Motorista é multado por não usar cinto na moto

 

Motorista de carro ser multado por não usar capacete já havia noticiado (é só confirmar aqui). Multado por dirigir moto sem cinto de segurança, foi a primeira vez. Aconteceu com o paulista Luiz Zini que não bastasse ser punido por algo impossível, ainda o foi em lugar que jamais passou: Barra Mansa, Rio de Janeiro.

Para completar a comédia do absurdo, ainda será obrigado a quitar a dívida para depois fazer a reclamação.

Leia a história contada por ele:

A CBN,

Parece mentira mas não é, fui multado em Barra Mansa, no estado do Rio de Janeiro, local que jamais estive, por não usar cinto de segurança em uma motocicleta. Dois absurdos ao mesmo tempo. . .

Para que eu possa recorrer fui instruído pelo Detran a pagar a multa para depois recorrer e ver se será deferido o meu pedido de ressarcimento!, imaginem só, ser multado em um lugar que jamais estive, por não usar um equipamento que não existe em motocicletas, e tenho que pagar e depois pedir reembolso, é simplesmente inacreditável.

O que se espera de um órgão público que emite multas e punições, é que no mínimo o sistema não emita uma multa absurda como essa, é o mesmo que multar um motorista de automóvel por não usar capacete. Sou favorável as multas, infelizmente é um dos poucos métodos que funcionam e inibem os infratores, mas o mínimo de cuidado deveria ser tomado.

Enfim, nesse pais temos que provar que não somos culpados para não sermos punidos, até de um caso claramente equivocado como esse.

Abraços
Gini”

Conte Sua História de São Paulo: O Fusca

Suely Schraner
Ouvinte-internauta

Ouça o texto “O Fusca” de Suely Schraner com sonorização de Claudio Antonio

Foto de Eli K Hayasaka, no Flickr

Foto de Eli K Hayasaka, no Flickr

Em 1973, o piloto Ronnie Peterson ,”o sueco voador”, ganhava o Grande Prêmio da França. Aí, ela comprou seu fusca 66. Vermelho grená e parcelado em 36 vezes.

Vinte horas na auto escola: baixar o breque de mão, primeira e segunda.

No Detran, a baliza certa e aprovação garantida. De noite, pegar o possante na concessionária. Onde é mesmo que se liga a lanterna?

Na Marginal Pinheiros, só xingamentos. Gente mal educada a dizer impropérios sobre sua mãe. Em primeira e segunda, ela chegou ao pódio.

Naquela clara manhã de outono, saiu uma hora mais cedo. Pegou seu veículo e rumou para o trabalho. Era uma fábrica de macarrão que ficava na Marginal, quase esquina com a Avenida Interlagos. Na ladeira, pof, pof, em ré descontrol. Êpa! Passou direto do ponto. As duas mãos no volante, cara esticada quase colada ao vidro, aquela craqueza. De repente, o rio Pinheiros no meio. Como retornar? Uma hora esse rio tem que acabar.

Nesse pique, chegou na Lapa. Só aí é que se deu conta que o retorno só poderia ser por uma ponte. Um guarda pulou. Caderninho de multa voou. Ufa! Enfim conseguiu pegar a marginal de volta. Atrasada duas horas! Os tímpanos já imunizados aos palavrões.

Mãos firmes no volante, pernas travadas. Primeira e segunda. Enfim a firma onde trabalhava. Não havia focos de lentidão como hoje. A surpresa era uma aglomeração em frente à fábrica. Seu Adrimon, da portaria, muito solícito lhe abriu as duas bandas do portão de entrada dos carros. Mirou bem e acelerou na direção do portãozinho de pedestres. Foi só manifestante que voou.

Nova ré descontrol. Barbeira, eu? Deixou o carro atravessado na rua e entrou a pé mesmo.

Seu Antonio, o motorista de caminhão, foi quem colocou o carro pra dentro. Passava do meio dia. Coração na boca . Pernas bambas.

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