Dez Por Cento Mais: empreendedorismo feminino e transformação pessoal no mundo das extensões capilares

Foto de RDNE Stock project

“Não desista, se permita. Tente mais uma vez.” Estas palavras de Rosy Fharia ecoam como um mantra para muitas mulheres que buscam transformação e superação. Em uma jornada de três décadas dedicadas às extensões capilares, Rosy Fharia transcendeu o conceito de beleza, transformando-o em uma ferramenta de empoderamento e mudança de vida. Seu trabalho, que vai além de simples técnicas estéticas, se tornou um símbolo de resiliência e inspiração para mulheres em diversas situações de vida.

Uma Trajetória Revelada no “Dez Por Cento Mais”

Essa poderosa mensagem foi compartilhada por Rosy Fharia durante uma entrevista ao programa “Dez Por Cento Mais”. Com uma audiência que ultrapassa os 60 mil clientes, incluindo celebridades, Rosy não se limita a ser uma referência em extensões capilares, mas também é uma voz influente no empreendedorismo feminino e na luta contra condições como a Alopecia.

Desafios e Superações

A vida de Rosy foi marcada por reviravoltas. Originalmente no ramo da moda, uma crise pessoal a conduziu ao universo das extensões capilares. Enfrentando a realidade de ser mãe solteira sem formação acadêmica específica, ela viu no convite para um curso de Mega Hair uma oportunidade de reinventar sua vida e carreira.

Cada passo na carreira de Rosy foi um aprendizado, onde cada extensão aplicada representava um desafio e uma chance de aperfeiçoamento. Esse comprometimento com a excelência culminou no desenvolvimento de técnicas inéditas, consolidando seu nome como um ícone no mercado.

Empatia e Missão de Vida

Mais que estética, o trabalho de Rosy se tornou uma missão de vida. Ela se viu como uma aliada de mulheres enfrentando desafios como a Alopecia, e seu método foi reconhecido por sua relevância emocional e psicológica. Rosy enfatiza que seu objetivo vai além de vender cabelos; trata-se de compreender e acolher cada cliente.

Reconhecendo a necessidade de ampliar seu impacto, Rosy decidiu ensinar suas técnicas, formando novos profissionais. Seu objetivo é não apenas transformar as vidas de seus clientes, mas também enriquecer a trajetória de futuros profissionais da área.

Dica Dez Por Cento Mais

A entrevista de Rosy Fharia é um convite à reflexão sobre o poder do empreendedorismo feminino e a influência da aparência na autoestima e na vida das pessoas. Sua história é um testemunho da capacidade de transformar vidas através da beleza e da força interior. Rosy deixou também a sua dica Dez Por Cento Mais — aliás, deixou duas:

“Uma para essa pessoa que que tem esse tipo de dor (estar sozinha). Então, eu quero que você saiba que você não está sozinha. Tem milhares e milhares e milhares de pessoas que compartilham de dores muito parecidas com a sua. As causas podem ser diferentes, mas quando afunilam na dor, ela fica muito semelhante. Então, tem uma alternativa para você. Não desiste! Se permita! Tenta mais uma vez!”

“Se for alguém que tá sem horizonte profissional, quer mudar de vida ou precisa, até por necessidade mesmo, eu posso te afirmar que, às vezes, você tem de tentar entender em você o seu propósito, onde que você se realiza. Que você não desista mque você busque alguma coisa lá dentro do seu coração, porque a resposta está dentro da gente. Tá sempre lá dentro. É que a gente não se olha! Procura sempre a resposta externamente, então, que você busque o que vai te realizar de fato”.

Assista ao Dez Por Cento Mais

O programa Dez Por Cento Mais é apresentando por Simone Domingues e Abigal Costa. Toda quarta-feira, às oito da noite, você tem uma entrevista inédida que pode ser assistida no You Tube ou em podcast no Spotify. Assista à entrevista completa com Rosy Fharia:

Conte Sua História de SP: minha quitinete na capital

 

Maria Luiza Guião Bastos nasceu em Ribeirão Preto, em 1940, ilha de pais professores: seu pai foi diretor do Instituto de Educação Otoniel Mota em Ribeirão. Lá ela cursou o antigo Normal e diz que odiava a escola da época. O autoritarismo do pai e a submissão da mãe, a fez fugir da cidade pela primeira vez, aos 18 anos, quando decidiu viajar para São Paulo. No depoimento gravado pelo Museu da Pessoa ela recorda como era difícil conseguir uma ligação telefônica para falar com os pais, e se arrepende de um dia ter decido voltar para o interior. Retornou à capital paulista aos 25 anos e morou em uma quitinete,e na rua da Santa Casa, Cesário Mota Júnior, no que ela identificou ser o prédio ‘balança mas não cai’.

 

 


Maria Luiza Guião Bastos é personagem do Conte Sua História de São Paulo. O depoimento foi para o Museu da Pessoa. A sonorização é do Cláudio Antonio. Você também pode contar mais um capítulo da nossa cidade. Ou manda um texto para milton@cbn.com.br ou marca entrevista no Museu da Pessoa pelo e-mail contesuahistoria@museudapessoa.net.

Conte Sua História de SP/460: o Aparador de Sonhos

 

Por Gabriel Fernandes
Ouvinte-internauta do Jornal da CBN

 

 

A parda palidez da poltrona de vime já estava oculta, desde cedo, pela Hercília, a velha e prestativa babá, sob um oleado esbranquiçado reservado para essas ocasiões. Aquele era um dia especial, mas o estado de espírito da garotada não era o mesmo. O caçula comprovadamente não gostava daquilo; os dois do meio se submetiam sem criar grandes dificuldades; como primogênito, eu tinha direito a algumas regalias.

 

O colorido tapete redondo de ráfia, que contrastava com a sobriedade geométrica do piso de ladrilhos hidráulicos da varanda, jazia enrolado em um canto, prudentemente afastado pela Hercília. A criançada espreitava do corredor enquanto o papai falava no telefone. Aquela conversa, que se repetia a cada dois meses em alguma manhã de sábado, já era esperada e temida. Não tínhamos como escapar do que viria a seguir. Revezávamos na vigia da porta da sala de visitas à espera do convidado indesejável. A estridência metálica da campainha não tardaria a romper o silêncio apreensivo da sala.

 

Priiiiim! Priiiiim! Priiiiim

 

Todos correm para a maçaneta da porta, mas é a Hercília quem a abre e anuncia para o papai: “Seu Eduardo, o Seu Ubaldo chegou!”. O papai deixa a sala. Seu Ubaldo sobe a escada que serve o jardim, atravessa a aspereza cinzenta do curto caminho cimentado que leva à casa. Sua silhueta obesa é recortada na tela luminosa de um dos arcos da varanda. Para nós, ele é um homem velho, de mais de 40 anos, pele morena de árabe, bigode fininho como linha de lã sob o nariz pontudo, voz estridente de trompete. Sempre traja o mesmo sovado jaleco branco, com cheiro de Aqua Velva misturado a um odor ardido de suor, que tem o condão de cobrir-lhe o arco convexo da volumosa barriga. Hálito de salsinha, a gente prendia a respiração até não poder mais.

 

As crianças não gostavam dele, eu acho. Ninguém gosta de tomar remédio amargo ou de ser picado por uma agulha de injeção, mas Seu Ubaldo fazia coisa pior. Como de costume, ele traz sua surrada maletinha marrom e seu cabelo crespo emplastado de brilhantina.

 

“Bom dia seu Eduardo, a criançada está crescendo, deveras!”. E passa a mão na cabeça da gente, despenteando nosso cabelo. Carrega, infalivelmente, uma tábua forrada com um desgastado couro sem cor e um sorriso sarcástico, talvez: “Quem é o primeiro?”

 

O Dario é sempre o primeiro. Caçula não tem direito a nada, não tem escolha. Ameaça abrir um berreiro, mas Seu Ubaldo já vem prevenido. De sua maleta de couro marrom, saca um pirulito e lhe oferece a vermelhidão açucarada da guloseima em forma de chupeta. A propina sempre funciona. Seu Ubaldo coloca a tábua estofada sobre os braços da poltrona de vime e senta o menino ali. Cobre o pequeno com um desbotado pano azul, deixando-lhe de fora apenas a cabeça. O inocente chupa o pirulito enquanto o barbeiro destrói seu cabelo com a infernal máquina manual: “Escovinha, né, seu Eduardo?” O caçula é o que mais sofre. Fica com a cabeça raspada como a bacia de comida do Lippy, nosso cachorro. Só resta um chumacinho de pelos curtinhos nos arrabaldes da testa, menor do que o do Cascão.

 

Vez ou outra, a voraz máquina de cortar cabelo mordia um pescoço inocente. Aí, as desculpas eram poucas e a choradeira profusa. Os dois do meio, o Eliseu e o Davi, já não se deixam seduzir pelo vermelhão adocicado da guloseima. Negociam com o papai não se sentar na tabuinha estofada e permissão para um corte mais civilizado. Condescendente, o papai cede quanto ao corte, mas eles ainda não têm estatura para se livrarem da tal tábua. Os pobrezinhos passam a exibir um vistoso corte americano: máquina um nas laterais até bem acima das têmporas e uma faixinha de cabelos curtinhos que se estende da testa até o cocuruto. Os bobinhos se dão por satisfeito.

 

Como o mais velho, eu tinha meus privilégios. Nada de pirulito vermelho de chupetinha, nada de tabuinha. Meu sonho de um cabelo como o do Elvis, cruzado na nuca com Gumex e um belo topete, porém, desfaz-se na geometria intrincada do chão de ladrilhos. Tudo que eu consigo é um corte meio-americano: uma raspadinha com a máquina dois logo acima das orelhas e um pouquinho mais de pelos no alto da cabeça.

 

Quando cortei meus cabelos, despedindo-me de minha vida de solteiro, foi o Ubaldo a quem procurei. Seu salão ficava na Rua Santa Cruz, na Vila Mariana, bem defronte à chácara dos irmãos maristas, do Colégio Arquidiocesano, onde, em dias de ócio, junto com meus irmãos, costumava surrupiar algumas frutas. Ele foi meu barbeiro desde os tempos da varanda de ladrilhos geométricos. Eu não sabia, ainda, que aquele seria um corte de despedida. Seu Ubaldo morreria alguns dias depois.

 

Por irresistível pressão familiar, me resignei a ir ao meu cabeleireiro habitual em uma galeria na Avenida Paulista. Teria preferido entrar na Martins Fontes que, do outro lado do corredor, tenta seduzir os frequentadores do salão com caos irresistível de suas vitrines coloridas. Deixei que o Antônio me tosasse a cabeleira, como costumava fazer o Ubaldo. Enquanto ele cometia seu desatino, o salão me pareceu, como num sonho, se transformar na velha varanda de casa. Pude rever meus irmãos, ainda crianças, e o rosto benevolente de meu saudoso pai. O Ubaldo confirmava com papai se, realmente, o meu poderia ser um corte meio-americano…

 

A lembrança me apertou o peito e a saudade quase se desprende de meus olhos como uma solitária lágrima. Se eu a deixasse cair, fundir-se-ia aos meus cabelos que, como sonhos aparados, jaziam no chão.

 

Gabriel Fernandes é personagem do Conte Sua História de São Paulo. A sonorização é do Cláudio Antonio. Conte mais um capítulo da nossa cidade. Envie seu texto para milton@cbn.com.br ou agende entrevista no Museu da Pessoa pelo e-mail contesuahistoria@museudapessoa.net. Outras histórias de São Paulo você encontra no meu blog, o Blog do Mílton Jung

As perucas fazem a cabeça da mulher moderna

 

Por Dora Estevam

 

Quem assiste à novela ou acompanha o mundo da moda sabe que as celebridades e atrizes são capazes de se apresentar com diferentes cortes de cabelos, que mudam em tão pouco tempo, enquanto uma pessoa comum levaria meses para conseguir aquela franja, aquele longo e deixá-los loiro ou ruivo.

 

Atualmente, porém, conseguir o visual de novela já não é mais problema, existem profissionais que são devidamente treinados para adaptar os cabelos de lá para cá. Por exemplo, foi moda nos anos 1960 então vamos revisitá-la e torná-la interessante para os dias de hoje. Eles reinventaram as perucas e as tornaram acessórios indispensáveis nas cômodas das mulheres modernas.

 

 

As perucas tiveram o seu auge de glamour nos anos 1960 e depois caíram em desuso. Apenas mulheres que necessitavam destes apetrechos (especialmente as que tinham de se submeter a quimioterapia e perdiam os pelos) é que continuaram a comprar tais peças. Havia, também, as atrizes que precisavam compor personagens teatrais, novelescas ou cinematográficas.

 

Hoje, o mercado oferece opções que mesmo quem nunca usou ou ousou acaba se rendendo às perucas. Pessoalmente, tenho visto muitas lojas de cabelos na região central de São Paulo. Ao passar diante de uma delas, ouve-se o grito do vendedor: compram-se cabelos! Estive observando essas lojas por dias, até me decidir entrar, sem pretensão e sem a chamada do tal vendedor. Descobre-se que os acessórios não se limitam as perucas, não; têm rabos de cavalos, coques, alongamentos, franjas, com presilhas tic tac que se prendem aos cabelos facilmente, em cores e texturas infinitas,e atendendo aos cortes.

 

 

No balcão da loja Valentina Hair, a proprietária Marcela Viana me atendeu com a maior atenção, e em meio a clientes curiosos, ela me mostrou vários modelos. O mais procurado na loja, hoje, é o Full Lace, uma peruca com uma telinha na borda que esconde o cabelo e deixa o look natural. Outro acessório muito procurado é o coque, que colocado no cabelo da pessoa dá um volume natural e deixa o penteado chic. A atriz Mariana Rios usou um no último dia da novela Salve Jorge, no casamento da mãe dela. As perucas com o couro em silicone também saem bem e se parecem muito com o couro cabeludo natural.

 

Hoje, as perucas estão modernas e traduzem a praticidade da mulher que trabalha fora e precisa estar bonita e inteira para uma festa. O coque ou a franja são fáceis de ser aplicados, explica a proprietária Marcela. O público vai desde a mulher que faz quimioterapia até a jovem que segue para a balada. As perucas são feitas de fios sintéticos, importadas, e naturais, feitas na própria loja.

 

 

Outro apaixonado por cabelos é o cabeleireiro Denylson Azevedo, o Denny. Ele é tão louco por cabelos que montou a coleção “To-Wig”, que está em exposição desde abril. São visuais contemporâneos e fáceis de usar no dia a dia, fazendo dos cabelos acessórios. A proposta do profissional é vestir os rostos com cortes estilizados, elaborando o penteado de acordo com as linhs do rosto, formato e estilo da cliente.

 

Denny se inspirou nas pessoas que influenciaram a década de 1960 e nas ruas de Londres para criar as suas personagens. A partir daí, os nomes das composições são referências de locais da capital inglesa. Para curtir mais um pouco deste trabalho, assista ao vídeo da exposição criado pelo designer Ricardo Don.

 

Infos:

 


Exposição To-Wig

Local: Espaço AVA | R. Cônego Eugênio Leite, 170 C – Jardins – SP.
Dia: 4 de abril
Horário: Das 17h às 22h.

 

Salão Wig
Alameda Lorena 578 (dentro da loja Diva), Jardins – SP.
Atendimento apenas com hora marcada.
Informações: (11) 2579-7965

 

Valentina Hair
Rua: Quintino Bocaiúva, 182, centro, Praça da Sé, São Paulo
(11) 3106 9589
e-mail: valentinahair@hotmail.com.br

 


Dora Estevam é jornalista e escreve sobre moda e estilo de vida no Blog do Mílton Jung

Marcos Proença: cabelos lisos e em várias versões são a tendência

 

Por Dora Estevam

 

 

Quem assistiu ao Domingão do Faustão, domingo passado, viu a atriz Adriana Esteves com cabelos cortados e ao seu lado o responsável pelo belo trabalho, Marcos Proença, consagrado cabeleireiro das atrizes, socialites e tops nacionais e internacionais. Na última semana, Proença também foi responsável por pelo menos 30 cabelos de mulheres que passaram pelo salão dele para se arrumar para o casamento da it blogueira Lalá Rudge. Um dos desafios foi não repetir um só corte ou penteado. Saiu do salão super tarde e mesmo assim ainda foi prestigiar o casamento da amiga, no qual, com a permissão dela, fez várias fotos dos convidados deste que foi um dos casamentos mais chiques da cidade. Para ter uma ideia de como foi a badalação no dia, veja as imagens deste vídeo feitas pela blogueira e amiga de Proença, Mica Rocha.

 

 

Esta semana, considerada fashion em SP, por conta dos eventos que aproveitaram o SPFW para fazerem lançamentos na mesma data, o salão de Proença recebeu várias visitas. Estiveram lá, por exemplo, as tops blogueiras Chiara Ferragni do The Blond e Jessica Stein, do @Tuulavintage.

 

Eu, que não sou famosa, morrendo de curiosidade, tive o prazer de ser atendida pessoalmente por ele. O que eu posso dizer é que Proença é extremamente profissional e er humano incrível, fiquei apaixonada. Ele conquista pelas tesouras e pelas palavras, voz baixa e eternamente agradecido, consegue aliar doçura e profissionalismo. Chamou-me atenção a religiosidade. Com frequência, agradece a Deus por todas as conquistas.

 

No salão cheio, Proença consegue fazer as cabeças, andar de um lado para o outro, visitar cada cliente em suas bancadas, dar beijinhos nas clientes de passagens, sem cair na tentação de bater papo furado. É simples assim. E a cada momento de reencontro as perguntas são voltadas aos serviços do salão: “Ficou lindo, quem fez”? supervisionando os trabalhos sutilmente.

 

 

Marcos Proença montou o salão dos sonhos, totalmente ambientado em uma casa no Jardim Paulistano, com arquitetura e decoração de Ester Giobbi, um projeto eco-friendly, totalmente desenvolvido para economizar água e energia. Com seis mil clientes ativas, pode imaginar a despesa.

 

Com tudo isso, ele ainda atendeu ao meu pedido e respondeu algumas perguntas com relação ao futuro da beleza, já que acabamos de ver as tendências para o inverno 2013, apresentadas esta semana no SPFW.

 

Quais são as tendências para o outono-inverno 2013?

 

Proença: O que podemos observar nos desfiles internacionais e mais recentemente na semana de moda de São Paulo, são os cabelos lisos, chapados. Ele pode aparecer em várias versões, com volume, rabo de cavalo, composto com trança, mas sempre muito liso.

 

Os estilistas determinam como vai ser a aparência das mulheres em cada temporada?


 

Proença: Acho que tudo é uma junção, o que se vê na passarela, o que acontece no mundo atual, tudo é uma mescla de tendências da moda, beleza, rua…

 


Quanto tempo pode durar um estilo de penteado?

 

Proença: Geralmente eles duram por toda uma temporada, no decorrer dos meses eles sofrem alterações e às vezes ganham estilos diferentes.

 

Quais são os produtos que não podem faltar para a preparação de um cabelo?

 

Proença: Gosto sempre de usar o Volumax da Paul Mitchel.

 

Como você se reinventa e qual foi o momento mais importante da sua carreira?


 

Proença: Procuro estar sempre atualizado de tudo que acontece no mundo. Acho que é uma forma de sempre se reinventar, de estar atento a tudo. Todos os momentos são muito importantes na minha carreira, desde o inicio, quando fiz meu primeiro make na minha tia inspirado na novela Locomotiva, até o momento que abri meu próprio salão, um sonho realizado.

 

Há um estilo que deva ser seguido?


 

Proença: Acho que toda mulher tem que sempre apostar no estilo que fica bem para ela. Acompanhar as tendências é importante, mas deve aplicá-las em sua vida de acordo com a sua personalidade.

 


Dora Estevam é jornalista e escreve sobre moda no Blog do Mílton Jung, aos sábados

Careca, relaxa e goza

 

Dora Estevam

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É dos carecas que elas gostam mais … Quantas vezes na vida você já ouviu esta Marchinha de Carnaval ? O fato é que ninguém gosta da ideia de ficar careca. Mas, se é que serve de consolo, existem algumas soluções (clínicas e estéticas) tanto para o homem quanto para a mulher (siiiim, elas ficam carecas, também) que podem ser seguidas sem ter que passar  vergonha ouvindo aqueles apelidos desagradáveis: canteiro de cebolinha, cabelo de boneca, pouca telha, plantação de milho, aeroporto de mosquito… e por ai vai.

Diz o médico de calvície, Francisco Le Voci, da Sociedade Brasileira de Dermatologia e especialista em transplante capilar do Hospital Albert Einstein, que as pessoas passam por um momento no qual o que importa é a aparência. Com isso há enorme procura pelos tratamentos que trazem resultados naturais, algo impossível há 15, 20 anos. O ciclo do cabelo melhora muito com a evolução das técnicas e  os novos materiais.

Foi a solução encontrada pelo cabeleireiro Narciso Guilherme, do salão Amica-SP. Assim que os fios começaram a cair e foram sobrando aqueles tufos, ele logo procurou um esteticista especializado em calvície. Com implantes conseguiu que em seis meses os fios crescessem. Hoje, estão ótimos e Narciso está satisfeito com o resultado.

Como profissional, a sugestão de Narciso: “Toda vez que vem algum cliente com aqueles poucos cabelinhos no pescoço, compridinhos e desajeitados,  eu logo dou a dica para cortá-los. Não precisa ser radical e raspar a cabeça, basta mantê-los beeeem curtinhos. Se for optar por uma barba, cavanhaque ou bigode, a dica é a mesma: mantê-los bem aparados, para que haja um equilíbrio entre a careca e os fios curtos.”

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Ele ensina que existem vários shampoos no mercado para a boa higiene. Há também algumas maquiagens, mas Narciso desaconselha, não vê necessidade. O ideal é que  se vá ao médico para saber qual o tratamento adequado. Há um para cada tipo de cabeça. E alerta: tem de ser natural e saudável.

A exemplo de Narciso, o doutor Francisco Le Voci entende que o ideal é ouvir um especialista assim que perceber a queda de cabelos. Se é uma pessoa jovem, é mais fácil controlar o problema logo no começo. Existem formas de desacelerar a queda. Nos mais velhos, o processo de recuperação é mais lento, às vezes é preciso até cirurgia.

Le Voci alerta que as  mulheres também sofrem de queda de cabelo. Não ficam carecas, mas o cabelo fica ralinho no alto da cabeça. Antigamente, em lugar de buscar soluções para o problema, usavam perucas. Hoje, quando a queda afeta a auto-estima, partem para o transplante. Cuidam da cabeça assim como da pele, das rugas e do peso.

Atualmente, as mulheres perdem muito mais cabelo do que no passado. Isto é resultado da mudança de comportamento provocada pela revolução feminina, o uso da pílula, menstruação, estresse no trabalho – tudo isto interfere. Le Voci calcula que 80% das mulheres podem perder cabelos depois da menopausa. Se tiverem antecedentes na família, será quase inevitável.

Todos temos uma perda fisiológica de cabelo que vai de 50 a 100 fios por dia, mas não é o suficiente para se ficar careca, pois nascem novos fios, também. O sinal de alerta é quando está caindo de mais e nascendo de menos. Neste caso, é fundamental procurar um dermatologista.

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Um caso famoso de careca  é o do ex-tenista André Agassi.  Em “Open an autobiography”, livro no qual revela o consumo de droga e critica colegas de quadra, ele conta que usou peruca para jogar e, em partida disputada pelo Torneio de Roland Garros, em 1990, quase a perdeu – a peruca, não o jogo: “Claro que poderia ter jogado sem ela, mas depois de meses de criticas e ironias eu  já estava muito afetado. A imagem não é tudo? Que diriam se soubessem da peruca? Ganhasse ou perdesse, não iriam falar do jogo. Só falariam disso. Se fechar os olhos, consigo ouvi-los e sei que não ia aguentar”.  

A sugestão de raspar a cabeça e se livrar da peruca foi da Brooke Shields, mulher dele na época.

Careca_Mel_Gibson

Ano passado o ator e produtor Mel Gibson, aos 53 anos, caiu na traquinagem do filho e aceitou o desafio: raspou a cabeça. Comentário dele ao New York Post: “Pensei que me sentiria bem. Que seria uma boa mudança. A verdade é que eu parecia um frango despenteado, e a única vantagem é que não me reconheciam nas ruas”,.

Apesar da grande preocupação com a aparência  o que precisa mesmo é ser saudável, cuidar da  pele, da alimentação, da espiritualidade e do cabelo, é lógico, ensina doutor Francisco Le Voci. Não adianta jogar todas as frustracões na careca. Não vai resolver. Importante é o que tem em você.

Saiba que não existem milagres, mas há alternativas para sentir-se bem. Quanto antes você tiver orientação de um profissional seguro e honesto maior é a chance de resolver o problema. Se é que calvície chega a ser um problema para você.

Dora Estevam é jornalista e aos sábados escreve sobre moda e estilo de vida no Blog do Mílton Jung.

Cabelos grisalhos, aprenda com a natureza

Por Dora Estevam

Eu estava assistindo ao programa Manhattan Connection (GNT) no último domingo e me dispersei um pouco do assunto. Comecei a reparar nas cabeças dos apresentadores.

Lucas Mendes

Em Nova York, tem lá os jornalistas Lucas Mendes e Caio Blinder. No estúdio brasileiro, o economista Ricardo Amorim e o jornalista Diogo Mainardi.

Diogo Mainardi

Aí, eu me dei conta que  Lucas Mendes, Diogo Mainardi e Ricardo Amorim têm cabelos grisalhos. Lucas Mendes totalmente branco, os outros dois “salt and pepper”, ou seja, uma invasão dos cabelos brancos em cima dos pretos que ainda lembram à juventude.

Ricardo Amorim
 
Já o Caio Blinder, segundo mais velho da turma, aparece com os cabelos negros e a barba pouquíssima coisa branca. Interessante que os outros dois, Ricardo e Diogo, ficaram muito bem com os cabelos brancos que dão até um ar mais leve no rosto, diferentemente do Caio Blinder que tem os cabelos escuros, o que endurece o semblante.

Caio Blinder

E há um contraste muito grande porque Caio fica ao lado de Lucas Mendes que já esta com a cabeça coberta por fios brancos. E mesmo sendo mais velho que Blinder, Mendes aparenta ser muito mais charmoso e com aparência mais suave que o amigo.

Juca Kfouri

Certa vez entrevistei o jornalista Juca Kfouri e ele me disse que apesar da idade não tinha cabelos brancos, portanto não pintava, era natural. Não sei se é o caso do Caio, também.

É sempre uma polêmica quando se fala neste assunto. O ator de cinema George Clooney, muito lembrado quando o assunto são os cabelos brancos, as mulheres adoram e o acham charmoso. 

George Clooney

Para o barbeiro – sim, eles ainda existem -, Rogério Rodrigues, 38 anos, que trabalha no salão do Clube Paineiras, em São Paulo, pintar o cabelo depende muito da idade do homem. Tem garotos na faixa dos 25 que começam a perceber os primeiros fios brancos e já querem pintar. No começo ficam um receosos pela vaidade, mas depois se rendem e não param mais de tingir, para não aparentarem mais velhos. Os homens na faixa dos 30 preferem passar um shampoo especial ou tinta para misturar os fios, e os de mais idade, que o rosto já aparenta mais velho, ficam com os brancos sem tinta.  

Com vaidade ou não, o que vale é que no mercado existem vários tipos de produtos para a finalização do cabelo masculino. Descubra o seu estilo e vá em frente. A melhor sugestão é a da própria natureza: conforme você envelhece e fica mais enrugado, o seu cabelo clareia e deixa os traços mais suaves. Se houver uma intervenção como a tinta, o rosto fica mais pesado e sisudo.

Dora Estevam é jornalista e vai dividir seu olhar para o estilo de vida com os leitores do Blog do Mílton Jung, a partir de hoje. Seja bem-vinda.

(N.E: Alguém pode sugerir ao Heródoto Barbeiro que leia esta artigo !)