Sua Marca Vai Ser Um Sucesso: como o luxo está redefinindo o conceito de exclusividade

Foto de Natalya Rostun

A disputa pelo comprador de imóveis de luxo ganhou um novo patamar: mais do que mostrar plantas, maquetes e apartamentos decorados, as incorporadoras estão investindo alto, muito alto, em experiências para seduzir futuros moradores. No Sua Marca Vai Ser Um Sucesso, no Jornal da CBN, Jaime Troiano e Cecília Russo analisaram como o mercado imobiliário vem criando estratégias ousadas para se diferenciar e de que forma essas experiências servem de inspiração para as marcas de todos os tamanhos e públicos.

Cecília Russo explica que “elas oferecem aos potenciais compradores aulas de tênis, passeios de lancha e jantares com chefs renomados, antes mesmo de qualquer terra ter sido mexida”. A aposta é ir além do convencional, criando uma sensação imediata de pertencimento ao estilo de vida prometido. Segundo reportagem do Metro Quadrado, incorporadoras passaram a investir mais de 5% do VGV — valor geral de vendas — em ações para criar experiências exclusivas, percentual bem acima dos tradicionais 2% a 3% aplicados na estruturação de estandes, maquetes e apartamentos decorados.

Jaime Troiano amplia a análise ao conectar essa tendência a um fenômeno mais amplo: “As marcas de luxo, assim como em outros patamares do mercado, apoiam-se em produtos cada vez mais similares. Abre-se a necessidade de buscar novas zonas de diferenciação”. Ele cita o exemplo do Terminal BTG, no aeroporto internacional de Guarulhos, inaugurado no fim de 2024, que cobra cerca de R$ 3.000 por pessoa para oferecer três horas de serviços exclusivos: sala com decoração de alto padrão, catering de chef premiado, raio-X e alfândega privativos, além de acesso direto ao avião por carro particular. Para o BTG, a experiência reforça o posicionamento de uma marca que vai além dos serviços bancários.

Segundo os comentaristas, o movimento atende não só a uma estratégia de negócios, mas também a uma necessidade humana. Para Cecília, trata-se de “antecipar os sonhos e tangibilizar os desejos do comprador no presente”. Jaime complementa que viver e compartilhar essas experiências “diferencia incorporadoras e, ao mesmo tempo, diferencia as pessoas”, uma vez que postar nas redes sociais e falar sobre elas também gera prestígio pessoal e publicidade indireta para as marcas.

A marca do Sua Marca

A principal lição do comentário é clara: a busca por diferenciação dita o jogo. Cada mercado e cada público exigem estratégias específicas para criar experiências que aproximem consumidores do futuro que desejam viver.

Ouça o Sua Marca Vai Ser Um Sucesso

O Sua Marca Vai Ser Um Sucesso vai ao ar aos sábados, logo após às 7h50 da manhã, no Jornal da CBN. A apresentação é de Jaime Troiano e Cecília Russo.

Mundo Corporativo: Bruna Soares, da Moët Hennessy, fala de estratégias de luxo e liderança feminina

Bruna Soares no estúdio do Mundo Corporativo. Foto: Priscila Gubiotti

“Onde você quer chegar? Que histórias você quer contar? Pelo que você quer que a sua marca seja lembrada?”

Bruna Soares, Moët Hennessy

Construir uma marca memorável requer estratégias específicas e uma conexão emocional profunda, especialmente em um mercado no qual a atenção do consumidor é o recurso mais valioso. Esse foi um dos assuntos da entrevista com Bruna Soares, gerente de marca da Moët Hennessy, no programa Mundo Corporativo. Bruna compartilhou suas experiências e ideias sobre como gerir uma marca de luxo, o papel da liderança feminina e os desafios e oportunidades no setor de bebidas premium.

“A gente ocupa uma posição de as pessoas olharem para as marcas e verem o que elas estão fazendo,” afirmou Bruna. “Nós temos muito esse papel e essa missão de ocupar esse lugar de privilégio para fomentar debates e discussões de temas importantes para a sociedade.”

O desafio de gerir uma marca de luxo

Bruna destacou que o principal ativo do consumidor de luxo é o tempo. “Proporcionar experiências que sejam memoráveis e criem uma conexão verdadeira é essencial,” disse. Ela enfatizou a importância de manter a autenticidade e a elegância, não apenas na aparência, mas também nas atitudes e no relacionamento com clientes e colaboradores.

A Moët Hennessy, com suas marcas icônicas como Moët & Chandon e Veuve Clicquot, busca estar presente nos momentos de celebração dos consumidores. Bruna destacou a relevância crescente do mercado brasileiro para a empresa, especialmente após a pandemia, quando os consumidores passaram a valorizar mais as pequenas celebrações do dia a dia.

“Quando a gente fala de marcas, a gente fala sobre como você se diferencia em um mundo super vasto de outras marcas,” observou Bruna. “É sobre ter um olhar estratégico claro sobre onde você quer chegar e que histórias você quer contar.”

Liderança feminina e fortalecimento

A trajetória de Madame Clicquot, fundadora da Veuve Clicquot, serve como uma grande inspiração para Bruna e muitas outras mulheres na empresa. “Ela foi uma mulher muito à frente do seu tempo, enfrentando inúmeras barreiras,” comentou Bruna. “Estar à frente dessa marca no Brasil é um privilégio e uma responsabilidade para fazer jus a esse legado.”

Bruna também abordou a importância de incentivar o empreendedorismo feminino através de projetos como Bold by Veuve Clicquot, que promove a visibilidade de mulheres empreendedoras. Em 2022, a casa de champanhe conduziu o “Barômetro do Empreendedorismo Feminino”, um estudo com foco nas empresárias brasileiras em que mais de 2 mil mulheres foram entrevistadas: “A principal barreira que aprendemos no estudo é o medo do julgamento e do risco,” explicou Bruna. “Isso já existe por uma questão cultural e é sobre você se desvencilhar dessas amarras e dessas barreiras psicológicas para ousar e correr atrás dos objetivos.”

Ela ressaltou a necessidade de criar redes de apoio e troca entre mulheres para que possam aprender e crescer juntas. “Eu vejo um futuro promissor e positivo para o empreendedorismo feminino, graças às mulheres que abriram caminho superando medos e barreiras.”

Ouça o Mundo Corporativo

O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, às quartas-feiras, 11 horas da manhã pelo canal da CBN no YouTube. O programa vai ao ar aos sábados, no Jornal da CBN e aos domingos, às 10 da noite, em horário alternativo. Você pode ouvir, também, em podcast. Colaboram com o Mundo Corporativo: Carlos Grecco, Rafael Furugen, Débora Gonçalves e Letícia Valente.

Mundo Corporativo: Sabrina Zanker, da L’oréal Luxo, convida às empresas a se envolverem em causas sociais e investirem em líderes femininas.

Sabrina Zanker no estúdio do Mundo Corporativo da CBN Foto: Priscila Gubiotti

“Se você se engajar com causas, você ser uma empresa que acolhe bem, tem um bem-estar para aquele colaborador, promove a diversidade no ambiente de trabalho e fora do ambiente de trabalho e promove transformação na sociedade, eu acho que isso é fundamental para você recrutar pessoa,s também manter pessoas engajadas e motivadas a trabalhar na sua empresa”

Sabrina Zanker, L’Oréal Luxo

No cenário corporativo moderno, a responsabilidade das empresas vai muito além de simplesmente gerar lucros. As organizações têm a oportunidade e, muitos argumentariam, a obrigação de desempenhar um papel ativo na transformação social. Esse engajamento em ações sociais não apenas reflete uma missão e visão alinhadas com valores sociais, mas também demonstra uma liderança que busca transformar a vida das pessoas. Essa é a opinião de Sabrina Zanker, diretora geral da L’oréal Luxo, convida do programa Mundo Corporativo, da CBN.

Um aspecto importante dessa transformação é o acolhimento. Em um mundo onde muitas pessoas enfrentam desafios emocionais, como depressão e abusos, as empresas podem oferecer um ambiente seguro e acolhedor. No entanto, é essencial que o engajamento seja autêntico. Com o aumento do acesso à informação, consumidores e stakeholders podem facilmente discernir entre ações genuínas e aquelas feitas meramente por razões de imagem.

Há um benefício direto para as empresas que escolhem se engajar autenticamente em causas sociais. Além de reforçar a imagem corporativa, essa autenticidade tem um efeito profundo no moral e na retenção de funcionários. As novas gerações, em particular, valorizam empresas cuja cultura e valores refletem suas próprias crenças e identidades. A promoção da diversidade e a contribuição ativa para a transformação social tornam-se elementos fundamentais na atração e retenção de talentos.

“As empresas têm que se posicionar de acordo com a sua missão, com seu propósito, fazer causas que realmente tenham conexão com isso. Aí de fato vai ter esse acolhimento, esse papel de transformação, e isso vai repercutir de maneira muito natural na sua imagem corporativa”

Abuso Não é Amor: uma iniciativa global

Com tantas causas sociais que merecem atenção, como uma empresa decide onde concentrar seus esforços? A autenticidade, mais uma vez, é a chave. As ações devem ser alinhadas com o propósito e a missão da empresa. Para a L’Oréal Luxo, por exemplo, o empoderamento feminino é uma causa intrinsecamente ligada à marca, tornando-a uma escolha natural para o seu engajamento.

Uma dessas ações que merece destaque é a campanha “Abuso Não é Amor”, focada em reconhecer e combater relacionamentos abusivos. Esta é uma questão que transcende fronteiras nacionais, impactando mulheres de todas as origens e estratos sociais.

A campanha colabora com organizações e plataformas para educar e informar sobre os sinais de um relacionamento abusivo, com o objetivo de prevenir a violência antes que ela comece. A parceria com Instituto AzMina, conhecido por seu trabalho em empoderamento feminino, é um exemplo de como a campanha busca alcançar sua missão.

Desenvolvimento de carreira e superando obstáculos

No contexto de avanço profissional, Zanker destaca a importância da rede de apoio e da sororidade. Ter um círculo de confiança e apoio é crucial para superar a  “síndrome do impostor”, um fenômeno comum entre mulheres que questionam suas próprias habilidades e realizações. Para combater essa síndrome, ela sugere auto-reflexão, terapia e o reconhecimento e aceitação de suas vulnerabilidades.

Além disso, Zanker aponta a maternidade como uma experiência que pode proporcionar aprendizado e crescimento, desafiando a noção de que ser mãe é um obstáculo na carreira de uma mulher. Em sua visão, a maternidade pode desencadear qualidades e desenvolvimentos valiosos que beneficiam o ambiente de trabalho.

Trajetória profissional e o papel da líder feminina

Com uma formação em comunicação, um MBA em finanças e formação em psicanálise, Zanker é um exemplo de um perfil multidisciplinar. Sua curiosidade e desejo de ver negócios de uma perspectiva holística a levaram por diversos caminhos e indústrias, construindo uma carreira diversificada e rica em experiências. Começando sua carreira na L’Oréal como trainee, ela traçou seu caminho através de diferentes áreas, desde finanças até marketing, moldando seu perfil como uma líder versátil e bem-arredondada. Em 2020, ela retornou à empresa e um ano depois foi convidada para ocupar o cargo de diretora-geral.

As empresas têm um papel significativo a desempenhar na transformação social e na promoção da equidade de gênero. Líderes como Sabrina Zanker exemplificam a capacidade das mulheres de ascender a cargos de liderança e influenciar positivamente o ambiente corporativo. Seu compromisso com o engajamento autêntico e a promoção de outras mulheres é uma inspiração para futuras líderes.

“Quando a gente fala de o papel de uma liderança feminina, eu acho que o que a gente busca na verdade é normalizar o papel da mulher em espaços que foram exclusivamente ocupados por homens”.

Assista à entrevista com Sabrina Zanker, da L’Oréal Luxo

A gravação do Mundo Corporativo pode ser assistida, ao vivo, às quartas-feiras, às 11 da manhã, no canal da CBN no Youtube. O programa vai ao ar aos sábados, no Jornal da CBN, e domingos, às dez da noite, em horário alternativo. O Mundo Corporativo também está disponível em podcast. Colaboram com o programa Renato Barcellos, Priscila Gubiotti, Letícia Valente e Rafael Furugen

Sua Marca: três lições de branding que encontramos na Casa de Gucci

“Não há marca forte que resista a produto ruim e essa é a crença que faz com que a Gucci tenha toda essa história maravilhosa”

Jaime Troiano

Um assassinato sob encomenda é o centro de uma história de amor, traição, decadência, vingança, luxo … e de algumas lições de branding. Na tela do cinema, essa casa ainda pouco frequentada, desde que a pandemia se iniciou, o diretor Ridley Scott traduziu o que já havia sido bem escrito em livro de Sara Gay Forben, lançado em 2008, e relançado agora, no Brasil, com o nome Casa Gucci. Uma obra que parte de um crime bárbaro, encomendado por Patrizia Reggiani Martinelli, que culminou na morte de Maurizio Gucci, seu ex-marido. Na pesquisa de Sara e na transformação de seu livro em filme, se tem acesso a conceitos que fizeram da Gucci uma das maiores marcas de luxo do mundo.

Jaime Troiano e Cecília Russo foram ao cinema para assistir  à Casa Gucci e de lá saíram entusiasmados não apenas com a trama, mas com o que se pode aprender sobre branding. No Sua Marca Vai Ser Um Sucesso, eles apontaram três lições que devem ser consideradas por todos que estejam diante do desafio de administrar uma marca, mesmo que esta não seja de luxo como a Gucci:

  1. Alma de fundador: a Gucci foi criada em 1922 por Guccio Gucci e foi pelas mãos dos seus filhos, Rodolfo e Vasco, que a marca se tornou um ícone. Eles eram homens do negócio e não homens de negócio, ou seja, eram apaixonados pela arte da moda, eram encantados pelo que faziam e levavam esse encantamento para a marca. Faziam uma gestão de marca com alma e não uma gestão burocrática, fria e calculista. Podiam pecar como gestores, mas compensavam essa falha pela paixão que nutriam pela marca. 

“Alma e paixão pelo negócio movem marcas de sucesso”

Cecília Russo

2. Autenticidade preservada:  O logo GG e as cores verde e vermelha, cores da Itália, em forma de listras, são as representações visuais históricas da marca. E foi exatamente pela insistência e repetição desses ativos que a Gucci favoreceu seu reconhecimento. Não cedeu à tentação de mudança. Porque nem sempre mudar é a melhor estratégia. É preciso coragem para preservar, até bem mais do que para mudar, diz Jaime Troiano. Isso é autenticidade de verdade. 

3. Qualidade não tem preço: uma das melhores falas do filme ocorre quando um dos irmãos diz que o preço alto é aquilo que é esquecido enquanto a qualidade superior permanece

“Garanto a vocês que o filme vale o ingresso que vocês vão pagar.  A aula de branding vem de bônus”.

Cecília Russo

Ouça o comentário completo do Sua Marca Vai Ser Um sucesso, com sonorização de Paschoal Júnior

O Sua Marca Vai Ser Um Sucesso vai ao ar aos sábados, às 7h55 da manhã, no Jornal da CBN.

Os efeitos colaterais da vacina

Essa imagem tem um atributo alt vazio; o nome do arquivo é 5e7c62a9-35d5-47f7-845e-1fbb82319862.jpg.640x360_q75_box-010720481258_crop_detail.jpg
Imagem Gov do Estado de SP

— “Que vacina estão aplicando?”

Foi a pergunta que mais ouvi nos cerca de 30 minutos em que esperei —- ao lado da minha esposa — a oportunidade para tomar a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Vacinei em um posto avançado, criado pela prefeitura de São Paulo, em uma escola de classe alta, na zona Oeste da cidade. 

Assim que informados de que a vacina disponível era a fabricada pela AstraZeneca, que chegou ao Brasil em acordo com a Fiocruz, davam meia volta e seguiam em frente — provavelmente ao posto mais próximo, onde repetiram o ato. Desconfio que a reação seria a mesma se dissessem que era Coronavac. A vacina da moda entre os mais abastados é a da Pfizer —- seja porque acreditam que terá menos reação adversa que as demais, seja porque esperam que a aplicação de uma dose da fabricante americana sirva de visto para viagem ao exterior. 

Mesmo para quem fala de gestão de marcas todos os sábados pela manhã com a dupla de especialistas Jaime Troiano e Cecília Russo —- no Sua Marca Vai Ser Um Sucesso —, e sabe o quanto elas ditam nossos comportamentos, descobrir que vacina têm marcas e com força suficiente para adiarmos a proteção de nossa vida porque não têm a grife preferida na “loja”, me deixou embasbacado. Tive reação adversa maior a essa atitude do que pela marca da AstraZeneca que carrego no braço desde a quarta-feira, ao meio-dia.

Agimos como estivéssemos diante da escolha de uma roupa para vestir ou uma bolsa para comprar:”Chinesa? É falsificada, né!”; “essa inglesa aí não dá nem pra viajar”; “é a americana? meu sonho de consumo, os amigos vão morrer de inveja”. Selecionamos vacina como vinho na adega: “nunca soube que a uva chinesa faz bons vinhos”; “esse inglês, dizem, dá dor de cabeça”; “ouvi falar que o americano é incrível, quero dois!”.  

Quando a Janssen chegar —- aquela que ‘a gente vai estar recebendo dos Estados Unidos não sei quando” —, imagine a maratona em busca de postos que aplicarem a vacina: uma dose só, eficácia que chega a 95%, reações adversas mais intensas desconhecidas e, dizem, abre as portas para o paraíso (se não o paraíso, para os Estados Unidos). 

Faz parecer aquela disputa em festa de madames que põem as roupas de melhor marca, do estilista famoso, e levam no braço a bolsa de luxo pra desfilar na cara das amigas. 

A senhora chega com a sua clutch Lana Marks’Cleopatra de US$ 400 mil, acha que está abafando e de repente vem a frustração. A metida do condomínio entra com uma Birkin da Hermès (US$ 1,4 milhão) a tiracolo. Mas como alegria de rico também dura pouco, a vingança não tarda. A moça da cobertura entra pela porta conduzindo uma Mouawad 1001 Nights Diamond, comprada por imbatíveis US$ 3,8 milhões. Onde será que ela conseguiu?

Como vacina é assunto em tudo que é canto —- ainda bem —-,  fico curioso em ouvir o bate-papo no vestiário da academia entre os senhores marombados. “Tá vendo essa marquinha aqui ó, é Janssen”, diz o coroa de toalha na cintura. “A minha é Pfizer, gostou?”, arrisca o outro enquanto seca os dedos do pé. O gerente da multinacional que estava por ali, vestiu logo sua camisa Lacoste, aquela do jacaré, para ir embora antes que descobrissem, tadinho, que ele só encontrou a Coronavac. 

A saber: a vacinação ocorre por ordem de chegada das doses e não é possível escolher qual tomar. Recusar o imunizante e deixar passar o dia previsto da primeira dose é a abertura de mais uma janela de oportunidade para contrair e transmitir o vírus. É um desserviço à sociedade, porque para controlar a Covid-19 é preciso de alta cobertura vacinal e rapidamente, diminuindo a circulação do vírus e o risco de surgir variantes com maior poder de contaminação, além de conter o aumento da velocidade de pessoas doentes e mortas.

Ao amigo e amiga que usa como argumento a busca por vacinas consideradas mais eficazes, lembre de que do ponto de vista individual a proteção entre uma vacina e outra muda muito pouco.

Todas à disposição no Brasil nos protegem do risco de morrer e diminuem consideravelmente qualquer possibilidade de termos sintomas graves. A eficácia faz sentido aos gestores de saúde que planejam o número de pessoas que têm de ser vacinadas para alcançarmos a imunidade coletiva.

Quanto as reações adversas, algumas pessoas que foram vacinadas disseram ter tido febre, dor de cabeça, indisposição e dor no local onde foi feita a aplicação —- muito pouco para quem até então corria o risco de morrer por contrair a Covid-19. Outras, que estão por aí correndo atrás da vacina da moda, e desperdiçando a chance de se imunizar em troca de um luxo, consta que tiveram o sentimento de egoísmo acentuado nos últimos meses. E para isso não tem cura.

No meu caso, que fui vacinado com a AstraZeneca, porque fiquei na pequena fila que se formava no posto lá da escola, perto de casa, o único efeito colateral que tive até agora —- quase 24 horas depois da primeira dose —- foi uma alegria extrema de saber que estou mais protegido e, em um ato de cidadania, estou ajudando a proteger as pessoas que amo. Uma felicidade que contaminou a família, amigos próximos, colegas de trabalho e ouvintes da CBN, muitos dos quais vibraram quando contei no ar que a vacina acabara de ser aplicada. Que essa felicidade contamine a todos!

O que o luxo tem a ensinar diante de mudanças que ocorrem em alta velocidade

 

Por Carlos Magno Gibrail
shopping-jk-iguatemi

 

Não se discute mais a existência das mudanças, mas sim a velocidade cada vez maior em que elas ocorrem.

 

O primeiro grande desafio é a criatividade para antecipar as novidades. Se não bastasse a competência para vislumbrar o futuro, há uma enorme dose de coragem para arcar com eventuais riscos de errar ao mudar.

 

A verdade é que vale a pena, pois se a maior velocidade exige mais, ela também aumenta as chances do surgimento de novos produtos e serviços.

 

Essa pauta de velocidade de mudanças e rupturas normalmente remete aos setores tecnológicos. Amazon, Facebook, Google …. inevitavelmente marcam presença.

 

Entretanto, há um setor extremamente importante para a beleza e harmonia das coisas que está presente neste contexto de mudanças, mas não é cogitado no tema de inovações: é o segmento do luxo — talvez pela alta carga de tradição, embora essa característica não impeça o ímpeto criativo e a busca constante da novidade.

 

A ALSHOP ao se dar conta de tal contribuição chamou ao Congresso Nacional BRASILSHOP, a ser realizado no próximo dia 20, na CASA PETRA, em São Paulo, o especialista em luxo mais notório em atividade – Carlos Ferreirinha – para explicar o momento comercial e como vender novos produtos e entregar novas emoções.

 

Ferreirinha foi quem implantou definitivamente a Louis Vuitton no mercado brasileiro, pois, acreditem, antes dele a marca era totalmente desconhecida por aqui.

 

Ao sair da Louis Vuitton, criou seminários, palestras e cursos sobre o luxo em várias universidades de renome, tendo formatado na FAAP a pós-graduação em Luxo.

 

Finalmente criou e comanda a MCF Consultoria, onde são oferecidos treinamentos e consultorias dentro do setor, assim como palestras similares aquela que dará no evento ALSHOP. Cujo trailer, pelo WhatsApp, evidentemente, segue abaixo:

”O que está em jogo não é mais a Mudança e, sim, o ritmo acelerado e intenso das mudanças. Ciclos que em outrora eram de 20, 15, 10 anos… são agora imediatas, forçando a Liderança atuar de forma mais rápida e com mais convicção. Liderança “Agile”… para isso, temos que repensar o formato atual de penalizar o erro… temos que criar ambientes que permitam testar mais, mesmo que seja em ambientes protegidos e controlados, mas testar com mais velocidade, e com isso, permitir mais ao erro nessas tentativas… Testar, Errar, Testar… manter ritmo de invenção, criação, tentativas… mais acelerado. E aqui as marcas de Luxo são exímias testando novos formatos e arriscando”

Carlos Magno Gibrail é consultor, autor do livro “Arquitetura do Varejo”, mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung.

De museu particular a viagens exclusivas, livros sugerem turismo de luxo

 

Por Ricardo Ojeda Marins

 

17799243_1424486864293395_6250209472929049921_n

 

Ir ao Louvre é programa da maioria dos turistas que vai a Paris. Só no ano passado, o museu recebeu mais de 7,3 milhões de visitantes. É o mais visitado do mundo. Pense agora na possibilidade de conhecer as obras de arte que fazem parte desse museu de uma maneira bem particular: fora do horário de expediente. Esse é um programa para poucos e privilegiados. Um luxo.

 

E são luxos como esse passeio privado no Louvre que fazem parte das experiências que se destacam em uma série de cinco livros com os melhores destinos do mundo, lançada recentemente na Preview da SP-Arte/2017, o Luxury Travel Book 2017.

 

Além da programação em Paris, você encontrará nos livros produzidos pela PrimeTour, agência de viagens com foco no turismo de luxo, outras atrações incríveis como um exclusivo concerto de piano na Basílica de San Marco, um roteiro de balão sobre os exóticos templos de Myanmar e um show de dança privativo na Tailândia.

 

Entre as atrações sugeridas, você é convidado ainda para um piquenique no topo de uma montanha, o prazer de se hospedar em um quarto em um castelo medieval, uma nova massagem no mais exclusivo spa ou uma rede à sombra em praia particular.

 

São vivências totalmente personalizadas – exatamente o tipo de exclusividade que busca o viajante que movimenta o turismo de luxo no mundo. Jornadas por paisagens únicas. A descoberta de um segredo guardado para poucos. Retiros silenciosos ou viagens de aventura. Acessos privilegiados e vantagens exclusivas. Serviço discreto e ágil. Equipe especializada selecionada. Conforto e entretenimento de alta categoria.

 

No mundo atual, tempo é o nosso bem mais raro. Luxo a ser alcançado por muitos. Hoje o consumidor contemporâneo de alto poder aquisitivo entrega à sua agência de viagens todos os seus desejos, anseios, curiosidades, sonhos…o desafio das agências é cada vez mais não apenas atender, mas entender e encantar esses clientes tão exigentes. O relacionamento com o cliente é fundamental, pois é possível aprofundar-se nos interesses e desejos individuais de cada um e atendê-los de forma personalizada, tornando a viagem perfeita e uma experiência inesquecível.

 

Os livros ajudam nessa tarefa. Estão reunidos em um box e foram segmentados nas categorias Art&Culture, Love, Happiness, Body&Soul e Trend&Cool.

 

Aproveite e sonhe com o seu próximo destino!

 

Ricardo Ojeda Marins é Coach de Vida e Carreira, especialista em Gestão do Luxo pela FAAP, Administrador de Empresas pela FMU-SP e possui MBA em Marketing pela PUC-SP. É também autor do Blog Infinite Luxury e colabora com o Blog do Mílton Jung.

Roupa usada: bom para comprar, bom para vender

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

dsc09333-1

 

O mercado de roupas usadas, ainda que guarde esporádicas conotações vintage, ou a antiquada denominação de brechó, e algum preconceito, é um segmento da moda em expansão com imenso potencial futuro.

 

Os aspectos econômico, sociológico e ecológico inerentes ao sistema de reuso das roupas e acessórios de vestuário são altamente positivos.

 

A evolução do sistema da moda no segmento de luxo tende a enriquecer mais e mais os produtos, tornando-os mais caros e acessíveis apenas aos mais ricos. Logo abaixo deste mercado, as marcas Premium seguem o mesmo processo de atualização e sofisticação. Ao mesmo tempo o fast-fashion desatualiza mais rapidamente os produtos.

 

Em todos os segmentos, o aproveitamento da roupa usada, que rapidamente fica fora de moda gera um fator positivo na cadeia econômica, social e ecológica.

 

O caminho reverso da cadeia produtiva já foi iniciado por vários setores como pneus, lâmpadas e eletrônicos.

 

No caso da moda, alguns países mais desenvolvidos já despertaram e observaram o gigantismo deste mercado.

 

No Brasil, os números ainda não são expressivos, mas a evolução e a variedade de especializações apresentam uma estrutura completa. Lojas físicas, virtuais, de luxo, Premium, fast fashion, masculinas, femininas, infantis, plus size. Lojas com conceito vintage, brechó e contemporâneo. Há de tudo.

 

Há cinco anos, a advogada Angela Machado, reunida com 15 amigas para trocas de produtos que não usavam mais, um hábito de rotina para elas, ficou com uma peça Jimmy Choo sobrando e não tinha mais nada para trocar. Uma amiga que a desejava resolveu comprar por 50% do preço original. Daí em diante decidiu montar a “Madame Recicla” com os mil artigos cedidos pelas mesmas 15 amigas.

 

capricho-a-toa

 

Já a Denise Pini, graduada em Letras pela USP e apaixonada por moda, abandonou a carreira inicial, fez curso na FAAP de moda e fundou, em 1991, a “Capricho à toa”. Hoje o filho se prepara em pós-graduação para levar a loja física para a internet. Espera repetir o sucesso, obtido pela relevância que deu à moda no trato da operação, pela aposta em equipe preparada tecnicamente e pelo “pulo do gato” ao pagar à vista. Acrescenta ainda sua decisão de aumentar as compras ao iniciar a crise.

 

A administradora Cátia Freire por sua vez, criou há 20 anos a “Grifes Stock” onde vende ao lado de Prada, Chanel, Gucci e Dior, Animale, Ellus, Daslu, etc. Tudo seminovo com descontos de 40% no mínimo.

 

A opinião nestes 50 anos que Angela, Denise e Cátia somam de experiência é que suas clientes ficam felizes em vender e comprar, num mercado em que a divulgação ainda é pequena e o preconceito poderia ser menor.

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.

Agência de turismo de luxo apresenta destinos inusitados em coleção de livros

 

Por Ricardo Ojeda Marins

 

13041434_862221890555573_5204330486725980906_o

 

Mesmo em um mundo digital, clientes que buscam efetivamente experiências e atendimento impecável não abrem mão do contato com agência de viagens especializada. A palavra-chave para atender as demandas desses clientes é customização. Cada passageiro tem necessidades e gostos peculiares e busca algo feito sob medida, diferente de pacotes ou roteiros prontos.

 

O consumidor contemporâneo elevou suas expectativas e se tornou ainda mais exigente. A agência, antenada com as tendências mundiais, aprofunda-se nos interesses individuais de cada um para atendê-los de forma personalizada, tornando a viagem perfeita e uma experiência inesquecível. O viajante de luxo, hoje, busca o diferente, o inusitado, o “poder fazer”, o “feito sob medida” para as suas necessidades e desejos específicos, sempre com segurança, privacidade e conforto

 

13086843_864262647018164_2883073724260658238_o

 

Para esses apaixonados por viagens, o Luxury Travel Book, da Primetour, agência especializada em viagens de luxo, é perfeito para sonhar e planejar seus próximos destinos – sejam eles os mais tradicionais ou os mais inusitados.

 

Diferentemente de suas publicações em 2014 e 2015, este ano a agência apostou em um novo formato: uma caixa com quatro livros de viagens e experiências, separados por estações do ano. Marina Gouvêa de Souza, CEO da Primetour, explica o propósito da mudança na forma da publicação: “o tempo é um de nossos bens mais valiosos: não volta atrás, não pode ser recuperado e está cada vez mais escasso. Queremos contribuir para que as viagens de nossos amigos e clientes sejam sempre para o lugar certo no tempo certo. E proporcionar momentos e experiências que marquem suas histórias de vida”.

 

13055851_862071147237314_914888349761905852_o

 

Nos livros, você poderá inspirar-se com destinos como Maldivas, Seychelles, Paris, Londres, Tóquio…e o mais bacana: saber o que há de mais exclusivo nos destinos em determinadas épocas do ano.

 

Nada como saber onde e quando admirar as cores impressionantes da Aurora Boreal, por exemplo. Ou que tal estar no Japão quando as cerejeiras se abrem em flor? Ou que tal saber a melhor época para mergulho entre placas tectônicas na Islândia?

 

O Luxury Travel Book será oficialmente lançado no  dia 3 de Maio, durante a TravelWeek Sao Paulo, na Bienal do Ibirapuera, maior feira de turismo de luxo da América Latina.

 

Ricardo Ojeda Marins é Coach de Vida e Carreira, especialista em Gestão do Luxo pela FAAP, Administrador de Empresas pela FMU-SP e possui MBA em Marketing pela PUC-SP. É também autor do Blog Infinite Luxury e escreve às sextas-feiras no Blog do Mílton Jung.

Polo Ralph Lauren volta a investir no Brasil

 

Por Ricardo Ojeda Marins

 

4

 

Para os apaixonados por Polo Ralph Lauren, uma notícia excelente: a grife americana do designer Ralph Lauren volta ao Brasil e em grande estilo.

 

Inaugurada esta semana no Shooping Iguatemi São Paulo, a marca americana que tem o icônico cavalinho como símbolo oferece na nova loja brasileira sua coleção masculina da linha Polo, que inclui também acessórios, sapatos e ítens em couro. Seus luxuosos e muito bem decorados 260 metros quadrados mostram o extremo bom gosto de Lauren em suas lojas ao redor do mundo.

 

Ralph Lauren teve lojas próprias no Brasil durante anos e, desde 2001, todas foram fechadas, uma vez que a operação da marca por aqui era comandada por um grupo argentino e, com a crise na Argentina e as restrições para circulação de dólares, a empresa não pôde dar continuidade em sua gestão.

 

No ano passado, a grife comemorou sua volta ao país com a abertura de uma loja no Shopping Cidade Jardim, porém com suas coleções mais exclusivas e de edição limitada.

 

1

 

Ralph Lifshitz, nome de batismo de Ralph Lauren, iniciou sua carreira comercializando gravatas e hoje é dono de uma das marcas mais importantes do mercado do luxo, famoso por suas pólos, tendo o pônei como principal símbolo.

 

Ao retornar ao Brasil agora com a Polo Ralph Lauren, escolheu como espaço o tradicional Shopping Iguatemi, primeiro shopping de luxo da capital paulista, tendo como vizinha ilustre a joalheira Tiffany & Co.

 

Ricardo Ojeda Marins é Coach de Vida e Carreira, especialista em Gestão do Luxo pela FAAP, Administrador de Empresas pela FMU-SP e possui MBA em Marketing pela PUC-SP. É também autor do Blog Infinite Luxury e escreve às sextas-feiras no Blog do Mílton Jung.