Avalanche Tricolor: Sem sinal da NET e sem futebol

 

Grêmio 0 x 2 Lajeadense
Gaúcho – Olímpico Monumental

 

O adversário era dos mais difíceis que já enfrentei em início de temporada. Este é um período em que não estamos completamente preparados física e emocionalmente para tais embates. Retorno das férias, ritmo ainda lento, um calor que baixa a pressão e a falta de entrosamento dificultam nossas ações. Sem contar que ainda não estamos focados – perdão pelo termo batido, mas é assim que técnicos, jogadores e comentaristas de futebol nos ensinaram – o que acaba gerando surpresas. E, convenhamos, do lado de lá tinha gente bem preparada, com padrão de procedimento, artimanhas ensaiadas em cursos de qualificação, um pessoal disposto a fazer qualquer coisa para garantir o seu ganha pão e criando todo tipo de dificuldade para os meus ataques (de nervos). Todos psicologicamente treinados para desequilibrar o adversário. O resultado não poderia ser outro: fui derrotado.

 

Não, não me refiro a estreia do Grêmio no Campeonato Gaúcho, às nove horas de uma noite de sábado, contra o Lajeadense – time com tanta expressão local quanto nacional. A este jogo não tive o direito de assistir, apesar de há cinco anos pagar religiosamente por isso. Se duvida, é só olhar na minha fatura da NET. Pago R$ 59,90 para ser sócio de um clube do qual não pude participar, neste fim de semana, o PFC, que me oferece (ou deveria) os jogos do Campeonato Brasileiro e do Campeonato Gaúcho. Apesar disso, o texto que aparecia na tela do Canal 122, no qual a partida deveria estar sendo apresentada, insistia em me informar que precisaria desembolar R$ 75 se quissesse ver o jogo. Usei de sapiência e paciência para entrar em contato com as atendentes da operadora de TV a cabo – no feminino, pois eram todas mulheres -, recebi ao menos três intermináveis números de protocolo e fui submetido a exercícios de tortura: primeiro, fique de joelho diante da TV; depois, estique seu braço até onde não alcançar mais; em seguida, sem enxergar a parte de traz do decoder – aquela caixa preta que recebe o sinal ,- use o tato para encontrar o cabo da energia; puxe o cabo e comece a contar, vagarosamente, até 10 para, na sequência, tentar ligá-lo novamente, sem olhar, por favor; agora, aguarde até o sinal ser restabelecido, senhor. E o jogo? Vou ter que falar com meu supervisor que retornará a ligação, senhor – foi o que me prometeu a terceira pessoa a me atender. A primeira prometeu que em 15 minutos estaria tudo resolvido – como se fosse possível pedir para o juiz prorrogar o inicio da partida – e a segunda … bem , na segunda vez, sem nenhuma solução oferecida, a ligação caiu ou foi caída.

 

A propósito: estou até agora esperando a ligação do supervisor (aliás, soube que era uma supervisora) que trabalhava sábado à noite na central de atendimento da NET e teria recebido um “papelzinho” com pedido de urgência para atender meu caso – foi o que disse a atendente. Mal sabe ela que se retornasse a ligação, ouviria um elogio: : ”Obrigado, minha senhora. A incompetência da sua empresa fez com que eu não perdesse tempo assistindo à incompetência do meu time”.

 

Em tempo: dois dias e cinco protocolos depois, descubro que a NET havia mudado meu contrato e me oferecido o Campeonato Paulista em lugar do Gaúcho. Se em 20 anos de São Paulo não me motivei a torcer por um time da terra – imagine se trocaria meu Grêmio por qualquer outro ou por outro qualquer -, por que agora o faria? Outra dúvida: por que isto não foi constatado na primeira ligação que fiz para NET? Já sei: pelo mesmo motivo que o Grêmio não venceu do Lajeadense.

Avalanche Tricolor: Tudo em família

 

Grêmio 2 x 3 Inter
Gauchinho – Olímpico Monumental

Os meninos estiveram ao meu lado durante toda a partida. Não é comum esta torcida tão próxima. Eles preferem acompanhar os jogos de ouvido, reservando os olhos e cérebro para as emoções proporcionadas pelo computador. É uma nova geração esta, sem dúvida. Na minha época, jamais deixei uma partida de futebol por qualquer outro atrativo.

Conosco, também, estava a mais recente adepta tricolor da casa, a sobrinha italiana que se apaixonou pelo Grêmio semana passada quando assistiu ao time do tio conquistar uma vitória incrível.

Foi uma domingueira especial ao lado da família. Rimos, lamentamos, vibramos, praguejamos e convivemos.

O espetáculo na televisão era emocionante pelas variantes do resultado, qualidades apresentadas em ambos os lados e por erros e acertos que equilibraram as forças em campo, a tal ponto que a definição do vencedor se deu apenas ao fim de 14 cobranças de pênaltis. Para quem admira o futebol, uma partida e tanto. Para quem é apaixonado, um sofrimento só.

Ao fim não houve a desejada conquista esportiva, mas ter recebido um abraço de cada filho e o beijo da sobrinha seguidos de um “na próxima a gente ganha” está de bom tamanho para este cara calejado pelas frustrações e forjado pelas satisfações.

Impossível querer vencer sempre, ser apenas campeão. Imprescindível aprender com as derrotas. E fundamental ensinar a eles que nossa Imortalidade não está no fato de jamais perdermos, mas de nunca desistirmos.

Por isso, estão todos convidados para assistir à estreia no Campeonato Brasileiro, semana que vem, contra o Corinthians, em Porto Alegre.

Um novo desafio pela frente e sei que poderei contar sempre com o apoio da gurizada.

Avalanche Tricolor: O melhor do Grêmio é o Grêmio

 

INTER 2 X 3 GRÊMIO
Gaúcho – Beira Rio (POA-RS)

 


“Tio, quem é o melhor do Grêmio?” Não deu tempo para responder. Milésimos de segundos para pensar foram suficientes para ser atropelado pela próxima pergunta: “Tio, no que o Grêmio é melhor?”.

O interrogatório era de uma sobrinha que nasceu em Roma, na Itália, recém-chegada ao Brasil que gosta de jogar futebol na escola americana em que estuda, em São Paulo. Diz que é meio-campo. Enquanto perguntava, a bola rolava sem tempo para respirar (e responder).

Valentina, o nome dela, assistiu ao Gre-Nal ao meu lado, com os olhos esbugalhados diante da televisão, impressionada com a velocidade e a movimentação no placar de um jogo eletrizante, bem diferente daqueles que vimos nas últimas rodadas.

Ela estava gostando muito do menino de moicano que deixava o adversário mais arrepiado que o próprio cabelo. Ficou feliz em saber que Leandro tinha apenas 17 anos e era capaz de fazer tudo aquilo em campo. E ele nem tinha marcado o seu gol de bico, ainda. Até agora nem ela nem eu entendemos porque foi substituído. Será proibido driblar?

Fábio Rochenback também lhe chamava atenção. É o capitão, então tem de ser bom, pensou em voz alta. A gente sabe que não é bem assim, mas no caso do volante gremista a análise está correta. Ficou admirando a força e o talento, principalmente quando passava a bola com um toque certeiro e colocava o companheiro na cara do gol.

“Como é o nome desse aí, tio?”. Júnior Viçosa.

O desengonçado atacante não causava deslumbre na minha coleguinha de torcida. Aliás, ela ficou indignada duas vezes quando ele desperdiçou as chances de empatar. “Até eu faço !”. Mas como eu, vibrou muito no primeiro e, em especial, no segundo gol dele, o da vitória, aquele que põe o Grêmio em condições de ser campeão Gaúcho semana que vem.

Quando a TV deu destaque ao técnico adversário não me contive e para colocá-la no assunto comentei que ele já havia sido considerado o Rei de Roma: “Nunca ouvi falar , tio”.

O jogo termina, nós dois vibramos abraçados e ela me dá o presente que esperava: “Tio, eu quero ser gremista”.

Mas afinal, quem é o melhor e o que o Grêmio tem de melhor ?

Foram perguntas que não respondi enquanto ela esteve em casa. Fiquei pensando sobre isso até o fim deste texto e conclui que o melhor do Grêmio é essa força que o faz reerguer-se tão rapidamente por pior que sejam as circunstâncias. Que o faz crer na possibilidade de virar um placar mesmo que o futebol não esteja a altura da façanha. O faz superar seus momentos mais medíocres. E com isso conquista o coração da minha sobrinha italianinha.

O melhor do Grêmio é o próprio Grêmio.

E você, Valentina, já é gremista. Bem-vinda à Imortalidade.

Avalanche Tricolor: Uma questão de obrigação

 

Inter 1 x 1 Grêmio
Gaúcho – Porto Alegre


Ser mais do que sempre foi é obrigação de qualquer jogador que veste a camisa do Grêmio. Isto transformou em gigantes atletas de passagem apagada em outros campos.

Suar e sangrar em busca de cada bola, na dividida com o adversário e no carrinho que rasga a grama também são compromissos que assumem.

Assim como lutar desesperadamente pelas pequenas conquistas que surgem a cada minuto de jogo; não admitir que a jogada esteja perdida enquanto o músculo aguentar o esforço; nem jamais aceitar a derrota mesmo que esta tenha sido decretada.

Jogar futebol de verdade, talento para superar a adversidade e categoria para se livrar do marcador impertinente, lógico, agregam valor e diferenciam os atletas. Por isso não é demais que o torcedor exija ao menos alguns capacitados a assumir este papel. E um pouco de organização tática, evidentemente.

É o que sempre esperamos quando o Grêmio está em campo mesmo quando a injustiça nos é imposta como aquela “cama de gato” no primeiro tempo do Gre-Nal que resultou em enorme prejuízo (vai ver o juiz imaginou que fosse uma homenagem a ele próprio). E não pense que eu estava satisfeito como o que havíamos feito até então.

O Grêmio foi ao Beira Rio com a certeza de que fosse qual fosse o resultado o Campeonato Gaúcho não seria perdido nesta tarde de domingo. Apenas tínhamos a oportunidade de tomar um atalho para o título, dispensando o desgaste de mais duas decisões em um mês que será tomado por elas, haja vista o compromisso que temos nesta quarta-feira pela Libertadores.

A única obrigação era estarmos a altura da expectativa de nossa torcida.

Muitos deixaram a desejar, a maioria esteve aquém de sua capacidade, e o time não fez a partida que todos nós gostaríamos. Deve-se levar em consideração, contudo, a sequência de incidentes que tirou jogadores importantes antes e durante o jogo. E o fato de que mesmo assim, terminamos empatados com um adversário empurrado por sua torcida, jogando em casa e com a obrigação de vencer.

Sem tempo para lamentar pênaltis mal cobrados, nosso olhar se volta agora para a busca de mais uma façanha sulamericana. Para chegarmos a tal, é preciso que todos assumam suas obrigações, atendam ao compromisso assumido e sejam no Grêmio mais, muito mais, do que sempre foram.

Quem mandou ser um Imortal ?

Avalanche Tricolor: O melhor ataque é a defesa

 

 

Cruzeiro 2 x 3 Grêmio
Gaúcho – Passo D’Areia/POA


O goleador do time corria alucinadamente em direção ao zagueiro. O craque retornava ao campo de defesa em uma velocidade descabida. O camisa 10 roubava a bola do marcardor com um leve toque embaixo dela, dentro da área do adversário. Eles, os volantes, os alas, todos faziam parte de um sistema rígido de defesa que impedia riscos ao nosso gol, interrompia ataques e abortava contra-ataques.

Em contrapartida, o zagueiro aparecia no último poste, de carrinho, esticando a perna, levando a bola para a rede inimiga e selando a classificação para mais uma final em quatro meses – a terceira, se levarmos em consideração a disputa da pré-Libertadores. Era o quinto gol dele neste campeonato. Nosso defensor é o terceiro goleador do time – claro que se descontarmos os lances nos quais fomos vítimas dos erros dele, como no primeiro da partida da semi-final, ainda nos deve alguns (perdão, Rafael Marques, pela corneta, mas eu precisava lhe chamar atenção para isso).

O Grêmio atual, como todas as críticas que sofre e erros que comete, me chama atenção pela postura que tem adotado em momentos de decisão. Seus jogadores trocam os papéis, nossos ataques defendem, nossos zagueiros atacam, e todos se dedicam em nome de uma conquista. Compensamos as falhas lá de trás, pela dedicação lá na frente e o esforço da turma que está no meio.

O futebol que temos jogado não chega a ser o mais impressionante de todos os tempos, mas tem nos levado aos resultados que necessitamos. E se existe um mérito, é esta doação de cada um ao bem maior. Atacante dando carrinho, voltante chutando e zagueiro marcando.

A lamentar apenas este desejo eterno pelas conquistas que nos causa feridos graves para as disputas maiores como Vitor e Lucio – duas ausências importantes para o próximo desafio sulamericano. Nosso consolo é saber que, seja quem for seus substitutos, teremos jogadores alucinados, vestindo a camisa tricolor, dispostos a dar o ombro luxado, a virilha esticada, o músculo estourado, a canela machucada em nome de mais uma vitória.

Mais do que das vitórias, dependemos desta disposição de cada um. E a persistirem os sintomas, esta não nos faltará tão cedo.

Avalanche Tricolor: Gol de craque e craque no gol

Ypiranga 1 (2) x (4) 1 Grêmio

Gaúcho – Colosso da Lagoa, Erechim

Esta foto é em homenagem a qualidade da imagem na transmissão do PPV

O gol de um craque e um craque no gol fizeram do Grêmio semifinalista do segundo turno do Campeonato Gaúcho. O chute de Douglas no primeiro tempo e a defesa de Vítor nos pênaltis ratificaram o talento de dois jogadores fundamentais para o time que tem suas pretensões vivas em todas as competições que disputou até aqui na temporada.

Importante ressaltar isto, em momento de questionamentos. O mau resultado do meio da semana e as incertezas que foram impostas à capacidade deste grupo poderiam ter um efeito devastador neste domingo.

Este Grêmio, porém, já encarou bem a pré-Libertadores, passou à etapa de mata-mata da competição sul-americana e venceu o primeiro turno do Campeonato Gaúcho, fato que nos garante presença na final haja o que houver nas próximas duas rodadas.

E, mesmo que não fosse necessário para quem também quer ser campeão estadual, passar por mais um decisão com vitória neste segundo turno era essencial. A impressão que se tem é que o time está sempre precisando provar alguma coisa para a crítica e para sua própria torcida.

Agora me pergunto: quando não foi assim ? Nossa história foi forjada nestes momentos. E enfrentá-los com coragem é obrigação que está acima da própria vitória. Quando as duas aparecem temos é que valorizar e comemorar.

N.B: Agradeço à NET pelo jogo mal transmitido. O PPV se transformou em PP NO-V, pois o sinal só foi levado ao ar com qualidade pouco antes dos 40 minutos do segundo tempo. Antes disso fui obrigado a ver uma “luta livre” e imagens quadriculadas de um susposto jogo de futebol. Uma vergonha.

Avalanche Tricolor: Mais do mesmo

 

Santa Cruz 1 x 1 Grêmio
Gaúcho – Santa Cruz do Sul

O Campeonato Gaúcho chega a mais uma etapa decisiva. Como em muitas dessas competições estaduais, aboliu o tradicional mata-mata, substituindo-o por um simples mata. O que não muda é a presença do Grêmio nestes momentos.

Depois de vencer o primeiro turno e garantir presença na “grande final” (as aspas são para que a expressão soe como ironia), tem agora a oportunidade de acabar com a festa com antecipação.

Precisaria para isso vencer também o segundo turno, ganhando mais três jogos (quartas, semi e final), o que creio estar além da conta para um time que tem como maior objetivo a Libertadores. Pese também o risco que a equipe enfrenta cada vez que tem de jogar em gramados como o desta tarde.

As condições do estádio dos Plátanos, em Santa Cruz do Sul, são lamentáveis. Os buracos são incontáveis e interferem no destino da bola. Borges, o goleador, que o diga. Ajeitava o pé para escorar o passe e a bola subia antes da hora; virava o corpo para receber o lançamento e a bola chegava mascada pelo piso. Não me admira que o Grêmio tenha perdido tantos gols, em especial no primeiro tempo.

Expor equipes profissionais a estas condições é lamentável e típico do futebol brasileiro. Impressiona-me que ainda existam clubes que busquem se beneficiar destes artifícios. Espero que tenhamos encerrado o confronto de hoje sem nenhuma perda importante e com as condições físicas preservadas.

Seja como for, cumprimos nosso papel neste fim de semana. Fechamos a participação até aqui com a melhor campanha do campeonato. Confirmamos presença em mais uma decisão. E vamos ficar atentos mesmo é para o desafio do meio de semana pela Libertadores que, afinal, é o que realmente interessa.

Avalanche Tricolor: Grohe é eficiente, humilde e importante

 

Grêmio 6 x 0 Inter SM
Gaúcho – Olímpico Monumental

Foram tantos pênaltis – marcados certos, marcados errados e não marcados – que o destaque da partida tinha de ser um dos protagonistas desta série. E apesar da goleada, escolho alguém que não marcou nenhum, evitou vários e jogou um bolão: Marcelo Grohe, nosso goleiro no jogo desta noite chuvosa, em Porto Alegre.

Ele é daquelas figuras que nunca vão aparecer na foto principal do time, mas todo time precisa dele. Reserva de Vítor, o melhor goleiro do Brasil, sempre que necessário surge com segurança e eficiência. Assim que o titular volta, retoma seu curso, compreende seu lugar e aceita seu papel. Humildade retribuída com o respeito que a torcida tem por ele.

Marcelo nasceu em Campo Bom, tem 24 anos, e hoje completou 80 jogos pelo Grêmio, em seis anos de clube. E foi comemorar a marca defendendo seu primeiro pênalti na equipe profissional.

É preciso explicar este pênalti. Ao contrário do que disse o árbitro, a bola não tocou na mão do Rafael Marques. Não contente com isso, errou mais uma vez, pois se tivesse havido irregularidade, teria sido dentro da área. Sinalizou fora e precisou o auxiliar dar o alerta.

Marcelo Grohe, acostumado a deixar tudo em ordem por onde passa, desfez as trapalhadas do árbitro ao defender a cobrança do pênalti. E revelou mais uma vez sua personalidade. Agradeceu a Renato Gaúcho que indicou para ele o lado em que o atacante chutaria. Completou o serviço, fazendo excelentes intervenções e não tenho dúvida de que foi este desempenho que deu tranquilidade para o time golear seu adversário.

Logo Grohe estará de volta ao banco, colaborando com o grupo, permitindo que a harmonia permaneça, respeitando a autoridade e ciente de que ser um solado deste exército tricolor é muito mais do que qualquer jogador pode sonhar.

Avalanche Tricolor: Vamos ao que interessa

 

Grêmio 0 x 2 Cruzeiro (POA)
Gaúcho – Olímpico Monumental

Vítor não estava no gol, Gabriel e Rodrigo não se apresentaram, Rochemback não foi visto no estádio, assim como Douglas. Os atacantes Borges e André Lima ganharam folga. Até mesmo Renato e Carlos Alberto que haviam batido ponto mais cedo resolveram sair antes. Restava muito pouco na partida desta tarde de sábado, tão pouco quanto o número de torcedores nas arquibancadas – apenas oito mil pessoas.

Verdade seja dita, quem se importou com as ausências de jogadores, time e espírito matador não entendeu o recado do primeiro turno do Campeonato Gaúcho – esse que apelidaram Taça Piratini e levamos para casa. Sobraram futebol e coração para que o Grêmio, a partir de agora, se dedicasse ao que nos interessa.

Na quinta-feira, o Imortal encara mais uma vez o León, que vencemos no início do mês por 2 a 0 em casa. Desta vez, o jogo será em terra alheia: vamos a Huánuco, no Peru. Não bastasse ser jogo válido pelo o que realmente “vale a pena”, ainda será disputado às cinco da tarde. Dupla comemoração de minha parte: é pela Libertadores e na hora ideal para este madrugador.

Pra não dizer que deixei de falar da partida desta tarde, reproduzo o que mais chamou atenção no Olímpico Monumental, a partir de comentário no Twitter de @Ducker_Gremio: “impressionante o número de camisas novas no estádio”. Imagino que seja resultado da motivação do torcedor com a trajetória de 2011e do bom gosto do desenho da camiseta com a assinatura da Topper. A informação é que 80 mil foram vendidas desde o lançamento, dia 15 de fevereiro.

Contra o León, sejam as novas ou as velhas, todas as camisas estarão reunidas, lado a lado, na arquibancada, diante da TV ou coladas no rádio porque aí sim a coisa vai pegar fogo: é jogo de Libertadores. E com estas coisas a gente não brinca

Avalanche Tricolor: Imortal, mesmo de madrugada

 

Passam 14 minutos da meia-noite. Eu tenho de acordar às 4h30. Quem manda torcer para um Imortal.

Foram dois gols anulados, um zagueiro e um técnico expulsos, um atacante com o joelho estourado, e uma virada incrível aos 50 minutos do segundo tempo, depois de sair perdendo por 2 a 0, que apenas se concretizou nos pênaltis defendidos por Vitor e convertidos com precisão por nossos jogadores. Os gols de um volante – William Magrão – e um zagueiro – Rafael Marques – apenas deram um brilho ainda mais incrível para a conquista da Taça Piratini, o primeiro turno do Campeonato Gaúcho.

A ressaca na quinta-feira será muito mais gostosa.