Conte Sua História de São Paulo: a cidade pioneira no combate a Covid-19

Por Sérgio Slak

Ouvinte da CBN

Imagem: Agência Brasil

No Conte Sua História de São Paulo, o ouvinte da CBN, Sérgio Slack, destaca a cidade na vanguarda da ciência:

Sempre frequentei o Paço das Artes, dentro da USP, e amava as exposições e eventos culturais naquele belo e agradável espaço. Em 2016, o governo do Estado determinou sua mudança para dar lugar a um novo complexo do Instituto Butantan. Confesso que na época, fiquei muito chateado, pois o Paço era um dos meus locais favoritos. 

Eu mal sabia o quanto essa mudança seria importante.

Em 2019, surgiram as primeiras notícias sobre a Covid-19. Em 26 de fevereiro de 2020, foi confirmado o primeiro caso no Brasil. A doença trouxe internações e mortes, e uma grande agonia tomou conta de mim. Muitos duvidavam da rapidez para se produzir a vacina. 

O Butantan, com histórico exemplar, especialmente contra o vírus da influenza, se uniu a um laboratório chinês e, em 20 de dezembro de 2020, começou a produzir a vacina. Menos de um mês depois, em 17 de janeiro de 2021, eu vi a enfermeira Monica Calazans receber a primeira dose no Brasil, um momento emocionante pois sabia que a batalha contra a Covid começava a ser vencida. 

Tomei minha primeira dose em 29 de abril, e agradeci a enfermeira Janaína que me aplicou a vacina. Embora não fosse a do Butantan, senti alívio e gratidão. Desde então, sigo me vacinando e, toda vez, lembro da cena pioneira em São Paulo, símbolo da esperança na vida dos brasileiros.

Ouça o Conte Sua História de São Paulo

Sérgio Slack é personagem do Conte Sua História de São Paulo. A sonorização é do Cláudio Antonio. Escreva seu texto agora e envie para contesuahistoria@cbn.com.br. Para ouvir outros capítulos da nossa cidade, visite meu blog miltonjung.com.br ou o podcast do Conte Sua História de São Paulo.

((os textos originais, enviados pelos ouvintes, são adaptados para leitura no rádio sem que se perca a essência da história))

O que o presidente da República melhor faz, segundo um senador também da República

Presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (Foto: Pedro França/Agência Senado)

“Cada um faz aquilo que melhor faz, ele (o presidente) tem feito muito isso no governo, né!?!”

O presidente da CPI, senador Omar Aziz, foi curto e grosso na primeira resposta que deu hoje, na entrevista que Frederico Goulart e eu fizemos, no Jornal da CBN, quando perguntei a ele sobre um inusitado palavrão dito por Bolsonaro em seu “cercadinho” digital.

O que o presidente melhor faz, segundo o senador da República pelo estado do Amazonas? Para que fique claro, vamos antes a sequência de fatos que levaram à frase de Aziz, hoje cedo.

No dia 25 de junho, os irmãos Miranda —- o Luis Deputado e o Luiz Servidor — estiveram na CPI da Covid e disseram que levaram ao presidente Jair Bolsonaro denúncia de irregularidades na compra da vacina Covaxin, da Índia. No encontro que ocorreu no Palácio do Planalto, em 20 de março, Bolsonaro teria dito que entregaria o caso à Polícia Federal. Teria dito mais, segundo os Miranda: 

“Isso é coisa do Ricardo Barros. [Palavrão], mais uma vez” 

Ricardo Barros, deputado federal e líder do Governo Bolsonaro na Câmara, foi rápido no Twitter: no mesmo dia, negou qualquer envolvimento com irregularidades. 

Já o presidente, se calou. E calado se manteve. 

Diante do silêncio —- nem no cercadinho havia se pronunciado —-, a CPI entregou, ontem, dia 8 de julho, uma carta no Palácio do Planalto, assinada por Omar Aziz, Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI, e o relator Renan Calheiros. Eles pediram para que Bolsonaro se pronunciasse quanto as denúncias. E o fizesse de forma ‘clara, cristalina, republicana e institucional’:

“Somente Vossa Excelência pode retirar o peso terrível desta suspeição tão grave dos ombros deste experimentado político, o Deputado Ricardo Barros, o qual serve seu governo numa função proeminente.”

À noite, Bolsonaro, já no “cercadinho digital” — aquela live que realiza todas as quintas-feiras —, proferiu a frase que deve ter saído dos anais dele:

“Caguei para a CPI, não vou responder” 

Fatos relacionados e contextualizados, imagino, fica claro e cristalino —- ao mesmo tempo que pouco republicano e nada institucional —- o que o presidente da CPI pensa ser o maior “mérito” do presidente da República.

Se quiser saber mais, ouça a entrevista completa com o senador Osmar Aziz: