Sua Marca Vai Ser Um Sucesso: quando a Fórmula 1 acelera fora das pistas

Divulgação/Warner Bros. Pictures

O ronco dos motores da Fórmula 1 agora ecoa também em Hollywood. O filme estrelado por Brad Pitt, inspirado no universo das corridas, ultrapassou a barreira dos autódromos e conquistou o público dos cinemas e do streaming, transformando velocidade em narrativa e emoção em estratégia de marca. Este foi o tema do comentário de Jaime Troiano e Cecília Russo no Sua Marca Vai Ser Um Sucesso, do Jornal da CBN.

Cecília Russo contou que o interesse pelo filme começou por uma lembrança pessoal. “Minha memória afetiva em relação à Fórmula 1 é enorme, por conta do meu pai, que era um fã maluco pelas corridas.” Ela destacou que o sucesso da produção está em sua capacidade de ampliar o alcance da marca. “O filme não apenas mostra corridas, ele expande o universo da Fórmula 1 para públicos que talvez nunca tenham assistido a uma prova.” Segundo Cecília, a Fórmula 1 é hoje uma das plataformas de branding mais valiosas do mundo, com carros que funcionam como vitrines ambulantes para empresas de tecnologia, telecomunicação e serviços.

Jaime Troiano observou que a força da Fórmula 1 vai além das máquinas. “Na Fórmula 1, pilotos viram marcas vivas. Hamilton, Senna, Schumacher — cada um é mais que atleta, é um símbolo, um ideal de realização.” Ele acrescentou que o filme cria “uma narrativa aspiracional, misturando real com o ficcional e ampliando o desejo das pessoas de se aproximarem desse universo”. Para Jaime, o sucesso financeiro e simbólico da Fórmula 1 — avaliada em cerca de 25 bilhões de dólares — mostra o poder de marcas que se mantêm ativas, renovando suas histórias.

A marca do Sua Marca

A lição deixada pelo comentário é clara: até as marcas mais fortes precisam se reinventar para continuar relevantes. A tradição é um combustível poderoso, mas não basta sozinha. Para seguir na dianteira, é preciso acelerar na criação de novas narrativas, emocionar em diferentes plataformas e conquistar públicos além das pistas.

Ouça o Sua Marca Vai Ser Um Sucesso

O Sua Marca Vai Ser Um Sucesso vai ao ar aos sábados, logo após às 7h50 da manhã, no Jornal da CBN. A apresentação é de Jaime Troiano e Cecília Russo.

O espetáculo não pode parar?

 

 

Por Carlos Magno Gibrail

  

 

fd623e9b-98eb-4a1e-9624-ffaf07a0d107.png.640x360_q75_box-0,1,405,229_crop_detail

Tales Cotta em desfile na SPFW foto: Instagram

  

 

Há 25 anos, Ayrton Senna abandonava a corrida em Imola para falecer no hospital. A corrida não foi interrompida, afinal a F1 é o espetáculo em que a convivência com a morte é real. E a morte não foi espetacularizada. A espetacularização veio pelo carisma internacional de Senna e pela paixão nacional que despertava no Brasil. Foi natural. Um fenômeno de popularidade.

  

 

Há 5 dias, na passarela da SPFW, o modelo Tales Cotta saiu do desfile da OCKSA após ter caído na passarela para o hospital. A direção da marca continuou a apresentação, sem alarde. A seguir, às 18h50, veio a informação à direção do SPFW que Cotta tinha falecido, às 18h40m.

  

 

Paulo Borges, diretor da SPFW, evitando a espetacularização da morte do modelo tomou a decisão de continuar com o evento. E decisão tomada após consulta com as pessoas envolvidas nas duas marcas que deveriam seguir com o espetáculo. Entretanto, a espetacularização começou pelas mídias sociais em seu ritmo característico:

“Via o evento fora do mundo tóxico da moda, mas era ilusão”
 

 

“Chega a ser macabro, desfilando no mesmo espaço do morto”
 

 

“Dinheiro e aparência é mais importante que uma vida”

O auge coube ao cantor Rico Dalasam que contratado para atuar no desfile da CAVALERA, o último desta edição do SPFW, exaltado, disse:

“Não era para ninguém estar aqui. O garoto acabou de morrer e vocês estão aqui como se a vida não valesse nada. Enquanto os vivos não lamentarem a morte dos negros, dos brancos e da humanidade das pessoas, a agonia vai estar no travesseiro de todo mundo agonia no travesseiro de todo mundo”

O contraponto veio da mãe do modelo, Heloísa Cotta.
 

 

Paulo Borges, em sua mensagem pela internet, destacou a compreensão e o apoio da mãe de Cotta na relação que mantiveram durante os momentos difíceis que vivenciaram — o que pode ser constatado no Instagram em que a OCKSA se desculpa por ter continuado o desfile e a mãe deixou registrado o seu pensamento:
 

 

Modelo1
 

 

Os desfiles de moda que servem como centros de evolução da moda têm alguma similaridade com a F1 que é um contribuinte para a evolução do automóvel.
 

 

Assim como na F1, que progride na segurança dos pilotos estudando inclusive os acidentes, a MODA precisa tomar esse episódio de Cotta e checar as condições físicas e emocionais dos modelos, cuja atuação exige muito equilíbrio pela carga de exposição e emoção.
 

 

Em resposta a enorme quantidade de críticas contra a MODA, ressalto que a MODA é um raro produto que não corre risco de extinção. As funções psicológicas, sociais e econômicas não podem ser ignoradas. Os players de sucesso são, por obrigação do mercado, pessoas que se preocupam com as pessoas.
 

 

Paulo Borges em sua explanação reafirmou com categoria esta convicção:

”Estou na MODA pelas pessoas e não pelas ROUPAS”

Carlos Magno Gibrail, Consultor e autor do livro “Arquitetura do Varejo”, é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung

Canto da Cátia: Correndo da chuva

 

 

Chuva interlagos

O temporal pegou muitos torcedores da Fórmula 1 a caminho do autódromo de Interlagos, no meio da manhã. A Cátia Toffoletto que acompanha a chegada do público, o movimento do trânsito, a ação dos fiscais e dos vendedores ambulantes também foi surpreendida. Nem a capinha de plástico, vendida a R$ 5, salvou a turma que teve de pisar fundo e correr para as áreas com abrigo.