Um abaixo-assinado digital é o recurso usado pelo deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) para mobilizar as pessoas incomodadas com o valor do IPVA cobrado pelo governo do Estado de São Paulo. A intenção é corrigir a distorção na cobrança dos veículos com motor flex. As chances de a iniciativa do petista ter sucesso são pequenas, se levarmos em consideração os resultados alcançados até hoje em ações com o mesmo objetivo.
Neste ano, a pressão aos governos estaduais aumentou em virtude da desvalorização dos veículos usados após a crise financeira. Com o mercado em baixa, a oferta ficou maior que a procura o que resultou na queda dos preços para estimular as vendas. O imposto é cobrado com base no valor venal do veículo, resultado de pesquisa de mercado realizada pelas secretarias da fazenda. Em São Paulo, o mês de setembro foi a referência quando os preços ainda estavam em alta.
Juridicamente os argumentos para a revisão da tabela não costumam funcionar, apesar de já haver empresas dispostas a recorrer na justiça depois do susto com o custo do IPVA da frota.
Raul Haidar, advogado, disse no Consultor Jurídico: “A especulação do mercado por falta de dinheiro não obriga o Estado a rever o valor do imposto cobrado com base na Fipe. A tabela varia mês a mês. E o Estado não pode fixar imposto com base na insegurança do mercado”.
Com argumentos políticos e econômicos, o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) afirma: “Neste momento, em que a crise mundial começa a afetar a produção e os empregos no país, a proposta de reduzir o peso do imposto tem como argumento não só o benefício aos contribuintes proprietários de carros, mas também a manutenção de postos de trabalho de milhares de brasileiros”
Na proposta, Teixeira pede que a alíquota do IPVA dos carros flex seja derrubada em 1 ponto percentual, de 4% para 3%. E toca em um aspecto curioso que ocorre em São Paulo. Sob a alegação de que não há como saber com qual combustível o proprietário abastece o carro flex, o governo cobra a alíquota dos carros a gasolina (4%), mais alta do que os movidos a álcool (3%).
Resultado desta mudança no bolso do motorista: se hoje por um carro popular de mais ou menos R$ 30 mil, o IPVA custa R$ 1.200 com a redução da alíquota o imposto cairia para R$ 900. Teixeira ainda quer a isenção de IPVA para carros novos de baixa potência.
O deputado recolhe as assinaturas de apoio no site dele www.pauloteixeira13.com.br.