Os índices de poluição usados para avaliar os carros que passam pela inspeção veicular ambiental são da década de 90. Com isso, o programa desenvolvido na cidade de São Paulo não seria eficiente para combater os problemas ambientais provocados pela maior frota de veículos do país. A opinião é do promotor do meio ambiente do Ministério Público de São Paulo José Eduaardo Lutti que promoveu audiência pública para discutir o tema, nesta semana.
Para Lutti, a partir do próximo ano, a prefeitura tem de exigir índices atuais, compatíveis com a qualidade dos motores produzidos, para impedir que os carros continuem a provocar os altos índices de poluição registrados nos últimos anos na capital paulista. Além disso, o Ministério Público pretende forçar o Governo do Estado a aderir ao programa, implantando o serviço de inspeção veicular em todo o Estado.
Um dos motivos que mais causaram indignação nos participantes da audiência pública foi o critério usado pela prefeitura para definir a frota de veículos obrigada a passar pela inspeção, apenas os fabricados a partir de 2003. No entanto, Lutti concorda com a justificativa da administração municipal.
Na conversa de hoje, o promotor José Eduardo Lutti também explicou a ação civil pública exigindo que a Petrobrás distribuida o diesel S-50, menos poluente, em todo o Estado de São Paulo.
Ouça a entrevista com o promotor José Eduardo Lutti, do Ministério Público de São Paulo