Ter filhos é como ter o coração fora do corpo, diz Obama

 

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A entrevista de Barack Obama para o jornalista David Letterman, em seu novo programa, agora no Netflix, é recomendável por inúmeros aspectos. Desde a forma como o entrevistador atua no palco e conduz a conversa até a performance do ex-presidente dos Estados Unidos. Fala-se do atual momento do país, da luta pela igualdade racial, da desigualdade social, da baixa participação política do eleitor americano, de retrocessos e ensinamentos.

 

Há uma proposital falta de isenção nas perguntas de Letterman, o que torna a conversa ainda mais íntima e reveladora. Depois de assisti-los e rever alguns trechos, quis escrever para você, caro e raro leitor deste blog, para chamar atenção à parte em que Obama conta da sua relação com as filhas, no instante em que a mais velha está prestes a ir para a Universidade.

 

Nos Estados Unidos, especialmente, esse estágio costuma significar a saída do filho de casa, pois vai morar no campus da Universidade, geralmente distante de onde a família habita. Esse desligamento costuma ser traumático, principalmente para os pais. Obama, líder político ainda muito influente, que já foi o homem mais poderoso do mundo, revela-se um pai como qualquer um de nós. Com certeza, como eu. Com as mesmas fraquezas, dúvidas e tristezas que surgem quando nossos filhos deixam a casa.

 

Obama diz que uma das melhores descrições que já ouviu é que ter filhos é como ter o coração fora do corpo com o agravante que eles estão por aí, atravessando ruas e pegando avião, entre outras atividades para as quais nunca temos certeza se eles estão realmente preparados. Confessa ao jornalista o desejo de dizer para os filhos: “venham, nós queremos que voltem para a barriga”. Fez o comentário para explicar o sentimento de levar Malia, a filha mais velha, na faculdade: “foi uma cirurgia cardíaca”.

 

A conversa com Letterman foi além. O ex-presidente contou que nos dias que antecederam a viagem de Malia, cada um reagia de maneira diferente para disfarçar a tristeza. Michelle, a mãe, limpava a casa, tentando por ordem nas coisas. A irmã mais nova, Natasha, preferiu criar alguma conexão com o pai e o convidou para uma tarefa doméstica: montar uma luminária. Coisa de 10 minutos mas que durou por mais de meia hora, em um silêncio perturbador. Era a família absorvendo a nova realidade que se concretizaria com a saída de casa da filha mais velha.

 

Os pais são mesmo figuras estranhas. Guiam seus esforços para que os filhos cresçam, tenham personalidade, alcancem conhecimento e encontrem na educação respostas para sua independência e felicidade no futuro. Eles crescem, ganham personalidade, alcançam conhecimento e se capacitam para estudar na melhor faculdade que estiver ao seu alcance. Nos enchemos de orgulho pela conquista obtida, mas somos incapazes de esconder a dor no peito de vê-los saindo de casa. Sofremos pela distância, reclamamos que não respondem as mensagens na velocidade que desejamos e arrumamos qualquer desculpa para que voltem com mais frequência para nos visitar.

 

Aqui em casa, o mais velho nos deu a chance de estudar na própria cidade, mas como já está trabalhando, tem sua agenda tomada de compromissos. Ao menos conseguimos garantir a presença dele por algumas horas da noite e nos fins de semana, quando não rola algum compromisso com amigos. O mais novo tomou outro rumo: pelas características de sua profissão, mora em outra casa, a mais de uma hora e meia de distância, e só aparece por aqui a cada 15 dias. Pai e mãe ficam muito felizes com a responsabilidade que ambos assumem e o sucesso que estão alcançando. Felicidade que se mistura à angústia de saber que nossos “corações” estão não apenas fora de nosso peito, como mais distantes.

 

A ouvir Obama, ratifico a ideia que pais são mesmo figuras estranhas. Estranhas, mas normais.

 

Que nossos filhos saibam entender nossas contradições!

Sinfonia da Água

 

Luciah Rodriguez
Ouvinte-internauta

Água

“No princípio, criou Deus os céus e a terra. Ela estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas”.

De fato, o Criador, em sua sabedoria infinita, chamou todas as coisas, deu ordem a tudo o que se encontrava desordenado e as colocou em seus respectivos lugares. As águas, fontes de vida, chamou-as à serenidade e lhes deu a missão de nutrir a terra com os seus rios, mares, poços… pois sabia da extrema utilidade desse líquido e, no auge de sua criação, a sua luz resplandeceu sobre todos estes seres.

Tanto no Antigo, quanto no Novo Testamento, há muitas referências sobre a água, esse líquido que nasce no seio da mãe Terra, e que no Novo Testamento está assim escrito: “Da Galileia foi Jesus ao Jordão ter com João, a fim de ser batizado por ele”; “Depois que Jesus foi batizado, saiu logo da água” .

A água representa ainda o despertar interior para as coisas do alto, o enlace do homem com Deus, mediante um mergulho nas águas do Espírito: “Minha alma está sedenta de vós, e minha carne por vós anela, como a terra árida e sequiosa, sem água” Esse precioso alimento foi também utilizado, simbolicamente, como água viva ou Espírito Divino.

Quando Jesus se aproximou da mulher samaritana e lhe pediu água -”Dá-me de beber”, Ele utilizou água como algo indispensável ao corpo, para saciar a sua sede. Mas, advertiu à mulher que esse líquido valioso é ainda a representação mais perfeita de um grande mistério que só, espiritualmente, pode-se discernir, e que Ele mesmo daria de beber dessa água a quem lhe pedisse, como disse à samaritana: ” – Se conhecesses o dom de Deus e quem é que te diz: Dá -me de beber, certamente lhe pedirias tu mesma, e ele te daria uma água viva

São várias as citações em que a água se destaca pelo seu valor majestoso para a vida. Como é mostrado no primeiro milagre de Jesus em Caná da Galileia, com a transformação da água em vinho. Moisés também flutuou entre a vida e a morte no cestinho sobre o rio Nilo, até ser salvo.

E, quem não se recorda, no Antigo Testamento, das águas da contenda, aquela que saiu do rochedo, tocada pelo cajado de Moisés por ordem divina? Se desde a Criação o Espírito de Sabedoria pairava sobre as águas, quem sabe a água que você bebe, toma banho a utiliza para a sua sobrevivência, tem a força da energia dessa era do iniciar.O uso consciente da água é gratidão a natureza a esse símbolo majestoso da vida! – a Água. Ela é parte maior da história do planeta terra , que poderia ser conhecido pelo nome de ” planeta Água”.

Portanto, a história do homem tem sempre o seu encontro com a água, desde o ventre materno, o líquido essencial para sobreviver, no momento do batismo, na hora da preparação do alimento ou na hora do banho. É preciso entender que a água faz parte da essência do sagrado que brota do seio da mãe Terra. O símbolo contínuo da essência da vida!

Que não seja permitido cair sobre os rios, as fontes, os mares, os lagos, nenhum dejeto que venha poluir esse elemento precioso Que sejam poupadas as árvores que rodeiam as encostas dos rios, os manguezais, toda as florestas que cobrem a superfície desse planeta, que ajudam a germinar vida em todas as espécies. Que nos movimentos da terra e dos mares essas águas precipitam para os céus e se formam de nuvens de chuva, que descem para irrigar o planeta e alimentar a terra com gotículas de água.

Como escreveu o Profeta: _ “Não façais mal a Terra, nem o mar, nem as árvores…” A água é vida”. Beba água é agradeça ao Criador!!!!!