Canto da Cátia: Um fiscal das antigas

 

A máquina de escrever sobrevive

Os computadores modernos, velozes e leves não seduziram este fiscal da Agência Nacional de Petróleo que coibe a ação irregular de postos de combustiveís, em São Paulo, com uma máquina de datilografia embaixo do braço. Na hora de preencher o laudo de fiscalização, ele não se acanha. Puxa a cadeira e cuidadosamente retira a capa de plástico dura que protege a relíquia. Coloca o papel, alinha, acerta a margem e começa seu trabalho impassível diante da reclamação dos autuados e da curiosidade dos descolados.

Antes de a repórter Cátia Toffoletto colocar em dúvida a estrutura oferecida pela ANP a seus poucos fiscais que atuam no Estado – são apenas 22 -, o chefe da equipe se antecipou: “ele é que é excêntrico e não abre mão da máquina de escrever”.