Acabou o tempo das promessas e prefeitos eleitos terão de encarar a verdade das contas públicas

 

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O tempo está fechando em foto de Valter Santos/FlickrCBNSP

 

 

À noite, soltavam foguete pra comemorar a vitória nas urnas. Hoje cedo, os eleitos acordaram para a realidade. Ainda falam em prioridades de governo. A maioria faz o discurso da conciliação após eleição acirrada e violenta na maioria das cidades.

 

Na transição, os futuros prefeitos vão se sentar diante do orçamento escasso, da queda da arrecadação e do aumento dos gastos e terão de desenhar suas administrações a despeito das caricaturas que fizeram durante a campanha.

 

Os planos mirabolantes que conquistaram eleitores até aqui terão de ser deixados na gaveta, porque não cabem nas contas impactadas pela recessão que se iniciou há dois anos. Calcula-se que em três anos, o PIB terá encolhido 10% no país.

 

Estudo da Firjan – Federação da Indústria do Rio de Janeiro, divulgado em julho, puxou o traço do rombo dos municípios e chegou a R$ 45,8 bilhões de deficit nominal (é o saldo entre as receitas e despesas, incluindo gastos com juros, que neste caso é negativo)

 

O Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) mostra que mais de 87% das cidades estão em situação difícil e crítica. Poucas escaparam da crise em condições de oferecer folga fiscal aos prefeitos eleitos. E triste daquele prefeito eleito que entender que este dinheiro que restou possa ser gasto sem responsabilidade.

 

A Confederação Nacional dos Municípios calcula que 77,4% das prefeituras estão com suas contas no vermelho.

 

Em processo que se iniciou há décadas, atendendo reivindicações de grupos políticos locais, o Brasil assistiu à pulverização de municípios com a criação de cidades em número muito aquém do necessário. Criou-se cidades e se esqueceu de oferecer condições para estas se manterem.

 

A maioria dos 5.770 municípios brasileiros não é capaz de pagar sua própria conta com o dinheiro arrecadado, depende do que entra no Fundo de Participação dos Municípios e de convênios assinados com o Governo Federal. Uma fonte e outra estão secando. O FPM é formado por 22,5% da arrecadação do IR e do IPI que caiu diante da crise e tem sido repassada em quantidade menor às cidades. Enquanto os convênios se tornam escassos em um governo que tem obrigação de ajustar as contas que, em breve, serão travadas por emenda constitucional (vide PEC 241).

 

Soma-se a esse drama a dificuldade que os prefeitos terão de aumentar suas principais fontes de arrecadação: o IPTU, o ISS e o ITBI. Seja pela carestia que atinge os contribuintes seja pelas promessas que fizeram na campanha de não mexer nas alíquotas. Há ainda aqueles que se comprometeram em assumir parte do aumento de gastos com transporte público sem repassar às tarifas. É mais custo e menos dinheiro no cofre.

 

Os prefeitos eleitos não podem alegar desconhecimento de causa. O problema nas contas públicas vem sendo alardeado há pelo menos dois anos. Portanto, se temiam falar em cortes ou controle de gastos na campanha, para não perder a eleição, espera-se que, a partir de agora, sejam honestos em assumir a tarefa de administrar com equilíbrio e sensatez as contas do município.

 

Falta de honestidade e contas descontroladas cobram um preço alto demais do cidadão. E dos políticos, também, como mostra a história bem recente do país.

‘Conselheiro cidadão’ no TCM para conter dívida de SP

 

Pacaembu

No ano que vem, a cidade de São Paulo terá oportunidade de viver um momento muito rico. Refiro-me a riqueza de obras e criatividade. As obras estarão a cargo do prefeito Gilberto Kassab (PSD) que vai botar cada tostão dos nossos impostos para eleger seu sucessor – seja ele quem for. A criatividade será dos candidatos a prefeito que apresentarão planos mirabolantes e ideias geniais para resolver todos os nossos problemas. Nenhum nem os outros darão a menor pelota para o fato de a dívida da prefeitura bater a casa dos R$ 60 bilhões, conforme cálculo do consultor Stephen Kanitz, ou R$ 48 bilhões, nas contas do Tesouro Municipal. Para ter ideia do quanto isso representa: o Orçamento de 2012 previsto pela prefeitura é de apenas R$ 38 bilhões.

Esta conta começou nos descontroles dos prefeitos Paulo Maluf e Celso Pitta que tiveram de renegociar os R$ 11 bilhões de dívida que a cidade tinha com a União. Ao não cumprir com parte de suas obrigações nos governos seguintes, este valor simplesmente explodiu e, mantidas as regras atuais, o subsecretário do Tesouro Municipal, Rogério Ceron, diz que é impossível fechar a conta.

Para não me alongar nesta matemática, explico o problema da seguinte maneira: São Paulo está no cheque especial há muito tempo, recebe bem menos do que tem para pagar, os juros são absurdos e os gastos somente aumentam. Você conhece alguém mais que passa por esta situação? Em lugar de economizar, damos benefícios para construir estádio de futebol e reservamos dinheiro para túneis e avenidas que não resolverão o problema da mobilidade.

Saiba como o “conselheiro cidadão” pode ajudar no combate a dívida de SP lendo o artigo completo no Blog Adote São Paulo, da revista Época São Paulo

Tragédia anunciada, assimilada e dissimulada

 

Por Carlos Magno Gibrail

Estádio do Corinthians

A COPA 14 fez com que em dias recentes, Dilma (Presidenta), Orlando Silva (Ministro) e Kassab (Prefeito) tivessem falsas falas, além das simulações habituais ao poder.

A presidenta para defender a MP aprovada na Câmara, que dificulta a fiscalização e aumenta os gastos, disse para toda a mídia, em tom solene e incisivo, que os críticos não estavam entendendo. A virtualidade ou o simulacro que Dilma optou deixa no chinelo o pessoal do Matrix e consagra o sociólogo e filósofo francês Jean Baudrillard, cuja imaginação ponderou a que grau a dissimulação humana pode atingir.

O ministro Orlando Silva informou que irá tirar da internet os dados necessários para acompanhamento das obras. Como se sabe vários estádios iniciaram a execução sem todos os projetos necessários e boa parte sem o projeto definitivo com todos os detalhamentos técnicos.

Neste caso posso informar que essa gente do futebol e da política não conseguiria nem abrir uma loja em qualquer um dos shoppings centers brasileiros, pois as exigências técnicas estão dentro de normas que não estão sujeitas a acertos. E todos os projetos precisam ser apresentados e aprovados.

O prefeito Kassab enviou à Câmara Municipal de São Paulo projeto de lei – a ser votado nesta quarta-feira- que dá ao Corinthians o direito de abater o ISS e o IPTU por dez anos até o valor de R$ 420 milhões e insiste que isso não é dinheiro público.

Depois do episódio dos R$ 20 milhões do Palocci e do segredo eterno do Sarney, esta dissimulação ainda é pior, pois vem de fora, é a FIFA no comando, casada com a CBF e o COL Comitê Local, na mão de Teixeira e sua filha, cujos resultados serão depositados em conta pessoal dele próprio, Ricardo Teixeira.

A FIFA, portanto, dominará o operacional, o administrativo e o financeiro. O social também, pois ela escolherá os convidados e determinará até os preços que irá pagar pela cortesia, que segundo informações veiculadas chegam a 1/5 do valor real.

A submissão às ordens coercitivas da FIFA remonta ao Império Romano, quando o Senado controlava tudo, e seus membros acumulavam poder e fortuna. Cada vez mais se entende porque a FIFA atrai dirigentes que não querem mais sair.

Depois de assistir à impressionante reação por parte da mídia informativa e também dos mais respeitados colunistas e âncoras nacionais, com críticas severas à atitude de Dilma, de Orlando Silva e de Kassab e nada se modificar, é apostar nas marcas globais.

Na medida em que as marcas é que fazem os países, e não mais os países que fazem as marcas, resta esperar que o Marketing das corporações patrocinadoras potenciais e reais possam colocar um novo rumo nesta situação. Enquanto na Câmara, Romário apela para Jesus Cristo intervir e pede para Ricardo Teixeira, aniversariante, presenteie a todos com a sua saída de Presidente do COL.

Carlos Magno Gibrail é doutor em marketing de moda e escreve, às quartas-feiras, no Blog do Mílton Jung

Pesquisadores querem conhecer efeitos do Adote

 

adotePrestes a completar dois anos, o projeto Adote um Vereador reúne um número razoável de pessoas a controlar o trabalho de parlamentares, não apenas em São Paulo, além disso serve para dar publicidade a importância de o cidadão controlar os políticos. A mobilização interessou pesquisadores que indicaram o programa na rede Technology for Transparency, do Global Voices, que agora pretendem se aprofundar em um estudo de casos de impacto ligados a ideia do Adote.

Um dos resultados mais interessantes do envolvimento dos cidadãos no projeto foi a pressão exercida na Câmara Municipal para que os vereadores divulgassem os documentos fiscais que comprovam os gastos com a verba de gabinete.

Cada vereador pode usar até R$ 14.859,38 por mês para comprar material de escritório, correio, combustível, consultoria e transporte, além de cobrir os custos com telefone e aluguel de carro. O que não foi utilizado em um mês fica acumulado para os meses seguintes. O valor e a forma de utilizar a verba de representação estão previstas em lei. Os parlamentares eram obrigados apenas a divulgar onde usavam este dinheiro, mas o cidadão não tinha acesso as notas fiscais e recibos.

Havia uma série de reportagens na mídia sobre o assunto, envolvendo o Senado brasileiro devido a prestação de contas irregulares. O “adotador” Clóvis Pereira, morador do bairro de Perus, zona sul de São Paulo, através de e-mail, cobrou do seu “adotado”, o vereador e líder do Governo Kassab José Police Neto (PSDB), uma postura sobre o tema na Câmara paulistana. Pediu para que ele divulgasse os dados independentemente da existência de regras sobre o assunto na Casa. A resposta do vereador foi que ele era a favor da divulgação das notas fiscais, mas que havia um compromisso com os demais líderes de partidos para que isto somente fosse feito quando todos aceitassem adotar o procedimento.

A opinião do vereador José Police Neto, bastante influente na atual legislatura, ganhou projeção, pois o diálogo entre “adotado” e “adotador” foi enviado ao CBN São Paulo. Quando divulguei a resposta do parlamentar, questionei se o compromisso do vereador tinha de ser com os colegas de parlamento ou com o cidadão. Constrangido, José Police Neto levou a questão para a reunião de líderes e declarou no encontro que não iria ficar com o ônus da decisão de manter em sigilo os documentos fiscais, em nome do compromisso assumido internamente.

A partir daí, o colégio de líderes resolveu levar a público toda a documentação que, agora, é publicada com a prestação de contas no site da Câmara Municipal de São Paulo.

Com as informações à disposição, identificou-se a dificuldade para se realizar o cruzamento das contas de todos os 55 vereadores, pois a forma com que eram publicadas impedia o cruzamento de dados. O tema passou a ser discutido publicamente entre os integrantes do Adote um Vereador, através do CBN São Paulo, dos blogs que integram a campanha e nas reuniões mensais do grupo.

Motivado pelo debate, o programador Maurício Maia desenvolveu um programa pelo qual é possível ‘raspar’ os dados da prestação de contas facilitando a pesquisa do cidadão em relação a seu vereador, partido e empresa prestadora de serviço. O site tem visual simples e se torna fonte de consulta importante para quem pretende avaliar o comportamento dos parlamentares com a verba de gabinete (leia mais sobre o assunto).

Recentemente, graças a prestação de contas detalhada com a apresentação de notas fiscais e recibos, o jornal O Estado de São Paulo identificou que empresas contratadas por alguns vereadores tinham problemas de registro e não estavam regularizadas para prestar o serviço para o qual estavam sendo pagas com dinheiro público.

Leia posts relacionados ao tema:

Site ajuda a controlar contas de vereador

Ação de padrinho do Adote em destaque

Vereador contrata empresa de bufê para fazer site

Adote um Vereador é destaque no Global Voice

Pauta #cbnsp: Transparência nas contas públicas

 

CBN SPO site De Olho nas Contas da prefeitura de São Paulo não atende as exigências da lei da Transparência que entra em vigor em 27 de maio, de acordo com avaliação do consultor da Fundação Getúlio Vargas Amir Khair, ex-secretário de finanças do município. Não é possível, por exemplo, se obter informações sobre todas as despesas e receitas da cidade, além disso haveria restrições em relação aos dados de contratos assinados pela prefeitura. Amir Khair entende que para cumprir a lei São Paulo terá de refazer o serviço disponível no Portal da Prefeitura, há cerca de um ano.

O secretário adjunto de Finanças do município, Sílvio Dias, diz não é verdade que haja restrições nas informações divulgadas pela prefeitura. Admite apenas que haja uma demora de um ou dois dias sempre que um pagamento é efetuado, mas que isto não prejudica a transparência nas contas públicas. Sílvio Dias entende a cidade já cumpri as determinações previstas em lei.

Acompanhe as duas entrevistas que foram ao ar no CBN São Paulo.


Outros destaques da edição desta terça-feira:


Segurança no trânsito 1-
A falta de estrutura do Detran de São Paulo e o esvaziamento da autoridade de trânsito na capital são motivos que levam a um cenário de violência em ruas e avenidas, segundo o médico Alberto Sabbag. Ele alerta para a necessidade de a Polícia Militar realizar função ostensiva de fiscalização para impedir abusos à lei. Alberto Sabbag, em entrevista ao CBN SP, reclama que o dinheiro arrecadado em multas e serviços não é aplicado em campanhas educativas.

Segurança no trânsito 2 –
A prefeitura de São Paulo terá de explicar porque a Marginal Tietê foi liberada para tráfego sem a sinalização de trânsito, desrespeitando o Código Brasileiro de Trânsito. O pedido partiu da promotora de Justiça de Habitação e Urbanismo da capital Maria Amélia Nardy que falou ao CBN SP que está investigando o fato de acidentes de trânsito terem ocorrido na pista devido a ausência de sinais. Já foi aberto inquérito para investigar as causas da falta de sinalização horizontal, também, em ruas recentemente recapeadas. Segundo a promotora, não é justificável que a prefeitura leve mais de três semanas para realizar este serviço.

Esquina do Esporte – São Paulo tem de apresentar bom futebol para convencer o torcedor de que tem condições de chegar a final da Libertadores, na partida contra o Universitários de Lima (Peru), logo mais às 7 e meia da noite, no Morumbi. Na opinião de Jesse Nascimento e Marcelo Gomes, porém, o time paulista deve vencer devido a fragilidade do adversário. Ouça nossa conversa sobre o futebol e o vôlei brasileiros.

Dica para fiscalizar prestação de contas de vereadores

 

Já falei e reforço: informação publicada nem sempre é sinal de transparência. Muitos dados deixam ser claros ao cidadão pela forma complexa como são divulgados ou pela dificuldade para monitoramente através de programas de computador. Màssao Uéhara que adotou os vereadores Claudinho (PSDB) e Jooji Hato (PMDB), após ouvir sobre o resultado do levantamento feito pelo Estadão nas contas dos 55 vereadores paulistanos, postou em seu blog dicas para fiscalizar a prestação dos parlamentares pela internet:

A buscas de informações sobre os gastos de um vereador no site da Câmara Municipal de São Paulo não é facilitada pela interface do site, pois toda hora que for pesquisar um novo mês, você precisa voltar à página inicial, selecionar outro mês e clicar novamente no nome do vereador.

Mas existe um atalho que poderá facillitar a vida de muitos cidadãos e também para os padrinhos do #AdoteUmVereador. Veja como fazer:

1.- Na página inicial http://www3.camara.sp.gov.br/ escolha o ano e o mês e clique sobre o link do vereador com o botão direito e peça para abrir em uma nova aba ou então numa nova página

2.-A página com o relatório é exibido. Aproveite e adicione já esta página no seu favoritos (bookmark) do seu navegador de internet.

3.- A mágica é mudar o ano e mês para ver relatórios de outra data, conforme indicado na próxima imagem.

O último campo é do código do vereador, você pode coletar esse código a partir dos links da página principal e trocar na página do relatório. Desta forma vai facilitar caso você for seguir vários vereadores, igual ao meu caso;)

Esta é uma dica simples, mas muito útil para ficarmos de olho nos gastos dos nossos representantes no legislativo.

Para ter o tutorial completo, acesse o Blog do Màssao Uéhara.

Cidadão pode controlar gastos dos vereadores, também

 

adoteA denúncia de que vereadores de São Paulo contratam empresas que não tem sede nem nunca prestaram outros serviços demonstra desorganização, despreparo e falta de respeito com o dinheiro público, no mínimo. Não vou sequer entrar no campo da corrupção e desvio pois não tenho subsídio para tanto e seria leviano de minha parte. Prefiro ouvir, nesta segunda-feira, no CBN São Paulo, autoridades que esclareçam em que nível se encontram as irregularidades apontadas pelo Estadão.

Quero, porém, aproveitar para falar com você sobre o levantamento feito pelos repórteres Bruno Tavares, Diego Zanchetta e Rodrigo Burgarelli. Eles foram ao site da Câmara Municipal de São Paulo e identificaram 5 mil registros de pagamentos feitos pelos vereadores com a verba de gabinete. Cada um dos 55 parlamentares pode gastar até R$ 14,8 mil por mês para serviços de consultoria, publicação de material gráfico, desenvolvimento de site e combustível, entre outros.

Com os dados em mãos eles fizeram buscas na própria internet atrás das empresas e prestadores de serviços, tentaram fazer contato por telefone e visitaram alguns endereços. Logo descobriram que, apesar de estarem no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, algumas delas não funcionam no local registrado. Há casos, também, de empresas que teriam sido contratadas para trabalhos que não foram executados.

Este levantamento somente foi possível porque a Câmara Municipal de São Paulo, pressionada pela opinião pública, se viu obrigada a divulgar no seu site as notas fiscais usadas para comprovar os gastos de gabinete. E o olhar que os repórteres tiveram pode ser exercido por qualquer cidadão.

Evidentemente, seria impraticável que uma pessoa fizesse esta investigação nas declarações de todos os vereadores. Mas por que não controlar contas de ao menos um deles ? Esta é a ideia que move o Adote um Vereador, lançado logo após a eleição municipal de 2008. Fazer com que o eleitor se transforme em fiscalizador.

Aproveito para deixar um desafio aos que se propuseram a adotar um vereador, em São Paulo e demais cidades brasileiras: entre no site da Câmara, olhe a última prestação de contas do parlamentar, faça uma busca na internet, tente identificar o prestador de serviço, despenda um pouco do seu tempo para saber quem são estas empresas. Se houver dúvida, ligue para o gabinete do vereador e peça explicações. É um direito que o cidadão tem, afinal o dinheiro gasto é público. Ou seja, é nosso.