Por Maria Lucia Solla
Ouça este texto na voz e sonorizado pela autora
Se na nossa seara cumplicidade campeasse, e traição rareasse.
Se a dor tivesse um botão para que a gente a controlasse, e a lágrima rolasse solta sempre que a gente dela precisasse.
Se a comunicação fosse sempre certeira, e a gente se percebesse.
Se fosse possível dizer tudo aquilo que se sente, olho no olho, e se a carne fosse forte, a mente inteligente e o coração a acompanhassem.
Se a distância não separasse, a proximidade não desgastasse, e um no outro a gente acreditasse.
Se a espera não afligisse, a frustração não paralisasse, e da esperança a gente pudesse ver a face.
Se irmãos se apoiassem, e amadas e amados fossem cúmplices e não culpados.
Se remédio curasse, a doença afastasse, e a gente, forte, a vida tocasse.
E se a gente usasse o se a nosso favor e deixasse de lado a resistência ao que não dá para mudar, e estivesse sempre disposto a transformar em si, sempre e só em si, o que é possível melhorar e vivesse a vida assim, dia a dia, hora a hora, perdendo às vezes o rumo por ter os olhos na lua sem ver um passo adiante, mas não perdendo a disposição de levar a viagem avante.
E a gente levasse a vida não como tarefa a ser cumprida, mas como grande aventura emocionante e divertida, com bandeirada na chegada e pegadinha na partida?
Apenas se.
Maria Lucia Solla é terapeuta, professora de língua estrangeira e realiza curso de comunicação e expressão. Aos domingos, escreve no Blog do Mílton Jung

Se apenas conseguissemos um minimo do que propões, certamente, teriamos um mundo muito melhor, bjs Maryur
Maryur,
como dizem os chineses, ‘Uma viagem de cem léguas começa com o primeiro passo’, não é?
Beijo e vamos adiante,
ml
Olá Lu
Tua escrita disse tudo “Se”. Mas a vida não tem “se”. É isto ou aquilo. Se fez – não se pode refazer. Que bom seria a vida se pudesse existir o se. Apresentas uma proposta de quem sabe, vamos fazer de outro modo… Prometo que lida tuas palavras vou tentar fazer diferente. Por sinal te vi nesta semana no filme da Bruna Lombardi – Onde está a felicidade, lembra um pouco, teu modo de ser, recomendo. Um Grande abraço, Anna
Ahanna!
Ah, o se! Independente da nossa vontade ele rege a vida. Se eu acordar e sair da cama e tocar meu dia, o resultado da receita será um. Se, no entanto, eu acordar e não sair da cama durante todo o dia, o resultado será outro.
O que precisa ser eliminado é o se das frases do tipo: se eu tivesse feito, se você tivesse dito, que é tudo perda de tempo.
Vou ver o filme da Bruna. Todas as vezes que você me viu num filme, eu também me vi.
Quanto ao teu tentar, estamos no mesmo time. Tentamos todos os dias, todas as horas.
beijo,
ml
Se quando olhássemos, víssemos, eu avistaria o outro inteiro e nunca só um reflexo de mim um arremedo do meu desejo de perfeição, nele. O que nunca pude ser, no outro. Os meus piores defeitos, os que quero acreditar não existirem em mim, no outro.
Se quando olhasse para ti, te enxergasse, veria certamente que tens qualquer coisa que em mim faltou. Que tenho certamente algo que para ti é útil.
Que a razão disto tudo é que estejamos sempre perto, vendo, sentindo, doando, recebendo, completando. Te segurando nas mãos, mas na verdade sendo segurado também por ti.
sérgio,
e eu? digo o quê?
As notas das tuas palavras compõem melodia doce, de acalanto.
E eu exalo gratidão.
beijo,
ml
Oi Vovó!
Um beijo!
JP
João Pedro, jp, meu neto!
Conseguiu trazer um sorrisão pro rosto da vovó!
Que honra ter você aqui, meu pequeno.
Adorei você ter vindo e amei de paixão o teu beijo.
Amo você!
beijo,
vv