Avalanche Tricolor: É preciso coragem, convicção e coerência

 

São José 2 x 1 Grêmio
Gaúcho – Olímpico Monumental

 

 

Escrevo sem saber o que será do amanhã. Leio nos sites de que o Grêmio pretende trocar seu técnico Caio Júnior, antes mesmo do Gre-Nal de quarta-feira. O nome preferido da diretoria é o de Wanderley Luxemburgo, treinador que há algum tempo aparece no noticiário muito mais por seus problemas e polêmicas do que por seus méritos. Torço para que não passe de especulação e falta de notícia nestes dias de Carnaval. Pois, a mudança neste momento, se for confirmada, é muito mais sinal da insegurança e incapacidade dos cartolas que mandam no Grêmio do que de seu técnico. Os resultados neste início de temporada não são mesmo alvissareiros – e o jogo de sábado à tarde reforçou este quadro -, mas as análises não levam em consideração a desconstrução do time e a falta de reforços para posições fundamentais.

 

O Grêmio mudou os dois zagueiros e os dois titulares atualmente são jovens para a responsabilidade que assumiram, além disso não contam com a assistência de volantes experientes – Fábio Rochenback deixaram ir embora. Os dois alas que demonstravam boa performance, Julio César e Mário Fernandes, especialmente, estão lesionados. Douglas, o jogador de qualidade e passe preciso, se foi também e a posição dele ficou órfã, não encontraram ninguém com capacidade para apoiar os dois atacantes, Kleber e Marcelo Moreno. A falta de talentos levou a diretoria a buscar reforços que começaram a chegar somente agora, portanto nunca estiveram à disposição de Caio Júnior.

 

Tivessem coragem, convicção e coerência, dariam tempo para Caio montar a equipe com os novos jogadores e analisariam seu desempenho neste cenário. Como não os têm, fazem do técnico bode expiatório. Deveriam, sim, assumir diante da torcida de que erraram ao permitir a saída de jogadores qualificados e demoraram em substituí-los. Mas isto seria esperar demais desta gente.

 

É curioso notar que o clube que marcou sua história pela bravura e superação, tenha seu destino nas mãos de gente covarde. Espero estar redondamente enganado em tudo o que escrevi neste post.

7 comentários sobre “Avalanche Tricolor: É preciso coragem, convicção e coerência

  1. Milton, concordo plenamente com você.

    O grande problema do futebol brasileiro, são os cartolas e suas impaciências com os treinadores. Se o treinador será demitido (espero que não) qual a vantagem traria isso, para o Grêmio? O clube está acima de qualquer dirigente covarde, que um dia ousou tomar o comando do destino dessa equipe. Deveriam preservar sua história, marcada por muita bravura e dedicação. Agora é aguardar. E, pelo amor de Deus, que não venha o Luxemburgo. Se vier, já podemos imaginar o final…

    P.S: Ah, se o André Lima fizesse aquele gol logo no primeiro minuto de partida, talvez a história fosse diferente…

    Abs

    • Bruno,

      Tenho pensado naquele primeiro lance do André Lima. E quase escrevi sobre ele. Como o futebol é administrado sem lógica, aquele gol desfeito levaria a diretoria a pensar de maneira diferente sobre o trabalho de Caio. Um lance é suficiente para mudar as convicções desta gente. Lembrei também que André Lima passou o ano de 2011 todo perdendo gol e era nossa alternativa para a falta de Moreno. A culpa é do Caio?

    • Cláudio,

      É lamentável que continuem comandando o clube desta maneira improvisada, sem planejamento. Brincadeira que li em “O Bairrista”, mais uma derrota é vamos rebaixar o Odone de deputado para vereador.

  2. Caro Milton é sempre um prazer te ler escrevendo sobre o nosso Grêmio.Muitas vezes me sensibilizou.Com relação ao Caio Jr. torci por ele acreditei que era a pessoa certa.mas o nosso time é maior que as minhas convicções,mas qualquer time do Grêmio mesmo em formação não pode ficar em quarto lugar em um grupo do Gauchão algo deveria ser feito no caso trocar o trenador. Sempre sequei o Luxemburgo ,mas terei que engoli-lo espero que com muitas vitórias.
    Saudações tricolores

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