Cinderela: cinco motivos para você assistir a um filme infantil

 


Por Biba Mello

 

 

FILME DA SEMANA:
“Cinderela”
Um filme de Kenneth Branaghd
Gênero: Romance/infantil.
País:EUA

 

O clássico desenho de Cinderela toma forma em um lindo e mágico filme, sem reinvenções, mas como uma homenagem maravilhosa e perfeitamente filmada.

 

Por que ver:
1-Tenho uma criança dentro de mim que, às vezes, insiste em acordar e tomar conta de minha consciência brutalmente moldada com a maldade do mundo! Essa criança se divertiu vendo a Cinderela adotar o tema “Tenha coragem e seja gentil”, de maneira inocente e doce.

 

2-Filme com poucas pirotecnias tecnológicas, que quando usadas foram usadas sabiamente…Cenas construídas com base em lindos cenários e direção de arte impecável!

 

3-Gentemmm e o figurino!!!Estou desmaiada até agora…Sem falar nos glitters e strass que colam no cabelo! Eu querooooo! Acho que vou fazer um tutorial bem surtado e copiar esta maquiagem/cabelo!

 

4- Atuações deliciosamente caricatas, mas que, em nenhum momento ultrapassaram dos limites ao ponto de ficarem chatas. Imagino o quanto os atores devem ter se divertido nas filmagens.

 

5-Kate Blanchet, um colírio a parte, bem como o Principe!!! O nome dele é Richard Madden, e também atua na série “Game of Thrones”, onde faz o papel do espetacular e quente Robb Stark! The Winter is Coming – #soquenão ! (Piada interna para quem assiste a série…)

 

Como ver:
Tire a armadura do feminismo (sim a Cinderela é submissa e “deu sorte” de ser escolhida por um belo e rico príncipe para arrepio das feministas militantes rsrsrs) se deixe levar por esta história deliciosa e clássica…

 

Quando não ver:
Vai queimar um sutiã por estes dias? Então não é para você!

 

Salagadula mexegabula bibidi-bobidi-bu, isto é magia acredite ou não!!!!

 

Biba Mello, diretora de cinema, blogger e apaixonada por assuntos femininos. Escreve sobre filmes no Blog do Mílton Jung.

A alma das marcas: Gallery, São Paulo, 1982

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

A Cidade de São Paulo, das décadas de 60 a 80, seguindo uma tendência das grandes metrópoles do mundo, possuiu locais de entretenimento bastante sofisticados e exclusivos, onde a elite paulistana pode desfilar e desfrutar de boa música, shows refinados e gastronomia requintada.

 

Neste concorrido mercado, o Gallery se destacou. Predominou nos anos 1980 de forma absoluta com seus salões que serviram para namoros, casamentos e para o marketing de produtos e eventos de luxo. Foi neste contexto que, dirigindo a marca de moda infantil Caramelo, e tendo filhos ainda pequenos, percebi que também as crianças não estavam alheias ao prestígio do Gallery. Afinal era o lugar que os pais eram sócios, mas elas não podiam ir. Oportunidade e tanta para divulgar a marca dentro do segmento desejado.

 

Convidamos então os filhos dos sócios através do Jornal do Gallery, com uma chamada feita pela Angélica. Naquela época a sensação das passarelas infantis e Top Model da marca Caramelo:

 

 

Bem, o evento ficou como marco da marca Caramelo. Além de provar que as marcas realmente têm alma, pois Caramelo e Gallery já não tem mais corpo, mas a alma permanece. Se duvidar, pergunte a quem as conheceu.

 

Visite o álbum de fotos e veja se você reconhece algumas das personalidades que eram e são destaque da sociedade paulista. Vale a pena ampliar as imagens, clicando no canto inferior à direita, para aproveitar a festa:

 

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras

Publicidade infantil: “peça pra mamãe comprar ..”, não pode

 

Por Julio Tannus

 

Há algum tempo atrás, fazendo uma pesquisa sobre telejornalismo, a pedido de uma rede de televisão brasileira, um garoto de 10 anos fez o seguinte comentário: “adoro violência, não perco um jornal da TV…” De imediato vê-se que a TV, com todos os seus conteúdos, inclusive publicitários, é absolutamente influenciadora do público infantil.

 

Não é para menos que o Código de Defesa do Consumidor proíbe a propaganda infantil dirigida diretamente a crianças.

 

A aprovação do projeto de lei que proíbe a propaganda infantil pela Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados reacendeu a discussão em torno do tema. O Projeto de Lei 5.921 tramita na Casa desde 2001 e foi aprovado pela comissão no mês passado. A medida determina: “fica proibida qualquer tipo de publicidade, especialmente as veiculadas por rádio, televisão e internet, de produtos ou serviços dirigidos à criança, no horário compreendido entre 7 (sete) e 21 (vinte e uma) horas”.

 A dose diária de propagandas às quais as crianças estão submetidas é grande. Segundo o Instituto Brasileiro de Opinião e Pesquisa (Ibope), até os 11 anos, meninos e meninas assistem à cerca de 5 horas de televisão por dia, em média. E é justamente nos horários dos programas infantis que as propagandas para esse público mais aparecem.

 



Efeitos da propaganda.

 

Para especialistas, as crianças ainda não estão preparadas para lidar com o apelo gerado pela publicidade. “A criança não tem a capacidade de discernimento com o juízo crítico que o adulto tem. Se o adulto já é seduzido pelas propagandas, imagine a criança? A percepção delas vai sempre pelo lado emocional, e não costuma passar pelo racional, onde está o juízo crítico” enfatiza a psicóloga e psicanalista especialista em atendimento infantil Paula Ramos, da Escola Brasileira de Psicanálise.

 

E que o CONAR (Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária) preceitua?:

 

• a publicidade deve ser um fator coadjuvante aos esforços de pais, educadores, autoridades e da comunidade na formação de crianças e adolescentes, contribuindo para o desenvolvimento positivo das relações entre pais e filhos, alunos e professores, e demais relacionamentos que envolvam o público-alvo.

• Não deve usar mais o apelo imperativo de consumo dirigido diretamente a crianças e adolescentes “Peça pra mamãe comprar…”.

• Não deve usar crianças e adolescentes como modelos para vocalizar apelo direto, recomendação ou sugestão de uso ou consumo por outros menores “Faça como eu, use…”.

• O planejamento de mídia deve refletir as restrições técnicas e eticamente recomendáveis, buscando-se o máximo de adequação à mídia escolhida.

 


Julio Tannus é consultor em Estudos e Pesquisa Aplicada e co-autor do livro “Teoria e Prática da Pesquisa Aplicada” (Editora Elsevier). Às terças-feiras, escreve no Blog do Mílton Jung

Fórum rebate críticas a Seminário de Educação

 

O texto a seguir, foi enviado por Airton Goes,
coordenador do Fórum Social da Cidade Ademar e Pedreira – uma das organizações que promoveu o 1º Seminário de Educação Infantil da Cidade Ademar e Pedreira, em resposta ao post assinado por Devanir Amâncio, da ONG Educa SP (leia aqui)

Por Airton Goes

Os organizadores do 1º Seminário de Educação Infantil da Cidade Ademar e Pedreira, realizado sábado (26/3), têm uma avaliação muito positiva do evento. Os objetivos do encontro foram atingidos e a sociedade local saiu fortalecida para realizar outras ações e cobrar do poder público a ampliação de vagas em creches e EMEIs na região.

Como ainda não há um movimento por creche e pré-escola que organize e mobilize as mães da região – o que seria ideal –, a estratégia dos promotores da iniciativa foi focar o seminário em três objetivos: realizar um debate qualificado, entender melhor os problemas causados pela falta de vagas no ensino infantil e estimular as organizações e lideranças locais a se envolverem com o tema.

Tendo em vista os objetivos escolhidos, os organizadores optaram por um seminário de dia todo (das 9 às 17 horas) – o que certamente dificulta a participação das mães. Como resultado da estratégia definida, poucas mães compareceram ao evento – duas delas relataram publicamente suas dificuldades perante o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider.

Por outro lado, a qualidade do debate foi um dos pontos fortes do seminário, que contou com a participação de Ariel de Castro, ex-conselheiro do Conanda (2007/2010) e atual vice-presidente da Comissão Nacional da Criança e do Adolescente da OAB, Maria Stela Graciani, coordenadora do Curso de Pedagogia da PUC-SP, e Samantha Neves, coordenadora do GT Educação da Rede Nossa São Paulo.

Os questionamentos apresentados ao ministro e ao secretário foram debatidos e elaborados pelos participantes de quatro salas temáticas: “Consequências pedagógicas e sociais da falta de vagas em creches e EMEIs”; “Legislação e direito da criança”; “Política de convênios”; e “Como a sociedade se organiza para enfrentar o problema”. Embora as respostas de ambos não atendam as reivindicações da população, o entendimento dos organizadores é que a presença deles no evento foi muito importante.

Para algumas entidades talvez seja comum ter secretários e ministros em seus eventos, mas na periferia da cidade isso é uma raridade. Razão pela qual é perfeitamente compreensível o fato de os participantes terem aplaudido os dois representantes do poder público que vieram ao Jardim Miriam dialogar com a sociedade. O secretário municipal da Educação, inclusive, se comprometeu a retornar à região em 90 dias para ouvir as demandas da população sobre creches e EMEIs, o que contribui para a continuidade do movimento.

O próximo passo será realizar uma reunião – aí, sim, focando o convite a mães de crianças que estão fora do ensino infantil – destinada a discutir e elaborar as reivindicações a serem apresentadas ao secretário. A expectativa é que este encontro possa ser o embrião de um movimento organizado por creches e EMEIs na Cidade Ademar e Pedreira.

Os organizadores do seminário informam, ainda, que 252 pessoas se inscreveram para participar do evento. De acordo com as fichas de inscrição, a grande maioria dos participantes era constituída por estudantes, educadores e integrantes de entidades sociais e movimentos populares da região.

Talvez a estratégia de focar outros objetivos – e não a presença de muitas mães no evento – não tenha sido compreendida ou aceita por quem não conhece a realidade local, mas os promotores da iniciativa têm a convicção de que foi a melhor escolha para que o movimento se fortaleça e tenha continuidade.

Outras informações sobre o seminário estão disponíveis no blog Seminário de Educação Infantil