“A presença na Câmara tem mais resultado”, diz cidadão do Adote

Adote um Vereador
Dos mais envolvidos “padrinhos” da campanha Adote um Vereador, Claudio Vieira foi entrevistado pelo estudante de jornalismo Eduardo Lucizano, da Universidade São Judas, que mantém o Blog do Lucizano . A reportagem completa será publicada em projeto de jornalismo desenvolvido na Universidade.

Reproduzo a conversa que eles tiveram sobre a atuação do Claudio monitorando as ações do vereador novato e dirgente de futebol veterano Marco Aurélio Cunha (DEM):

1. Como você ficou sabendo do projeto Adote um Vereador ?

Através do programa CBN São Paulo que vai ao ar das 9:30 as 12:00 de segunda a sexta feira com o jornalista Milton Jung da CBN.

2. Você adotou o vereador Marco Aurélio Cunha, qual a razão ? Votou nele ?

Adotei o vereador Marco Aurélio Cunha e não havia votado nele. Adotei o vereador por ele ser iniciante na vida pública, sem vícios políticos, queria enxergar com a visão dele o que seria melhor para nossa cidade.

3. Como ele reagiu ao projeto ?

O vereador reagiu muito bem ao movimento que é voluntário e apartidário. Ele elogiou a iniciativa e disse que o cidadão deveria acompanhar seus representantes em todas as esferas do poder público.

4. Quais as principais “funções” dos blogueiros que adotam um vereador ?

Ler e postar nos blogs individuais tudo aquilo que sai na imprensa sobre o “afilhado”. Cada um coloca a sua opinião de cidadão comum, critica eventuais posicionamentos ou sugere idéias, sobre cada matéria levantada na imprensa em geral.

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‘Adote’ pede sessão noturna na Câmara de Jundiaí

Reunião Adote um Vereador

Em quase três horas de entusiasmo, ceticismo e ideias, cidadãos envolvidos na campanha Adote um Vereador estiveram reunidos na sexta (abril, 03) à noite, na sede do Ciesp, em Jundiaí. Havia jornalista de rádio e jornal; tinham estudantes e professores; adotadores e adotados, pois dois vereadores do PT estiveram no encontro, além do representante de um outro do PDT.

“Se não fosse esse horário” é o nome do movimento que será lançado na cidade do interior paulista para convencer a Câmara Municipal a transferir para a noite as sessões de votação. “Torna-se inviável a participação popular às nove da manhã de terça”, segundo informou Henrique Parra, coordenador da ONG Voto Consciente Jundiaí que organizou o “Debate Colaborativo”.

Um dos adotadores, que acompanha o trabalho do presidente da Casa, vereador José Campos, o Tico, do PSDB, disse que a alegaçõo dele é o custo para o município que teria de desembolsar cerca de R$ 1 milhão a mais, por ano, para o pagamento de adicional noturno  aos funcionários.  A vereadora Marilena Negro, do PT, que esteve na reunião, e também foi adotada, entende que este valor está superestimado, e imagina que não haverá problema para cobrir as despesas com as sessões noturnas porque todo o ano a Câmara deixa de gastar cerca de R$ 4 milhões previstos no Orçamento.

Da reunião, ainda foi possível tirar o comprometimento do DCE da Faculdade Anchieta e da Comissão da Juventude da Prefeitura de Jundiaí com a promoção da ideia de os cidadãos adotarem um vereador da cidade.

Particularmente, foi um experiência comovedora assistir às discussões de gente interessada em tornar melhor a qualidade de vida dos moradores de Jundiaí através da política.  Havia um temor de alguns dos presentes em relação a maneira como pessoas comprometidas com vereadores poderiam se aproveitar da campanha para transformar seus blogs em peça publicitária do mandato.

Assim como o medo de outros de que a falta de limites para a divulgação das informações dentro do “Adote um Vereador” levasse ao descrédito do trabalho realizado. Uma das sugestões foi que alguma organização se prontificasse a corroborar o trabalho daqueles que estejam atuando dentro do que se propõe a campanha.

Evidentemente, quando se tem a internet como principal plataforma do projeto a liberalidade que existe nesta mídia assusta. Mas devemos estar preparados para estes desvios, afinal vivemos em comunidade e não se imagina que todos aqueles que dela participam sejam íntegros.  Credibilidade não se conquista com selo de garantia oferecido por quem quer que seja.

A construção da consciência cidadã, no entanto, já pode ser percebida quando tantas pessoas se dispõem a deixar seus afazeres e lazeres em uma sexta à noite para discutir política. O Adote um Vereador, não se sabe, pode acabar amanhã ou depois, mas a ação daqueles que lá estiveram e de todos os demais que entenderam o recado dado vai permanecer.

Das muitas coisas que ouvi, gostei da frase de uma professora e ativista social de quem só guardei o primeiro nome, infelizmente, Regina: “O vereador se não for cutucado adormece”.

Fiscalização incomoda vereador Apolinário, em São Paulo

Adote um VereadorO parlamentar brasileiro não está acostumado a ser fiscalizado. Parece se sentir ameaçado pelo olhar apurado do cidadão. Por isso, alguns reagem de maneira negativa como ocorreu com o vereador Carlos Apolinário (DEM), de São Paulo.

Ao receber mensagem de Alessandro Temperini que decidiu adotá-lo, mostrou inconformidade com o trabalho deste jornalista e da ONG Voto Consciente, sobre a qual disse “não tem legitimidade para acompanhar o trabalho de quem tem mandato popular”. Explica que enviou um questionário para obter informações sobre a entidade e poder avaliar (dar nota) a ONG, mas não teria recebido resposta.

A informação não está correta. O Movimento Voto Consciente encaminhou por e-mail a resposta ao vereador Apolinário que talvez não tenha identificado a resposta em sua caixa de correio. Sendo assim, aproveito este espaço para reproduzir as perguntas do vereador Apolinário e as respostas da ONG Voto Consciente:

C.A –  Quem são seus diretores (nome completo)?
V.C – Os nomes estão disponíveis no site do Movimento Voto Consciente (www.votoconsciente.org.br)

C.A –  Qual o salário de cada diretor?
V.C –  O trabalho dos membros é VOLUNTÁRIO. Desde sua fundação, em 21 anos de trabalho, nunca houve e não há qualquer remuneração financeira de qualquer membro da Diretoria.

C.A – Quantos funcionários tem a ONG e qual o valor da folha de pagamento?
V.C – O Movimento Voto Consciente conta com o trabalho estritamente voluntário de conselheiros, associados e colaboradores. Consta da folha de pagamento do Movimento Voto Consciente uma única funcionária, que exerce seus préstimos profissionais (em meio período diário), devidamente registrada conforme as leis trabalhistas vigentes.

C.A – Quanto a ONG gasta por ano e no quê?
V.C – Os recursos do Movimento Voto Consciente são angariados através de anuidades dos voluntários contribuintes, doações e colaborações. Estes são direcionados aos trabalhos Movimento Voto Consciente. No site http://www.votoconsciente.org.br estão descritos as propostas,as metas e os trabalhos realizados.

C.A – Qual a filiação partidária de cada membro da diretoria?
V.C – O Movimento Voto Consciente é uma entidade cívica,totalmente APARTIDÁRIA, onde todos os voluntários (diretoria, inclusive) não apresentam filiação partidária. A filiação partidária de qualquer membro do Movimento Voto Consciente incorre em seu desligamento da entidade.

C.A – Os senhores concordam em colocar suas declarações de bens na Internet, como fazem os vereadores?
V.C – Os vereadores são FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS eleitos pelo cidadão, de onde provêm os recursos para seu trabalho. A resposta seria Sim, se a lei assim exigisse de cada cidadão da sociedade civil. O Movimento Voto Consciente tem por finalidade conscientizar os cidadãos sobre a importância do direito ao voto no exercício da cidadania e valorizar a postura ética e transparente dos representantes políticos eleitos, ou por estes nomeados. Cobrar a atuação do parlamentar para colaborar no aprimoramento de mecanismos que garantam maior participação da sociedade civil, contribuindo com valores democráticos.

As conclusões são minhas:

O vereador Apolinário confunde suas obrigações de homem público com o direito do cidadão de fiscalizar.

Critica a forma como é fiscalizado pois diz ter mandato popular, legitimado pelo povo. Ou seja, entende que eleito tem direito a fazer o que bem entender e dar explicação a quem quiser.

A ONG Voto Consciente tem todo o meu respeito, mas não faço parte da organização.

Aguarda-se, ansiosamente, a nota que o vereador Apolinário dará à ONG após ler as respostas aos seus questionamentos.

O Adote um Vereador não tem dono, nem mesmo apoio oficial de qualquer entidade, pelo menos em São Paulo. No entanto, tem recebido o incentivo (moral, vereador, apenas moral) de grupos que defendem a participação do cidadão no parlamento, inclusive de alguns vereadores.

A campanha é resultado de uma ideia levada ao ar no CBN SP e aceita por dezenas de cidadãos. Hoje, uma rede social aberta organiza as informações na internet, mas há muitas pessoas que, motivadas pelo programa, decidiram acompanhar o trabalho do parlamentar por conta própria. Um direito do cidadão, apesar de muita gente ainda não entender desta maneira.

“Nossos parentes são bandidos ?”, Agnaldo Timoteo

Adote um VereadorA cidadã Carol Goy que “adotou” o vereador Agnaldo Timoteo (PP-SP) enviou ao gabinete dele e-mail com perguntas sobre a contratação de funcionários. Leia o que o parlamentar respondeu:

1- Qual o critério que o Senhor usou para a escolha dos funcionários e assessores do seu gabinete?

Competência e amizade

2- Quanto será gasto com cada assessor e funcionário? Qual será o salário de cada um? O que cada um faz e como ajudam no trabalho do vereador?

Os salários são definidos pelo cargo.

3- Como o senhor acha que podemos contribuir para diminuir o nepotismo nas instituições políticas do Brasil?

Por acaso nossos parentes são bandidos? Por acaso não tem famílias e responsabilidades?

4- Por que não existe um site especifico para seu mandato?

As informações estão no meu site.

5- Existe a possibilidade do Senhor colocar em seu site a sua atuação na Câmara? Projetos apresentados (atualizados) presença em plenário, agenda parlamentar e assim por diante?

Você precisa prestigiar a TV Câmara

6- Quanto foi gasto na sua Campanha? Quem são os seus doadores de Campanha?

Informações de domínio público, mas gastei somente o necessário.

Adote um Vereador ganha rede social e adesões, no Wikia

Adote no Wikia

Já tem vida própria a campanha Adote Um Vereador lançada no CBN São Paulo logo após a eleição municipal. Depois da adesão de alguns ouvintes-internautas que acompanham o trabalho do vereador “adotado”  através de blogs (veja a coluna dos favoritos), chegou a vez da campanha ganhar nova dimensão com a inclusão da proposta no Wikia, uma rede social colaborativa que permite a participação de comunidades na internet.

A idéia foi do ouvinte-internauta Everton Zanella Alvarenga, físico formado pela USP, que em pouco tempo conseguiu reunir informações importantes para quem tem interesse em acompanhar o trabalho da Câmara Municipal de São Paulo e outras cidades.

Quatro vereadores de São Paulo foram adotados depois da criação do Adote Um Vereador no Wikia: Abou Anni (PV), Gabriel Chalita (PMDB), Kamia (DEM) e Roberto Trípoli (PV). Oito cidades, além da capital, já estão na relação daquelas em que há interesse em adotar o vereador ou o deputado distrital, no caso do Distrito Federal.

Todos os interessados em participar do projeto podem colaborar com a rede social incluindo informações dos vereadores ou divulgando sites, blogs e serviços que possibilitem o melhor acompanhamento do legislativo. Os eleitores que já mantém blogs no Adote podem incluir novos dados no Wikia, compartilhando o conhecimento e dando uma dimensão ainda maior a ação cidadã.

Clique AQUI para ir à página do Adote um Vereador no Wikia.