Conte Sua História de São Paulo: minha transformação no solo fértil da cidade

Por Claudio Lobo

Ouvinte da CBN

No Conte Sua História de São Paulo, o ouvinte da CBN Claudio Lobo destaca a cidade que inspira a transformação:

O ano era 1980. Eu, engenheiro eletrônico recém-formado, chegava a São Paulo para trabalhar na Telesp, a companhia telefônica da época. Por dois anos, vivi entre o Rio de Janeiro, minha cidade natal, e São Paulo, hospedado no centro, perto do Mappin da Avenida São João. A loja, ficava aberta até a meia-noite. E era lá que eu circulava depois do jantar. Os vendedores, na camaradagem, até reservavam ofertas para mim! Para um carioca, o centro paulistano era uma experiência pitoresca.

Naqueles anos, as transformações tecnológicas eram rápidas, avassaladoras. Eu tinha de estudar constantemente. para me manter atualizado. A cada inovação, um recomeço. Era o início da revolução digital impulsionada por Bill Gates e Steve Jobs. 

Em 1984, já morando definitivamente em São Paulo, entendi que as transformações do país eram enormes e a capital paulista era a caixa de ressonância: a transição política, as esperanças e as decepções, além das constantes mudanças de moeda, que nos obrigavam a nos adaptar rapidamente.

Lembro-me de ter lido uma frase atribuída a Darwin: “Não é o mais forte que sobrevive, mas o que melhor se adapta.” De lá para cá, o mundo deu um cavalo de pau. Vivi essa teoria na prática, desbravando novos conhecimentos e enfrentando desafios. Mais fortes chegamos e sobrevivemos à Covid-19. 

Hoje, dedico-me integralmente à fotografia. Com o salto tecnológico da área, só consegui me reinventar graças à disciplina e à persistência adquiridas desde meus dias como engenheiro. São Paulo, com sua energia e oportunidades, foi o solo fértil onde cresci e me transformei.

Ouça o Conte Sua História de São Paulo

Claudio Lobo é personagem do Conte Sua História de São Paulo. A sonorização é do Cláudio Antonio. Escreva seu texto agora e envie para contesuahistoria@cbn.com.br. Para ouvir outros capítulos da nossa cidade, visite o meu blog miltonjung.com.br ou o podcast do Conte Sua História de São Paulo.

((os textos originais, enviados pelos ouvintes, são adaptados para leitura no rádio sem que se perca a essência da história))

Conte Sua História de São Paulo: memórias fotográficas do Parque da Água Branca

Dora del Mercato

Ouvinte da CBN

Foto do perfil no Instragram @aguabrancaparque

O ano era 1987. Na época, eu com 23 anos e meu namorado, hoje meu marido, com 26. Éramos estudantes da Faculdade Cásper Líbero e usávamos os fins de semana para passear, namorar e fotografar. 

Um de nossos lugares preferidos era o Parque da Água Branca, na Barra Funda. Fácil de chegar e relativamente perto de nossas residências, nos encontrávamos lá quase todos os sábados para fazer fotos com uma máquina Nikon emprestada e depois revelaríamos o filme no laboratório da faculdade.   

Foram tantas e lindas fotos! 

Dentre elas um menino que trabalhava como pipoqueiro que não devia ter mais de 10 anos; idosos pensativos sentados nos bancos; e muitos animais atravessando as alamedas. 

Aprendemos a olhar com os olhos da alma, a admirar a beleza daquelas imensas árvores e ouvir os cantos dos galos. Tantas crianças, com pedaços de pão, correndo atrás das galinhas, patos e gatos, habitantes que viviam livres no Parque! 

No mini zoológico, alguns bois, bezerros e bodes ouviam desatentos os insistentes chamados das crianças penduradas nas cercas. Caminhando em direção a rua Turiassú, sempre parávamos no Pergolado. Lá, cantos de pássaros podiam ser ouvidos, e o local nos convidava a reflexão e quietude. Podia até imaginar esse sossego quando os portões se fechavam, depois de um dia intenso de sol. Os bichos se aninhando nas gramas, nas árvores, nos cantos. Em paz, enfim! 

Andando pelo parque, no meio de tantas árvores, parecia que não estávamos em São Paulo. O Água Branca era um oásis no barulho da Avenida Francisco Matarazzo.

Caminhávamos de mãos dadas, máquina pendurada no ombro, sem sentir as subidas que faziam parte dos diversos caminhos que nos levavam para as ruas Ministro de Godói e Turiassú. Parando ora aqui, ora ali, para uma foto, um comentário, um beijo! 

Muita coisa mudou na cidade e o Parque da Água Branca acompanhou essa transformação: envelheceu e soube manter seu frescor. Como todos na cidade, teve que se adaptar aos tempos: hoje tem aparelhos para ginástica, mesas e cadeiras para o café na feira orgânica, o Revelando SP, que apresenta comidas e artesanato de várias cidades do interior de São Paulo. 

O modo de fazer fotos também mudou. Hoje, os visitantes têm celulares e não precisam economizar o filme. Saem fazendo diversos cliques e fotos de tudo o que veem, muitas vezes se esquecendo de só olhar, de registrar a lembrança na memória e de andarem de mãos dadas pelas alamedas.

O Parque continua majestoso, recebendo de braços abertos pessoas de todos os locais da cidade e do mundo.  

Dora del Mercato é personagem do Conte Sua História de São Paulo. A sonorização é do Daniel Mesquita. Seja você também uma personagem da nossa cidade. Venha participar da edição especial do Conte Sua História de São Paulo, em homenagem ao aniversário da cidade. Escreva seu texto agora e nvie para contesuahistoria@cbn.com.br. Para ouvir outros capítulos visite o meu blog miltonjung.com.br ou ouça o podcast do Conte Sua História de São Paulo.

Uma foto antes de comer: entre o apetite e a aprovação social

Por Mia Codegeist

Mia saiu de férias e ficou impressionado com a quantidade de pessoas que antes de saborear o prato no restaurante, saca o celular e publica a foto nas redes sociais. Assim que voltou ao Brasil, pediu ajuda à IA para refletir sobre esse comportamento humano.

Imagem produzida no Dall-E 2

Desde os tempos antigos, a humanidade é fascinada pela estética da comida. Comer com os olhos não é algo novo. Como Brillat-Savarin já escreveu em 1825: “o descobrimento de um novo prato faz mais pela felicidade da humanidade do que o descobrimento de uma estrela”. Essa é uma afirmação que ressoa até hoje. No entanto, o advento das redes sociais digitalizou esse apetite visual.

A comida deixou de ser apenas uma necessidade física e tornou-se também um instrumento de expressão, uma forma de identidade e, inegavelmente, uma busca insaciável por validação. Quem nunca se deparou com um feed do Instagram repleto de pratos coloridos, sobremesas opulentas e copos de café artístico? A verdade é que a fotografia gastronômica tornou-se um fenômeno cultural. Mas, por que essa obsessão em documentar o que comemos?

Primeiramente, temos de admitir: somos criaturas visuais. Desde os tempos primordiais, somos atraídos por cores e formas que indicam a promessa de sabor e nutrição. O prazer estético associado à comida não é novidade; ele remonta a festins renascentistas e pinturas barrocas. No entanto, o ato de fotografar a comida é uma maneira moderna de expressar essa apreciação.

Contudo, há uma camada mais profunda nessa prática. Com a revolução das redes sociais, cada indivíduo pode agora projetar uma versão idealizada de si mesmo para o mundo. Cada foto de comida compartilhada torna-se um testemunho de um estilo de vida, uma escolha, uma identidade. “Olhe para mim”, diz a imagem, “Eu valorizo a boa comida”, ou “Eu sei como viver bem”. Assim, o ato de fotografar e compartilhar não é apenas sobre comida, mas sobre projeção de status e pertencimento.

Além disso, o imediatismo e a temporalidade das redes sociais intensificam o desejo de capturar momentos. A comida, em sua natureza efêmera, torna-se o símbolo perfeito para esse carpe diem digital. Não importa se a refeição foi verdadeiramente saborosa, o que importa é o impacto visual e a reação instantânea que ela pode gerar.

Contudo, essa incessante busca por validação através da fotografia gastronômica traz consigo um lado sombrio. Ela pode desviar a atenção do verdadeiro propósito da comida: nutrição, prazer e comunhão. Em vez de saborear o momento e a companhia, estamos muitas vezes mais preocupados em como a refeição vai aparecer online.

Em suma, o fenômeno de tirar fotos de pratos de comida é uma complexa mistura de estética, expressão de identidade e busca por aprovação. Enquanto não há nada inerentemente errado em querer documentar e compartilhar as alegrias da vida, é essencial refletirmos sobre nossas motivações e nos perguntarmos: estamos realmente saboreando nossas refeições ou apenas consumindo-as para o apetite insaciável das redes sociais?

Mia Codegeist é autor que abusa da inteligência artificial para compartilhar conhecimento sobre temas relevantes à sociedade. E se satisfaz vendo fotos de pratos de comida nas redes sociais.

Conte Sua História de SP 468: minhas imagens da Paulista

Por Claudio Lobo

Ouvinte da CBN

Canto ou Encanto de São Paulo, são vários. A cidade, superlativa como ela é, não poderia ser diferente. Mas um canto é especial: a avenida Paulista. Não é clichê ou lugar comum. 

Aos domingos, preferencialmente, eu e minha esposa, Maria Luiza, vamos à Paulista fotografar. Até aqui parece falta de opção ou imaginação, se não fossem os personagem e situações que lá encontramos. 

Troca de simpatias, olhares e gentilezas estão disponíveis na Paulista. 

O encanto é que as pessoas que encontramos, na grande maioria anônimas, nunca mais reencontraremos. Evaporam no ar. Ficam a simpatia, a pose, o espontâneo, o olhar, o sentimento captado. Ficam a beleza, a feiúra, o inusitado, o incomum, o bizarro. Ficam o animal, o humano, a infância, o apressado, o tranquilo, o ajustado, o desajustado. Ficam o artista, o que um dia será um artista, o vendedor, o comprador, o leitor, o artesão. 

A paisagem e tudo mais que registramos fica eternizado em nossas fotografias.

 Isto é vida. Isto é São Paulo. Isto é a avenida Paulista.

Cláudio Lobo é personagem do Conte Sua História de São Paulo. A sonorização é do Cláudio Antonio. Você ainda pode participar das comemorações dos 468 anos da nossa cidade. Envie seu texto para contesuahistoria@cbn.com.br. Para ouvir outros capítulos, visite o meu blog miltonjung.com.br ou o podcast do Conte Sua História de São Paulo.

Foto-ouvinte: o trabalhador informal

 

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O trabalhador no meio da avenida e os clientes no carro. O movimento na cidade e o calor do versão. As construções que se estendem pelas calçadas e a bandeira do Brasil.

 

Todos elementos que chamaram atenção de Marcos Paulo Dias, ouvinte da CBN e colaborador do blog desde sempre, ao passar na avenida Marechal Tito, em São Miguel Paulista, zona leste da capital — especialmente após ouvir no rádio que, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE, o número de trabalhadores por conta própria cresceu  4, 1%, em média, entre 2018 e 2019. Hoje são 24,2 milhões.

 

No aniversário de SP, uma galeria de fotos para destacar a beleza da cidade

 

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(texto e foto de divagação)

 

A cidade de São Paulo tem uma galeria só para ela e que fica na loja 22 da área comercial do símbolo da cidade, o histórico edifício Copan, projetado por Oscar Niemeyer.

 

São fotografias do skyline da Avenida Paulista, aéreas do centro, prédios históricos como o Martinelli, o Itália, o Altino Arantes (antigo Banespa), o São Vito (demolido em 2011), o Teatro Municipal, a Catedral da Sé, além de vistas do Copan, que também é retratado pelas lentes do premiado fotógrafo RenattodSousa (dois Nikon Photo International e dois Prêmios Abril de Jornalismo).

 

A foto galeria exibe uma exposição permanente de imagens de São Paulo, impressas e montadas em diferentes materiais como canvas (tela de algodão), metacrilato, molduras tradicionais, echarpes, entre outros.

 

No aniversário de São Paulo a galeria estará aberta. A visitação é gratuita.

 

Serviço

 

RenattodSousa Foto Galeria
Endereço: Avenida Ipiranga, 200, loja 22, edifício Copan.
Telefone: (11) 3237-0056
Funcionamento: de 2ª a sábado, das 11 às 19 horas.
Visitação gratuita.

O primeiro voo de Varig para a praia

 

Por Milton Ferretti Jung

 

Se não fossem as fotografias do álbum que minha sobrinha Claudia Tajes recuperou depois de permanecer por muito tempo em uma cômoda de minha irmã,mãe dela, talvez eu não acreditasse que o meu primeiro contato com o mar situado abaixo do Rio Mampituba – frio para o meu gosto – houvesse ocorrido no segundo semestre do ano de 1930. As provas estão nas fotos tiradas pela Agfa do meu pai,nas quais apareço passeando em uma carrocinha puxada por um bode ou uma cabra e levando na cabeça um chapelão que mais parecia um desses que os mexicanos usam no verão deles.

 

A minha estreia no mar,porém,foi a parte mais interessante da história do meu primeiro contato com a água salgada. Não sei,aliás,se cheguei a molhar os “pezinhos”. Com o tempo fui descobrindo, aos poucos, que tinha um pai super zeloso em todos os sentidos. Foi por meio do álbum,preenchido em sua maior parte por minhas fotos – privilégios de primogênito –, que soube que o seu Aldo não temia viajar de avião. Se não me engano,ele foi um dos primeiros a pôr os três membros da família Jung – ele,minha mãe e esse que lhes escreve – em um aeronave que nos levou,imaginem,a Torres,no litoral gaúcho,a uma hora e meia de avião,partindo de Porto Alegre.

 

Ricardo Chaves,no Almanaque Gaúcho,que escreve diariamente em Zero Hora,pôs o seguinte título no seu texto do dia 5 de janeiro:” Intrépidos veranistas”. Creio que se referia aos gaúchos,principalmente os residentes em Porto Alegre. Quando fiquei sabendo que o meu primeiro contato com o mar se deu após uma viagem de avião,me dei conta de que quem viajava até Torres de várias maneiras,menos a aérea, – trem,vapor e estradas que não faziam jus ao nome pois levavam os veranistas sobre piso de areia,altamente perigoso, porquanto prontos para engolir automóveis dirigidos por motoristas desprevenidos – esses,sim,era de se tirar o chapéu para o peito deles.

 

Mas vá lá,viajar de avião,mesmo os “modernos hidro-aviões”,levando-se em conta a época, era algo preocupante para os menos corajosos,confiar na perícia dos pilotos.É verdade,como lembra Ricardo Chaves,que a velha e boa Varig ajudou muita gente – as que podiam pagar pela viagem aérea – a encurtar aquelas intermináveis viagens ao litoral. Hoje em dia,porém,o que a Varig tentou facilitar,ficou complicado com os engarrafamentos do trânsito,especialmente os ocorridos em fins de semana ou quando há feriados prolongados. Não bastasse isso,nunca estamos livres de motoristas desajustados,que bebem antes de dirigir e ultrapassam a velocidade permitida,pondo em perigo a vida dos bons pilotos.

 


Milton Ferretti Jung é jornalista, radialista e meu pai. Escreve às quintas-feiras, no Blog do Mílton Jung (o filho dele)

Fora da Área: a cara da nossa torcida na Copa 2014

 

A Copa das Selfies registrou nos 48 jogos da fase de grupos o envio de mais de 32 milhões de fotos, segundo informou Ethevaldo Siqueira, no quadro Mundo Digital, do Jornal da CBN. O SindiTeleBrasil, que reúne as empresas do setor, relatou que durante essas partidas foram feitas 2,5 milhões de ligações telefônicas e em torno de 31 milhões de conexões para envio de dados. A frente de todos esses números, estão milhões de torcedores que foram aos estádios ou curtiram a festa do futebol. Para ilustrar essas marcas, convidei ouvintes do Jornal da CBN a enviarem suas fotografias pelo Twitter @jornaldacbn. Consegui reunir 77 fotos, algumas de colegas nossos da rádio como você poderá ver no painel a seguir:

 

Foto-ouvinte: a cara de São Paulo aos 459 anos

Vista desde a Vila Mariana

 

A partir desta semana, teremos aqui no Blog uma seção especial do Foto-Ouvinte com a “Cara de São Paulo aos 459 anos”. Cenas da cidades, ângulos desconhecidos, momentos do seu cotidiano registrados em fotos podem ser enviados para milton@cbn.com.br. Para começar publico foto feita pelo nosso colega de bancada, Thiago Barbosa, desde o apartamento dele no alto da Vila Mariana e com olhar voltado para a zona leste. É uma vista privilegiada, sem dúvida, que revela a dimensão de São Paulo e o horizonte tomado de prédios.

Modelos de fotógrafos

 

Por Dora Estevam

 
A fotografia exerce um fascínio nas pessoas e não escolhe classe e poder aquisitivo, qualquer um tem uma máquina em casa. O interessante é que na hora de bater ou clicar a foto muitos fazem pose (eu faço) e desejam que aquele momento “mágico” seja revelado com imagens e ângulos especiais.
 
Os fotógrafos mais cobiçados são os de moda. Muitos, maravilhosos, fazem tanto sucesso que viram celebridade tanto quanto as modelos. O italiano Giampaolo Sgura é um deles. E para conhecer o trabalho do rapaz, separei um curta no qual ele conta detalhes da vida profissional e pessoal:

E se interessar, visite o blog de Giampaolo Sgura para ver trabalhos incríveis dele.

Outro fotógrafo homenageadíssimo é Mario Testino. Ele é tão badalado que foi o fotógrafo oficial do casamento da modelo Kate Moss, este ano. Aliás, ele e ela são super amigos e, a toda hora, é possível ver fotos dos dois juntos nas colunas sociais do mundo inteiro. Não posso esquecer que o moço ai, também, era o predileto da Princesa de Gales, Diana.

E pra não perder o estilo dos meus posts de sábado, no qual sempre uso fotos de Street Style para ilustrar as novidades e produções de rua, acho justo falar dos colegas que são, na verdade, os paparazzi. Estas fotos são tiradas nas ruas, nas portas de grandes eventos de moda, geralmente. O trabalho deu tão certo que cresceram com eles, os blogs de moda fast, mania internacional.


 
Na blogosfera destaque para Tommy Ton, do Jak & Jil, e Scott Schuman, do The Sartorialist.
 
E você, tem fotografado muito?
 
Dora Estevam é jornalista e escreve sobre moda e estilo de vida, aos sábados, no Blog do Mílton Jung