Escute, expresse e fale: o sentido de ter amigos

Publico fez fila na Travessa

A noite na Livraria da Travessa do Shopping Iguatemi, no lançamento de Escute, expresse e fale (Rocco) ganhou um significado que não cabe apenas na lombada do livro. A fila que se formava, os abraços que se repetiam, as conversas rápidas que sempre parecem ficar pela metade — tudo isso dizia algo simples e profundo: ninguém celebra nada sozinho. 

Ao lado dos colegas da CBN

A cena me levou a lembrar de uma frase que escutei certa vez no estúdio da rádio, dita por um ouvinte que atravessou a vida colecionando histórias e amizades: “A gente se encontra para confirmar que existe”. Naquela noite, cada rosto presente fez exatamente isso. Amigos de longa data, colegas de trabalho que acompanham a sua jornada diária e ouvintes que, mesmo sem conviverem fisicamente, carregam uma intimidade construída pela voz que chega ao amanhecer — todos estavam ali, tecendo, sem perceber, o verdadeiro sentido de se comunicar.

Sacavem, eu, Leny e Thomas

Tenho certeza de que a experiência também foi vivenciada pelos meus colegas (e amigos) de jornada literária: Leny Kyrillos, Thomas Brieu e Antonio Sacavem, com quem convivemos intensamente nos últimos anos, desde que iniciamos as discussões para escrevermos juntos Escute, expresse e fale

Entre os amigos, José Farina, do Colégio Dante Alighieri

A crônica daquela noite não fala só de um livro apoiado sobre a mesa. Fala da força que nasce quando pessoas que fazem parte da nossa trajetória se dispõem a estar por perto, celebrando o que construímos com esforço e alguma teimosia. Fala da alegria silenciosa que surge ao ver alguém que você não esperava, mas que faz questão de aparecer. Fala do privilégio de perceber que a vida é generosa quando nos permite caminhar acompanhados.

Meu companheiro de muitas lutas: Walter Fanganiello Maierovitch

No fim, Escute, expresse e fale não é apenas um título. É também a prática de quem reconhece que amizades se sustentam assim: ouvindo com atenção, dizendo com honestidade, oferecendo palavras que acolhem e gestos que aproximam. A noite do lançamento terminou como terminam os bons encontros: com a sensação de que, antes de qualquer livro, o que realmente vale é o capítulo que os amigos escrevem na gente.

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