Futebol brasileiro, um negócio mal feito

 

Futebol arteO futebol brasileiro deixa de faturar R$ 51 bilhões por ano graças a incapacidade de gestão dos clubes e a desorganização de seu calendário, demonstrou pesquisa coordenada pelo professor Pedro Trengrouse, da FGV, encomendada pelo Ministério dos Esportes. Atualmente, este negócio movimenta R$ 11 bilhões e emprega pouco mais de 371 mil pessoas, mas tem potencial para chegar a R$ 62 bilhões e oferecer mais de 2,1 milhões de empregos.

Os cartolas brasileiros, com as exceções de praxe, ainda comandam seus clubes como no século 19, quando o futebol se iniciou para agregar grupos sociais, atender as necessidades de diversão de amigos e conhecidos, e tinha caráter lúdico. Boa parte das equipes (83%) é formada para jogar apenas quatro meses ao ano, enquanto os grandes clubes muitas vezes se entopem de jogos com baixo retorno financeiro. Da bilheteria tiram 15% de seu faturamento e com a exploração dos seus estádios somente 4% – de onde clubes europeus, caso do inglês Arsenal, arrecadam até 50%. As 12 arenas que estão em construção para a Copa do Mundo colocam o Brasil em um outro patamar, aposta Tregrouse. Sem ilusão, porém. Os estádios somente se transformam em fonte de renda significativas se tiverem a prática de seu negócio principal: o futebol.

A televisão que transformou este esporte em um negócio midiático, nos anos de 1970, é quem banca a maior parte dos clubes – mais de 1/3 do dinheiro que entra nos seus cofres é referente a direito de imagem. A venda de jogadores é a segunda maior fonte de renda dos times brasileiros, 21%.

“Evoluções histórica, social e econômica não foram acompanhadas pelos clubes de futebol no Brasil”, disse Trengrouse em entrevista, hoje, ao Jornal da CBN, que você ouve aqui.

Vereador não declara mansão na Cantareira

Mais um caso de vereador assumindo gastos superiores a declaração de renda. Ushitaro Kamia (DEM-SP) registrou na Justiça Eleitoral que seu patrimônio é de R$ 198 mil. Não incluiu uma enorme casa construída em condomínio fechado na Serra da Catareira, zona norte da capital paulista. Talvez porque não saiba o valor da residência, conforme afirmou à reportagem da TV Bandeirantes, reproduzida no Portal UOL.