Grêmio 0 x 1 Coritiba
Brasileiro – Arena Grêmio

Há dias em que as letras não surgem no papel, as palavras não se formam, as frases parecem sem sentido e os parágrafos apenas ocupam espaço. Dá vontade de não começar a escrever, seja por falta de inspiração, seja por falta de tesão, seja por falta de habilidade (provavelmente, em muitos casos, a última opção se sobrepõe às demais). Como sou um cara esforçado, e sempre o fui, desde os tempos em que a baixa estatura exigia um suor a mais para sobreviver nas quadras de basquete, estou aqui, pronto para encarar o desafio de falar sobre o que assisti na noite de ontem, pela televisão, em Porto Alegre.
Havia um time esforçado, como eu, que não se entregava apesar da desvantagem no placar e a pouca inspiração – boa parte do tempo a inexistência desta. Tinha gente querendo mostrar à torcida que somos melhores do que aquilo que estávamos apresentando, que merecíamos ser aplaudidos e incentivados. Ficava evidente esse espírito nas corridas em direção a bola, na tentativa de parar o adversário, nos cruzamentos para ver se ficávamos mais próximos do gol, na cara e gestos de nosso treinador e nos tombos para quem sabe sermos salvos por uma boa cobrança de falta. O problema é que tropeçávamos na nossa ineficiência e incapacidade que foram muito além do normal.
Se insistir até a última hora para escrever um texto não significa que este terá qualidade e vai convencer o leitor, caro e raro no caso deste blog, ser apenas esforçado no futebol não nos levará a vitória. É preciso mais. E temos time para tal.
Faço,geralmente,já no momento em que leio a tua Avalanche,Mílton,o meu comentário sobre o jogo ao qual assistimos. Algumas vezes,esse não passa de um adendo do teu. Outras,de absoluta concordância com aquilo que escreveste. Confesso que fiquei com tantas dúvidas sobre a capacidade do Renato-técnico ser,no mínimo,semelhante a do Renato-jogador-ídolo,que me decepcionei com a atrapalhação dele e,consequentemente,a do time. Gostaria que RP tivesse mantido o esquema do Gre-Nal. Temo pelo que pode acontecer na Bahia. Que o treinador e a sua equipe reabilitem,meu caro filho,a nossa inspiração.
Embora não se jogue a toalha em futebol, é duro ver o nosso time. Sei que não são, mas parecem um bando de pernas de pau. Será tão somente, aquilo que especialistas no assunto chamam de “fase ruim”?
Como posso atualmente assistir, devido ao tempo que tenho, (e daqui a pouco começam os jogos da UEFA 2013/2014…. que felicidade!), fico me perguntando sempre se, ao invés de ficar treinando, não seria melhor o treinador por os jogadores em frente a uma TV e assistir ao vivo alguns jogos de times europeus, onde se vê aquilo que acho fundamental no futebol: toques de primeira, deslocamentos de jogadores para receber a bola limpa. Coisa que não se vê no nosso GRÊMIO. A bola passada é sempre depois de tentativas de dribles, mesmo que tenha 1, 2 ou 3 adversários pela frente e aí o passe sai torto, a bola vai quadrada ao companheiro. Eita fase…
Milton, percebo um certo desanimo no texto.
Mas o pior vem por ai.
O Tricolor vai enfrentar o Santos na Copa Brasil.
E ai…? Se vencer, cumpriu a obrigação, nada de novo.
Se perder, vai ser aquela gozação.
Ruim para o Gremista que será alvo de chacotas e para o Santista que se encherá de falsas esperanças.
Tem momentos que seria melhor não ouvir notícias do futebol.
Quem sabe? Depois de algum tempo, a gente esquece e de repente a má fase passa.