrentá-las novamente, “voando” até um pouso seguro.
    Bjus
    Armando Italo

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