O perigo da ciclofaixa desativada no domingo, em SP

A campanha publicitária é intensa, seja da prefeitura que a usa para fazer de conta que incentiva o uso da bicicleta na cidade, seja pelo Bradesco que investe na imagem positiva que a iniciativa trará. Apesar disto, a ciclofaixa que liga três parques da cidade de São Paulo voltará a ficar fechada neste domingo. É a segunda vez, desde que foi criada há pouco mais de dois meses. Pela primeira experiência, o risco é enorme.

Os avisos de que uma corrida neste domingo impedirá a utilização da ciclofaixa são tímidos, insuficientes para bem informar o cidadão que planejava por o pé no pedal e usufruir do benefício gerado pelos 5 km de pista exclusiva para as bicicletas na cidade. É bem possível que muitos levem a família para passear entre os parques do Povo, Ibirapuera e das Bicicletas e se deparem com os carros ocupando a faixa.

O cicloativista André Pasqualini pedalou durante a Virada Esportiva quando a ciclofaixa foi desativada pela primeira vez: “Muitos ciclistas com crianças na cadeirinha, ou escoltando seus filhos em bicicletas de rodinhas, se aventuraram na ciclofaixa na cara e na coragem”. Quanto aos carros, muitos respeitavam o direito de quem pedalava nas avenidas, mas havia aqueles que jogavam os veículos sobre os ciclistas e ainda berravam pela janela: “Está desativada”. Uma espécia de propaganda boca a boca.

Dois pontos a serem considerados:

1. Mesmo que a ciclofaixa esteja desativada, o ciclista tem o direito – garantido por lei – de pedalar na rua e avenida;

2. A partir de 2010, é recomendável que a prefeitura reavalie o percurso das provas de ruas (atividades importantes para a cidade, também) ou o volume de publicidade informando que a ciclofaixa estará desativada.

Leia aqui a avaliação de André Pasqualini no site CicloBR de onde, aliás, “roubei” a foto que ilustra este post

Depois do caso Vanusa, deputado quer hino na escola

 

Aproveitando-se do ‘sucesso’ que o vídeo com a execução do Hino Nacional Brasileiro pela cantora Vanusa, na Assembleia Legislativa de São Paulo, teve no You Tube, o deputado Donisete Braga (PT-SP) divulga texto do projeto de lei de autoria dele que obriga os alunos a cantarem o “Ouviram no Ipiranga” pelo menos uma vez por semana nas escolas, públicas e particulares. O projeto, apresetado no ano passado, que já estaria em condições de ser votado em plenário, também impõe o hasteamento da bandeira. (leia aqui o texto do projeto)

“Infelizmente muita gente ainda desconhece a letra e a até a música”, diz a nota divulgada pela assessoria do deputado que não faz nenhuma menção ao que ocorreu no parlamento. Na solenidade de abertura do 1º Encontro de Agentes Públicos, Vanusa errou a letra em mais de uma estrofe. Nesta segunda, a cantora que foi sucesso nos anos 70, disse que havia ingerido dois comprimidos de remédio para labirintite, o que teria atrapalhado a performace dela. Registre-se que a cantora estava como hino em mãos, o que a exime do “crime” de desconhecer a letra.

Em São Paulo, os alunos do primeiro grau da rede pública estadual já são obrigados por lei a executar o hino. Nos jogos de futebol realizados no Estado, também. Por sinal, a lei muitas vezes é cumprida nos gramados paulistas sem que haja qualquer respeito ao símbolo nacional. Houve situações em que os jogadores aqueciam enquanto o hino tocava nos alto-falantes. Outro projeto de lei do próprio deputado petista quer obrigar as repartições públicas a hastearem as bandeiras nacional e estadual.

Como será a internet na rede elétrica

 

Preços mais baixos e facilidade de acesso; fiação ruim e interferência de sinal. Aqui estão os prós e contras da internet pela rede elétrica, autorizada nesta semana pelas duas agências reguladoras envolvidas no setor, a Aneel (energia elétrica) e a Anatel (telecomunicações). Comprado o serviço de uma operadora autorizada – que não será a própria companhia de energia elétrica, apesar desta ter o direito de explorar o serviço através de subsidiárias -, bastará ligar o modem na tomada elétrica de casa e o sinal chegará ao seu computador.

A velocidade da transmissão ainda é uma dúvida para quem pretende contratar o serviço. Mas isto também ocorre com o sinal da internet emitido por cabos como conhecemos atualmente. No Brasil, onde o controle é menor, quem paga por banda larga de 4 mbps recebe no máximo 2 mbps. Sobre esse assunto, aliás, lembro de entrevista com a advogada Estela Guerrini, do Idec, nesta semana, no Jornal da CBN, na qual ela recomendava os clientes do Speedy – serviço que voltou a ser vendido – a registrarem queixa caso não estivessem recebendo a velocidade contratada. Pois podem começar, pois ninguém, nem eu nem você, recebemos. E não precisamos ser clientes do Speedy para sermos vítimas desta irregularidade.

Não sou especialista no assunto, mas você pode medir a velocidade da sua conexão usando alguns serviços online como o SpeedTest.

De volta ao assunto original deste post, a internet por rede elétrica. Conversei com Maurício de Britto Longo, especialista e autor de livros sobre tecnologia de informação, que explicou como funcionará a “internet elétrica” que só deverá estar a nossa disposição no ano que vem:

Ouça a entrevista de Mauricio de Britto Longo sobre a internet na rede elétrica

Segunda-feira que vem, Ethevaldo Siqueira do Mundo Digital conversa com a gente sobre o assunto no Jornal da CBN.

Sujismundo, atual como sempre

 

SUJISMUNDO DA PAULISTA - 18.08

 

Lançado no período do Regime Militar e com lema daqueles que agradam os milicos de plantão (Povo limpo é povo desenvolvido), o personagem Sujismundo ganhou a simpatia do cidadão e se transformou em sinônimo de pessoa sem asseio, desleixada, que desrespeita a cidadania. Carequinha e sempre rodeado por moscas, o desenho foi criado pelo animador e quadrinista Ruy Perotti Barbosa, em 1971. 

Sujismundo foi lembrado hoje durante o Jornal da CBN quando a repórter Mônica Poker registrou entulho abandonado na calçada da avenida Paulista em “ponto viciado” (veja as fotos clicando nas imagens acima). Ela própria já havia denunciado que o local, há algum tempo, vem sendo usado para descarte de material de escritório, geralmente carpete e lâmpadas fluorescentes.

E você relembra o personagem clicando aqui.

Agora o outro lado

Resposta da Subprefeitura da Sé (24.08, 17:19)

“Com relação à informação de lixo na Avenida Paulista, agradecemos e informamos que as equipes de limpeza foram acionadas para recolher o material despejado irregularmente. Reiteramos a importância da consciência e colaboração dos munícipes em procurarem os Ecopontos ou contratarem empresas cadastradas pela Prefeitura para fazer o descarte de entulho de forma adequada em aterros sanitários, evitando transtornos na cidade. Pedimos também a cooperação da população, denunciando e informando a Prefeitura para que possamos autuar os responsáveis pelo descarte irregular de entulho em vias públicas, através do telefone 156 ou pelo site da Prefeitura (www.prefeiturasp.sp.gov.br)