Narcossalas em lugar da Cracolândia

 

Cracolândia em São Paulo

Os restos humanos que caminham em meio ao lixo e as drogas, nas ruas da Cracolândia, compõem um dos cenários mais tristes da cidade de São Paulo. São centenas de pessoas em processo de destruição, doentes e alucinados que, enquanto esperam a morte, única esperança que têm, se alimentam com crack. As soluções ensaiadas até aqui não oferecem perspectivas positivas. A reurbanização proposta pela prefeitura esquece da saúde pública; e a remoção citada por Gilberto Kassab, em sabatina na Folha de SP, tem caráter policialesco e autoritário. Não há histórico no mundo de que estas políticas tenham servido para melhorar a qualidade de vida das pessoas e da cidade.

São Paulo poderia ser inovadora e propulsora de uma guinada na história do combate às drogas se ouvisse o que disse Walter Maierovitch, presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais Giovanni Falconi, na conversa que tivemos na segunda-feira, no quadro Justiça e Cidadania, do Jornal da CBN. Incentivador das políticas sociossanitárias, ele lembrou a experiência desenvolvida em Frankfurt, onde foram implantadas as primeiras narcossalas do mundo, em 1994, recomendada pela ganhadora do Nobel de Medicina Françoise Barre Simousse.

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