Por Carlos Magno Gibrail
O Ginásio do Ibirapuera, do Governo do Estado de São Paulo, domingo, só não viveu um cenário de “República das Bananas” porque o público presente não permitiu. Vaiou. Vaiou muito, com categoria e hierarquia. Pois, Luis Felipe Tavares, o organizador, foi o mais vaiado, seguido do Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, aclamado como Aldo Tiririca.
O Brasil Open 2013, sucesso de público e de espetáculo, graças aos jogadores e aos consumidores, foi um fracasso de estrutura, organização e de respeito ao estatuto do torcedor. Às condições iniciais inadequadas de instalação, pois o Ginásio não tem climatização nem adaptações essenciais para a mídia, quer para entrevista quer para transmissão, houve falhas do básico, como quadras com piso irregular e bolas inapropriadas.
Ainda assim, o esperado duelo entre Nadal e Nabaldian se concretizou. O público correspondeu e lotou o Ginásio. E, incrível, ainda se surpreendeu. Pois, aos sabidos problemas já existentes tiveram que “engolir” a superlotação, explicada como ingressos falsos, a deselegante e tumultuada chegada do Fenômeno e Anderson Silva com a partida em andamento, paralizando-a, e a amadora cerimônia de premiação.
O testemunho do casal de médicos Marcelo Alves Moreira e Lilian Corrêa, experientes espectadores de Roland Garros e US Open, postado no Facebook descreve bem o evento:
Prazeroso ver Rafael Nadal em recuperação jogar aqui em São Paulo! Horripilante a organização da Koch-Tavares com anuência do ministro dos esportes e do secretario do Estado! Venderam mais que capacidade! Não numeraram os ingressos! Assistimos sentados na escada, entre as cadeiras, nós e outras centenas de pagantes (300 reais), lá naquela estufa chamada Ginásio do Ibirapuera! Essa é a turma profissional que vai organizar Copa e Olimpíadas! Obrigado Nadal! Ver vc jogar ao vivo valeu o sacrifício e a revolta!
Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras
