Grêmio 2 x 0 Junior Barranquilla
Libertadores – Olímpico Monumental

Estranho mundo este do futebol que nos faz apaixonado por um clube. Leva o torcedor a vibrar loucamente pelos motivos mais estranhos e, talvez, injustificáveis. Sensação que tive no início da noite desta quinta-feira, quando o Grêmio, em casa, encarou e abateu o time que tinha a melhor campanha da Libertadores, até então.
Foi Lúcio, um magricelo com jeito de retirante sempre disposto a lutar por sua sobrevivência, quem marcou o primeiro gol. E Borges, atarracado atacante que me passa a impressão de sempre viver sozinho, quem matou o jogo. Teria tudo para gastar todas as linhas desta Avalanche elogiando os dois feitos – importantes e definitivos, sem dúvida. E ambos mereceriam.
Torcedor vê coisas, porém, que só a ele e aos seus interessa. Eu vi três heróis em campo e nenhum deles aparecerá na tabela de goleador. Vi Rodolfo, Bruno Colaço e Vitor – sempre ele – defendendo a cidadela tricolor como somente os grandes e abnegados são capazes.
O zagueiro Rodolfo abortou o chute a instantes do tiro fatal; o ala Bruno jogou-se diante da bola quando esta imaginava estar próxima da rede; e Vitor foi impressionante ao matar o ataque adversário em dois momentos, um de bravura – quando saiu aos pés de um colombiano – e outro espetacular – quando com reflexo despachou a bola para o alto e para fora.
Dos que fizeram gol aos que o evitaram, todos os Imortais responderam a altura a festa proporcionada pela torcida na arquibancada. Garantiram, com antecipação, passagem à próxima fase da Libertadores. E se credenciaram para novas batalhas até o sonhado tri – este sim, a maior das nossas loucuras.
Que venha logo !