Avalanche Tricolor: para o alto e avante!

 

 

Fluminense 0 x 0 Grêmio
Brasileiro – Maracanã

 

 

Gremio_Fotor_Collage

 

 

Atendendo à convite da TV Cultura, participei na noite de ontem das comemorações dos 45 anos da emissora pública de São Paulo na qual trabalhei por oito anos e forjei parte da minha visão sobre jornalismo e cidadania. Foi divertido principalmente rever personagens e programas infantis que marcaram época e divertiram a mim e meus filhos. A cerimônia que destacou o trabalho de muita gente competente que passou por lá e mostrou alguns talentos que ainda se apresentam com qualidade foi no Teatro Bradesco, que fica ao lado de onde está sendo construído o novo estádio do Palmeiras, o Allianz Arena. Foi o mais próximo que consegui ficar do futebol em noite de importante rodada do Campeonato Brasileiro, pois não me atrevi a acessar o telefone celular durante evento para conferir o desempenho gremista. Não seria de bom tom, apesar da ansiedade em saber o que estava acontecendo no Maracanã.

 

 

A noite de festa se encerrou quase ao fim da partida. Pelo aplicativo da CBN ainda consegui, no carro, ouvir a transmissão do Evaldo José e os comentários do Álvaro Oliveira, diretamente do Rio, sobre o empate que estava em andamento. Eles ressaltavam que o resultado não seria bom para nenhum dos dois times. Soube também que nosso ataque havia acertado o poste no primeiro tempo e o travessão no segundo, além de Barcos ter protagonizado bela virada que obrigou esforço redobrado do goleiro adversário. No pouco tempo que ouvi, nenhum risco para Marcelo Grohe que já teria feito antes algumas defesas importantes completando 715 minutos sem levar gols (e pensar que quase perdemos este jovem talento para investir em um veterano). Ao fim e ao cabo, na combinação de resultados, percebi que estava chegando em casa no início da madrugada e com o direito de dormir no G4, este seleto grupo no qual, parece, temos cadeira cativa.

 

 

Ou seja, o empate foi um bom resultado, seguimos invictos faz oito jogos, esquecemos a última vez que tomamos um gol e seguimos para o alto e avante, como diria Buzz Lightyear, anti-herói da série Toy Story – outro personagem com quem me diverti muito, apesar de jamais ter sido transmitido na TV Cultura. Entre personagens de desenho animado e do nosso futebol, dormi muito bem, obrigado.

Avalanche Tricolor: vitória em meio a chuva e o granizo

 

Grêmio 1 x 0 Fluminense
Brasileiro – Arena Grêmio

 

 

As dificuldades que a cidade de São Paulo tem enfrentado com a falta de água já são conhecidas nacionalmente. Choveu pouco durante os últimos meses e o governo do Estado não soube administrar a crise que provoca cortes no abastecimento – apesar de as autoridades jurarem de pés juntos que não existe racionamento -, deixa as torneiras secas e as pessoas preocupadas. Pois não é que depois de 32 dias sem chover com intensidade, alguns bairros da capital foram surpreendidos com um temporal, neste domingo? Não era apenas água e vento forte. Era granizo em quantidade suficiente para assustar a turma aqui de casa, de filhos a bichos de estimação. O asfalto foi tomado pelo branco, pedras enormes de gelo cobriram as ruas e o pátio das casas. Bastaram alguns minutos de chuva para perceber que os pedaços que despencavam do céu deixariam prejuízos aqui embaixo. Pelo que vi na vizinhança: vidraças quebradas, árvores e folhagens depenadas e placas de coletor solar destruídas. Aqui em casa espero que a perda se restrinja a uma pequena janela e muita sujeira, pois só amanhã pela manhã poderei conferir se houve estragos no telhado.

 

A energia elétrica despencou a medida que o granizo caía e, enquanto o Grêmio se esforçava para chegar ao gol adversário lá em Porto Alegre, houve pelo menos três cortes seguidos de luz, derrubando o sinal da TV a cabo, aqui em São Paulo. Não cheguei a perder nada muito significativo. Da mesma forma que Marcelo Grohe segurava tudo lá atrás, os dois aparelhos de no-break mantiveram alguns equipamentos firmes e fortes para a alegria dos meninos que preferem os jogos de computador aos da televisão. Estava preocupado com a preservação do patrimônio, mas não abri mão de assistir às trocas de passe sem muito sucesso do nosso time. A defesa deles parecia bem postada e conseguia congestionar o caminho até a área. Fazíamos o mesmo quando éramos atacado. E se nossa marcação vacilava, Marcelo era Grande para calar as bocas tortas que insistem em tê-lo como responsável pelas derrotas no início da temporada. Em meio ao mau tempo, um raio de luz surgiu no gramado com o passe preciso do zagueiro Werley e a velocidade de Rodriguinho que chegou à frente do zagueiro e desviou para dentro do gol. Fizemos pouco mais do que isso durante toda a partida, mesmo diante de um adversário que teve seu principal jogador expulso, mas fizemos o suficiente para novamente estarmos entre os grandes do Campeonato Brasileiro.

 

Que venham mais vitórias e mais chuva, mas com menos transtornos.

Avalanche Tricolor: do jeito que o Grêmio é

 

Grêmio 0 x 0 Fluminense
Libertadores – Arena

 

O torcedor tomou a Arena, vibrou o quanto pode, marcou cada jogada do adversário com vaias e teve paciência com os erros de seu time. Fez o que se esperava de uma torcida como a do Grêmio que tem orgulho de sua história.

 

Em campo, assistimos ao esforço de Zé Roberto, à segurança e talento de Fernando e às insistências de Pará. Tivemos a oportunidade de ver nosso time lutar de forma heróica contra a superioridade numérica e as limitações de alguns de nossos jogadores. Se não fizemostudo que queríamos, fizemos o que podíamos fazer.

 

O resultado em nada muda nossa caminhada na Libertadores. A decisão seria, independentemente do placar, na rodada final jogando fora de casa, contra tudo e contra todos. Do jeito que o Grêmio sabe e gosta de fazer.