Sua Marca Vai Ser Um Sucesso: razão ou emoção, uma dança complexa no comportamento do consumidor

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“A gente tem razão e emoção ambas ativadas antes mesmo de pôr os pés na loja.”

Cecília Russo

Na hora de decidir qual marca ou produto comprar, uma série de fatores influencia o comportamento do consumidor. Um dos dilemas mais fascinantes que eles enfrentam é a escolha entre a razão e a emoção. No programa “Sua Marca Vai Ser Um Sucesso,” Jaime Troiano e Cecília Russo analisaram essa questão crucial e exploraram até que ponto a lógica e o sentimento influenciam nossas escolhas.

Razão e Emoção: Uma Dança Complexa

Cecília Russo entende que este é um processo complexo. Ela ilustra o tema com um exemplo prático de um casal escolhendo porcelanato para a cozinha. Antes mesmo de entrarem na loja, eles já estão munidos de informações racionais, mas também cheios de expectativas e sonhos, o que demonstra que tanto a razão quanto a emoção desempenham um papel desde o início.

“A gente já vai criando experiências, já se vê recebendo amigos naquele novo espaço da casa, longe da racionalidade.”

Cecília Russo

A conexão emocional surge assim que o consumidor começa a sonhar com os produtos ou serviços que estão prestes a adquirir. No entanto, o ambiente de compra também é crucial, com elementos como promoções, etiquetas de preço e até mesmo a interação com o vendedor influenciando nossa tomada de decisão.

Análise de Regressão: Descobrindo o Peso da Razão e da Emoção

Para determinar se a razão ou a emoção pesam mais, Jaime Troiano menciona o uso da estatística e, especificamente, da Análise de Regressão. Essa ferramenta estatística permite que os especialistas avaliem a importância relativa de diferentes fatores na escolha de uma marca ou produto.

“Quando se tem isso em mãos, não somos nós que vamos dizer se a escolha do piso foi mais emocional ou mais racional, os dados da regressão nos darão isso.”

Jaime Troiano

No entanto, Jaime enfatiza que não há uma resposta única, já que a influência da razão e da emoção pode variar dependendo da categoria de produto.

Conclusão: Uma Dança Complexa entre Lógica e Sentimento

No final, Cecília sintetiza o dilema ao afirmar que a razão e a emoção são praticamente indissociáveis. Ambas desempenham um papel importante na estratégia das marcas, e encontrar o equilíbrio certo é essencial. Não se trata apenas de preço ou paixão desenfreada; a escolha da marca é uma dança complexa entre lógica e sentimento.

Ouça o Sua Marca Vai Ser Um Sucesso

O programa “Sua Marca Vai Ser Um Sucesso” é apresentado por Jaime Troiano e Cecília Russo, aos sábados, às 7h50 da manhã, no Jornal da CBN.

Dez Por Cento Mais: o caminho para relações interpessoais e tomada de decisões conscientes

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A tomada de decisões em um mundo marcado pela incerteza é um desafio que se impõe diante de todos nós, seja na vida pessoal seja no âmbito corporativo. Luciano Salamacha, consultor, empresário, mentor de executivos e presidentes, falou ao programa Dez Por Cento Mais, no You Tube, sobre como as emoções desempenham um papel fundamental em nossas escolhas e comportamentos. 

Na entrevista à jornalista Abigail Costa e à psicóloga Simone Domingues, Luciano mergulha na relevância do autoconhecimento e da autogestão. Em sua análise, destaca quatro etapas essenciais para aprimorar nossas interações humanas:

  • Autoconhecimento
  • Autogestão
  • Interrelação
  • Ação.

As seis emoções básicas que precisamos identificar

O consultor ainda detalha as seis emoções básicas – tristeza, raiva, desprezo (ou nojo), medo, surpresa e alegria – e a partir de suas descrições desvenda como essas emoções podem moldar nossa conduta. Por exemplo, ressalta que a tristeza pode nos levar ao isolamento, enquanto outras emoções podem desencadear reações impulsivas.

Além disso, Luciano explora o conceito de controle inibitório e como ele pode facilitar decisões mais ponderadas e sensatas. Ele observa que o autocontrole é uma habilidade valiosa a ser cultivada.

A diferença de decisões instintivas e intuitivas

Na entrevista, com base na experiência que adquiriu orientando grandes executivos nas tomadas de decisão, lembra da importância de discernir entre decisões instintivas e intuitivas. Enfatiza que as decisões instintivas frequentemente estão enraizadas em emoções intensas, resultando em impulsividade, ao passo que as decisões intuitivas buscam um equilíbrio emocional, levando em conta o bem a longo prazo.

No ambiente corporativo, Luciano sublinha a necessidade de manter um equilíbrio entre proximidade nas relações profissionais e a preservação do profissionalismo. O excesso de intimidade, adverte Salamacha, pode comprometer a dinâmica profissional.

Use a razão para promover o bem

Esta entrevista nos oferece uma compreensão profunda da influência das emoções e do autocontrole na tomada de decisões, iluminando o mundo corporativo e as relações pessoais. Luciano Salamacha nos lembra que a razão não deve apenas guiar nossas decisões, mas também ser aplicada de maneira construtiva para promover o bem, tanto em ambientes de trabalho quanto nas esferas pessoais. Ele enfatiza a necessidade de reconhecer e regular nossas emoções ao tomar decisões, impedindo que elas obscureçam nosso discernimento.

Além disso, Salamacha discute a ideia intrigante de que as decisões podem ter diferentes prazos de validade, dependendo das circunstâncias, e ressalta a importância de considerar quem detém o poder de negociação ao determinar o tempo disponível para a tomada de decisão.

Dica 10% Mais

Luciano também compartilha uma valiosa dica: reserve 10% do seu tempo para o silêncio e a reflexão. Ele destaca como o silêncio pode ser uma ferramenta poderosa para encontrar clareza e aprimorar o desempenho, oferecendo um caminho para uma vida mais consciente e relacionamentos mais harmoniosos.

O programa Dez Por Cento Mais apresenta, toda quarta-feira, às 20 horas, uma entrevista inédita com temas como comportamento e saúde mental, no You Tube. 

Assista à entrevista completa com Luciano Salamacha

Sinta raiva!

Dra. Nina Ferreira

@psiquiatrialeve

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“Sentir raiva é pecado”, “Raiva é um veneno”, “Raiva mata”.

Então… já pequei, já fui envenenada, já morri. 

E, vez ou outra, faço tudo de novo.

Você já sentiu raiva?

Se sim, me conta: você teve escolha?

Te pergunto porque do lado de cá, na minha mente e no meu corpo, a resposta é… não.

A raiva nunca me perguntou se poderia chegar, entrar, ficar. Ela sempre me atropelou tipo um trator desgovernado. É assim até hoje.

Revolta, incômodo, angústia… explosão. 

Raiva é emoção pura, visceral, animal. Não existe escolha.

Fome, sono, respiração… Natureza mostrando quem manda. A raiva está nesse grupo aí – é espontânea e independente da nossa vontade.

A raiva é seu corpo e seu cérebro te dizendo:

“Presta atenção, estão te invadindo, estamos sob ameaça, olha o ataque!” 

No fim, ela quer te proteger. Pra você sobreviver, ela te enche de noradrenalina e de cortisol e te faz uma máquina potente, pra lutar ou pra fugir, mas morrer – jamais.

Então… Sinta a raiva! 

Quando ela aparecer: perceba que ela chegou; dê nome pra ela; ouça de qual ameaça ela está te alertando.

Depois: dê um tempo, enquanto convoca seu córtex frontal, a “Sra. Razão”; construa um diálogo entre os dois.

Uma hora a Raiva fala, em seguida a Razão argumenta… a Raiva se revolta, a Razão pondera…

Pronto. A partir daí, a decisão está tomada – enumere as atitudes, uma a uma, que vão te levar ao resultado que você precisa: se distanciar, conversar num outro momento, tentar outro caminho (porque soltar é mais eficaz que insistir)…

Seja o que for, a Raiva chegou, fez o papel dela – te alertou do perigo – e se foi.

Não precisa temer. A Raiva não é inimiga, nem pecado, nem veneno e, muito menos, morte.

A Raiva é a Vida querendo sobreviver.

Sinta a Raiva. Depois, chame a Razão. E, depois, crie seu plano e caminhe pelo mundo, orgulhoso do seu autoconhecimento e do seu autodomínio.

Os fortes, os sábios, os bons… sentem Raiva, mas fazem dela um motor de Vida.

E então, me diz… Você faz o quê com sua Raiva? Foge… ou sente e vive?

Dra. Nina Ferreira (@psiquiatrialeve) é médica psiquiatra, especialista em terapia do esquema, neurociências e neuropsicologia. Escreve este artigo a convite do jornalista Mílton Jung

Mundo Corporativo: Vera Martins diz o que é preciso para desenvolver sua inteligência emocional

 

 

A pessoa inteligente emocionalmente, diante de uma situação difícil, não fica focada no problema, foca na solução; a pessoa que não é assertiva, foca no problema para se desculpar de tudo que está enfrentando. Essa diferença de comportamento define na maior parte das vezes o sucesso frente aos desafios que o profissional encara no mercado de trabalho, segundo a educadora e coach Vera Martins. Em entrevista ao jornalista Mílton Jung, no programa Mundo Corporativo, da rádio CBN, Martins elenca aspectos importantes que nos ajudam a desenvolver a inteligência emocional, tais como resiliência, atitude e auto-percepção. Vera Martins é autora do livro “O emocional inteligente – como usar a razão para equilibrar a emoção” (Auta Books Editora).

 

O Mundo Corporativo pode ser assistido ao vivo, às quartas-feiras, 11 horas, no site e na página da CBN no Facebook. O programa é reproduzido aos sábados, no Jornal da CBN, e tem a colaboração de Juliana Causin, Rafael Furugen e Débora Gonçalves.