Expulsão é incompatível com ambiente da universidade

A expulsão pela Uniban da estudande Geyse Villa Nova Arruda é a decisão apropriada para uma universidade que desde o início do incidente não soube se comportar de forma decente diante de um caso grave. Sua postura – com o perdão do plágio – “é incompatível com o ambiente da universidade” brasileira.

Logo que o caso se revelou na mídia, o esforço foi para retirar as imagens que estavam na internet temendo repercussão negativa à Uniban, gesto inútil e burro de censura. Quis conter o tsunami de informação gerado pelos próprios alunos a partir de seus telefones celulares.

Impossibilitada de tomar tal atitude, retira a menina da universidade. Além disso afasta temporariamente alguns alunos – não informa quantos nem quais -, e se contradiz pois sai em defesa dos agressores, aqueles que o reitor entende serem os “defensores do ambiente escolar”. Também eram assim tratados os que ofereciam suporte as ideias racistas que marcaram a sociedade americana no passado nos Estados favoráveis a segregação ou que atenderam o chamado de ditadores facínoras como Hitler e Mussolini.

Coube à mídia um capítulo especial na nota de explicações da Uniban. Teríamos perdido a oportunidade de contribuir para um debate sério e equilibrado sobre ética, juventude e universidade. Generaliza na crítica e não leva em consideração entrevistas com profissionais de educação, sociologia e comportamento humano que foram ao ar nas duas últimas semanas. Talvez porque os diretores da universidade se pautem apenas pelos programas sensacionalistas dos quais sejam parte da audiência.

Lendo os valores da Uniban, divulgados em seu site, descobrimos que a intenção é “propiciar tratamento justo a todos, valorizando o trabalho em equipe, o alto grau de sinergia e integração, estimulando um excelente ambiente humano de trabalho”. Devem ter interpretado que os estudantes que fizeram coro ofensivo contra a estudante trabalhavam em equipe, em um alto grau de sinergia e integração.

Uma nota sobre Geyse: mesmo vítima, dá sinais de deslumbramento com o assédio da mídia, seu discurso de constrangimento não combina com seu desejo de aparecer – seja em programas de televisão seja na primeira página dos jornais -, além de demonstrar satisfação no papel de fugaz celebridade.

Faz parte desta mesma moeda sem valor que circula na Uniban e na maioria das universidades brasileiras.

Leia “Saia Justa na Uniban” escrito por Carlos Magno Gibrail

Cinema proibido de exigir provas de estudantes

Os estudantes tiveram uma vitória na Justiça contra a rede Cinemark que somente vendia ingressos pela metade do preço se provassem que estavam matriculados, exigindo boleto bancário ou ficha de frequência escolar, além da carteira de estudante.

Decisão em caráter liminar da Justiça do Rio que se estende a toda rede Cinemark proíbe esta prática. Portanto, só a carteirinha é suficiente para pagar meia-entrada, segundo constatou o Procon de São Paulo. O órgão ressalta, também, que com base nesta decisão nenhuma casa de espetáculo ou cinema pode fazer a exigência, apesar da ação movida pelo Ministério Público do Estado do Rio ter como alvo a rede Cinemark.

Na origem desta discussão, a falta de credibilidade das carteiras de estudantes que podem ser obtidas em pizzaria bastando apresentar algo que se assemelhe a ficha de matrícula ou boleto de pagamento para escolas de inglês, informática e afins.

Ouça a entrevista com o diretor de atendimento do Procon de SP Evandro Zuliani

Prêmio CBN de Jornalismo Universitário já está no ar

Logotipo do Prêmio CBN de Jornalismo UniversitárioReportagens de rádio produzidas por estudantes universitários que tratem de questões relacionadas ao meio ambiente, diversidade cultural e inclusão social poderão concorrer ao Prêmio CBN de Jornalismo Universitário. O vencedor receberá um troféu, direito a visita monitorada durante três dias para acompanhar o funcionamento da emissora, em São Paulo, com as despesas de passagem e hospedagem pagas, além de ter o material veiculado na programação. Mais dois trabalhos receberão menção honrosa.

A intenção do Prêmio é estimular, divulgar e prestigiar reportagens de rádio, a fim de descobrir jovens talentos e aproximá-los do veículo. As inscrições devem ser feitas através de fichas disponíveis no site da CBN até o dia 30 de junho. Para mais informações acesse o Portal da CBN.

Estudantes levam proposta ambiental para vereadores

Alunos do Colégio Dante Alighieri, no Jardim Paulista, entregam à Câmara Municipal de São Paulo documento com propostas na área ambiental que passam pela ampliação das ciclovias na cidade, incentivo ao uso de troleibus no transporte público, uso consciente de sacolas plásticas e instalação de sensores de luz nas repartições públicas para reduzir o consumo de energia. O material será recebido pelo vereador “adotado” Gabriel Chalita (PSDB-SP) que convidou cerca de 120 estudantes a conhecer o trabalho desenvolvido no legislativo municipal.

Para muitos dos alunos escolhidos para o encontro será a primeira vez que entrarão na sede da Câmara Municipal, por isso pede-se  aos vereadores que entendam a reivindicação destes jovens que tem o apoio de sete mil pessoas que assinaram a proposta elaborada por eles dentro da escola. Ver suas sugestões encampadas pelos parlamentares será, sem dúvida, um excelente incentivo à participação popular no Legislativo.

O trabalho é resultado de pesquisa que se iniciou no ano passado com alunos de 13 a 15 anos, no projeto Embaixadores do Clima.

Ouça a entrevista da coordenadora de Ciências da Natureza do Colégio Dante Alighieri ao CBN SP

Conte Sua História de São Paulo: Na escola de Letras

Muito antes de a Faculdade de Letras estar no campus da USP, no Butantã, a escola recebia suas alunas na Praça da República, em prédio no qual funcionava o colégio das normalistas, no centro de São Paulo. A ouvinte Neusa Longo lembra os tempos de estudante na história gravada no estúdio móvel da CBN, durante o programa em homenagem aos 455 anos da capital paulista.

Neusa é antiga frequentadora do Conte Sua História de São Paulo. Na primeira fase do programa, escreveu texto que foi publicado no livro lançado pela Editora Globo com o título de “Menina Escandalosa na República”. Participou também com outros capítulos da história da cidade em lembranças que foram ao ar durante o CBN SP que você pode ouvir clicando AQUI. E agora está de volta com os tempos das normalistas.

Ouça o Conte Sua História de São Paulo na voz e lembrança de Neusa Longo