Magia ao Luar: um Woody Allen para esquecer o desconforto do voo

 

Por Biba Mello

 

FILME DA SEMANA:
“Magia ao Luar”
Um filme de Woddy allen.
Gênero: Comédia Romântica
País:USA

 

 

Um mágico viaja pelo mundo desmascarando falsos médiuns. Um belo dia é chamado para desmascarar a bela Sophie ….Tenta de todas as maneiras fazê-lo mas suas tentativas se frustram e o mais cético dos céticos se rende ao talento da moça.

 

Por que ver: É um filme leve e divertido. Diálogos interessantes com uma boa dose de sarcasmo, como sempre, nos filmes do Woody Allen.O cenário ao sul da França é lindíssimo.

 

Como ver: Vou contar como vi…Estava eu, na classe econômica da American Airlines, em uma aeronave absurdamente velha, suja, quase sem comida(isto me deixa em um insuportável mau humor), a televisão era daquelas lá na frente e não no banco da frente, a outra televisão era bem acima de minha cabeça me fazendo alternar o olhar para uma que eu mal enxergava e para outra que me dava torcicolo. Por um momento de mais ou menos 120minutos, esqueci de tantos incômodos e me dediquei a me divertir assistindo a este filme gostosinho do Woody Allen. Ai o Cinema nos tira de nossas realidades frugais nos transportando por histórias bem longe de nossas realidades…

 

Quando não ver: Se você estiver em uma companhia aérea decente, na classe executiva ou primeira classe; se fosse você aproveitaria para dormir, pois só existe uma coisa melhor que cinema…Viagem! Boas férias.!!!!

 


Biba Mello, diretora de cinema, blogger e apaixonada por assuntos femininos. Toda semana faz boas indicações de filmes aqui no Blog do Mílton Jung

De magia

 

Por Maria Lucia Solla

 

 

Olá,

 

ia começar a falar sobre não ter a mínima ideia do que dizer, quando apareceu ‘ olá ‘, num girar das pás do ventilador de teto sobre a minha escrivaninha. Palavra só de três letras: o, l e a, que formam também alô, lá e Ló do personagem bíblico do Antigo Testamento e do pão de ló.

 

Salva pelo trio, ‘o, l e a’, que também trago no nome, vou procurar um ritmo. OLÁ tem três letras no nome e, ainda assim, é bissílaba: O-LÁ. Duas batidas ta-ta. O mesmo com A-LÔ.

 

Mar e Sol, no entanto, com três letras cada uma, são monossílabas: mar – uma batida – ta. E aí já faço um SOM (que também é monossílabo) ta tata ta tata ta tata, batendo no tampo da mesa. MAR OLÁ, SOM, ALÔ.

 

e palavras vêm chegando
aos borbotões
me fazendo de escrava
definindo meus bordões

 

enchem a sala toda
trazendo
mar
levando
com elas
meu ar

 

como dizer não
agora não
como não abrir
a elas
as portas
como fechar
lhes
as janelas

 

E se ao se oferecerem e se virem rechaçadas, porventura, se ofenderem? É um risco tremendamente arriscado, um texto arisco que vai acabar todo riscado, no fundo do cesto, coitado.

 

Mas com você que está aí do outro lado, quero compartilhar um pouco da paz que sinto, que acalma e revigora. Magia a cada Bom Dia. Então me recosto e ouço as palavras que chegam faceiras, sorridentes, falantes.

 

Mar traz amar que ensina a calar esperar escutar aninhar respeitar sonhar.

 

E então me calo.

 


Maria Lucia Solla é professora de idiomas, terapeuta, e realiza oficinas de Desenvolvimento do Pensamento Criativo e de Arte e Criação. Aos domingos escreve no Blog do Mílton Jung