A indústria e o compromisso ambiental

 

A atuação da indústria é fundamental para que sejam atendidas as metas propostas nos fóruns internacionais e acatadas pelos países em relação as restrições na emissão de gases e de atividades agressivas ao meio ambiente. Nesta semana, a Fiesp divulgou documento que estabelece princípios em relação às mudanças climáticas.

Reproduzo a seguir alguns trechos do material elaborado pelo Comitê de Mudanças Climáticas da federação que reúne as industriais de São Paulo e deixo à sua disposição o texto completo do compromisso ambiental assumido pela entidade:

… O Brasil construiu uma matriz energética limpa, baseada em fontes hidráulicas e em biocombustíveis. Nosso País já utiliza 46% de fontes renováveis, enquanto a média mundial é de 12%, ante 6% nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Antecipamo-nos ao criar um programa de biocombustíveis — único no mundo —, desenvolvendo novas tecnologias, invejáveis a qualquer nação, a exemplo da produção e uso em larga escala de etanol a partir da cana-de-açúcar.

Este combustível inovador produzido no Brasil reduz, em até 90%, as emissões de CO2 na atmosfera quando comparado à gasolina. A adição de 10% de etanol brasileiro a toda gasolina consumida no mundo reduziria, em até 9%, o total de emissões provocadas pela utilização deste combustível em automóveis …

Sua posição frente às negociações sobre as mudanças do clima reflete a consciência do importante papel que desempenha no contexto industrial brasileiro, o que justifica seu compromisso de prosseguir no caminho do desenvolvimento sustentável, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira.

PARA O DEBATE:

• Incentivar os diversos setores econômicos a continuar seus estudos de quantificação de gases de feito estufa emitidos, bem como pesquisas que apontem os impactos das ações de redução das suas emissões na competitividade da economia brasileira, viabilizando um comprometimento maior futuro; e

• Incentivar a transferência de tecnologia as médias, pequenas e microindústrias, considerando suas respectivas capacidades de adaptação.

Leia aqui o documento do clima, produzido pela Fiesp

STF julga negócio de R$ 288 bi

 

O Superior Tribunal Federal começa a julgar hoje ação que pode custar até R$ 288 bilhões para os cofres públicos. No centro da discussão, os exportadores alegam que tem direito a receber o crédito-prêmio do IPI, criado em 1969, para incentivar o setor. O Governo Federal alega que o benefício terminou em 1983. Os exportadores batem pé e dizem que o “prêmio”  prevalece e teriam direito de rever este dinheiro.

O tema foi levantado aqui no Blog, na coluna de Carlos Magno Gibrail, por duas vezes, mostrando o que está em jogo nesta discussão. Recomendo que leia para entender um pouco melhor a questão. Aliás, coloco à disposição entrevistas feitas com o ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel e com o diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, economista Roberto Giannetti da Fonseca. Eles tem posições completamente opostas.

O STF não deve dar o ponto final nesta quinta, pois temas polêmicos costumam ser alvos de pedidos de vistas pelos ministros, ou seja, eles pedem mais tempo para tomar uma decisão. Ouça as entrevista que fiz no Jornal da CBN e tome partido.

Ouça a entrevista de Everardo Maciel

Ouça entrevista de Roberto Gianetti da Fonseca