Por que escolhemos acreditar?

Dr Nina Ferreira

@psiquiatrialeve

Por que escolhemos acreditar?

Porque precisamos.

Acreditar é pensar que é possível, visualizar uma melhora, sentir esperança.

Quando acreditamos: tentamos estudar para evoluir na carreira; tentamos mudar a forma de trabalhar para conseguir mais retorno financeiro; tentamos desenvolver qualidades como disciplina e coragem para vencer nosso comodismo e nossos medos.

Para a vida ser construída, é necessário refletir, desejar algo, planejar o caminho até lá e executar. Percebe que é necessário muito movimento?

Então, escolhemos acreditar porque é isso que nos faz seguir em frente. Venhamos e convenhamos, não é nada fácil aguentar frustrações, fazer esforço, abrir mão de sombra, descanso, prazer…  Se não temos um motivo pelo qual tolerar isso tudo, dia a dia, empacamos. E quando empacamos, vai só ladeira abaixo.

Então, diga para mim: você tem selecionado com cuidado e intenção aquilo em que você acredita? Em quem você se espelha como referência? Que tipos de planos você constrói? Quais são os sonhos que enchem seus olhos de brilho?

Você acredita no que TE importa ou você compra as crenças da família, dos amigos que parecem bem-sucedidos, da sociedade?

Perceba que escolher acreditar e selecionar em que e em quem acreditar é a força motriz dos seus passos pela vida. Você pode não perceber, mas isso está moldando seu presente e seu futuro.

Já que precisamos acreditar (por uma questão de sobrevivência, inclusive), reflita bem sobre o que tem te movido. Para muito além de escolher acreditar, escolha concretizar um legado que seja seu – e que seja agradável de vivenciar, no hoje e no amanhã.

Escolha acreditar em ser, genuinamente, você.

Dra. Nina Ferreira (@psiquiatrialeve) é médica psiquiatra, especialista em terapia do esquema, neurociências e neuropsicologia. Escreve a convite do Blog do Mílton Jung.

Falamos de escuta ativa e comunicação com profissionais que ajudam pacientes a melhorar a audição

Imagem do palestra no Webmeeting

A comunicação começa com uma escuta ativa e qualificada, exigindo uma mudança de comportamento em relação à forma como nos acostumamos a interagir. Temos a tendência de falar mais do que ouvir, de acreditar que somos os donos da razão e de sobrepor nossa história à do outro — seja em momentos de alegria ou tristeza. Já reparou que, sempre que um amigo compartilha uma doença pela qual passou, imediatamente buscamos um caso ainda pior para relatar? A intenção pode parecer boa, como uma tentativa de consolar o outro; porém, na prática, isso acaba por invalidar a dor de quem realmente está sofrendo e revela que não estamos escutando plenamente, pois falhamos em captar o que é importante para quem fala.

Esses e outros temas relacionados à escuta ativa foram abordados no WEIZHA — Webmeeting Internacional sobre Zumbido e Hipersensibilidades Auditivas. Ao lado de Leny Kyrillos e com vídeos gravados por Thomas Brieu e António Sacavém, apresentei alguns dos conceitos que me inspiraram a escrever Escute, Expresse e Fale! Domine a comunicação e seja um líder poderoso (Editora Rocco). O evento, realizado online e em sua sexta edição, foi organizado pela Dra. Katya Freire, fonoaudióloga, e pela Dra. Tanit Ganz Sanchez, otorrinolaringologista. O encontro reuniu profissionais de saúde, todos interessados em aprofundar seus conhecimentos sobre comunicação.

Foi um enorme prazer colaborar com uma discussão que ajuda profissionais de saúde dedicados a melhorar a audição dos pacientes a escutar melhor.

Certificação Internacional de Comunicação

Leny e Thomas são meus professores convidados na Certificação Internacional de Comunicação Estratégica em Ambiente Profissional, realizada em parceria com a WCES, uma startup especializada em experiência do cliente. Conheça o curso e faça sua inscrição pelo link a seguir: https://www.wces.education/comunicacao

A mágica da validação

Dra. Nina Ferreira

@psiquiatrialeve

Criado pelo Dall-E

Precisar ser visto, considerado, acolhido – sim, a palavra é ‘precisar’, porque isso é uma biológica necessidade humana.

Especialmente quando não estamos nos sentindo bem – tristes, ansiosos, com raiva, perceber que a outra pessoa está notando nosso sofrimento e se sensibilizando com nossa situação nos dá uma sensação de segurança e respeito. E essa é a base para que possamos voltar ao nosso equilíbrio emocional e mental e encontrar forças para levantar e seguir em frente.

O cenário contrário faz um estrago – perceber que o outro não nota nossa dor, não leva em consideração “nosso lado na história”, gera revolta, preocupação, um incômodo intenso. Fugir dali, se esconder, partir pra cima e brigar, falar poucas e boas… tudo isso passa pela cabeça quando uma pessoa se sente invalidada. Em resumo, a invalidação é uma arma que causa profundos machucados e gera reações muito ruins nas pessoas.

Com esta dualidade exposta, te convido a refletir: você já foi invalidado? Se sim, como se sentiu? Uma outra reflexão, essa mais desafiadora: você já invalidou alguém? Já reparou se é uma pessoa que faz isso com outras… se é raro ou frequente…?

A mágica da validação é a essência do entendimento entre as pessoas, da solução de problemas, da sensação de segurança e bem-estar. A mágica da validação sustenta a ajuda mútua entre os seres humanos e, vamos combinar… ajuda mútua facilita tudo!

Vamos começar a treinar essa mágica? Pessoas validantes servem de porto-seguro e de exemplo para outras – é um clássico “ganha-ganha”!

Vamos validar e, assim, fluir e viver mais leve!


A Dra. Nina Ferreira (@psiquiatrialeve) é médica psiquiatra, especialista em terapia do esquema, neurociências e neuropsicologia. Escreve a convite do Blog do Mílton Jung.