Avalanche Tricolor: Cada um com o seu desafio

 

Atlético (MG) 2 x 0 Grêmio
Brasileiro – Sete Lagoas (MG)

“Estou curioso pra ler o que vais escrever na Avalanche Tricolor” foi a desafiadora mensagem que recebi de meu pai na manhã deste domingo. Esta tem se repetido com irritante frequência. Que fique claro: o que me irrita não são os e-mails enviados por ele – são sempre bem-vindos tanto quando as ligações telefônicas e as visitas a São Paulo -, mas o fato de ao fim de cada rodada escrever sobre o jogo no qual seu time de coração não fez por merecer uma só palavra de consolo ter se tornado comum. É simples a tarefa quando assistimos à uma partida como a do domingo anterior em que seus jogadores se transformam em campo e reproduzem com a bola nos pés aquilo que seu coração de torcedor tanto espera. Quando nos vemos em situações como a de ontem, dá vontade de chutar tudo para o alto e abrir mão da tarefa auto-imposta de descrever nesta Avalanche de palavras meu sentimento a cada partida.

Houve um tempo em que meu time superava os desafios mais impressionantes. Consagrou-se por estas histórias que beiravam o absurdo. Conquistava o que os outros eram incapazes de vislumbrar. Estar atrás no placar e ter um, dois, três, quatro jogadores a menos não fazia a menor diferença, não abalava nossa fé. Mas estamos vivendo um outro tempo no qual ter um jogador a mais em campo pouco significa, estar com o domínio da bola não resulta em nada além de algumas trocas de passes e chutes esparsos distante do gol. Não vou perder meu tempo pesquisando o histórico das partidas neste Brasileiro, mas tenho a impressão de que em muitas delas o adversário teve jogador expulso e nós não soubemos como se comportar diante desta situação. Deviam aprender com o padrinho Ênio Andrade que na simplicidade de seu olhar ensinava: cada um marca um e sempre sobrará um do nosso lado; não tem como perder.

A me consolar, algo sobre o qual já me referi nesta Avalanche: em uma temporada de tão poucos feitos tínhamos diante de nós duas decisões, a primeira vencida domingo passado, a próxima, marcada para a última rodada deste Campeonato. Pode parecer pouca pretensão para quem sempre está em busca dos grandes momentos, mas ao menos consigo responder ao desafio de meu pai e escrever uma Avalanche mesmo diante de tão pouca inspiração. Espero que o Grêmio seja capaz de responder aos nossos desafios. E esteja mais inspirado e inspirador na próxima.

Desafio: Heródoto de helicóptero e eu no pedal

 

portal_de_caragua_dia_mundial_sem_carrosA bicicleta não é meio de transporte no meu cotidiano. É lazer. Pedalo em volta de casa, ruas tranquilas ou praças mais próximas. Ando, paro, bebo água, retomo o passeio, paro para bater papo e retorno relativamente satisfeito – um pouco cansado na maioria das vezes.

Encarar o trânsito de São Paulo, hoje, no horário de pico em percurso de mais de 12 quilômetros, entre a Berrini, zona sul, e a sede da prefeitura, no centro, será, sem dúvida, enorme desafio pessoal.

Será que sou capaz ?

A proposta do Desafio Intermodal é esta mesma. Testar formas diferentes de se locomover no ambiente urbano. Mostrar às pessoas – a nós mesmos – que existem alternativas para o carro. Temos à disposição uma variedade de modais de transporte que podem fazer parte do nosso dia-a-dia.

Por isso, a partir das cinco da tarde, cicloativistas e incentivadores da bicicleta estarão reunidos na praça General Gentil Falcão, próximo do número 1.000 da avenida Luis Carlos Berrini, de onde partirão uma hora depois em direção ao centro. De trem, de metrô, de ônibus, de moto, de bicicleta, a pé, correndo e, claro, de bicicleta. Cada um a seu modo fará o mesmo percurso.

O helicóptero, pelo segundo ano, estará presente, cedido pela rádio CBN. Em 2009, eu estava a bordo, neste ano o lugar será ocupado por nosso colega Heródoto Barbeiro. Experiente – como poucos no planeta Terra -, já tendo pilotado avião e pequenos helicópteros, pretende “honrar” o nome da aviação e chegar em primeiro lugar. Ano passado, ficamos em quarto, atrás de duas bicicleta e uma moto. (para saber sobre o evento do ano passado, clique aqui)

O interessante é que neste Desafio não está em jogo quem é mais rápido. Mas quem é mais rápido, mais econômico e menos poluente. Nesta tenho certeza de que vencerei do Heródoto pois minha bicicleta tem impacto zero no meio ambiente.

Vou pedalar na categoria “ciclista iniciante” e depois que vi o meu roteiro de viagem coloquei em dúvida minha condição física para completar o percurso, principalmente por causa de algumas subidas que terei no caminho. Em compensação terei a oportunidade cruzar o Parque do Ibirapuera pedalando.

Confira aqui o percurso que vou realizar de bicicleta, nesta quinta-feira.

Heródoto e eu teremos o acompanhamento do Leandro Motta e do Leonardo Stamillo, respectivamente, que gravarão em vídeo nosso desafio para depois compartilharmos com você a experiência.

Nos acompanhe, hoje, na CBN ou pelas ruas de São Paulo.

Serviço

Programação do Desafio
17h00 – Início da Concentração Na Praça Gal Gentil Falcão e atendimento a imprensa.



17h50 – Alinhamento dos participantes e explicação das regras do desafio



18h00 – Pelo viva-voz do telefone celular, representante da organização, que estará diante da prefeitura, dá a largada. Cada uma das pessoas se dirige ao seu modal e faz o trajeto que considerar mais conveniente.



18h30 – Previsão de chegada dos primeiros participantes em frente à Prefeitura de São Paulo



20h00 – Previsão de chegada do último participante

Desafio intermodal terá transmissão “ao vivo”

 

Transmissão em tempo real, participação ao vivo na rádio e atualização no portal da CBN com notícias pelo Twitter e imagens, também. O desafio intermodal, primeira atividade em comemoração ao Dia Mundial Sem Carro, estará em destaque na programação da rádio, nesta quinta-feira, em São Paulo. Esta é a quarta edição do evento que tem como meta mostrar à cidade que existem alternativas para os carros.

Estarei ao lado dos participantes deste desafio, a partir das cinco da tarde, na praça General Falcão, no Brooklin, pertinho da Luis Caros Berrini. De lá partiremos em direção a prefeitura de São Paulo, às seis em ponto.

O tempo que cada um levará depende do tipo de transporte que estará usando. Nos anos anteriores, a motocicleta (2006) e a bicicleta (2007 e 2008) foram os meios mais rápidos, completando o percurso em menos de 45 minutos. Desta vez, a presença de um helicóptero deverá quebrar esta hegemonia dos veículos de duas rodas. No entanto, mesmo que chegue antes, o transporte aéreo perde fácil nos ítens custo da viagem e prejuízo ao meio ambiente, que também serão medidos.

Os resultados do desafio intermodal serão atualizados pelos organizadores na página CicloBr.com. Além da participação durante o Jornal da CBN 2a edição, você poderá acompanhar a cobertura pela página da CBN na internet. Ou seguindo meu Twitter www.twitter.com/miltonjung.

As modalidades participantes:

1.    Pedestre caminhando
2.    Pedestre correndo
3.    Bike Courrier – Ciclista de entregas rápidas –
4.    Ciclista iniciante por vias alternativas
5.    Ciclista experiente por vias alternativas
6.    Ciclista experiente por avenidas
7.    Ciclista bici dobrável integrando com Ônibus
8.    Ciclista de fixa
9.    Motoboy
10.    Motociclista comum
11.    Motorista
12.    Ônibus
13.    Trem + Metrô
14.    Trem + Ônibus
15.    Ônibus + Metrô
16.    Trem + Ponte orca + Metrô
17.    Cadeirante de transporte público + ônibus
18.    Helicóptero
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