Em 15 minutos de entrevista, o candidato ao Senado do PC do B Netinho de Paula repetiu quatro vezes a palavra equívoco e usou ao menos mais duas vezes seus sinônimos para justificar problemas relacionados a ele ou a campanha dele.
Foram equívocos, por exemplo, o uso do cartão corporativo para questões particulares pela suplente na chapa dele, a ex-ministra Matilde Ribeiro; a denúncia de que ele contratou uma empresa de buffet e de serviços cinematográficos para produzir um site, com dinheiro da Câmara Municipal de SP; a reportagem que o acusa de compra de voto, apenas por ter oferecido a eleitores a presença em shows; e o nome do PC do B estar escondido na página oficial do candidato na internet.
“Eles têm cometido grandes equívocos …” disse Netinho sobre equipe contratada para lhe assessorar. Se comprometeu a incluir o nome do Partido Comunista do Brasil, a partir de agora.
Por falar em comunismo disse que o Governo Lula é socialista, sem excesso, sem radicalismo, sem acabar com a propriedade privada ou atacar empresas e bancos particulares. Um comunismo ao estilo brasileiro, explicou. Fácil de entender, basta seguir a lógica do candidato que conseguiu identificar um cunho político no programa que o lançou na TV, Um dia de Princesa: “mostrava o que havia de errado e faltando para as pessoas”.
Do que fez na Câmara de Vereadores, destacou projeto de lei aprovado pelos colegas e a espera da sanção do prefeito Gilberto Kassab (DEM) que cria os Centros de Referência da Juventude. Do que pretende fazer no Senado, reforçou seu discurso em defesa da juventude como forma de conter o aumento no número de pessoas dependentes de drogas.
Falou, ainda, do preconceito que existe contra negros e pobres, do qual se considera vítima, também.
Durante a entrevista assumiu o compromisso de se cadastrar no site Ficha Limpa, o que não teria feito ainda por falta de tempo a medida que a correria nesta campanha é grande.
Antes de encerrar pediu ajuda aos empresários que financiem sua campanha, pois até aqui “não tem ninguém bancando”, apesar de a previsão de gastos da coligação da qual faz parte ao lado Marta Suplicy (PT) ser de R$ 12 milhões.
Ouça aqui a entrevista de Netinho de Paula do PC do B e dos demais candidatos ao Senado que já participaram desta série

