Generosidade multiplica minha satisfação pelo Comunique-se em “empreendedorismo”

 

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Felipe Andreoli (apresentador), Natalia Viana (Agência Pública), Peter Fernandez (99), eu e Serginho Groisman (apresentador)

 

Há quem apresente o Prêmio Comunique-se como o Oscar do Jornalismo. Foi assim que os organizadores o auto-intitularam lá no início, há 15 anos. É assim que muitos dos meus colegas de profissão se referem a ele. Hoje cedo, no Jornal da CBN, ouvi Arnaldo Jabor fazer esta referência quando enalteceu o prêmio pelo fato dele celebrar uma das maiores conquistas da democracia: o jornalismo livre. Esse jornalismo que incomoda da direita à esquerda. Que não é poupado pelos que estão no poder, os que querem assumi-lo e, às vezes, até mesmo pelos que se sentem subjugados por ele (pelo poder, lógico).

 

Exageros à parte, o Comunique-se transformou-se em um prêmio relevante para os profissionais da comunicação tendo seus vencedores superado três etapas de votação. Neste ano, foram mais de 600 mil eleitores no total, a maior parte jornalistas, estudantes e gente ligada ao segmento.

 

 

Ao longo do tempo, estive no palco como finalista por inúmeras vezes e conquistei o troféu de Melhor Âncora de Rádio, em 2009 e 2014. Na noite de terça-feira, ao lado das repórteres Maria Desidério (Exame) e Vivian Codogno (Estadão) fomos finalistas da categoria jornalismo de empreendedorismo, criada nesta edição para destacar os profissionais que fazem a cobertura do tema através de reportagens, entrevista e edição em TV, rádio, jornal, revista ou internet. A diretora da Agência Pública, Natalia Viana, venceu a categoria “jornalista empreendedora”.

 

Muito em função do trabalho que realizo no programa Mundo Corporativo, e pela própria popularidade que a rádio CBN nos oferece, venci a recém-criada categoria, o que me fez, aos mais de 50 anos, sentir-me como um pioneiro. Fiquei especialmente feliz porque há algum tempo tenho me dedicado a olhar o campo do empreendedorismo de forma especial. Lá mesmo na rádio, estive à frente do CBN Young Professional e agora sou parceiro de Thiago Barbosa no CBN Professional, produzido exclusivamente em podcast, em parceira com a HSM Educação Corporativa.

 

Faz parte deste trabalho voltado ao empreendedorismo, o livro “Comunicar para liderar”, escrito em co-autoria com a fonoaudióloga Leny Kyrillos, e lançado pela editora Contexto, em 2015. Nele falamos da importância em se desenvolver a capacidade da comunicação quando se pretende comandar uma empresa, um grupo de trabalho ou a sua própria carreira. Parte do sucesso dos empreendedores está relacionada a forma como interagem com seus diferentes públicos, desde sócios, parceiros de negócios até clientes e a própria mídia.

 

Cobrir o tema do empreendedorismo e das corporações também nos oferece um tremendo desafio pois caminhamos por uma linha tênue que jamais pode ser ultrapassada. Temos de tratar de empresas, de negócios e de profissionais, sempre com o viés jornalístico sem permitir que interesses comerciais influenciem a cobertura.

 

Nessa área, costumamos ter na mídia impressa profissionais especializados fazendo trabalho de excelência e com muito apuro, e tive ao meu lado como finalista dois belos exemplos – a Mariana e a Vivian. Na mídia eletrônica, por muito tempo surgiram programas com tendência comercial que deixavam de lado os critérios jornalísticos. O Mundo Corporativo, criado há 15 anos, tem a intenção de apresentar o conhecimento e a experiência de líderes empresariais e do empreendedorismo, de gestores, consultores e coachs com atuação nas mais diversas áreas da economia. Uma cobertura pautada pelo interesse público e com foco no desenvolvimento profissional.

 

No caso específico do empreendedorismo, o Brasil sempre foi um campo fértil, na maioria das vezes, porém, proveniente de uma ação voluntariosa de pessoas que, sem encontrar espaço no mercado de trabalho, partiam para negócios próprios. Gente que, por falta de conhecimento e dificuldades estruturais, abrem empresas e lançam negócios insustentáveis. Esse cenário tem sido alterado com o surgimento de personagens e casos de sucesso que empreendem com profissionalismo, investem na inovação e transformam a sociedade.

 

Minha colega Miriam Leitão, na conversa que tivemos logo cedo no Jornal da CBN, lembrou que o empreendedorismo “libera a criatividade do povo brasileiro, ocupa um espaço importante e privatiza a economia brasileira”. Ela salientou que a prática resulta em empresas que nascem por conta própria, se financiam com fundos na maior parte das vezes privados, disponíveis no mercado: “isso é que atualiza e moderniza a economia brasileira”.

 

 

Usar o jornalismo para incentivar o empreendedorismo é uma boa forma de fazer parte deste processo de desenvolvimento no país, sem jamais perder a independência, o equilíbrio e o olhar crítico sobre os fatos.

 

Minha satisfação em receber o Comunique-se na categoria “cobertura em empreendedorismo” se multiplicou a partir das várias mensagens recebidas, nesta quarta-feira, de ouvintes pelo Twitter, Facebook, WhatsApp e e-mail. É o maior incentivo que eu poderia ter. E sou muito grato pela generosidade de todos.

Comunique-se: um prêmio para o rádio

 

Prêmio Comunique-se 2009

Seis anos finalista do Prêmio Comunique-se, desta vez coube a mim o título de “Melhor âncora do rádio brasileiro”, tendo dois colegas da CBN, Lucia Hipolito e Carlos Alberto Sardenberg, também sido indicados para a disputa na edição 2009. Não tenho a pretensão de ser nem a ilusão de que sou o melhor âncora, mesmo tendo a preferência dos cerca de 113 mil jornalistas e estudantes de jornalismo que votaram pelo site do Comunique-se. Mas sou, com certeza, muito grato pela escolha para um lugar já ocupado nas edições anteriores por Heródoto Barbeiro, Ricardo Boechat e o próprio Sardenberg.

Falei durante a festa e repito que considero o prêmio a valorização dos profissionais de rádio, pois é a primeira vez que entre os concorrentes vence um jornalista que se dedica apenas ao veículo e as ferramentas da mídia digital que estão em seu entorno. Para mim, receber o Comunique-se foi a oportunidade de lembrar a história de meu pai que há 54 anos – se não errei nas contas – é jornalista de rádio. Tempo este lembrado na fala do empresário Jayme Sirostsky, da RBS, maior grupo de comunicação do sul do País, de quem recebi cumprimentos ao fim da festa: “Ninguém fala em rádio no Rio Grande do Sul sem citar o nome de Milton Ferretti Jung”.

Além de premiado, tive oportunidade de entregar o prêmio aos melhores repórteres , a mais importante função do jornalismo: Ernesto Paglia, mídia eletrônica, Elvira Lobato, mídia impressa, e Evandro Teixeira, repórter fotográfico.

A CBN esteve presente em outras premiações na noite do Comunique-se demonstrando a força e qualidade de seu time: Juca Kfouri ficou com o título na categoria “comentarista de esporte – mídia impressa”; Sardenberg, “comentarista de economia – mídia impressa”; Lúcia Hipolito, “comentarista de economia – mídia eletrônica”; Arthur Xexéo, “jornalista de cultura – mídia impressa”; André Trigueiro, “jornalista de sustentabilidade”; e Daniela Braum, “jornalista de tecnologia”.

Aproveito para registrar publicamente meu agradecimento ao carinho de ouvintes-internautas e profissionais de jornalismo que tem escrito para a CBN desde ontem à noite quando o resultado foi divulgado. Obrigado a todos !

Veja aqui a lista dos vencedores do prêmio Comunique-se 2009

E aqui veja as fotos da festa

Somos quatro no prêmio Comunique-se de rádio

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Maior vencedora do Prêmio Comunique-se na categoria âncora de rádio, a CBN volta a emplacar com destaque na segunda etapa da edição 2009 quando são escolhidos os 10 finalistas. Lúcia Hipolito, Carlos Alberto Sardenberg, Adalberto Piotto e este que lhe escreve estão na disputa para a próxima fase quando serão eleitos os três finalistas. Os eleitores – jornalistas e cadastrados no site Comunique-se – poderão fazer a escolha dos três nomes preferidos até o dia 31 de agosto.

Heródoto Barbeiro está fora da disputa pois recebeu o título de Mestre de Jornalismo devido a três vitórias consecutivas.