O hoje e o amanhã do varejo

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

Driving-Holiday-Sales-through-Omni-Channel

 

Na posse do novo Conselho da ABRASCE os empreendedores e executivos de Shopping Centers ouviram na quarta-feira valiosas informações.

 

Alberto Serrentino, palestrante da NRF 2015 e titular da VARESE Retail & Strategy, apontou o bom momento das grandes organizações de varejo, que mesmo com as incertezas econômicas estão em expansão. O tempo em que os maiores varejistas desapareciam diante das crises está longe.

 

O número de lojas que abrirão este ano é significativo. Lojas Renner 45, Riachuelo 40, Magazine Luíza 40, C&A 29, Forever 21 21, Lojas Americanas 140, Óticas Carol 170, etc.

 

O varejo em geral teve alta de 1,8% nos últimos doze meses, embora tivesse queda de 6,4% no fluxo de pessoas nas lojas de rua e Shopping na comparação do primeiro trimestre com 2014. Apenas o setor de moda teve queda, mantendo o mesmo -1% do ano passado.

 

A incerteza gerada pelo mau humor atual do consumidor brasileiro pode ser uma ameaça ao desempenho futuro, mas há atalhos positivos. O setor de moda lidera o e-commerce com 17% do numero de pedidos num universo de 61 milhões de consumidores. E, o OMNICHANNEL, se acentua mostrando um caminho obrigatório para o varejo.

 

O OMNICHANNEL são todos os canais servindo ao consumidor, num relacionamento pleno, em que não se sabe a origem da decisão de compra. Se do e-commerce, Mobile Commerce, TV commerce, Social Commerce,loja física,catálogo,visita porta a porta, e também de quantas idas e vindas dentro destes canais.

 

A loja física precisa ser tecnológica, a loja virtual tem que apresentar customização e relacionamento, ou seja, o “editor” deve levar em conta o aproveitamento extremo das características de cada canal, para diferenciá-los.

 

É um desafio de percepção que já está sendo entendido pelas lojas. Pelos Shoppings ainda não se sabe. Na reunião não houve uma esperada manifestação, pois as lojas de Shopping vendem pela internet e não pagam por isso.

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.

Avalanche Tricolor: Na física e no esporte tem de ter esforço e inteligência

 

Pelotas 1 x 0 Grêmio
Gaúcho – Pelotas (RS)

 

 

Fui um aluno mediano, pouco disposto a afundar os olhos nos cadernos escolares e lamento não ter aproveitado melhor o que os professores teimavam em me ensinar na sala de aula, na época do Rosário, escola católica, muito bem estruturada e na qual passei ótimos momentos da minha adolescência, boa parte deles nas quadras de esporte e na praça ao lado, onde os amigos se encontravam sobre as coisas que mais interessavam na nossa vida – futebol, basquete, baladas e namoradas, não necessariamente nesta ordem. Apesar de tudo e devido a tudo, tenho boas lembranças daquela época e tenho certeza de que alguns professores, também. Era melhor nas matérias de humanas do que de exatas (o que já sinalizava um caminho para a comunicação), por isso foi um enorme desafio sentar a mesa com meu filho mais velho, o Gregório, que pediu ajuda para a prova de física, neste domingo à tarde. Tive dificuldade para entender algumas fórmulas, mesmo prestando atenção no enunciado dos exercícios. Mas conversamos bastante, conferimos com os resultados oficiais e, após algum esforço, ouvi dele que estava pronto – disse, na verdade, “quase pronto”, pois sempre foi muito exigente com seu desempenho e talvez tenha sido isso que o levou a receber honra ao mérito em todos os anos até aqui. Isto e, lógico, sua capacidade intelectual.

 

Ao terminar os estudos, liguei a televisão e a partida já havia se iniciado. Logo percebi que à tarde não seria das melhores, pois antes de nossos méritos aparecerem, o adversário tinha se aproveitado de nossas carências. Houve algumas tentativas, muita bola jogada para dentro da área e uma quantidade enorme de escanteios, a maioria concluída com um cabeceio sem sentido. Estava evidente que a fórmula usada para chegar ao gol não era a correta, haja vista os poucos momentos em que, realmente, as chances de empate foram claras. No fim da partida ainda ouvi Léo Gago reclamar da falta de esforço do time e estaria totalmente certo se completasse a fala chamando atenção para a ausência de criatividade. Para que se tenha a melhor avaliação possível e o resultado seja alcançado é preciso equilibrar raça e inteligência, suor e talento, esforço e criatividade. O bom de toda esta história é que o desempenho final não depende de apenas uma prova, mas do conjunto da obra. Espero que o Professor tenha habilidade para cuidar disso.

Um videogame para aprender física

 

Os átomos são muito mais do que somente prótons, nêutrons e elétrons. E a física é uma ciência que está muito mais próxima do nosso cotidiano do que a maioria de nós imagina. Provar estas afirmações é o desafio dos criadores do videogame Sprace Game, que pretende aproximar jovens e estudantes do ensino médio ao tema. A eles são propostas missões a cada nova etapa do jogo desenvolvido por físicos do Centro Regional de Análise de São Paulo (Sprace) da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

O professor do Instituto de Física Teórica da Unesp Sérgio Novaes, atualmente em experimento no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares, em Genebra, na Suiça, explicou ao CBN São Paulo que o cuidado para a criação do Prace Game foi interagir diversão e conhecimento, sem perder a atratividade nem cometer incorreções científicas.

A brincadeira eletrônica é excelente ferramenta pedagógica e permite que conceitos complexos da física sejam memorizados com mais facilidade pelos jovens. Com uma espaçonave de tamanho subatômico, o jogador/estudante tem a missão de capturar partículas, identificá-las e com elas montar estruturas atômicas em outro planeta. A viagem é acompanhada por subpartículas, tema geralmente deixado em segundo plano na sala de aula.

Fui testar a brincadeira pedagógica à disposição na internet e quem sabe aprender algo sobre o tema. Nos dois computadores Windows que usei tive dificuldade para baixar o jogo, mas foi muito simples de fazê-lo no Mac. A grafia é básica, ao menos na primeira etapa, e falta algumas explicações para se ter ideia melhor dos objetivos propostos. De qualquer forma, meu consultor para jogos de computador (de 10 anos) ficou interessado com o que viu e promete ir mais a fundo para testar outros recursos e, quem sabe, aprender alguma coisa sobre quarks, léptons, neutrinos …

Acompanhe aqui a entrevista com o professor do Instituto de Física Teórica da Unesp Sérgio Novaes