Avalanche Tricolor: programa de domingo

 

Esportivo 1 x 3 Grêmio
Gaúcho – Bento Gonçalves (RS)

 

 

A costela foi salgada e levada à churrasqueira pouco fora do horário, o que se justifica pelo desacerto entre o relógio biológico e de parede, que teve de ser atrasado ontem à noite para se adaptar ao fim do horário de verão. Depois de 199 dias tentando se acertar com a hora que foi tirada no fim de outubro, precisamos de alguns dias para voltar ao normal. Por isso, ninguém se incomodou ao ver o fogo sendo feito mais tarde. O importante era acertar o ponto da carne, desafio bem mais complicado a medida que costela não é minha especialidade. Prefiro imensamente a que é feita pelo meu irmão Christian, um comandante e tanto de churrasqueira, até porque, apesar de gaúcho, sou quase um forasteiro ao lidar com carnes. Seja para dar apoio moral a este churrasqueiro seja porque sou um cara de sorte, todos (mulher e filhos) elogiaram a carne servida. E, sinceramente, também curti roer o osso que estava com sabor especial. Aliás, esse domingo estava com um jeito especial. Além da carne e do fim do horário de verão, ficamos livres do calor absurdo que tomou conta da cidade de São Paulo nestes dois primeiros meses do ano. Não apenas a temperatura ficou amena como choveu boa parte do dia. Para completar havia o Grêmio na televisão, de volta da Libertadores e disposto a se manter na liderança do grupo no Campeonato Gaúcho.

 

Verdade que não era nenhum jogo especial, o adversário era o Esportivo, tradicional time do interior gaúcho, que passa por fase bastante complicada. O estádio Montanha dos Vinhedos, onde já tive oportunidade de cobrir partidas pelo Gauchão, nos tempos de repórter de campo, é acanhado e tem gramado irregular, capaz de atrapalhar o domínio de bola dos mais talentosos. E o Grêmio entrou com time misto, misto quente, formado por titulares, que estavam em Montevidéu, na quinta-feira à noite, e reservas, alguns bem qualificados, mas desacostumados a jogarem juntos. Mesmo diante desse cardápio, a simplicidade com que o Grêmio decidiu o jogo transformou a partida em excelente programa de domingo (principalmente para quem precisava resistir ao sono provocado pela carne que ainda pesava no estômago). Sem forçar muito, ensaiando alguns bons lances e dribles, deixando a marcação mais frouxa do que de costume, marcamos três gols de forma bem interessante pelo desenho das jogadas. O pênalti cobrado por Maxi, antes dos cinco minutos de partida, foi resultado da movimentação e talento de Luan que aproveitou passe perfeito de Riveros. O gol de cabeça de Werley veio depois de falta cobrada por Alán Ruiz, que havia sido derrubado após driblar dois adversários na lateral do campo. E a confirmação da vitória chegou com a triangulação entre Maxi Rodriguez, Moisés e Everaldo, que concluiu no gol.

 

Depois do sofrimento da quinta à noite, que só se encerrou no início da madrugada de sexta, merecíamos mesmo um fim de semana tranquilo e sem preocupação. Por falar nisso, Alán Ruiz deu sinais de que pode ser bastante útil na temporada e se tornar em grande preocupação para os adversários.

4 comentários sobre “Avalanche Tricolor: programa de domingo

  1. Aqui em Tramandaí,com o vento minuano que teimou em soprar talvez porque não foi avisado de que não pode permanecer ativo por mais de três dias,o domingo dos veranistas gremistas foi salvo pelo boa apresentação do nosso time Aí,imagino,a qualidade do churrasco feito pelo dono da casa complementou o prazer de assistir a mais uma vitória do Grêmio. Particularmente,essa valeu para fortalecer o que penso sobre a superioridade do elenco tricolor,desta temporada,sobre o de 2013.Ela começa pelos remanescentes do ano passado e vai até os reforços,sejam os que chegaram faz pouco,sejam os jovens da base.Quanto à costela,lembro a velha frase,válida no teu caso,Mílton:vivendo e aprendendo.

    • Milton Pai,

      Se lembro bem do vento de Tramandaí, o sal da costela iria parar na costa. Ventos bons mesmo têm soprado para os lados da Arena, onde nosso time começa a tomar forma. Aproveite bem as férias.

  2. Treinadores gostam muito de dizer que é importante ter um grupo forte, que não trabalham com apenas 11 titulares, mas que todos possam entrar em campo e dar conta do recado, etc. Bom, o grupo de 2014 do Grêmio parece ser melhor que o de 2013. Ano passado quando precisava jogar com o time reserva, era um desespero só. Tudo bem que este de domingo não foi totalmente reserva, mas o importante é isso, mesclar titulares com jogadores que não costumam jogar e as novas peças mostraram que podem se encaixar perfeitamente no elenco, como é o caso de Alan Ruiz, Luan, entre outros. E tem ainda o Dudu, que deve estrear sábado. Tudo bem que alguns adversários do Gauchão não servem como parâmetro para a temporada, no entanto, o Grêmio só perdeu uma partida até agora, contra o São José…

    P.S: A costela deu água na boca, hahaha

    Abs

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