Vereadores que são candidatos este ano recebem 6,9 por desempenho na Câmara Municipal de São Paulo

 

Reproduzo a seguir, material divulgado pelo Movimento Voto Consciente que avaliou o desempenho dos 17 vereadores de São Paulo que estão concorrendo nas eleições deste ano, a partir de quatro critério. O MVC informa que existem outras funções de vereadores que não são analisadas por não admitirem critérios objetivos. O material pode servir de base para o eleitor, porém é sempre importante lembrar que o cidadão deve levantar o máximo possível de informações sobre o candidato antes de decidir o seu voto:

 

O desempenho dos vereadores de São Paulo apresentou média final de 6,93, conforme apontam os dados de avaliação do Movimento Voto Consciente (MVC), que considerou quatro critérios: avaliação dos Projetos de Lei, presença nas comissões, transparência (avaliação dos sites pessoais) e presença em votações nominais.

 

Este relatório dos parlamentares do município de São Paulo considerou apenas os 17 vereadores que concorrem à vagas nas eleições deste ano. Foram coletados os dados até 30 de junho, exceto para as análises dos sites, que foram feitas no mês de julho.

 

O destaque positivo ficou por conta das presenças nas comissões, cuja média ficou acima de 9. Já as votações nominais não tiveram um desempenho tão elevado, ficando em 7,62. Na avaliação dos sites, o destaque ficou por conta do critério “declaração de bens ou link”, cuja divulgação não foi feita por nenhum dos 17 vereadores. Nesse quesito, o desempenho médio ficou em 5,41.

 

Como sempre ocorre na divulgação da avaliação do Legislativo municipal, não são considerados o presidente e o vice-presidente da Câmara. Os vereadores Eliseu Gabriel (PSB) e Netinho de Paula (PCdoB) foram avaliados somente durante este ano, por terem sido licenciados para assumir cargos no Executivo. Eliseu voltou à Câmara em março e Netinho em abril de 2014. Portanto, as avaliações consideraram apenas esse período.

 

Avaliação

 

"Meio passo à frente", diz Voto Consciente sobre Mesa Diretora

Por Danilo Barboza
Diretor Geral do Movimento Voto Consciente

 

Soube pelo jornalista Milton Jung, da CBN, que a reunião da Mesa Diretora da Câmara de São Paulo, realizada na última terça-feira 8 de agosto, foi aberta ao público. Pela mesma fonte, soube que não foi transmitida pela internet. Meio passo à frente, então. Soube ainda que a Web Rádio da Câmara estranhou o não comparecimento de organizações da sociedade civil àquela reunião. Fui à página da Rádio, e sob o título Vereadores se reúnem para tratar de assuntos administrativos, escrito por Jean Silva, encontrei “As reuniões da Mesa Diretora são abertas para a participação das organizações da sociedade civil, mas apesar disso nenhuma compareceu.”

 

Não conheço Jean Silva, mas ele com certeza entrou este mês para a Câmara. Se estivesse lá há mais tempo, saberia que as reuniões da Mesa eram abertas na legislatura passada, e foram fechadas por todo o primeiro semestre deste ano por decisão da Mesa Diretora empossada nesta. Saberia também que o motivo alegado para tal fechamento foi que nas reuniões se discutiam licitações públicas, e sua análise em reuniões abertas poderia prejudicar o processo licitatório. Talvez soubesse ainda das contestações que fizemos, nós do Movimento Voto Consciente, a esta decisão, inclusive mostrando-a falaciosa, pois as decisões sobre compras eram e são tomadas pela Comissão de Licitação, e meramente homologadas ou rejeitadas pela Mesa.

 

Note-se que, na matéria mencionada, foi relatado que entre os temas discutidos na reunião estavam várias aquisições e substituições de equipamento, todas elas necessariamente assunto de licitações, presentes ou futuras. Ora, ou o motivo alegado não era real – e quando do fechamento da primeira reunião do ano, a que as organizações estavam presentes, o motivo oferecido foi outro – ou os membros da Mesa mudaram seu entendimento sobre o sigilo da discussão das licitações.

 

O que Jean Silva não poderia no entanto saber é que, na reunião de instalação da CPI dos transportes, o Presidente da Casa nos prometeu verbalmente que as reuniões passariam a ser abertas no segundo semestre, e que ele avisaria a sociedade desta mudança. No Movimento Voto Consciente, não recebemos qualquer aviso.
Finalmente nós e as outras organizações da sociedade civil dependemos da agenda da Câmara para saber o que acontecerá na Casa a cada dia. Na terça-feira dia 8 não havia menção de reunião da Mesa Diretora.

 

O importante disto tudo, no entanto, é que as reuniões serão abertas doravante, e por esta mudança damos parabéns aos vereadores. Tentaremos estar presentes a cada uma, mas talvez seja necessário optar por assistir à alguma pela internet, em cujo caso esperamos que a transmissão das reuniões também seja aberta.