Lançada iniciativa contra doações ocultas em campanha eleitoral

 

Juízes Eleitorais de seis estados lançam, nesta quinta-feira, iniciativa contra doações ocultas aos candidatos a prefeito e vereador.  Reproduzo a seguir a nota divulgada por estes juízes e aproveito para divulgar, também, o nome de quem está a frente desta ação que, com base na Lei de Acesso à Informação, tenta corrigir um desvio de conduta proporcionado pela lei eleitoral:

 

Na próxima quinta-feira, 30, juízes eleitorais de seis estados brasileiros atacarão as doações ocultas através de um provimento determinando que candidatos a prefeito, vice-prefeitoe vereador revelem qual a origem dos recursos transferidos para suas campanhas por partidos e Comitês Partidários. Caso a determinação não seja cumprida, o candidato ficará impedido de receber quitação eleitoral, o que impede candidaturas futuras.  Além disso,  a diplomação do candidato,  caso eleito,  pode ser questionada pelo Ministério Público.

 

O Provimento tem por base termos da Lei de Acesso à Informação, que assegura transparência e facilidade de acesso a informações de interesse público. Os juízes eleitorais entendem que, mesmo depois da determinação do Tribunal Superior Eleitoral de que candidato srevelem antecipadamente dados de doadores de campanha,  ainda há uma brecha na legislação eleitoral permitindo a ocultação de informações.

 

Mais da metade dos candidatos que concorrem ao pleito declararam ter recebido altos valores de partidos e  Comitês Partidários.  Esses,  por sua vez, não divulgam antecipadamente os doadores dos seus recursos, ocultando, assim, a verdadeira origem do financiamento.  Essa forma de transferência de recursos ficou conhecida como “doação oculta”. É justamente a reiteração dessa prática que os magistrados objetivam impedir.

 

Veja a lista dos juízes que decidiram baixar oprovimento:

 

 

Para o juiz Márlon Reis, pioneiro na aplicação da Lei de Acesso à Informação em matéria eleitoral, essa é a segunda etapa do processo que leva à transparência no que diz respeito adoações de campanhas eleitorais.  A divulgação antecipada do nome de doadores foi uma grande conquista, mas ainda há muito que ser feito.

 

“A transparência é um requisito da atividade política. Não se pode admitir uma campanha eleitoral em que a origem das finanças que a sustentam não possa ser facilmente conhecida por cada um dos eleitores. Os eleitores, por outro lado, não têm como votar sem saber quem sustenta as candidaturas”, explica o magistrado.

 

A nova medida será adotada,  simultaneamente,  nas Zonas eleitorais dos seis estados de competência dos juízes.  São eles:  Maranhão, Paraná, Tocantins, Mato Grosso, Bahia e Amazonas.

Você sabe quanto o vereador gastou do seu dinheiro?

 

Os vereadores de São Paulo têm direito de usar até R$ 15.393,75 por mês para manter seu gabinete e parte de seu mandato. Este valor é cumulativo, portanto se não for gasto em um mês poderá ser somado às despesas dos meses seguintes. Ano passado, os 55 gabinetes desembolsaram R$7.546.787,33 para pagar correio, material gráfico, locação de veículos, combustível e material de escritório, entre outros itens permitidos por lei. Tradicionalmente, os valores mais altos são gastos com material gráfico e correio, e não foi diferente em 2011 quando 41,89% da verba de gabinete foram registrados nestes dois itens. O fornecedor privado que mais se beneficiou com este dinheiro, não por acaso, foi a Gráfica Palomar Ltda, que embolsou (no bom sentido) R$ 156.544,83. Já o parlamentar que mais fez uso da verba de gabinete foi Toninho Paiva (PR) com gastos de R$ 196.129,02 – mais de um terço deste dinheiro foi para ressarcir as despesas que teve enviando material pelo correio.

 

O serviço “Prestação de Contas da Câmara Municipal de São Paulo” criado pelo cidadão e programador Maurício Maia tem todos estes dados à disposição e organiza a busca das informações que estão publicadas no site do legislativo municipal. O projeto dele foi apresentado no ano passado e atualizado nesta semana e tem se tornado importante fonte de consulta para quem pretende entender melhor para onde vai o dinheiro público. Toda vez que me deparo com este trabalho, me questiono porque o site da Câmara, que custa tão caro para o bolso do contribuinte, não agrega este serviço, e passa a publicar as informações em códigos que permitam o cruzamento de dados. Registre-se que a renovação do site feita há dois anos foi um avanço em relação ao que se tinha até então.

 

A propósito: você tem ideia de quanto seu vereador usou do seu dinheiro para sustentar o gabinete dele?

 

Acesse “Prestação de Contas” e saiba onde ele gastou a verba de gabinete.

Site ajuda a controlar contas de vereadores

 

Camara Prestação

A empresa que mais recebe dinheiro dos vereadores de São Paulo é a Work Line System Consultores S/A. Recebeu R$118.853,00, de abril a dezembro de 2009, para prestar consultoria política a 18 parlamentares. Só a Câmara Municipal recebeu mais dinheiro dos gabinetes: R$ 2.215.915,36, no ano passado.

Estes dados estão disponíveis no site criado pelo programador Maurício Maia que assim como eu acredita que informação pública não é informação publicada, é informação acessível. E foi para atender a esta necessidade do cidadão que ele decidiu “raspar” os dados sobre prestação de contas dos vereadores de São Paulo que estão disponíveis no site da Câmara. O trabalho foi sugestão de Massao Uehara que controla Jooji Hato (PMDB) e Claudinho (PSDB), no Adote um Vereador.

No site de Prestação de Contas da Câmara Municipal – ele faz questão de ressaltar que não é um site oficial do Legislativo, mas, sim, para controlar o Legislativo -, tem todos os gastos feitos pelo gabinete do vereador que podem chegar a R$ 14,8 mil por mês, sendo este valor cumulativo. Não gastou em um mês, transfere para outro. O visual é simples e facilita a busca por vereador, partido, empresa prestadora de serviço, mês a mês.

Na entrevista ao CBN São Paulo, Maurício Maia explicou que o site deve ser atualizado mensalmente, sempre que os dados dos vereadores forem publicados na internet. Ele reclama a dificuldade imposta pelo tipo de código de publicação usado pelos programadores da Câmara Municipal e convida os vereadores a investirem em padrões internacionais para que haja, realmente, transparência nas informações.

Acompanhe a entrevista com Maurício Maia e colabore na fiscalização das contas dos vereadores.

Alguns alertas finais:

O fato de uma empresa ter recebido dinheiro público através dos vereadores não representa nenhuma irregularidade, desde que tenha prestado o serviço, é lógico. Portanto, ao citar a Work Line apenas estou destacando um fato e não denunciando.

Temos de ter cuidado ao avaliar os gastos dos vereadores para não cair na armadilha de criticar um parlamentar apenas porque ele gastou mais do que outro. O que interessa é identificar a qualidade deste gasto. Será que o dinheiro que vai para a publicação de boletins impressos é propaganda eleitoral ou prestação de conta ?

Infelizmente, a Câmara Municipal de São Paulo não publica todos os gastos da Casa, restringindo as informações ao que ficou conhecido por ‘verba indenizatória’, aquilo que o vereador gasta no seu gabinete, apresenta nota e pede reembolso. Salário de seus assessores e funcionários do legislativo, além de outros gastos previstos no Orçamento da Câmara não estão disponíveis.

Vereador contrata empresa de bufê para fazer site

 

adoteSurge mais uma dúvida em relação a empresa contratada pelo vereador Netinho de Paula (PC do B) e ressarcida com verba de representação da Câmara Municipal de São Paulo. O “adotador” Alecir Macedo procurou o nome da Mineiral Comunicação, Imagem e Produção LTDA no site da receita e verificou que o registro que tem é para “atividade de exibição cinematográfica” e “serviços de alimentação para eventos e recepção – bufê”. Nada consta sobre execução e manutenção de site, trabalho para o qual a empresa teria sido paga, segundo informação do próprio vereador. “Netinho não sabe a diferença entre site e bufê” comentou o “padrinho” dele na campanha Adote um Vereador.

Tanto em relação a função que exerce quanto ao endereço de sua sede, que não foi encontrado pelo Estadão – como você pode ler em post publicado ontem aqui no blog – é sempre necessário levar em consideração a precariedade na criação de empresas no Brasil. De qualquer forma, destaco o trabalho do Alecir Macedo pois a fiscalização dos atos do parlamentar é fundamental para que se tenha mais controle com os gastos públicos. Que outros cidadãos estejam atentos na maneira como o dinheiro da Câmara é usado pelos parlamentares.

Leia o post no Blog Cuidando da Cidadania

Netinho de Paula quer auditoria em jornais

 

adoteO vereador Netinho de Paula (PC do B) aproveitou a sessão ordinária da Câmara Municipal para criticar a cobertura jornalística sobre a prestação de contas dos vereadores da capital e esclarecer o contrato que assinou com a Mineral Comunicação, Imagem e Produção. Ele disse que a empresa foi contratada para prestar serviço de criação e manutenção do site do mandato dele. Quanto ao fato de o Estadão ter descoberto que a empresa não funciona no endereço registrado no CNPJ: “Mas o que eu tenho a ver com isso? Eu contratei a empresa e ele (sic) prestou um serviço”.

“Estou desconfiado que a imprensa, particularmente a imprensa paulista, está prestando um papel muito triste, um papel de desinteresse. Está querendo agir como um partido político”, disse no plenário.

Pediu também uma “auditoria dos editores, assim como nós, Vereadores, fazemos com o Executivo”.

Não sei como seria esta auditoria nas redações, mas a dos parlamentares em relação a administração municipal ainda deixa a desejar.

O cidadão Alecir Macedo, que “adotou” Netinho de Paula, cobrou um resposta do vereador pelo Twitter:

“@netinhocohab2 Vereador, como explicar a reportagem do Estadão sobre a Mineral Comunicação???”

Leia a resposta de Netinho, também pelo Twitter:

@AlecirMacedo A empresa está ativa na Receita Federal e paga os seus tributos. Válido lembrar que a verba é indenizatória. Pagamos primeiro. E depois, recebemos. Na Câmara, temos um setor que avalia as notas e empresas. Se estiver tudo certo, fazem o reembolso. Do contrário, não. Este setor segue as exigências do Tribunal de Contas do Município. Válido lembrar que a empresa nos fez o serviço de criação e manutenção do site do mandato.

No comentário postado no Blog Cuidando da Cidadania, Alecir identificou uma fato interessante. Apesar de a Mineral Comunicação ter sido contratada para criar e manter o site do mandato, quem assina a página digital do vereador é outra empresa, a PRS Comunicação.

Assim como o endereço da Mineral, talvez o nome também seja fantasia.

Justiça mantém vereadores cassados na Câmara

 

A Justiça Eleitoral suspendeu temporariamente a cassação de mais nove vereadores da Câmara Municipal de São Paulo. Assim falta apenas apreciar o recurso impetrado, hoje, pelo vereador Ricardo Teixeira, do PSDB que também foi punido por receber doação da Associação Imobiliária Brasileira, durante a campanha eleitoral de 2008.

Os vereadores beneficiados pelo efeito suspensivo foram Adolfo Quintas Neto (PSDB), Carlos Alberto Apolinário (DEM), Carlos Alberto Bezerra Júnior (PSDB), Cláudio Roberto Barbosa de Souza (PSDB), Dalton Silvano do Amaral (PSDB), Domingos Odone Dissei (DEM), Gilson Almeida Barreto (PSDB), Marta Freire da Costa (DEM) e Ushitaro Kamia (DEM). O juiz da 1a Zona Eleitoral da Capital Aloisio Sérgio Rezende Silveira já havia feito a mesma concessão aos vereadores Adilson Amadeu (PTB), Paulo Sérgio Abou Anni (PV) e Wadih Mutran (PP) e ao suplente Quito Formiga (PR).

“A medida permite que os vereadores permaneçam em suas cadeiras, na Câmara Municipal, até que seus recursos sejam julgados pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo”, diz nota divulgada pelo Tribunal Regional Eleitoral.

As representações foram propostas pelo Ministério Público Eleitoral, que pediu a revisão da prestação de contas desses vereadores com base no artigo 30-A, da lei 9.504/97, e na lei 64/90, que prevêem a cassação de registro e declaração de inelegibilidade por três anos quando comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos.

Ainda nesta quinta-feira, o juiz considerou improcedente a representação proposta contra o vereador Eliseu Gabriel (PSB).

Para entender melhor a situação dos vereadores cassados que receberam efeito suspensivo ouça entrevista publicada no post abaixo.

Vereadores julgados pela Justiça Eleitoral

 

Lista de vereadores que tiveram as contas da campanha eleitoral de 2008 impugnadas pelo Ministério Público Eleitoral, em São Paulo, e estão sendo investigados.

1. Abou Anni (PV) – Condenado
2. Adilson Amadeu (PTB) – Condenado
3. Antonio Carlos Rodrigues (PR) – Em julgamento
4. Adolfo Quintas (PSDB) – Condenado
5. Arselino Tatto (PT) – Em julgamento
6. Floriano Pesaro (PSDB) – Absolvido
7. Carlos Alberto Bezerra Jr. (PSDB) – Condenado
8. Carlos Apolinario (DEM) – Condenado
9. Claudinho (PSDB) – Condenado
10. Dalton Silvano (PSDB) – Condenado
11. Domingos Dissei (DEM) – Condenado
12. Eliseu Gabriel (PSB) – Em julgamento
13. Gilson Barreto (PSDB) – Condenado
14. Ítalo Cardoso (PT) – Em julgamento
15. Jooji Hato (PMDB) – Em julgamento
16. José Américo (PT) – Em julgamento
17. José Police Neto (PSDB) – Em julgamento
18. Juliana Cardoso (PT) – Em julgamento
19. Mara Gabrilli (PSDB) – Em julgamento
20. Marta Costa (DEM) – Condenada
21. Natalini (PSDB) – Em julgamento
22. Noemi Nonato (PSB) – Absolvida
23. Paulo Frange (PTB) – Em julgamento
24. Quito Formiga (PR) – Condenado
25. Ricardo Teixeira (PSDB) – Condenado
26. Toninho Paiva (PR) – Absolvido
27. Ushitaro Kamia (DEM) – Condenado
28. Wadih Mutran (PP) – Condenado
29. Antonio Goulart (PMDB) – Absolvido

O Ministério Publico Eleitoral anuncia que são 35 os nomes investigados no caso da doação de dinheiro da AIB para campanhas eleitorais, mas ainda não confirmou o nome dos seis investigados que estariam faltando. Assim que recebermos esta informações, iremos atualizar esta lista. O MP vai recorrer da decisão em relação aos vereadores absolvidos pelo juiz da 1ª zona eleitoral.

“Associação é uma fraude à lei”, diz juiz sobre vereadores

 

A origem da cassação de 13 vereadores da cidade de São Paulo foi a doação de R$ 10.672.000,00 feita pela Associação Imobilária Brasileira aos candidatos e diretórios municipais e estaduais de partidos políticos, na campanha eleitoral de 2008. De acordo com o juiz eleitoral Aloísio Sérgio Rezende Silveira não é preciso nenhum exercício de inteligência para entender que a associação é “uma verdadeira fraude à lei”. Não tem funcionários, não tem receitas, sequer tem associados, segundo escreveu na sentença final.

O juiz Aloísio Silveira afirma que os associados ou colaboradores da Associação poderiam ter feito doações diretamente aos candidatos no limite percentual de 2% do faturamento bruto no ano anterior à eleição. A entidade para ele, já que não existe senão formalmente, teria como única função encobrir doações de eventuais fontes vedadas, dentre elas entidade de classe ou sindical.

Desde que surgiu a denúncia, a Associação era suspeita de servir de braço do setor imobiliário para doar às campanhas eleitorais. Entidades como o Secovi – o Sindicato da Habitação – estão impedidas por lei de participar do processo de doação e os donos das empresas que atuam no setor prefeririam se esconder atrás do anonimato. Esta não é a primeira vez que a AIB doa dinheiro para campanhas eleitorais.

Em primeira instância, a Justiça entendeu que os vereadores foram beneficiados por estas doações ilegais e teriam de estar ciente da impossibilidade da Associação ter rendimentos para transferir o dinheiro. Em alguns casos, a doação da AIB representou até 60% do dinheiro arrecado na campanha eleitoral.

Foram analisados, por enquanto, apenas 18 casos, dos quais 14 foram cassados (um é suplente) e quatro inocentados. Mais 17 vereadores estão na mira da justiça eleitoral

O advogado de nove dos vereadores cassados, Penteado de Freitas, disse que todos receberam as doações de maneira transparente, prestaram contas à justiça eleitoral e tiveram esta prestação aprovada, inclusive pelo Ministério Público. Em entrevista ao repórter Luiz Motta disse que vai recorrer dentro do prazo previsto em lei que é de três dias.

Prefeito e 83% dos vereadores tem conta irregular

Adote um VereadorA varredura feita pelo Ministério Público Eleitoral nas contas dos candidatos eleitos na campanha municipal do ano passado constatou irregularidades nas prestações do prefeito Gilberto Kassab (DEM) e de 46 dos 55 vereadores da Câmara de São Paulo. Todos correm o risco de se tornarem inelegíveis para as próximas eleições.

Notas frias, sequenciais, com informações incompletas ou emitidas por empresas que estavam impedidas de doar dinheiro para campanha fazem parte da lista de irregularidades constatadas pelo promotor Maurício Antonio Ribeiro Lopes, da 1a. zona eleitoral da capital paulista.

Uma entidade que não teve seu nome revelado teria aceitado acordo com o Ministério Público no qual indicaria quanto transferiu de dinheiro para cada um dos partidos ou candidatos e assinaria termo de conduta se comprometendo a não repetir esta prática em troca de escapar de punição prevista em lei.

Recentemente, o jornal Folha de São Paulo denunciou que o Secovi de SP teria repassado verba às campanhas de boa parte dos vereadores paulistanos através da Associação Imobiliaria Brasileira. Não há porém confirmação de que a AIB seja a entidade em negociação com o MP.

Vereador da mansão será denunciado pelo MP

O vereador Kamia (DEM-SP) será denunciado por falsidade ideológica, na 2a feira, pelo Ministério Público Eleitoral de São Paulo. O valor de uma mansão construída na Serra da Cantareira, zona norte da capital, não seria compatível com a declaração de renda feita pelo parlamentar à Justiça eleitoral, onde registrou apenas R$ 198 mil de bens. Apesar de ter sido convidado pelo MP para justificar a diferença entre os gastos dele e a declaração oficial, Kamia não compareceu ao depoimento, segundo informou o promotor Maurício Antonio Ribeiro Lopes.

Ouça a entrevista com o promotor Maurício Lopes, ao CBN SP

Câmara tem compromisso para não divulgar nota fiscal

Adote um VereadorA cobrança feita pelos “padrinhos e madrinhas” da campanha Adote um Vereador tem revelado informações interessantes. Do gabinete do vereador José Police Neto (PSDB), líder do governo na Câmara Municipal de São Paulo, descobre-se que a publicação da prestação de contas dos parlamentares com apresentação de nota fiscal e CNPJ das empresas contratadas não ocorre devido a compromisso assumido pelos vereadores de apenas fazê-lo quando houver decisão dos líderes dos partidos e da Mesa Diretora.

A ação isolada de parlamentares como Donato (PT) e Floriano Pesaro (PSDB) não é a recomendada, pelo que se pode entender na resposta que Police Neto enviou ao seu “adotante” e ouvinte-internauta Clóvis. Mas se o cidadão tiver interesse nos dados, basta seguir até a sede da Câmara, bater na porta do gabinete e solicitar a informação, conforme explica o vereador que garante: “nada será sonegado”.

Se este material está disponível por que não publicá-lo na internet ? Para não desagradar os colegas na Câmara ?

O veredor José Police Neto, dos mais jovens que já passaram no parlamento municipal e com personalidade para assumir cargo de liderança tão cedo, poderia mudar este hábito.

Leia a resposta completa do vereador no Blog Adotei o Vereador José Police Neto

Daqui a pouco vou publicar entrevista com o vice-presidente da Câmara Municipal de São Paulo Dalton Silvano (PSDB) que se compromete a levar o tema para a reunião da Mesa Diretora amanhã (quarta) para que os vereadores publiquem a prestação de conta completa em seu site ou no Portal da Câmara.