Brasileiro gasta apenas R$ 30 com livros, por ano

 

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A Bienal do Livro motivou a publicação de estudos sobre o hábito do brasileiro com a leitura. O Ibope Inteligência foi descobrir quanto se gasta, por ano, com livros e chegou a uma conta preocupante: apenas R$ 30 por pessoa. Mesmo nos Estados em que os números são mais otimistas, o investimento está na maior parte concentrado nas classes A e B.

Ouça a entrevista com Antônio Ruotolo do Ibope, ao CBN SP

A minha surpresa, durante entrevista com Antônio Ruotolo, que dirigiu este estudo, foi saber que São Paulo gasta menos com livro do que o Rio de Janeiro. Enquanto os cariocas desembolsam R$ 95 por ano, os paulistanos investem R$ 77 – e este valor cai bastante quando se calcula todo o Estado de São Paulo: R$ 47,00. Os estados do Nordeste e Minas Gerais são os que menos gastam com livros.

Outra dado interessante é a desigualdade que existe mesmo dentro das cidades. Em São Paulo, apesar do consumo com livros ser alto, comparado a média nacional, 90% do dinheiro sai das classes mais altas. Para Ruotolo, é provável que os mais pobres não lêem e se o fazem é através das bibliotecas.

O diretor do Ibope explicou que o consumo de livros está ligado não necessariamente ao preço do produto mas a maior concentração de livrarias em algumas regiões. As cidades menores não têm grandes livrarias e, assim, não comportam estoques com mais variedade e volume, restringindo o acesso e o consumo.

“O brasileiro lê pouco e com grandes diferenças regionais”, disse Ruotolo.

Um comentário sobre “Brasileiro gasta apenas R$ 30 com livros, por ano

  1. Sabe-se que a leitura amplia os conhecimentos e nos leva além dos limites de tempo e espaço, permitindo que entremos em contato com a alma humana :
    de todos os tempos – do homem primitivo ao homem dos dias atuais.O grande filósofo grego, Aristóteles dizia _“ que o homem tende por natureza ao conhecimento”.
    Dr. Osler comenta que o homem é moralmente são aos trinta anos, mentalmente rico aos quarenta e sábio aos cinqüenta ou nunca.”No entanto, muitos ainda não descobriram o poder que tem o hábito de ler e o enriquecimento que a leitura proporciona à pessoa. Ela leva o leitor a reestruturar as suas significações pessoais, e traz para fora algo novo, e assim, quanto mais se lê, mais se aprende. Porque é impossível separar a leitura da escrita, à medida que se lê, escreve-se melhor, desenvolve-se o potencial criativo, e, deste modo, acontece o encontro do homem consigo mesmo, com o mundo e a cultura. Um livro não se guarda apenas numa estante.
    “ Antônio Cícero no trecho do poema do poema “guardar” escreve:
    “Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la . Em cofre não se guarda coisa alguma. Em cofre perde-se a coisa à vista. Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado. Guardar uma coisa é vigiá-la por ela, fazer vigília por ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela, isto é, estar por ela ou ser por ela”
    Muitos homens das letras e juristas famosos já disseram que o caminho para se ter uma sociedade melhor é educando seu povo. Cassiano Ricardo, em seu poema “Brasil- Menino”, exalta, de modo divertido, as diferentes culturas legadas de outros povos que ajudaram a formar a nossa gente.
    E, nas páginas de sua história, o Brasil menino registrou os seguintes acontecimentos de seu destino: quando fala do indígena, refere-se ao lápis vermelho, às matas brasileiras, com seus primeiros habitantes, no período do descobrimento; do português ao giz branco, a chegada dos descobridores e colonizadores; do africano ao carvão, e toda a sua trajetória da África ao Brasil. Também o grande jurista e poeta Rui Barbosa no poema “ Aos Moços “ diz que, quem possui a arte de aprender, procura sempre instruir-se, navega seguro pelas águas do saber, torna-se abastado nas posses e aproveita, com sabedoria, o seu tempo. Mas, hoje, podemos até imaginar qual seria a reação dessas ilustres personagens, diante de tantos casos esdrúxulos que estão ocorrendo na nossa língua. Sabe-se que para escrever bem precisa ler sempre e, quem escreve, deveria saber o conteúdo daquilo que está sendo transmitido. Infelizmente, as coisas não são bem assim, muitas vezes, em redações de alguns estudantes, esse problema acontece com muita frequência, pois o conteúdo do que é transmitido não está em perfeita sintonia com aquilo que está escrito. Por tudo isso , vamos leia mais, viva melhor… Viver sem a leitura é manter os olhos fechados para o Conhecimento. Estudar é um bom negócio e a leitura um grande investimento !
    Luciah Rodriguez

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