Opinião de Ouvinte: Calçadas são “roubadas” por bares e restaurantes

José Luiz Pinto da Fonseca
Ouvinte-internauta do CBN SP

“Ouvi com muita atenção a sua matéria com a procuradora Dra. Cláudia Maria a respeito da situação das “calçadas” na nossa cidade de São Paulo, pois como munícipe atento também estou engajado nisso desde 2.003, quando proliferaram de maneira enorme bares, restaurantes, pizzarias, lanchonetes e até açougues nos bairros de Perdizes, Pompéia, Vila Romana e Lapa, que estão fazendo as nossas calçadas de segurança como seus  salões de refeições e bebidas.Fiz inúmeras denúncias à subprefeitura da Lapa nesse período, inclusive através dos jornais de bairro, nos quais houve muitas reclamações de outros moradores indignados como eu com os abusos cometidos constantemente.

A lei 12.202 de 1.996, da autoria do então vereador Said Murad (hoje deputado estadual) e promulgada pelo então prefeito Paulo Maluf, nefasta para a nossa Cidade na minha opinião, não é cumprida quanto aos seus tópicos de aplicação como deveriam, e a fiscalização embora recolha mesas e cadeiras, não faz com que os estabelecimentos que apresentaram seus projetos de uso do espaço público para aprovação passem a cumprir o que determina essa lei.

Exemplos disso, são as elevações/patamares em alvenaria feitos para “aplainar” as calçadas (geralmente deixando espaço exíguo de menos de 1 metro para a passagem dos pedestres), colocação de toldos quase até a beirada afixados no chão por ganchos chumbados e que ficam à mostra no piso e que podem provocar tropeções e quedas, especialmente em idosos, grades chumbadas na parede do estabelecimento para “enquadrar” os espaços ocupados, cadeiras e mesas colocados junto a equipamentos públicos como postes, orelhões, caixas de correio e árvores (alguns até retiram as árvores para obter mais espaço), churrasqueiras/fornos de todos os tamanhos até a beirada da calçada exalando fumaça até a noite (gostem ou não de carne os vizinhos), além, é claro, dos equipamentos dos tais valets (guarda-sóis, bancada e bancos), inclusive no meio fio da calçada, e do barulho noturno a céu aberto feito pelos frequentadores, pois depois da 3a. cerveja “ninguém é de ninguém”, como diz o título e a letra de uma famosa música brasileira. Inclusive, depois das mesas ocupadas, as pessoas ficam em pé nas calçadas com seus copos nas mãos, tomando totalmente o espaço destinado para que os pedestres circulem, e aí o jeito é passar pelo meio das ruas junto ao trânsito de carros, arriscando-se a um atropelamento.

Caro jornalista Milton, além de todas essas coisas praticadas fora do texto da lei, existe o fato concreto do péssimo exemplo que está sendo dado às crianças e jovens adolescentes quanto ao consumo de bebida alcoólica, pois o que está sendo feito em público nesses estabelecimentos que usam as nossas calçadas de circulação em segurança, é uma indução direta para que também frequentem esses locais, já que a fiscalização quanto a venda de bebibas é muito precária e não cobre toda a Cidade.

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Foto-ouvinte 2: Bacalhau à moda

Bacalhau à moda 1

Um Centro de Processamento de Bacalhau funciona em calçadas  das ruas Mendes Caldeira e Monsenhor Andrade, no bairro do Brás. Conforme a descrição feita pelo ouvinte-internauta Fábio Frencl Loureiro, autor da sequência de fotos que você acompanha clicando na imagem acima, rapazes recolhem sobras de bacalhau no comércio da região e aproveitam o espaço na calçada para desfiar e embalar o produto.

“Nem é preciso citar as condições de higiene. Fosse para consumo próprio, vá lá! O problema é que a ‘mercadoria’ é embalada e vendida aos montes. O ‘saudável’ bacalhau é re-embalado e vendido, provavelmente aos bares, restaurantes e bancas de comida que oferecem em seu cardápio os tradicionais Bolinhos de Bacalhau”.

Carro sem selo da inspeção veicular não roda, na Alemanha

A inspeção ambiental veicular ainda é uma novidade em São Paulo e provoca ampla discussão seja pela necessidade do serviço prestado seja pela qualidade. A capital paulista é pioneira na implantação deste sistema de análise para combater a poluição do ar, no Brasil. Países da Europa, principalmente, já estão bem mais avançados.

Acompanhando a CBN pela internet, o ouvinte-internauta Marcelo Capelari vive na Alemanha desde 2004 e, motivado pelo debate realizado sobre o tema no CBN São Paulo, enviou algumas informações sobre como funciona a inspeção veicular por lá.

Reproduzo aqui trecho do e-mail que ele nos enviou:

“Na Alemanha, os veículos zero quilômetro estão isentos de inspeção nos três primeiros anos.  A partir do terceiro é preciso realizar o serviço a cada dois anos.  São feitas      duas verificações: das condições gerais do veículo (HU) e da emissão de gases (AU).

Uma vez que as emissões de poluentes são mais rígidas hoje do que dez anos atrás, a emissão de gases leva em consideração quais eram os padrões à época da fabricação do carro, que estão registrados em um Certificado de Conformidade que acompanha o veículo.

Caso seu carro seja aprovado, receberá um selo que será colocado junto a placa de identificação e onde estará indicada a data da próxima inspeção.

Caso não seja aprovado, deverá ser reparado.

Não é necessário dizer que sem o selo, nada de carro nas ruas.  Talvez por isso quase nunca se vê carros quebrados nas ruas da Alemanha, e olha que também existem carros velhos por aqui.

Outro aspecto que gostaria de mencionar é com relação ao licenciamento: nada de despachantes, o documento fica pronto em cinco minutos e a taxa é debitada diretamente de sua conta corrente. Ah, sem seguro nada de documento; por isso é preciso apresentar um comprovante emitido pela seguradora que o veículo em questão já está segurado. Talvez isso fosse uma boa idéia para o Brasil.”

Foto-ouvinte 1: Fidelidade partidária

Fidelidade partidária

Três meses após a eleição, este posto de combustível ainda mantém na fachada propaganda eleitoral estampando a figura do candidato à prefeito Geraldo Alckmin (PSDB) e à vice Campos Machado (PDT). Nem a derrota ainda no primeiro turno nem o desrespeito com a lei Cidade Limpa, demoveram o proprietário do estabelecimento a retirar o cartaz que foi registrado pelo colaborador do blog Marcos Paulo Dias.

O posto fica na avenida Marechal Tito, em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo.

De cara nova, tá na cara !

Mudou o blog. E me parece óbvio demais dizer isto. A cara é bem diferente daquele que você acompanhava desde agosto de 2007 quando a CBN me ofereceu a oportunidade de explorar também esta mídia. Agora, mudamos juntos. O Portal da CBN está mais moderno, tem acesso mais fácil, valoriza os comentaristas e os próprios blogs. Além disso, abriu uma porta para receber o material dos ouvintes-internautas. E outra para ouvir a opinião deles: novoblog@cbn.com.br.

Valorizar esta interatividade também foi a intenção que moveu a construção deste novo blog. Os comentários feitos pelos ouvintes-internautas estarão à disposição na coluna da direita (do ponto de vista de quem lê). Os canais pelos quais podemos conversar, também, com destaque para o Twitter, o You Tube, o Orkut e o Flickr. Aliás, as fotos  que estão no álbum do CBN SP no Flickr  também terão mais espaço, em breve.

Ficou mais fácil encontrar nossos colaboradores e seções com a reunião dos textos na coluna “Artigos”. Agora, basta clicar nas “Dicas da Ailin Aleixo” e você tem a relação completa de bares e restaurantes indicados por ela no comentário da CBN, por exemplo. As crônicas da Maria Lucia, assim como as idéias do Carlos Magno, as histórias do Adamo, o cotidiano descrito pela Cátia Toffoletto, a poesia do Mário Quinta, e a minha paixão descrita na Avalanche Tricolor, também estão agrupados. Logo teremos novos colaboradores.

O quadro Conte Sua História de São Paulo que vai ao ar aos sábados no CBN SP e terá edição especial a partir de segunda-feira, ganha destaque no blog. Boa parte dos capítulos que já foi ao ar está reunida em um mesmo espaço. É só clicar e se deliciar com as histórias contadas pelos ouvintes-internautas.

Antigas reivindicações foram incluídas  ao migrarmos para a plataforma do WordPress como as tags e permalinks. E espero que estes utensílios permitam a expansão no número de leitores.

Como era de se esperar, o processo de migração nunca é muito simples como parece. E os posts dos dias sete, oito e nove de janeiro que estavam no blog anterior ainda não chegaram até aqui. Espero recuperá-los até o início desse domingo.

Vou ter de aprender muita coisa ainda para tornar todas as oportunidades possíveis. E, por isso, espero “ouvir” sugestões de você que navega por aqui. Ainda somos uma comunidade pequena, mas muito interessada em aprender.

Participe desta construção !